O Planeta Chupão
Re.: O Planeta Chupão
"Então o que eu gostaria é que o pessoal cético então me apresentasse uma nova metologia e novas formas de se coletar e registrar os resultados, de forma que não se possa fazer essa acusação de serem evidência anedota ou lançar dúvidas sobre a moralidade dos envolvidos."
Mesmo que nao se propronha nada as suas evidências continuam sendo anedóticas e a duvida sobre a moralidade dos individuos é lançada por nós e...por Richet.
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Mesmo que nao se propronha nada as suas evidências continuam sendo anedóticas e a duvida sobre a moralidade dos individuos é lançada por nós e...por Richet.
[ ]´s
You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend!
Tony Montana
Mantra diário dos Criacionistas:
"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
Martinho Lutero
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Tony Montana
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Re: Re.: O Planeta Chupão
Najma escreveu:Botanico escreveu:Spitfire escreveu:O que posso fazer se ele é proselitista... mentir? Desculpe, não posso.
Bem, Spatifado, você a Najma e tantos outros céticos mais que freqüentam este fórum poderiam me fazer um favor? Sabe, pelo que já me deixaram claro, se entendi direito, fotografias, vídeos, filmes, descrições escritas de experimentos e apresentação escritas de resultados, câmaras infravermelhas, quaisquer precauções tomadas contra fraudes, etc e tal, FORAM TODAS DESCARTADAS PELA COMUNIDADE CÉTICA E ENTENDIDAS COMO EVIDÊNCIA ANEDOTA.
Então o que eu gostaria é que o pessoal cético então me apresentasse uma nova metologia e novas formas de se coletar e registrar os resultados, de forma que não se possa fazer essa acusação de serem evidência anedota ou lançar dúvidas sobre a moralidade dos envolvidos.
Fico no aguardo.
Botânico,
Descartadas as fotos com a evidência de uso de lençóis, fronhas, rolos de gaze, sujeira na objetiva, reflexo da luz do sol na objetiva, reflexo do flash sobre alguma superfície refletora que incidiu diretamente sobre a objetiva, efeito do dedão sobre a objetiva, auréolas provocadas pela incidência de luz sobre a atmosfera carregada de umidade, perda de foco pelo movimento das "vítimas" a serem fotografadas, me indique alguma foto que possa ser considerada autêntica do ponto de vista de consistir em uma evidência da existência de espíritos...![]()
Beijos
Não foi o que o Leo Vines me disse em correspondência particular após o terceiro debate lá na Távola Redonda: perguntei-lhe se as diversas fotos, tanto tiradas por Crookes, como por todos os outros casos também seriam evidência anedota. E ele confirmou que SIM. ERAM TUDO EVIDÊNCIA ANEDOTA. E para tanto deu-me um exemplo:
_ Se eu lhe mostrasse uma fotografia, tirada em outubro de 1995, num supermercado em Pindamonhangaba, que mostrava o Elvis Presley fazendo compras ali. Você aceitaria então que ele está vivo e morando em Pindamonhangaba?
Portanto, falou aqui um perito cético, confirmando que FOTOS, quaisquer que sejam elas, e não apenas os exemplos citados por você, NADA PROVAM. Curioso é que quando, em sua incompetência, o pessoal da Távola Redonda redescobriu que Kate King e a médium Florence Cook tinham certa semelhança, aí então as fotos, que antes não provavam nada, passaram a provar... fraude. Agora sim as fotos valem! Que mudança de opinião interessante é essa...
Bem, mas se as fotos não valem, também não devem valer câmaras infravermelhas, filmes, vídeos... Eu só gostaria de saber então, que tipo de registro dos fenômenos seria válido.
Mas ficando ainda nas fotografias, bem, você citou todo um cabedal aí de "CAUSOS" em que uma foto supostamente não valeria. Quando ela seria válida? Digamos, por exemplo, tenho uma foto nítida de uma materialização, onde o rosto mostrado é idêntico ao rosto visto em outras fotos tiradas daquela pessoa em vida. Aí vale? Ou se não vale, qual é a desculpa agora?
Re.: O Planeta Chupão
Não valeram nada nem para Richet
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Re: Re.: O Planeta Chupão
APODman escreveu:"Então o que eu gostaria é que o pessoal cético então me apresentasse uma nova metologia e novas formas de se coletar e registrar os resultados, de forma que não se possa fazer essa acusação de serem evidência anedota ou lançar dúvidas sobre a moralidade dos envolvidos."
Mesmo que nao se propronha nada as suas evidências continuam sendo anedóticas e a duvida sobre a moralidade dos individuos é lançada por nós e...por Richet.
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Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
Re: Re.: O Planeta Chupão
APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
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É por que você não conhece a obra dele, nem sabe o que disse realmente: só pegou UMA frase tirada do contexto e agora faz cavalo de batalha em cima dela...
Re: Re.: O Planeta Chupão
Botanico escreveu:APODman escreveu:"Então o que eu gostaria é que o pessoal cético então me apresentasse uma nova metologia e novas formas de se coletar e registrar os resultados, de forma que não se possa fazer essa acusação de serem evidência anedota ou lançar dúvidas sobre a moralidade dos envolvidos."
Mesmo que nao se propronha nada as suas evidências continuam sendo anedóticas e a duvida sobre a moralidade dos individuos é lançada por nós e...por Richet.
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Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
Eles continuam não provando nada
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Re: Re.: O Planeta Chupão
Botanico escreveu:APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
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É por que você não conhece a obra dele, nem sabe o que disse realmente: só pegou UMA frase tirada do contexto e agora faz cavalo de batalha em cima dela...
E no final de toda esta monumental obra ele disse:
"Tudo aquilo não prova nada."
Vc leu este texto finalmente ou precisa do link de novo ?
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You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend!
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- videomaker
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- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: O Planeta Chupão
APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
[ ]´s
Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
by Botanico.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: O Planeta Chupão
videomaker escreveu:APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
[ ]´s
Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
by Botanico.
Puxa, o macaco aprendeu a repetir. Condicionamento pavloviano na certa !
Vc leu o texto ? Decerto não, ainda não deram cursos de inglês no zoológico.
Leia macaco, leia: http://www.survivalafterdeath.org/artic ... usions.htm
E aproveite e traduza para o seu adestrador pois ele nunca leu este link sendo que há mais de 1 ano eu o posto frente aos pedidos dele da necessidade de "contextualizar a informação".
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- videomaker
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Re: Re.: O Planeta Chupão
APODman escreveu:videomaker escreveu:APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
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Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
by Botanico.
Puxa, o macaco aprendeu a repetir. Condicionamento pavloviano na certa !
Vc leu o texto ? Decerto não, ainda não deram cursos de inglês no zoológico.
Leia macaco, leia: http://www.survivalafterdeath.org/artic ... usions.htm
E aproveite e traduza para o seu adestrador pois ele nunca leu este link sendo que há mais de 1 ano eu o posto frente aos pedidos dele da necessidade de "contextualizar a informação".
[ ]´s
Hehehehehe , ficou puto né !
Acho que te dizer Vc NUNCA foi espirita é traumatico mesmo .
Deixa de ser bobo Apodman , a gente sabe que vc frequentou um Centro de Mesa Branca !
Vai debatendo com o botanico , que eu vou daqui só me divertindo!
Fica relex cara de bolacha ...
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: O Planeta Chupão
videomaker escreveu:APODman escreveu:videomaker escreveu:APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
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Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
by Botanico.
Puxa, o macaco aprendeu a repetir. Condicionamento pavloviano na certa !
Vc leu o texto ? Decerto não, ainda não deram cursos de inglês no zoológico.
Leia macaco, leia: http://www.survivalafterdeath.org/artic ... usions.htm
E aproveite e traduza para o seu adestrador pois ele nunca leu este link sendo que há mais de 1 ano eu o posto frente aos pedidos dele da necessidade de "contextualizar a informação".
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Hehehehehe , ficou puto né !
Acho que te dizer Vc NUNCA foi espirita é traumatico mesmo .
Deixa de ser bobo Apodman , a gente sabe que vc frequentou um Centro de Mesa Branca !
Vai debatendo com o botanico , que eu vou daqui só me divertindo!
Fica relex cara de bolacha ...
Não Video, o que me deixa puto sempre é a sua ignorância ilimitada.
Pode assistir, novamente, no final, teremos um "tecnicamente não temos provas" e por fim um "onde Richet disse isto ?".
E assim a DE vai definhando, um corpo do sec XIX apodrecendo a céu aberto, incomodando apenas pelo seu cheiro.
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- videomaker
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Re: Re.: O Planeta Chupão
APODman escreveu:videomaker escreveu:APODman escreveu:videomaker escreveu:APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
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Não é à toa que você deixou de ser espírita (se é que o foi algum dia): não sabe ler um texto espírita ou de qualquer autor metapsíquico...
by Botanico.
Puxa, o macaco aprendeu a repetir. Condicionamento pavloviano na certa !
Vc leu o texto ? Decerto não, ainda não deram cursos de inglês no zoológico.
Leia macaco, leia: http://www.survivalafterdeath.org/artic ... usions.htm
E aproveite e traduza para o seu adestrador pois ele nunca leu este link sendo que há mais de 1 ano eu o posto frente aos pedidos dele da necessidade de "contextualizar a informação".
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Hehehehehe , ficou puto né !
Acho que te dizer Vc NUNCA foi espirita é traumatico mesmo .
Deixa de ser bobo Apodman , a gente sabe que vc frequentou um Centro de Mesa Branca !
Vai debatendo com o botanico , que eu vou daqui só me divertindo!
Fica relex cara de bolacha ...
Não Video, o que me deixa puto sempre é a sua ignorância ilimitada.
Pode assistir, novamente, no final, teremos um "tecnicamente não temos provas" e por fim um "onde Richet disse isto ?".
E assim a DE vai definhando, um corpo do sec XIX apodrecendo a céu aberto, incomodando apenas pelo seu cheiro.
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Sacanagens á parte , diz pra mim , a mediunidade e os fenomenos que a cerca , são frutos de que tipo de manifestação ?
