Márcio escreveu:Caro colega Pensador:Precisamos sempre servir a Deus porque se nâo servimos um Organizador inteligente escolheremos sua contraparte:O Caos e a ocorrência de eventos fortuitos.E Deus,sendo um ente perfeitamente ordenado,nâo pode ser mal porque o mal indica desarmonia e desordem e onde há um Ordenador infinitamente inteligente nâo há desarmonia.
Eu suponho pelo seu entendimento exposto, que você aparentemente não consegue abstrair seus pensamentos que são puramente e exclusivamente centrados nos conceitos que a mente estabelece acerca do mundo sensorial do dia-a-dia corriqueiro.
Eu acho que você deveria tentar extrapolar, abster-se tanto quanto possível de tais conceitos relativos ao mundo de ilusões conceituais que vivemos, para se tentar entender a complexidade da realidade.
Vejamos, tente ver a realidade como algo isento completamente de conceitos, ela é puramente mecânica, ou seja: sistemas aparentemente caóticos, (lembre-se, ordem e desordem também são conceitos) de onde emergem as propriedades que a consciência consegue ordenar após uma observação, (aqui quero deixar uma explicação acerca do meu entendimento sobre a palavra ‘’caos’’, que pra mim significa apenas uma ‘’área’’ da realidade onde a consciência não consegue extrair entendimento ou ordem conceitual) construindo em si mesma um mundo mental próprio que é apenas um entendimento particular da realidade.
Portanto, a realidade NÃO é construída de eventos maus ou bons, perfeitos ou imperfeitos, belos ou feios, harmoniosos ou desarmoniosos, isso cabe a cada consciência inferir de modo particular.
Uma ‘’perfeita’’ mente organizadora da realidade apenas nos imporia seus próprios conceitos supostamente ‘’perfeitos’’. E ademais, suponho que uma observação total do infinito seria teoricamente possível apenas por uma consciência também infinita, logo não haveria “espaço” para consciências fragmentadas individuais, tais quais as nossas.
A graça da existência está justamente na multiplicidade de mundos mentais formados por cada consciência em particular.
Eu imagino que esse deus conceitual religioso carece de uma certa lógica, pois tal ser cheio de uma moral limitadora (os limites são inerentes aos conceitos e definições de toda mente consciente das PARTES observadas), criador de um mundo com seres inferiores vivendo nele e querendo que todos eles sigam um plano geral, me parece, digamos... Tão humano.
Vamos lá, todavia, eu até poderia supor algo que se assemelhasse a um deus, que seria totalmente isento de conceitos humanos de qualquer espécie, pura lógica mecânica e absolutamente sem emoções, já que essas se originam dos conceitos.
Algo meramente formador de estruturas, um “corpo-suporte”, de onde emerge tudo aquilo que entendemos como mundo real e/ou mental.
Poderia até se pensar numa causa inicial, uma decisão primeira, (me refiro apenas ao universo corrente, pois a estrutura geral é dinâmica, sem começo ou um fim) sem que necessariamente houvesse um conhecimento do resultado posterior, que ao longo do seu curso seria alterado pelas mentes modificadoras a cada decisão que essas tomassem.
O papel da consciência é muito intrigante, uma estrutura sem consciência poderia ser muito dinâmica, executar ações automáticas tal qual qualquer maquina.
O papel da cada mente seria o de alterar o funcionamento dessa maquina no decorrer da existência.
Poderia-se até supor uma outra forma de entendimento, tudo seria composto de uma ORDEM mecânica de funcionamento cíclico onde cada mente introduziria uma DESORDEM ou alteração desse funcionamento, criando assim outras possibilidades.
Nesse caso a ORDEM seria algo estático e sem possibilidades, a DESORDEM seria o fator criativo alterador do enfadonho e sem graça.
Mas ao meu ver, a graça mesmo é que podemos, como consciências, imaginar quaisquer modelos para se entender aquilo que sentimos, pois a rigor tudo não passa de sensações mesmo.
Cada mente com seu mundo particular.
Grato...
Prezado colega Márcio,
Li tudo o que escreveu e tenho grande respeito por tua visâo de vida e por tuas convicçôes pessoais.Mas tenho meu direito de discordar de alguns aspectos do quevc disse e mostrar a razâo:
1)Uma Mente Infinita tem a capacidade inerente de organizar e estruturar perfeitamente o universo que é projetado de sua mente.Daí entâo aplicamos a seguinte equaçâo para esta caso específico:
Complexidade da Consciência (Infinito) +Complexidade da Projeçâo desta Consciência(Infinito) =Probabilidade da existência real dos fatores que euivalem à soma da equaçâo(infinito).
Ou entâo:
Infinito mais Infinito=Infinito.A lógica do argumento é que nâo pode haver relaçôes desarmoniosas de proporçâo entre valores infinitos.Infinito sempre implica em Infinito.
Por exemplo,Duas Escalas Infinitas inversamente proporcionais(Escala de complexidade e Escala de Probabilidade em níveis quânticos) sempre resultam em um valor univocamente Infinito.
O Ponto zero de uma Escala é o Ponto Final de outra e como estamos tratando simbolicamente de semi retas isto significa que a primeira Escala nâo tem Ponto Final e que a segunda nâo tem Ponto Zero.Este raciocínio claramente resulta numa óbvia equivalência matemática entre os fatores de Valor Infinito.
Conclui-se que a Mente Infinita e o universo que é gerado a partir de sua Consciência tem máxima probabilidade estatística de existir,dentro dos moldes de sua teoria solipsista.
2)A existência de uma Mente Infinita nâo exlclui a existência da diversidade e multiplicidade de mentes.Pelo contrário,aplicando analogamente a Geometria sabemos que uma Reta infinita é Círculo de elementos ciclicamente recorrentes e que portanto somente uma semi reta representa fielmente o conceito de Infinitude.E Uma semi reta tem ponto de origem,princípio,sem contudo ter um ponto de destino,Fim.
Logo outras mentes podem existir além da Mente Infinita sem se identificar essencialmente com ela e portanto sem minar a riqueza advinda da variedade.
De resto,todos nós temos o direito à individualidade e à liberdade de expressâo

PS:Estes argumentos igualmente sâo parte de obras de minha autoria devidamente registradas na Biblioteca Nacional do rio e devidamente creditadas à minha pessoa.