user f.k.a. Cabeção escreveu:Samuca, se aceita um conselho, não se paute pelo que o Pug escreve, ou você estará se nivelando por baixo. Bem por baixo.
"Fugir do assunto" foi o que fizeram quando colocaram o George W. Bush na discussão.
Eu não estou me pautando no que o PUG escreve ou deixa de escrever, Vitor. Só que Bush foi citado e você o defendeu. Só fiz questão de deixar clara a minha opinião: há um fundo material econômico para esta guerra.
Como você sabe, essa, além da legitimação democrática para a invasão do Iraque, é uma antiga controvérsia nossa. E trazer o revisionismo paraguaio, coisa que, ao menos em linhas gerais concordamos, em nada vai acrescentar a discussão.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Que Jackson? Andrew Jackson?
Andrew Jackson foi um presidente democrata no início do século XIX. O partido Democrata passou por grandes mudanças no século XX, mudando de conservador para esquerda liberal. Na verdade, o partido que melhor representa os ideais daquela época ainda é o G.O.P..
Talvez fosse se referisse a algum outro Jackson, mas só esse me veio a mente.
Acertou o Jackson. E é engraçado que você tenha essa visão sobre o "direitismo" de Jackson. Ele era um camponês pobre, não fazia parte da tal elite ilustrada. As elites do sul sempre tiveram muitos problemas com a eleição do dito cujo.
Você pode considerá-lo conservador segundo os padrões atuais, mas, para a época, foi uma agitação e tanto.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Samael, por favor.
Crise de superprodução, do que é que você está falando?
Quando não acham que foi o maligno lobby petroleiro que arquitetou tudo, desde as invasões até o 11 de setembro, como pensam os espectadores do Michael Morre e do George Clooney, vêm com esse papinho furado da indústria bélica.
Provas de que a indústria bélica têm alguma força política dentro da América para determinar quando iniciam e quando terminam às guerras, ninguém têm.
E até parece que o governo tem algum interesse em dar mais dinheiro ainda para eles, a idéia do governo é estabelecer uma concorrência entre os fornecedores afim de conseguir os melhores contratos, e não servir de capacho de empresas que ele mesmo sustenta.
Isso sequer faz algum sentido.
Veja a fatia do PIB americano que se deve a indústria bélica, e confirme.
Se a base conservadora que apóia o partido republicano achar que está gastando demais em impostos com essas guerras "inúteis", o partido perderá seu apoio, e isso é fato. E não existe lobby de armas governando o mundo. Existe sim uma máfia petrolífera encarnada por esses pulhas do Oriente Médio e pelo nosso vizinho de cima, esses sim, os grandes gângsters do mundo.
Eu já lhe disse para esquecer essa cisma com o "lobby bélico" quando tratar as minhas respostas.
Quanto às crises de superprodução, são constantes num sistema de "capitalismo intensivo", onde basicamente todo e qualquer trabalho artesanal é substituído por um sistema de produção massivo. E a produção de uma guerra internacional proporciona um escoamento a esta produção, visto que uma guerra consome bastante das indústrias locais, não apenas o equipamento bélico. É uma forma de prática do chamado "keynesianismo de Estado".
Quanto à máfia petrolífera, se esta for substuída por empresas aliadas à política americana, tanto melhor para os mesmos.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Guerras do início do século XX são diferentes de guerras do século XXI.
Primeiro porque hoje não basta invadir um país, matar todo mundo e resolver a parada. A imprensa e a opinião pública hoje contam muito mais do que noutros tempos, o "war weariness" (quem já jogou CIV sabe o que é) hoje é bem maior.
Veja o caso do Vietnam. A América tinha poderio suficiente para varrer Saigon do mapa quantas vezes quisesse. Mas a guerra cresceu tanto em impopularidade interna, devido pincipalmente a posturas de molengas como Lindon Johnson, que acabou com uma retirada vergonhosa das selvas Indochinesas, deixando a região sob o controle de monstros como Ho Chi Minn e Pol Pot.
E mesmo que a América tenha poderio para destruir todos os regimes criminosos do mundo, o papel de seu governo é defender a liberdade dos seus contra os eventuais inimigos.
Reduzir a derrota no Vietnan à postura de Johnson é de um simplismo assustador!
E eu concordo contigo que as guerras atuais são diferentes: os meios de informação, até por lucrarem em cima da questão, não permitem que se cometam tantas atrocidades sem que o mundo seja informado de imediato.
Agora, nosso debate é sobre a questão imperialista no Iraque ou no Vietnan?
user f.k.a. Cabeção escreveu:Hitler e Saddam eram ameaças, e nisso se igualam. Eram, porque ambos foram derrotados pela América.
Quanto ao Chavéz, bem..., não creio que democracia seja definida simplesmente pelo sufrágio. Chavéz é um canalha que tripudia das instituições democráticas e está perigosamente próximo do governo criminoso da Ilha de Fidel.
E o pior é que esse infeliz tem carisma com as esquerdas por aqui. Até ganhou o carnaval no Rio de Janeiro...
Ambos só se tornaram ameaças a partir do momento que colocaram em risco os interesses americanos. Principalmente os econômicos. E isso, particularmente, me incomoda muitono sistema capitalista. Mas os meus problemas com o capitalismo não vêem ao caso.
Agora, tratemos do Chávez: concordo que uma ditadura não se defina apenas pelo sufrágio, mas sobre que instituições democráticas ele tripudia?
E, é verdade, existe uma esquerda em crescimento por aqui que adora o governo Chavista, mas ainda estão em menor número. A esquerda mais intelectualizada (com exceção do imbecil do Sader), possuem sérios problemas com Chávez.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Se o ideário econômico regesse a política internacional, a Inglaterra não se incomodaria com Hitler tomando para si a miserável polônia, e sim venderia alguns aviões e tanques para o Füher.
E novamente, além de comprar petróleo, o único suporte oferecido às tropas de Saddam foram os mapas de satélite. E leve em consideração o fato dessas tropas estarem lutando contra um inimigo declarado da América.
Simples, ora, porque havia uma aliança entre Inglaterra e Polônia antes do início da Guerra!
Vale lembrar que na primeira guerra, os EUA se limitaram a faturar vendendo para os ingleses, até que um de seus navios mercantes foi atacado.