Qual conclusão vc chegou ? :emoticon5:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: O Planeta Chupão
APODman escreveu:Botanico escreveu:APODman escreveu:Não valeram nada nem para Richet
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É por que você não conhece a obra dele, nem sabe o que disse realmente: só pegou UMA frase tirada do contexto e agora faz cavalo de batalha em cima dela...
E no final de toda esta monumental obra ele disse:
"Tudo aquilo não prova nada."
Vc leu este texto finalmente ou precisa do link de novo ?
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Bem, conforme eu disse, ia traduzi-lo, para não lhe cometer injustiça. Tudo bem, não seu expert em inglês, e pelo visto, você também não, pois não entendeu nada do que o texto disse e ainda por cima coloca esse "Tudo aquilo não prova nada", que não vi em parte alguma do texto. Muito que bem, aí vai a minha tradução e que o pessoal aqui julgue o que achar melhor:
"Conclusões gerais sobre o Sexto Sentido
- Charles Richet -
O leitor atento deste livro indubitavelmente notará que cada um dos capítulos que lidam com experiências e observações das quais consiste é por si mesmo conclusivo.
Alucinações verídicas, de per si, bastariam provar o sexto sentido.
Como também o seriam as experiências com Sra. Piper.
Nós tivemos apenas os fatos obtidos por Ossovietski, e só estes seriam o bastante.
Nós não tivemos nada além das experiências de Kahn ou aquelas de Pascal Forthuny, que bastariam para firmar nossa convicção, assegurar-nos de que o sexto sentido existe.
Conseqüentemente, negar que existe um sexto sentido que seria necessário recusar aceitar todas estas provas, uma após outra.
O sexto sentido é muito mais complicado que supúnhamos. Existe talvez um sétimo, um oitavo sentido. Os fenômenos são de diversidade surpreendente. Como nós vamos comparar o caso da Sra. Wheatcroft, que, simultaneamente com seu filho, vê o fantasma do major cruzando o recinto; O caso da Sra. Piper dizendo que o Tio Jerry se foi ao se afogar quarenta anos atrás; O caso de Ossovietski que lê uma linha da poesia de Rostand colocada em envelope lacrado e da qual ninguém sabia?
Todos estes casos de lucidez são estranhos e extraordinários. Nós tivemos sucesso em uni-los de modo a formar de alguma maneira uma coleção bastante artificial, uma massa de demonstrações completamente diferentes, entretanto todos eles combinam estabelecer o mesmo fato em fundações imóveis.
Nós ousamos dizer que era um caso de vibração. Claro que isto é uma hipótese; Ainda, seguindo as leis clássicas de física geral, todas as forças e energias de natureza são interpretadas por vibrações. A palavra vibração é então necessária, desde o mundo externo, na análise final, é não mais do que um conjunto de vibrações reais ou passadas(1).
1 - É útil para empregar a palavra vibração, pois ela talvez nos dirá o método a ser adotado para este estudo. Através de telas, gaiolas metálicas, nós podemos interceptar as vibrações que são transmitidas? Pareceria que não somos. Ainda, devemos tentar,-como Cazzamali fez. Pelas vibrações químicas que agem no sistema nervoso devemos nós tornar o sexto sentido mais potente: Por exemplo, por peyotl, por haschiche, por ópio, por álcool? Que novos problemas surgem para nossa investigação! O que são os efeitos de idade, de sexo, de nacionalidade, acima de tudo, de hereditariedade? Cada uma destas perguntas devia ser o assunto de uma investigação detalhada e completamente especial.
Vamos então assumir a hipótese da vibração e não admitir que outra hipótese, de longe muito mais fantástica, que a alma humana vagueia pelo universo onde não encontre nenhum obstáculo em sua busca e depois de encontrada (!) a realidade distante, e subseqüentemente revele-se à nossa consciência.
O sexto sentido é aquilo que nos dá conhecimento de uma vibração de realidade, uma vibração que nossos sentidos normais são incapazes de perceber.
Eu repito, cada um dos capítulos que compõem este livro - a menos que sejam a vítima desgraçada de opinião popular – só levam ele mesmo à convicção de que existe um sexto sentido. Isto é que a inteligência humana, devido a uma sensibilidade especial, ou ampliadas sensibilidades especiais e ainda misteriosas, podem adquirir noções relativas à realidade fragmentária que os sentidos normais são incapazes de dar a isto.
As provas disto são muitas e decisivas.
1. Em primeiro lugar existem alucinações veridicas, tão numerosas e precisas que elas que não é possível ser atribuídas ao acaso. Os registros da morte ou registros de fatos menos importantes são numerosos, são encontrados muito freqüentemente ao nosso redor que nós somos levados à conclusão de que aqui temos uma relação de causa e efeito e que é impossível aceitar a hipótese ingênua de coincidências extraordinárias e improváveis que estão sendo continuamente repetidas.
Ainda que existiam só observações, estas seriam bastante adequadas para nos habilitar a afirmá-las em muitas ocasiões que um evento no mundo externo afeta nossa mente sem afetar nossos sentidos normais.
2. Ainda, existe algo melhor que observações, existem experiências. Existem realmente sensitivos, que, quando nós experimentarmos com eles, provam por sua lucidez, que em muitas ocasiões um véu é rasgado e que um flash de verdade, inacessíveis para seus sentidos normais, alcança sua consciência.
Porém s nós estamos pouco dispostos a ler e analisar as experiências conclusivas que nós relacionamos, não existe mais qualquer margem para dúvidas. Eu tomarei uma experiência muito simples. Se você esticar uma corda através de um caminho e durante a noite um ciclista colidir com esta corda e cair no exato local onde ela estava, ninguém deduzirá que ele caiu lá por acaso. Semelhantemente eu não posso acreditar naquilo quando a Sra. Piper, tocando uma poltrona diz: "Foi a Tia Annie que deu isto," por mero acaso. Não existe nenhum acaso em todas aquelas experiências, feitas há tempos e novamente com grandes sensitivos.
Nem há qualquer tapeação também.
No sentido exato, quando lidando com metapsíquicos físicos, com ectoplasmas, com materializações, com luzes, com batidas, com levitações, com impressões em gesso, com contatos por toques ou mãos, com fantasmas que caminham, digo no sentido estrito, como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas. Aqui, porém, existe nada disso. Os assuntos são muito numerosos: Experiências bastante freqüentes. Tudo acontece em plena luz do dia. Nós obtemos todos os controles que nós desejamos instalar. Fraude, se existe alguma, é muito fácil expô-la.
Conseqüentemente nós devemos eliminar totalmente fraude e acaso.
Agora, se nós eliminarmos fraude e acaso, lá não permanece nenhuma outra explicação que aquela de um sexto sentido.
3. Bolas! Isto não é uma explicação. É apenas a declaração de um fato. Para explicar este novo fato. Que é tanto inverossímil e incomum, todas as hipóteses propostas de longe tem sido - eu não tenho medo de dizer isto - igualmente ridículas e impotentes. Mesmo com qualquer destas hipóteses, se telepatia, ou a intervenção de espírito, ou hiperestesia anormal dos sentidos normais, nós devemos ainda finalmente reconhecemos um sexto sentido, quer dizer uma excitação de conhecimento por forças desconhecidas.
O sexto sentido é ainda agora muito obscuro quanto a considerar seus limites e modos, seus mecanismos e seus órgãos. Apesar disso, porém, estas profundas obscuridades, ele de modo algum impedem a existência do sexto sentido de ser provado.
Toda ciência tem duas fases. A primeira é o averiguar dos fenômenos. A segundo é sua teoria explicativa. Este livro é só o primeiro estágio, a primeira fase, aquela de uma exposição dos fatos.
Talvez dia virá quando existirá instalado a teoria das leis que governam o sexto sentido.
Neste livro é suficiente para mim ter provado sua existência. Eu resumo o todo o meu trabalho em uma oração:
O mundo real envia fora vibrações ao nosso redor. Alguns deles são vistos por nossos sentidos: Outros, não perceptíveis por nossos sentidos, são descobertos por nossos instrumentos científicos: Mas existem muitos outros, não vistos nem por nossos sentidos, nem por nossos instrumentos científicos, que atuam em certas mentes humanas e revela a elas fragmentos de realidade.
E existem seguramente muitos outros que nem nossos sentidos, nem nossos instrumentos científicos, nem qualquer sexto sentido possuído por sensitivos são - ou serão - capazes de descobrir.
O mundo mecânico com o qual nós estamos familiarizados - átomos, elétrons, estrelas, planetas, animais, micróbios, reações mecânicas, calor, eletricidade - talvez não seja mais do que uma parte minúscula de realidade. Outras forças, de uma ordem bastante diferente, indubitavelmente funcionem ao nosso redor. Quem sabe se estes outros mundos de materiais desconhecidos dirigem nossos destinos!
Talvez nós nunca conheceremos estas forças, talvez nossos descendentes, qualquer um, nunca as conhecerão. Mas isto não é razão alguma para negar sua existência.
Para mim parece que o sexto sentido é uma pequena (uma extremamente pequena) janela se abrindo sobre estes poderes misteriosos.
Nota:
O artigo acima de foi tirado de Charles Richet "Nosso Sexto Sentido" (Rider & Co)."
Aleluia, vc leu o texto !!
Pois é Botânico,
No texto Richet traça uma defesa da existência de fenômenos de sexto sentido que poderiam ser causados por espíritos ( o Zangari debateria melhor sobre este campo ).
MAS
"No sentido exato, quando lidando com metapsíquicos físicos, com ectoplasmas, com materializações, com luzes, com batidas, com levitações, com impressões em gesso, com contatos por toques ou mãos, com fantasmas que caminham, digo no sentido estrito, como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas."
Ou seja: tecnicamente estes fenômenos não constituiram provas nem para Richet e tanto ele como eu, consideramos que "como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas."
Está na hora de mudar o disco Botânico, começe a falar sobre clarividência, vidência, psicografia, psicofonia, etc.
Mas por favor...Crookes e turma de novo não !
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Pois é Botânico,
No texto Richet traça uma defesa da existência de fenômenos de sexto sentido que poderiam ser causados por espíritos ( o Zangari debateria melhor sobre este campo ).
MAS
"No sentido exato, quando lidando com metapsíquicos físicos, com ectoplasmas, com materializações, com luzes, com batidas, com levitações, com impressões em gesso, com contatos por toques ou mãos, com fantasmas que caminham, digo no sentido estrito, como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas."
Ou seja: tecnicamente estes fenômenos não constituiram provas nem para Richet e tanto ele como eu, consideramos que "como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas."
Está na hora de mudar o disco Botânico, começe a falar sobre clarividência, vidência, psicografia, psicofonia, etc.
Mas por favor...Crookes e turma de novo não !

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You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend!
Tony Montana
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"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
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"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
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Re: Re.: O Planeta Chupão
Botanico escreveu:Não foi o que o Leo Vines me disse em correspondência particular após o terceiro debate lá na Távola Redonda: perguntei-lhe se as diversas fotos, tanto tiradas por Crookes, como por todos os outros casos também seriam evidência anedota. E ele confirmou que SIM. ERAM TUDO EVIDÊNCIA ANEDOTA. E para tanto deu-me um exemplo:
_ Se eu lhe mostrasse uma fotografia, tirada em outubro de 1995, num supermercado em Pindamonhangaba, que mostrava o Elvis Presley fazendo compras ali. Você aceitaria então que ele está vivo e morando em Pindamonhangaba?
Portanto, falou aqui um perito cético, confirmando que FOTOS, quaisquer que sejam elas, e não apenas os exemplos citados por você, NADA PROVAM. Curioso é que quando, em sua incompetência, o pessoal da Távola Redonda redescobriu que Kate King e a médium Florence Cook tinham certa semelhança, aí então as fotos, que antes não provavam nada, passaram a provar... fraude. Agora sim as fotos valem! Que mudança de opinião interessante é essa...
Bem, mas se as fotos não valem, também não devem valer câmaras infravermelhas, filmes, vídeos... Eu só gostaria de saber então, que tipo de registro dos fenômenos seria válido.
Mas ficando ainda nas fotografias, bem, você citou todo um cabedal aí de "CAUSOS" em que uma foto supostamente não valeria. Quando ela seria válida? Digamos, por exemplo, tenho uma foto nítida de uma materialização, onde o rosto mostrado é idêntico ao rosto visto em outras fotos tiradas daquela pessoa em vida. Aí vale? Ou se não vale, qual é a desculpa agora?
Sabe, Botânico, o negócio é o seguinte:
Se eu falar pra você que eu tirei uma foto do Elvis aqui em um supermercado de Pindamonhangaba e nunca mais houver nem sinal do Elvis, eu poderei dizer que:
a. Houve materialização do espírito de Elvis uma só vez no supermercado Excelsior, à rua Frederico Machado e eu o fotografei;
b. Havia um sósia do Elvis por lá e eu o fotografei...
Como provar que era o sósia, ou a materialização do espírito do Elvis apenas a partir de UMA foto?

- Lord of Dreams
- Mensagens: 83
- Registrado em: 13 Set 2006, 14:25
"
Video, gosto de ler cada resposta detalhadamente, pois gosto de discutir. Vou tentar responder as duas hoje, mas se não der, amanhã respondo a outra.
Antes de responder, uma pequena provocação (com bom humor): espíritas sempre criticam os evangélicos porque, em uma discussão, sempre respondem com passagens enormes decoradas/copiadas da Bíblia. Force um pouquinho o debate com eles, no entanto, que acabam por fazer o mesmo.
(sem ofensas).
Vamos lá:
Você cita, para reforçar seu argumento de que o espiritismo é um neologismo exclusivo do kardecismo, um texto... kardecista. Nada mais natural que o interessado defenda o que lhe interessa. Mas ainda assim, vamos ao texto.
A palavra Espiritisme realmente foi um neologismo no francês, criado por Kardec. Porém, em 1847, Andrew Jackson Davis, um suposto profeta e curandeiro, e autor de livros espiritualistas, iniciou o uso do termo "spiritism" para definir o estudo dos efeitos mediúnicos, em contrapartida ao "spiritualism" usado com uma carga "mais religiosa". Como você mesmo pode notar, a construção é feita a partir dos mesmos radicais, com a diferença de ter sido feita em inglês. Antes do movimento kardecista surgir já existia o uso do termo para diferenciação de algumas atividades em relação a outras espiritualistas.
Bom, vou pular a parte do texto recheada de argumentos de autoridade ("o que não é verdade, como é óbvio", "é menos de censurar a quem desconhece o seu desconhecimento", "as que lhe são mais convenientes"), e da estratégia de ataque ao interlocutor de uma idéia, ao invés da idéia em si ("detractores", "adoram confundir", "ignoram sistematicamente", "reducionismo sistemático", "charlatães", "comerciantes de mediúnidade", "espiritualistas em busca de prosélitos e sem identidade intríseca definida", "se este for resultado de dificuldades mentais") e vou direto para onde se pode encontrar algum possível argumento.
"Esta doutrina de tríplice aspecto – o espiritismo – é ciência, filosofia e moral". Não, não é. Ciência implica método e comprovação, algo inexistente no espiritismo. Os estudos espiritas partem de dogmas (espíritos existem, a reencarnação existe, deus existe) e a partir destes pressupostos, trabalhando unicamente com a lógica interna da religião, tiram outras conclusões, e chama a isso ciência. As poucas tentativas de investigação com método existente no meio (transcomunicação e linhas de regressão a vidas passadas) colhem alguns indícios imprecisos e "pulam" para conclusões enormes sem demonstrar como tais indícios se relacionam de forma inequívoca com tais conclusões. Isso não é investigação científica, isso é especulação, algo que qualquer um e qualquer religião pode fazer sem que, no entanto, isso se torne ciência.
É compreensível que na época de Kardec, quando ocorria uma "moda mística" na Europa e os limites entre ciência e especulação mística ficaram um tanto "nebulosos", ele tenha identificado sua doutrina religiosa como ciência, da mesma forma que Madame Bovary se autodenominou uma cientista e os princípios do que seria a teoria da eugenia ariana foi também considerado uma ciência. Mas a partir daí os limites da ciência foram melhor estabelecidos, e o espiritismo não atende aos pré-requisitos para se intitular uma ciência (se não pelas razões acima, pelo simples fato de exigir "fé" em determinadas afirmações para poder aceitar o restante das conclusões da doutrina).
É filosofia? Sim, especulações metafísicas também são filosofia.
É religião, sem dúvida. (a revista, propositadamente, modificou a frase do suposto espírito "Emmanuel", que dizia o espiritismo ser Ciência, Filosofia e RELIGIÃO).
Mais abaixo, no último parágrafo, o autor ainda diz: "Porque o espiritismo enquanto doutrina que é, num certo aspecto, terá que ser ciência, um sistema de conhecimentos organizados derivados da experiência". Isso não é ciência. Ciência exige método e comprovação em comparação com a realidade. Se conhecimentos derivados da experiência são ciência, então o senso comum é ciência, a demonologia é ciência, jogar futebol é ciência, todo tipo de conhecimento/idéia/prática realizadas por seres humanos são ciência.
"... como filosofia indaga, questiona, anima a pesquisa e alimenta-a..."
Por certo que indaga, assim como o catolicismo, o protestantismo, o hinduísmo, o budismo, etc..., mas nunca e jamais seus dogmas. A estes ela só reforça, apresenta argumentos a favor, nunca admite a possibilidade de inexistência. O que é característica de um movimento religioso, afinal, se contestar seus dogmas, a religião simplesmente estará contestando sua própria existência.
Bom, argumentei onde parecia haver algum tipo de argumento, mas o texto é extremamente doutrinador e proselitista sim. Basta ver que em mais de 50% tudo o que faz é condenar quem critica o espiritismo ou não o pratica da forma que o autor acredita que deveria ser praticado. Não difere muito de uma citação da bíblia, para ser franco.
Antes de responder, uma pequena provocação (com bom humor): espíritas sempre criticam os evangélicos porque, em uma discussão, sempre respondem com passagens enormes decoradas/copiadas da Bíblia. Force um pouquinho o debate com eles, no entanto, que acabam por fazer o mesmo.

Vamos lá:
Você cita, para reforçar seu argumento de que o espiritismo é um neologismo exclusivo do kardecismo, um texto... kardecista. Nada mais natural que o interessado defenda o que lhe interessa. Mas ainda assim, vamos ao texto.
A palavra Espiritisme realmente foi um neologismo no francês, criado por Kardec. Porém, em 1847, Andrew Jackson Davis, um suposto profeta e curandeiro, e autor de livros espiritualistas, iniciou o uso do termo "spiritism" para definir o estudo dos efeitos mediúnicos, em contrapartida ao "spiritualism" usado com uma carga "mais religiosa". Como você mesmo pode notar, a construção é feita a partir dos mesmos radicais, com a diferença de ter sido feita em inglês. Antes do movimento kardecista surgir já existia o uso do termo para diferenciação de algumas atividades em relação a outras espiritualistas.
Bom, vou pular a parte do texto recheada de argumentos de autoridade ("o que não é verdade, como é óbvio", "é menos de censurar a quem desconhece o seu desconhecimento", "as que lhe são mais convenientes"), e da estratégia de ataque ao interlocutor de uma idéia, ao invés da idéia em si ("detractores", "adoram confundir", "ignoram sistematicamente", "reducionismo sistemático", "charlatães", "comerciantes de mediúnidade", "espiritualistas em busca de prosélitos e sem identidade intríseca definida", "se este for resultado de dificuldades mentais") e vou direto para onde se pode encontrar algum possível argumento.
"Esta doutrina de tríplice aspecto – o espiritismo – é ciência, filosofia e moral". Não, não é. Ciência implica método e comprovação, algo inexistente no espiritismo. Os estudos espiritas partem de dogmas (espíritos existem, a reencarnação existe, deus existe) e a partir destes pressupostos, trabalhando unicamente com a lógica interna da religião, tiram outras conclusões, e chama a isso ciência. As poucas tentativas de investigação com método existente no meio (transcomunicação e linhas de regressão a vidas passadas) colhem alguns indícios imprecisos e "pulam" para conclusões enormes sem demonstrar como tais indícios se relacionam de forma inequívoca com tais conclusões. Isso não é investigação científica, isso é especulação, algo que qualquer um e qualquer religião pode fazer sem que, no entanto, isso se torne ciência.
É compreensível que na época de Kardec, quando ocorria uma "moda mística" na Europa e os limites entre ciência e especulação mística ficaram um tanto "nebulosos", ele tenha identificado sua doutrina religiosa como ciência, da mesma forma que Madame Bovary se autodenominou uma cientista e os princípios do que seria a teoria da eugenia ariana foi também considerado uma ciência. Mas a partir daí os limites da ciência foram melhor estabelecidos, e o espiritismo não atende aos pré-requisitos para se intitular uma ciência (se não pelas razões acima, pelo simples fato de exigir "fé" em determinadas afirmações para poder aceitar o restante das conclusões da doutrina).
É filosofia? Sim, especulações metafísicas também são filosofia.
É religião, sem dúvida. (a revista, propositadamente, modificou a frase do suposto espírito "Emmanuel", que dizia o espiritismo ser Ciência, Filosofia e RELIGIÃO).
Mais abaixo, no último parágrafo, o autor ainda diz: "Porque o espiritismo enquanto doutrina que é, num certo aspecto, terá que ser ciência, um sistema de conhecimentos organizados derivados da experiência". Isso não é ciência. Ciência exige método e comprovação em comparação com a realidade. Se conhecimentos derivados da experiência são ciência, então o senso comum é ciência, a demonologia é ciência, jogar futebol é ciência, todo tipo de conhecimento/idéia/prática realizadas por seres humanos são ciência.
"... como filosofia indaga, questiona, anima a pesquisa e alimenta-a..."
Por certo que indaga, assim como o catolicismo, o protestantismo, o hinduísmo, o budismo, etc..., mas nunca e jamais seus dogmas. A estes ela só reforça, apresenta argumentos a favor, nunca admite a possibilidade de inexistência. O que é característica de um movimento religioso, afinal, se contestar seus dogmas, a religião simplesmente estará contestando sua própria existência.
Bom, argumentei onde parecia haver algum tipo de argumento, mas o texto é extremamente doutrinador e proselitista sim. Basta ver que em mais de 50% tudo o que faz é condenar quem critica o espiritismo ou não o pratica da forma que o autor acredita que deveria ser praticado. Não difere muito de uma citação da bíblia, para ser franco.
videomaker escreveu:Você :
Queredo vossa senhoria ou não, o termo espiritismo foi cunhado originalmente, por grupos que "estudavam experiências paranormais", em 1848 nos Estados Unidos. O termo era definido como o estudo de qualquer experiência que envolvessem "manifestações espirituais". Kardec usou o mesmo termo, anos mais tarde, para designar a sua recém criada (ou como preferem os kardecistas, "codificada") doutrina.
Adoraria ver o método científico e as provas apresentadas pelo espiritismo que o classificam como ciência. Frequentei o espiritismo por um bom tempo, e nunca vi nem um, nem outro. Se eu estou errado, está aí uma ótima chance de você demonstrar, apresentando provas dos dogmas espíritas (existência de espíritos, existência da reencarnação, existência de deus, etc...).
Revista de Espiritismo nr. 29 - Outubro/Dezembro 1995
Em matéria de espiritismo ou doutrina espírita, a questão ganha contornos muito especiais.
As imprecisões e as confusões inerentes tornam-se despropositadas. Só ideias muito enevoadas justificarão desfocagens, confusões, imprecisões.
Espiritismo é um neologismo. Ou seja, é uma palavra nova, criada por Allan Kardec para designar um novo sistema doutrinário.
Não tem faltado quem se tente aproveitar dessa palavra, num sentido ou noutro. Por um lado, apareceram e aparecem os detractores e aqueloutros que o ignoram deliberadamente, pelo conteúdo. Estes adoram confundir, no seu reducionismo sistemático, espiritismo ao mediunismo, e aí pretendem torná-lo sinónimo de mediunidade. O que não é verdade, como é óbvio.
Por outro, aparecem os charlatães, os comerciantes da mediunidade ou as correntes espiritualistas em busca de prosélitos e sem identidade intrínseca definida, que gostam de copiar parcelas (as que lhes são mais convenientes) da doutrina espírita numa reedição muito própria.
Contudo, é menos de censurar a quem desconhece o seu desconhecimento, se este for resultado de dificuldades mentais. E tudo isso derivado da responsabilidade implícita e subjacente. De lamentar, isso sim, é a atitude de quem está no espaço do movimento espírita e ainda o identifica com o mediunismo.
Esta doutrina de tríplice aspecto – o espiritismo – é ciência, filosofia e moral. O movimento espírita pode não o ser. Porquê?
Porque é um esforço de adaptação a um ideal, e por isso encerra necessariamente contradições. Na medida em que mais os espíritas desconheçam o espiritismo ou doutrina espírita, mais ensejos surgem de o movimento espírita sem identificação doutrinária espírita.
Mas sobre o tríplice aspecto, não há, de facto, um tri-partidarismo. Na verdade, não há espiritismo científico, nem espiritismo filosófico, e muito menos espiritismo religioso.
Porque a questão doutrinária desses três aspectos não é de fraccionamento, de subdivisão, mas é de unidade, e não depende – facto histórico que é, já consumado desde meados do século XIX – das inclinações de gosto ou de aroma de quaisquer prosélitos.
Por isso, poderemos encontrar certos o movimento espírita, ou certos sectores no seu seio, desfasados num dos três aspectos, porque normalmente elegem aquele com que se afinizem, marginando os outros. Os motivos sobejam.
Mas diante do sistema doutrinário, é na prática um despropósito referir o espiritismo e associá-lo a apenas um ou dois dos seus aspectos.
Porque o espiritismo enquanto doutrina que é, num certo aspecto, terá que ser ciência, um sistema de conhecimentos organizados derivados da experiência; como filosofia indaga, questiona, anima a pesquisa e alimenta-a; enquanto moral conforta, levanta, melhora o horizonte vivencial de quem o estuda, nas alegrias da fraternidade autêntica. A ideia espírita engloba, constitui-se neste tríplice aspecto, unindo-os, e, só assim, na verdade, estaremos a trabalhar com ela.
Believe on the power of the dreams, but never on the contents of it.
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"
videomaker escreveu:Querendo vossa senhoria ou não, o termo espiritismo foi cunhado originalmente, por grupos que "estudavam experiências paranormais", em 1848 nos Estados Unidos. O termo era definido como o estudo de qualquer experiência que envolvessem "manifestações espirituais". Kardec usou o mesmo termo, anos mais tarde, para designar a sua recém criada (ou como preferem os kardecistas, "codificada") doutrina.
O que diz a Wikipédia : História
A palavra espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento espiritualista em geral. É um dos mais antigos neologismos que se conhece.
Primeiro: A frase "É um dos mais antigos neologismos que se conhece" foi acrescentada por você, não consta no texto original do artigo.
Segundo: A Wikipédia é uma iniciativa, na minha opinião, excelente. Mas é um fato que é construída a partir da contribuição de usuários da internet, e esta contribuição pode ser ou não precisa, e pode ser ou não neutra. Logo no início da página, você nota que a edição do artigo está bloqueada por atos consequentes de uma discussão acirrada sobre o assunto. Na "página de discussão" você nota que a pessoa que bloqueou o artigo diz que já foi espirita, hoje não é mais. Não contesto sua boa fé, mas o fato de já ter sido kardecista influencia na sua visão do termo, por ter sido ensinado, durante os anos em que frequentou, que este foi um termo cunhado por Kardec, e assim ter assimilado aquilo como verdade.
A Wikipédia é uma iniciativa muito boa, mas não serve para encerrar debates, porque seus artigos não podem ser considerados completamente neutros (embora por questão de justiça há que se admitir que esforços cada vez maiores neste sentido estão sendo feitos).
Vamos ao segundo texto, então. Vou dividi-lo para comentar melhor.
videomaker escreveu: Adoraria ver o método científico e as provas apresentadas pelo espiritismo que o classificam como ciência. Frequentei o espiritismo por um bom tempo, e nunca vi nem um, nem outro. Se eu estou errado, está aí uma ótima chance de você demonstrar, apresentando provas dos dogmas espíritas (existência de espíritos, existência da reencarnação, existência de deus, etc...).
por Paulo da Silva Neto Sobrinho
Introdução
Temos ouvido a opinião desfavorável de algumas pessoas a respeito das provas científicas da sobrevivência da alma, que, seguramente, podemos afirmar que não têm a mínima idéia do que estão falando. Entre os quais encontramos determinados indivíduos que apesar de pousarem como cientistas, verificamos que, na verdade, defendem interesses próprios, já que um cientista honesto só fala do que viu.
OK, mesmo tendo sido criado em um família kardecista e ter frequentado e estudado em um centro espirita minha infância e grande parte da adolescência, posso realmente não ter idéia do que estou falando. Cometer erros todos cometem. Mas espero então a comprovação de que falo sem noção.
A propósito, não tenho interesses próprios no assunto, só uma opinião própria.
videomaker escreveu: E temos, por nós, que o verdadeiro cientista também só afirma que algo não pode ocorrer quando teve o cuidado de pesquisar exaustivamente o assunto. Por outro lado, quando, em ocasiões oportunas, são chamados a dar um parecer sobre determinado tema, só falam do que sabem e nunca tentam ridicularizar os que o pesquisaram. Mas infelizmente, não é o que vemos aí pelas telinhas da TV, onde pseudoparapsicólogo televisivo (vai gostar de aparecer assim mais longe) vive a despeitar a opinião de qualquer pessoa sobre um assunto que efetivamente não pesquisou, ou se pesquisou não o fez como deveria ter feito. É evidente o preconceito que ele carrega, possui muita retórica, mas falta profundidade no que diz e sobra-lhe apenas sorrisos cínicos.
Ele fala em cientistas e depois demonstra que está falando sobre as atitudes do Padre Quevedo??? Levar o Padre Quevedo a sério é brincadeira né?

videomaker escreveu:O cientista William Crookes
É necessário primeiro dizer de quem se trata esse cidadão, já que poderá acontecer de alguém não saber quem ele é.
“Considerado como um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos espíritas e o maior químico da Inglaterra, William Crookes nasceu em Londres, no dia 17 de junho de 1832 e desencarnou na mesma cidade, no dia 4 de abril de 1919”.
“Estudou no ‘Colégio de Química’, onde foi aluno brilhante, alcançando o cargo de professor substituto no ‘Colégio Real’ e, posteriormente, foi inspetor da Seção de Meteorologia do Observatório de Redcliffe. Aos 23 anos, no ano de 1855, assumiu a Cadeira de Química na Universidade de Chester. Após alguns anos, em 1861, ficou bastante conhecido quando descobriu os raios catódicos e isolou o Tálio, determinando suas propriedades físicas. Em 1872, após prolongados estudos do espectro solar, descobriu a aparente ação repulsiva dos raios luminosos, fato que o levou à construção do Radiômetro, em 1874. Em 1885 descobriu um novo tipo de processamento do ouro. A existência do quarto estado da matéria, a que denominou ‘estando radiante’, foi por ele determinada no ano de 1879. Por essa última descoberta, foi amplamente recompensado pela Academia de Ciências da França”.
“Em virtude de seus feitos científicos, recebeu muitos prêmios como a Medalha de Ouro da Sociedade Real, em 1875; a Medalha Davy, em 1888 e a Medalha de ‘Sir’ J. Coprey, em 1904. Esse último galardão foi pelas suas relevantes contribuições no campo da Física e da Química”.
“Foi nomeado ‘Cavalheiro’ pela Rainha Vitória, da Inglaterra, em 1897. A Condecoração da Ordem do Mérito foi-lhe outorgada em 1910. Fundou os periódicos ‘Chemical News’ e ‘Quarterly Journal of Science’. Foi presidente de diversas sociedades científicas, tais como a ‘Sociedade Real de Química’, ‘Instituto de Engenharia Elétrica’ e da ‘Sociedade de Investigações Psíquicas’”.
“Não é difícil encontrar dados sobre a vida de William Crookes, as mais completas enciclopédias trazem sua biografia e, mais recentemente, a T. Fisher Unwin LTD (Londres) lançou o livro de Fournier: ‘The Life of Sr William Crookes’. Como homem de ciência publicou várias obras: em 1870 saiu ‘Métodos Escolhidos de Análise Química’; em 1880, ‘Fabricação do Açúcar de Beterraba na Inglaterra’; em 1881, ‘Manual de Tintura e Impressão nos Tecidos’; em 1883, ‘Manual de Tecnologia: Solução das Questões dos Enxurros’; em 1885, ‘Maneira de Estabelecer um Sistema de Canalização Vantajosa’. Seguem alguns trabalhos interessantes publicados em diversos compêndios ingleses:
‘Aplicação da Fotografia no Estudo de certos Fenômenos de Polarização’;
‘Sobre a Sensibilidade do Iodeto e Brometo de Prata à Luz Colorida’;
‘Pesquisas Fotográficas sobre o Espectro’;
‘Sobre a Fotografia da Luz’;
‘Sobre a Opacidade da Chama Amarela do Sódio para os Raios desta cor’;
‘Sobre Novos Elementos Supostos da Família do Cálcio’;
‘Sobre um Novo Elemento Pertencente Provavelmente ao Grupo do Enxofre’;
‘Memórias e Notas sobre o Tálio’;
‘Notas sobre a Cristalização da Glicerina’;
‘Pesquisa Experimental sobre uma nova Força’;
‘Novas Experiências sobre a Força Psíquica’;
‘Notas sobre o Radiômetro’;
‘Foco de Calor Produzido pelos Choques Moleculares’;
‘Sobre a Constituição da Matéria e o Estado Ultra-Gasoso’;
‘Sobre a Matéria Radiante’;
‘Dos Espectros Fosforescentes Descontínuos no Vácuo quase Perfeito’;
‘Estudos Espectroscópicos sobre a Matéria Radiante’;
‘Os caracteres Espectroscópicos dos Corpos Simples”.
“Essas citações apenas dão uma idéia da capacidade científica de Crookes, sua inteligência, sua dedicação, seus métodos e sua posição de alta respeitabilidade nas sociedades científicas de sua época, além da confiança do povo em suas afirmações após ter pesquisado um assunto, a ponto de afirmarem com grande respeito que, se Crookes iria cuidar dos fatos espiritistas, logo ter-se-ia a verdade dos fatos”. (PALHANO, 1996).
Por questão de justiça, mencionemos também que algumas cartas trocadas com familiares, em 1869 (pouco antes de iniciar seus estudos de casos mediúnicos), colocam em dúvida se Crookes já não tinha uma visão favorável do espiritualismo antes de iniciar suas pesquisas.
Bom, espero que sejam apresentados os argumentos e experimentos, porque o fato de um cientista acreditar em alguma coisa, por mais brilhante que o dito cientista seja, não faz com que esta coisa se torne, de uma hora para a outra, fato científico (tanto porque, se a regra valesse, vários deuses que são um só existiriam e não existiriam ao mesmo tempo que panteões existiriam e também não existiriam).
videomaker escreveu:Essas informações são necessárias, pois, volta e meia, aparecem esses pseudocientistas que sem base científica alguma, procuram contradizer as experiências de Crookes. Como diz Kardec “O verdadeiro crítico deve provar não somente erudição, mas um saber profundo no que concerne ao objeto que trate, um julgamento sadio, e de uma imparcialidade a toda prova; de outro modo, qualquer rabequista poderia se arrogar o direito de julgar Rossini, e um aprendiz de pintura o de censurar Rafael”. Deixamos essas informações sobre Crookes para que o leitor possa compará-las com o currículo desses pseudocientistas.
Bom, aqui já há uma complicação. O que o texto argumenta é que vale mais um argumento de autoridade do que um argumento baseado em análises e comparações com a realidade? Ou seja, se hoje um físico com 50 anos de trabalhos na física e mais de 100 livros publicados afirmar que a força da gravidade não existe, e um estudante de física, através de comprovações, mostrar a ele que ela existe sim, devemos acreditar é no físico, mesmo que sua afirmação seja absurda, simplesmente porque ele tem um currículo muito maior que o do estudante? Modo interessante de ver ciência, para encontrarmos a verdade, basta procurar o mais velho e/ou o mais "condecorado" ou "famoso" dos especialistas de cada área da ciência para saber a verdade...

videomaker escreveu:Trataremos neste estudo de suas experiências psíquicas.
Finalmente! (desculpe a brincadeira, não consegui resistir).

videomaker escreveu:Experiências com o médium Home
Em “Pesquisas Experimentais Sobre uma Nova Força”, Crookes expõe suas observações a respeito de suas pesquisas com o médium Daniel Dunglas Home. Transcreveremos alguns trechos que julgamos mais importantes para o presente estudo. São eles:
“... Assim, uma vez que as condições convenientes se apresentaram, aproveitei-as com satisfação para aplicar a estes fenômenos a experiência científica cuidadosamente controlada, chegando assim, a resultados preciosos que acho dignos de publicação”.
“De todas as pessoas dotadas do poder de desenvolver essa “força psíquica”, e que são chamados ‘médiuns’ (entre outras teorias sobra a sua origem), o Sr. Daniel Dunglas Home é, sem dúvida, a mais extraordinária. E é principalmente devido às muitas ocasiões em que estive, para fazer pesquisas, em sua presença que tenho sido levado a poder afirmar de maneira tão veemente a existência dessa “força”. Muitas foram as tentativas que fiz; mas devido ao conhecimento imperfeito das condições que favorecem ou contrariam as manifestações da “força”, da maneira caprichosa, aparentemente, como ela se manifesta, e pelo fato de que o Sr. Home está sujeito à inexplicáveis fluxos e refluxos dessa “força”, é que raramente os resultados obtidos puderam ser confirmados e controlados com aparelhos construídos para esse fim em especial”.
“Entre os fenômenos que se produziram sob a influência do Sr. Home, os mais freqüentes e, ao mesmo tempo, os que se prestavam melhor ao exame científico, foram: 1º) a alteração de peso dos corpos; 2º) a execução de melodia em instrumentos de música (geralmente com acordeão, por causa da facilidade de transporte) sem intervenção humana direta, e em condições que tornaram impossível todo contato ou toda manipulação das chaves. Não é senão após ter sido freqüentemente testemunha destes fatos e de os haver escrutado com todo o rigor do qual eu sou capaz, que estou convencido de sua realidade concreta” (grifo nosso). (PALHANO, 1996).
Dentro daquilo que queremos apresentar, iremos, apenas mostrar como foram algumas dessas experiências que Crookes fez com o Sr. Home, notadamente a citada no segundo item: execução de instrumento musical. Vejamos o que nos relata Crookes, acerca dela.
“Minhas experiências foram feitas em minha própria casa, à noite, num amplo espaço iluminado à luz de gás. Os aparelhos preparados com a finalidade de constatar os movimentos do acordeão consistiam em uma gaiola, formada por dois arcos de madeira, respectivamente de diâmetro de um pé e dez polegadas (55,86 cm) e de dois pés (60, 96 cm), reunidos por doze ripas estreitadas, cada uma de um pé e dez polegadas de comprimento, de modo a formar a estrutura de uma espécie de tambor aberto em cima e em baixo. Ao redor, 50 metros e fios de cobre, isolados, que foram enrolados em 24 voltas; casa uma dessas voltas encontrando-se a menos de uma polegada de distância uma da outra (Figura nº 08)”.
“Esses fios de metal, horizontais, foram então solidamente reatados junto com cordas, de modo a formar malhas fechadas. A altura desta gaiola era tal que ela podia passar sob a mesa de minha sala de jantar, mas ela estava muito próxima, pela altura, para permitir a uma mão introduzir-se no seu interior ou a um pé passar por baixo. Em um quarto vizinho, eu havia colocado duas pilhas de Grove, de onde partiam filhos elétricos que conduziam à sala de jantar, para estabelecer a comunicação, se houvesse necessidade, com aqueles que estavam próximos da gaiola”.
O acordeão era novo, eu o havia comprado para essas experiências, em um bazar. O Sr. Home não havia visto ou tocado o instrumento antes do começo de nossos trabalhos...”.
“... Depois de abrir, com minhas mãos, a chave da parte baixa do instrumento, retirou-se de sob a mesa, a gaiola, o quanto bastou para ser nela introduzida o acordeão com as chaves voltadas para baixo. A gaiola foi depois empurrada para debaixo da mesa, tanto quanto permitiu o braço do Sr. Home, mas sem lhe ocultar a mão aos que estavam perto dele. Os que estavam de cada lado viram o acordeão balançando-se de maneira curiosa; depois desprenderam-se dele alguns sons, e, finalmente, muitas notas foram tocadas sucessivamente; meu ajudante agachou-se sob a mesa, disse-nos que o acordeão alongava-se e encolhia-se; ao mesmo tempo podia ser observado que a mão com a qual o Sr. Home segurava o acordeão estava completamente imóvel e que a outra repousava sobre a mesa. Depois, os que estavam dos dois lados do Sr. Home, viram o acordeão mover-se, oscilar, voltear em torno da gaiola e tocar ao mesmo tempo. Então, o Dr. William Huggins olhou para baixo da mesa e disse que a mão do Sr. Home parecia completamente imóvel enquanto o acordeão movia-se, produzindo sons distintos”.
“O Sr. Home manteve ainda o acordeão na gaiola pelo modo mais ordinário, isto é, com o lado das chaves voltado para baixo; os seus pés estavam seguros pelas pessoas sentadas ao lado dele, a outra mão repousava sobre a mesa e, ainda assim, ouvimos notas distintas e separadas, ressoando sucessivamente, e depois uma ária simples foi tocada. Como tal resultado só podia ser produzido pelas diferentes chaves do instrumento postas em ação de maneira harmoniosa, todos os presentes consideraram-no decisivo. Mas o que se seguiu foi ainda mais surpreendente; o Sr. Home afastou a mão do acordeão, retirou-a completamente da gaiola e segurou a mão da pessoa que estava perto dele. Então, o instrumento continuou a tocar, sem contato algum e sem mão alguma perto dele”.
“Eu quis depois experimentar que efeito produziríamos ao passar uma corrente elétrica em torno do fio isolado da gaiola. Para esse fim, meu ajudante estabeleceu a comunicação com fios que partiam das pilhas de Grove. De novo o Sr. Home segurou o instrumento dentro da gaiola, do mesmo modo como já foi descrito anteriormente, e imediatamente ele ressoou, agitando-se de um a outro lado com vigor. Mas não me julgo autorizado a dizer se a corrente elétrica, passando em torno da gaiola, veio em auxílio da força que se manifestava no interior”.
“O acordeão ficou então sem nenhum contato visível com a mão do Sr. Home. Ele retirou-a completamente do instrumento e colocou-a sobre a mesa, onde foi segura pela mão da pessoa que se achava perto dele; todos os presentes viram bem que as suas mãos estavam ali. Dois dos assistentes e eu percebemos, distintamente, o acordeão flutuando no interior da gaiola, sem nenhum suporte visível. Após curto intervalo, esse fato repetiu-se uma segunda vez”.
“Então, Home tornou a pôr a mão na gaiola e tomou de novo o acordeão que começou a tocar, a princípio acordes e arpejos e depois uma doce e melancólica melodia, muito conhecida, que foi executada de modo perfeito e belíssimo. Enquanto essa ária era tocada, peguei no braço do Sr. Home, acima do cotovelo e fiz correr levemente a minha mão, até que ela tocasse a parte superior do acordeão. Não se movia nenhum músculo. A outra mão do Sr. Home estava sobre a mesa, visível a todos os presentes, e seus pés conservavam-se sob os pés dos que estavam a seu lado”.
Oportuno colocar o que Palhano diz: “Os Srs. W. Huggins e Sergente Cox, dois notáveis investigadores científicos da Inglaterra, que auxiliaram Crookes nesses experimentos, escreveram-lhe cartas na ocasião em que Crookes apresentou seu relatório à apreciação deles”.
A seguir são colocadas as duas cartas, que deixamos aos interessados a verificação direta no livro Experimentações Mediúnicas de Palhano, onde eles confirmam as pesquisas de Crookes.
Essa experiência de Crookes, que acabamos de relatar, é irrefutável aos que conseguem ver a sua competência como cientista e sua perspicácia no trato com o fenômeno, buscando fugir da mínima possibilidade de ser iludido. Mas ainda assim, aparecerão os que nunca fizeram esse tipo de experimentação para contestar a pesquisa de Crookes, a eles a única coisa que poderemos dizer é que contestar só por contestar não tem nenhum valor científico, se querem que os outros dêem crédito ao que falam, sigam os caminhos que Crookes seguiu e provem com o rigor científico onde está o erro desse sábio, já que quem pretende provar faz juiz da prova àquele a quem dirige o seu discurso.
Os relatos de Crookes impressionam mesmo! Como pode alguém duvidar de tamanho cuidado científico, afinal, ele usou fios, usou testemunhas, usou aparelhos, é uma prova científica!
É a impressão à primeira vista, não é? Mas não é a verdade. Para se comprovar fenômenos físicos, o início, com certeza, foi apropriado. Realizar experimentos, anotar resultados, especular sobre razões. Até aí, nada a argumentar contra. Porém, um dos princípios de qualquer experimento científico é o da máxima neutralidade do investigador. O mesmo tem que evitar, ao máximo, interferir com os experimentos e impedir que forças/situações/condições externas àquelas estudadas atrapalhem os experimentos ou possam, posteriormente, colocar em dúvida os resultados encontrados. Aí entra o primeiro problema.
Se, em uma etapa preliminar, a realização de tais experimentos poderiam ser feitos na casa de Crookes, por questões de maior comodidade, assim como para "deixar o médium mais a vontade" ou "ter a confiança do médium", o pesquisador teria que, pela necessidade de afastar a possibilidade de que sua casa estivesse previamente preparada para tais experimentos, assim como para afastar a possibilidade de o meio interferir com os experimentos, ter repetido os experimentos em outros ambientes (de preferência, ambientes onde uma maior gama de cientistas/estudiosos pudessem assisti-lo). Poderia-se argumentar que ele não fez isso com medo de "represálias" de "um ambiente hostil ao espiritualismo", mas no entanto, sua investigação científica dos fenômenos foi acolhida com congratulações da mídia, da população e da comunidade científica quando ele a anunciou. Nada seria mais fácil para ele do que realizar os mesmos experimentos em outros locais e ambientes, até mesmo com interesse puramente da pesquisa, para saber se o número de pessoas presentes ou o ambiente influenciaria na dita "força psíquica" do médium. No entanto, por razões que só Crookes conhecia, ele se limitou a realizar todos os experimentos em sua casa.
Estranho, mas não sejamos tão duros com Crookes, vamos continuar...
Para realizar os mesmos experimentos com a mesma fonte, um obstáculo se apresentava aos outros que porventura o quisessem: a negativa de Home. Em toda sua vida, ele só permitiu a investigação "científica" de suas faculdades a duas pessoas (por investigação científica não entenda assistir às sessões, mas fazer experimentos como os que Crookes supostamente fez): O próprio Crookes e Alexander von Boutlerow, um professor de química russo que, por uma extranha coincidência do destino, era seu cunhado. As investigações de Boutlerow também apontaram para a "veracidade da mediunidade" de Home.
Aí a coisa complica. Se os assistentes, e em certas ocasiões o próprio Crookes, desafiavam os cientistas que não acreditavam nas suas experiências a repetir o feito, porque não convenceram Home a permitir que estes experimentos acontecessem?
Mas não sejamos duros com o sr. Crookes, por certo não pensou nisso porque estava muito ocupado com sua incessante busca pela verdade!
Mas, não só em sua época, como posteriormente, ainda assim cientistas tentaram reproduzir experimentos da mesma forma que o sr. Crookes, embora com outras "fontes de estudo", ou seja, outros médiuns. Uma delas foi Eusapia Palladino. E a coisa não funcionou como deveria... Alguns dos métodos de controle supostamente empregados por Crookes, como a imobilização dos pés do médium com os pés do pesquisador não impediam que a médium movesse os pés, por exemplo. Mais tarde, Eusapia foi pega usando vários truques, e acabou por confessar a um jornal de Nova York que era uma fraude.
É, aí a coisa começa a ficar complicada. Se os experimentos não eram feitos em outro ambientes que na casa de Crookes, se os cientistas não podiam repetir os experimentos com Homes, e se os métodos de controle de Crookes se mostraram ineficazes, qual garantia teriamos de que o trabalho de Crookes é confiável?
Ora, ao menos temos a chance de verificar os dados concretos colhidos pelo sr. Crookes, não é verdade? Não, não é.
Observem o trecho:
"...Muitas foram as tentativas que fiz; mas devido ao conhecimento imperfeito das condições que favorecem ou contrariam as manifestações da “força”, da maneira caprichosa, aparentemente, como ela se manifesta, e pelo fato de que o Sr. Home está sujeito à inexplicáveis fluxos e refluxos dessa “força”, é que raramente os resultados obtidos puderam ser confirmados e controlados com aparelhos construídos para esse fim em especial”.
Ou seja, ele afirma que fez uma pesquisa científica com o máximo rigor, afirma que esta pesquisa prova que os efeitos mediúnicos são genuínos, mas infelizmente, por um capricho do destino (ou da "força"), ele não pode colher os dados que comprovariam sua tese. Ainda mais que esta "força" tem o terrível hábito de se "manifestar" somente quando "quer" (possivelmente quando se "sentia segura" para não ser "descoberta" sua "verdadeira fonte"?)
Desculpas ao autor do texto, desculpas ao Video, mas este primeiro caso, ao menos quando falamos em ciência e razão, não prova nada.
Vamos ao segundo.
videomaker escreveu:Experiências com a médium Florence Cook
Muitas vezes são os cientistas que correm atrás dos médiuns para fazer suas pesquisas, entretanto no caso de Florence Cook isso não se deu dessa forma. A própria médium é quem procurou Crookes, conforme ela mesma diz:
“O Sr. Crooks fez um comentário que me atormentou e foi por isso que me decidi a ir procurá-lo. Ele recebeu-me e eu lhe disse:
‘Já que acreditais que sou uma impostora, se quiserdes virei submeter-me a experimentos em vossa própria residência. Vossa esposa poderá vestir-me como quiserdes e deixarei convosco o que tiver trazido. Podereis vigiar-me como vos aprouver; submeter-me-ei aos experimentos que desejardes, de modo que vos contenteis em todos os sentidos. Só imponho uma condição: se verificardes que sou agente de uma mistificação, denunciai-me publicamente, mas, se vos certificardes de que os fenômenos são reais e de que eu mais não sou que um instrumento de forças invisíveis, isso direis ao público de modo que todo o mundo tome conhecimento da verdade’”. (PALHANO, 1996).
Devemos observar que a médium Florence Cook “foi a primeira médium entre os ingleses a obter materializações ou corporificações integrais em plena luz”, segundo nos informa Palhano.
Vejamos o relato de Crookes sobre algumas das aparições do espírito Katie King:
“A sessão foi realizada na casa do Sr. Luxmore, e o ‘gabinete’ era uma sala separada da outra, onde estavam os assistentes, dividida por uma cortina. Efetuada a inspeção da sala e feito o exame de fechaduras, a Srta. Cook entrou no gabinete”.
Depois de algum tempo, a forma de Katie apareceu ao lado da cortina, mas depressa se retirou, dizendo que a sua médium não estava boa e não podia ser levada a um sono suficientemente profundo para que não houvesse perigo em afastar-se dela. Achava-me colocado a alguns pés da cortina, atrás da qual a Srta. Cook estava sentada, tocando-a quase, e eu podia ouvir-lhe freqüentemente as queixas e soluços, como se ela estivesse sofrendo. Esta indisposição continuou, por intervalos, durante quase todo o tempo da sessão, e uma vez, enquanto a forma de Katie estava diante de mim, na sala, ouvi distintamente o som de um gemido, idêntico aos que a Srta. Cook tinha feito ouvir, por intervalos, em todo o tempo da sessão, gemido que vinha de trás da cortina onde ela estava sentada”. (grifo do original)
“Confesso que a figura era surpreendente pela aparência de vida e realidade, e, tanto quanto eu podia vez à luz um pouco indecisa, suas feições assemelhavam-se às da Srta. Cook, entretanto, a prova positiva, dada por um dos meus sentidos, de que o suspiro vinha da Srta. Cook, no gabinete, ao passo que a figura estava do lado de fora, esta prova, digo, é muito forte para ser destruída por uma simples suposição do contrário mesmo bem sustentada”. (grifo nosso).
“No dia 12 de março (1874), durante uma sessão em minha casa, depois de ter andado pelo meio de nós e de ter-nos falado por algum tempo, Katie retirou-se para trás da cortina que separava o meu laboratório, (onde se achavam os assistentes) da minha biblioteca que, temporariamente, fazia o ofício de gabinete. Depois de um momento, ela voltou à cortina e chamou-me, dizendo: ‘Entrai no quarto e suspendei a cabeça da médium, que escorregou’. Katie estava diante de mim, vestida com sua roupa branca habitual e trazendo seu turbante. Imediatamente entrei na biblioteca para levantar a Srta. Cook, quando Katie deu alguns passos de lado para deixar-me passar. Com efeito, a Srta. Cook havia escorregado parcialmente do canapé, e sua cabeça pendia em situação muito penosa. Tornei a pô-la sobre o canapé, e, fazendo isso, tive, apesar da obscuridade, a viva satisfação de verificar que a Srta. Cook não trajava o vestuário de Katie, mas trazia o costumado vestido de veludo negro e achava-se em profunda letargia. Não se havia passado mais de três segundos entre o momento em que acomodei a Srta. Cook sobre o canapé (tirando-a da posição em que se achava) e voltei ao meu ponto de observação, quando Katie apareceu-me de novo e disse que pensava poder mostrar-se-me conjuntamente com a sua médium. O gás foi abaixado, e ela me pediu a minha lâmpada de fósforo. Depois de manifestar-se à sua luz, durante segundos, ela restituiu-ma, dizendo: ‘Agora entrai e vinde ver minha médium’, segui Katie de perto na biblioteca e, ao clarão da lâmpada, vi a Srta. Cook repousada no sofá, exatamente como eu a deixara. Olhei em redor de mim para ver Katie, porém ela desaparecera. Chamei-a e não obtive resposta”.
“Voltei ao meu lugar e Katie, reaparecendo logo, disse-me que estivera de pé junto da Srta Cook. Perguntei-lhe se, por si própria, ela não poderia tentar uma experiência; então, tomando das minhas mãos a lâmpada de fósforo, ela passou para trás da cortina, recomendando-me que não olhasse por enquanto para o gabinete. Passados alguns minutos, restituiu-me a lâmpada, dizendo-me nada ter conseguido, pois havia esgotado todo o fluido da médium, mas que tentaria de novo, mais tarde. Meu filho mais velho, rapaz de quatorze anos, que estava sentado defronte de mim, em posição de poder ver atrás da cortina, disse-me que vira distintamente a lâmpada de fósforo parecendo flutuar no espaço por cima da Srta. Cook e iluminando-a, enquanto ela permanecia estendida imóvel no sofá, mas que não vira ninguém segurando a lâmpada” (grifo do original).
“Passo agora para a sessão de ontem à noite em Hackney. Jamais Katie me apareceu com tão grande perfeição; por espaço de duas horas, ela passeou pela sala, conversando familiarmente com todos os presentes. Muitas vezes tomou meu braço e a impressão produzida em meu espírito foi que a meu lado se achava uma mulher viva e não uma visitante de outro mundo, essa impressão, afirmo, foi tão forte, que se me tomou irresistível a tentação de repetir uma recente e curiosa experiência”.
“Pensando que, se não tinha perto de mim um espírito, eu estava, pelo menos, junto de uma senhora, pedi-lhe permissão para tomá-la em meus braços, a fim de poder verificar as interessantes observações que um experimentador audaz tinha feito conhecer de maneira um tanto prolixa. Essa permissão foi-me graciosamente concedida, e utilizei-me dela- convenientemente – como o teria feito em semelhante circunstância todo homem bem educado. O Sr. Volckman ficará encantado sabendo que posso corroborar a sua asseveração, afirmando que o ‘fantasma’ (o qual não empregou nenhuma resistência) era um ser tão material como a própria Srta. Cook. Mas a continuação mostrará como um experimentador procede mal, por mais cuidadosas que sejam as suas observações, se arriscasse a formular uma importante conclusão quando as provas não existem em suficiente quantidade”.
“Katie disse que desta vez ela se julgava capaz de mostrar-se simultaneamente com a Srta. Cook. Abaixei o gás, e depois, com a lâmpada de fósforo, penetrei no quarto que servia de gabinete. Mas, antecipadamente, pedi a um de meus amigos, hábil estenógrafo, que tomasse nota de todas as observações que ouvisse no gabinete, porque conheço a importância que merecem as primeiras impressões, e não queria confiar na minha memória mais do que convinha. Neste momento tenho estas novas sob os olhos”.
“Entrei no quarto com precauções, estava escuro, e foi às apalpadelas que procurei a Srta. Cook. Encontrei-a agachada no soalho. Ajoelhando-me, deixei o ar penetrar na lâmpada e, à sua luz, vi essa moça vestida de veludo negro, como ela estava no começo da sessão, e conservando toda a aparência de completa insensibilidade. Ela não se moveu quando lhe peguei na mão, segurando a lâmpada bem perto do seu rosto, mas continuou a respirar calmamente. Elevando a lâmpada em torno de mim e vi Katie de pé, muito alva e flutuante, como já a tínhamos visto durante a sessão. Prendendo nas minhas uma das mãos da Srta. Cook, ajoelhando-se outra vez, ergui e abaixei a lâmpada, não só para iluminar a figura de Katie, como para plenamente convencer-me de que eu estava realmente vendo a verdadeira Katie que eu havia apertado em meus braços alguns minutos antes, e não o fantasma de cérebro enfermo. Ela não falou, mas moveu a cabeça em sinal de reconhecimento. Por três vezes diferentes, examinei cuidadosamente a Srta. Cook agachada diante de mim, para certificar-me que a mão que eu segurava era a de uma mulher viva, e, por três vezes diferentes, voltei a lâmpada para Katie, a fim de examiná-la com firme atenção, até que não me restasse a mínima dúvida de que ela estava ali na minha frente”.
“Antes de terminar este artigo, desejo fazer conhecer algumas das diferenças que existem entre a Srta. Cook e Katie. A estatura de Katie é variável; em minha casa eu a vi mais alta seis polegadas do que a Srta. Cook. Ontem à noite, com os pés nus e andando nas pontas dos pés tinha quatro polegadas e meia mais que Cook. Ontem à noite, Katie tinha o pescoço descoberto, a pele era perfeitamente doce (suave) ao tato e à vista, ao passo que Cook tem no pescoço uma cicatriz que, em semelhantes circunstâncias, se vê distintamente e é áspera ao tato. As orelhas de Katie são furadas, enquanto que a Srta.Cook usa sempre brincos. A cor de Katie é muito alva, ao passo que a de Cook é trigueira. Os dedos de Katie são muito mais compridos do que os de Cook e seu rosto também é maior. Nos modos de exprimir-se há também muitas diferenças notáveis. (veja fotos 10, 11 e depois 18 a 25)”.
(...) Vi tão bem Katie pela luz elétrica, que posso acrescentar alguns traços às diferenças que, em artigo precedente, estabeleci entre ela e sua médium. Tenho a certeza mais absoluta de que a Srta. Cook e Katie são duas individualidades distintas ao menos no que diz respeito aos seus corpos. Pequenos sinais que se encontram no rosto da Srta Cook não existem no de Katie. Os cabelos de Cook são de castanho tão escuro que permanecem quase negros; um cacho dos de Katie, que tenho sob os olhos e que ela me permitiu cortá-los acompanhado com meus dedos até ao alto da cabeça e ter verificado que eles haviam nascido ali, é de um belo castanho dourado”.(...)
“As sessões quase cotidianas com que ultimamente a Srta. Cook me favoreceu, prejudicaram suas forças, e eu desejo manifestar publicamente os favores que devo pela boa vontade com que me auxiliou nas minhas experiências. Ela aceitou de boa mente submeter-se a todas as provas que lhe propus; sua palavra é franca e vai diretamente ao alvo, e jamais vi coisa alguma que traísse a mais leve aparência do desejo de enganar. Certamente, não creio que, se ela empregasse a fraude, tivesse sido bem sucedida; e se ela o tentasse, seria prontamente desmascarada, porque tal modo de proceder é inteiramente estranho à sua natureza. E quanto a imaginar que uma inocente colegial de quinze anos tenha sido capaz de conceber e realizar durante três anos, com todo êxito, uma impostura tão gigantesca como essa, e que, durante esse tempo, ela se tenha submetido a todas as condições que exigimos dela; que haja suportado as investigações mais minuciosas; que tenha pedido para ser revistada a qualquer momento, quer antes, quer depois das sessões; que tenha obtido ainda mais êxitos em minha própria casa do que na de seus pais, sabendo que aí veio expressamente para submeter-se a rigorosas provas científicas; quanto a imaginar, digo, que Katie King dos três últimos anos é o resultado de uma impostura, isso faz mais violência à razão e ao bom senso do que acreditar que ela seja o que ela própria afirma”.
(...) “Eu não disse que esses fatos eram possíveis, o que afirmei é que são verdadeiros”.
Além disso, Crookes tirou várias fotografias de Katie King, quando das materializações.
Quem irá se aventurar a provar que William Crookes cometeu alguma falha em suas experiências?
Lá vamos nós, o caso de Katie King. De início, quero contestar não o caso, mas o texto do autor. Diz ele no início:
Devemos observar que a médium Florence Cook “foi a primeira médium entre os ingleses a obter materializações ou corporificações integrais em plena luz (grifo meu)”, segundo nos informa Palhano.
Porém, diz Crookes:
"...e, tanto quanto eu podia vez à luz um pouco indecisa..."
"...e, fazendo isso, tive, apesar da obscuridade..." (e, posteriormente, ainda que estivesse escuro, "O gás foi abaixado...")
"Entrei no quarto com precauções, estava escuro, e foi às apalpadelas que procurei a Srta. Cook."
Ao contrário do que afirma Palhano, os relatos de Crookes nos informa que as materializações, quando muito, eram feitas a meia luz ou à luz de lamparinas.
Mas vamos ao caso em si. A primeira coisa que quero chamar a atenção é para o fato de que, segundo os relatos de Crooks, a médium sempre ficava atrás de cortinas, enquanto o "espírito" se materializava. Pergunto: Por quê? Até onde eu estudei do espiritismo, não existe nada na doutrina que diga que o corpo do "médium" deva ficar "escondido" para que um espírito se materialize. Então por que Florence tinha que ficar atrás de cortinas para Katie se materializar?
Essa é uma pergunta até hoje não respondida, mas vamos continuar.
Outro ponto importante: os relatos de Crookes são tudo o que temos. E por quê? Porque ninguém mais, além do próprio Crookes, entrou atrás das cortinas durante as materializações. Observem o relato, os assistentes ficavam na sala ao lado, o esteneógrafo também, os convidados também, o filho de Crooks também. Somente Crookes atravessava a bendita cortina. Mais uma vez, por quê? Não seria do interesse da pesquisa que pelo menos os assistentes entrassem? Não seria do máximo interesse da pesquisa, uma forma de provar de forma cabal que eram "dois corpos diferentes" que enquanto Crookes tocava em Florence, um dos assistentes fizesse o mesmo com Katie? Ou que enquanto Katie estava fora das cortinas conversando com Crookes, um dos assistentes pelo menos ficasse lá dentro com Florence? Não era o objetivo da pesquisa afastar toda e qualquer possibilidade de fraude? Existiria método mais seguro do que este? (Além, é claro, de não haver cortinas).
Antes de continuar, uma última pergunta:
No "climax" da narrativa, ou seja, na suposta materialização de Katie ao lado de Florence, por que cargas d'água ela não falou, e Crookes não pegou também na mão dela, limitando-se simplesmente a se contentar com "um aceno de cabeça". Ora, isso fica até chato, porque podemos imaginar pelo menos 50 maneiras diferentes de colocar em um quarto escuro atrás de cortinas marionetes, com cabeça móvel com fios ligados à mão da médium supostamente incosciente, que poderiam fazer mover tal cabeça. Por que o tal "espírito" não falou com Crookes enquanto ele pegava na mão de Florence? Por que Crookes não pegou na mão de Katie? Por que Katie simplesmente não se agachou, junto com Crookes, perto de Katie?
Muitas perguntas sem resposta, isso que nem entrei na questão da luminosidade do ambiente...
Mas vamos deixar estas perguntas de lado, por um momento, e vamos mesmo admitir, mesmo que sem qualquer indício forte neste sentido, de que Crookes realmente realizou tudo que disse, que ele o fez em boa fé e que todas as impressões que apresenta em seu relato são realmente impressões que ele teve.
O primeiro caso a se discutir, por importância dada pelo próprio autor do texto que grifou as passagens, é o tal suspiro na primeira sessão. Crookes considerou o mesmo tão importante que chegou a afirmar que "esta prova, digo, é muito forte para ser destruída por uma simples suposição do contrário mesmo bem sustentada”.
Interessante... Ele é o cientista cético??? Engraçado nunca ter ouvido falar da antiga arte do ventriloquismo, ou se já tivesse ouvido falar (o que é mais provável) não tivesse nem sequer pensado em tal possibilidade, chegando a considerar o suspiro como prova tão forte que não pode nem mesmo ser colocada em dúvida... Fico pensando qual seria a concepção da época para um cientista místico, ou religoso.
Outro ponto que chama muito a atenção é: no interlúdio das tentativas frustradas de "se materializar junto a sua médium", Katie apareceu várias vezes à cortina e chamou por Crookes (como da vez que pediu para arrumar a cabeça da médium). Ora, ela então estava se materializando no mesmo cômodo que a médium já. O simples fato de Crookes ver ou não ver implicaria em uma "carga psíquica" maior que "consumiria mais fluído" da médium? Não é possível, pois a materialização era física (Crookes tocava nela, ela tocava nas outras pessoas), assim o fato de alguém ver ou não ela perto da médium não deveria influenciar em nada à materialização. No entanto, ela preferia sumir toda vez que Crookes entrava em contato visual com Florence, só aparecendo junto à mesma e Crookes uma única ocasião, em um quarto escuro, onde se limitou a balançar a cabeça...
Atitude no mínimo estranha de um espírito e de uma médium que se dispuseram a provar a todo o mundo que não eram fraudes...
Ah, mas uma criança de quatorze anos que diz ter visto uma lâmpada voando sobre a cabeça da médium acaba com todas estas dúvidas...

Por fim, antes de tratar das fotos que supostamente comprovariam a veracidade dos relatos, quero ainda tratar de dois pontos:
1 - O Sr. Volckman, que Crookes cita, foi um homem que, observando uma das sessões de Florence na casa dela, durante uma das "aparições de Katie", resolveu comprovar a fraude e segurou a menina. Imediatamente dois homens, um dos quais era o noivo de Florence, o agarraram e soltaram Katie dele, afirmando que depois disso Katie teria sumido.O estranho é que Volckman garantiu ter machucado o nariz de "Katie", e nem ela nem Florence apareceram mais aquela noite.
2 - Ele fala que uma "inocente colegial" não seria capaz de engredar tamanha farsa. Talvez não mesmo, talvez fosse necessária a participação de adultos, como sua mãe (incidentemente, a irmã de Florence também se tornou uma "médium de efeitos físicos), seu noivo e quem sabe o próprio Crookes. Entretanto, anos antes, uma menina de 7 e outra de 10 anos (Kate e Margareth Fox) deram origem a uma onda mística nos Estados Unidos que chegaria à própria França e seria um dos motivadores para o início das pesquisas de Kardec. Estas mesmas inocentes meninas, com certeza ainda mais inocentes que uma colegial de 15 anos, iriam anos mais tarde admitir, publicamente, que realizaram fraudes durante os tais fenômenos que produziam, fraudes que foram posteriormente comprovadas e explicadas...
Agora, as fotos.
Crookes cita uma série de diferenças entre Katie e Florence, e afirmou que tais diferenças aparecem nas fotos. O engraçado é que só ele e seus assistentes concordam quanto à existência destas diferenças, já que a maior parte das pessoas, ao olhar as fotos (inclusive na época) percebem, ao contrário, uma incrível semelhança entre "Katie" e Florence. Mas cada um que julgue, coloco aqui um link com as fotos e demonstrações das semelhanças:
http://www.ceticismoaberto.com/referenc ... ieking.htm.
Além destas, há ainda uma imagem em que as duas aparareceriam juntas. Esta foto pode ser encontrada neste link:
http://www.survivalafterdeath.org/photo ... okes/1.htm
Se você observar a foto, verá que se por um lado podemos identificar a mulher deitada na cadeira, por outro, o que supostamente seria "Katie" não é passível de averiguação, podendo ser simplesmente um chapeleiro com um vestido por cima. Por que tantas margens para dúvidas, se a intenção era provar a veracidade do fato para o mundo?
No mais, sobre Florence Crooks, gostaria somente de contar o final da história, que os espíritas infelizmente se esquecem de contar...
Depois de uma série de sessões, Katie apareceu e se despediu de Crookes e dos presentes, dizendo que não mais poderia se manifestar porque sua médium estava perdendo as forças. Coincidentemente, naquele mesmo ano, Florence se casou.
Anos mais tarde, já casada, Florence parece que recuperou sua "força psíquica", já que novamente passou a materializar um espírito, que porém não era mais Katie, mas Marie. Em uma destas sessões em sua casa, estava Sir George Sitwell (ele, sim, um cético). Como não se convencesse de que "Marie" era realmente um espírito, resolveu fazer o que Volckman havia tentado, segurou "Marie" pelos ombros e a despiu. Como desta vez ela não tinha ajuda de ninguém para impedir Sitwell, acabou por ser desmascarada: ao ser despida de suas roupas de "espírito", "Marie" revelou ser ninguém mais ninguém menos que a própria Florence. Ao que parece, a hipótese da "inocente colegial" orquestrando tudo não era a mais irracional, como pensara, se é que pensara, Crookes.
videomaker escreveu:Conclusão
Infelizmente o grande público não sabe absolutamente nada sobre as inúmeras experiências científicas que provam a sobrevivência da alma, como essas que acabamos de narrar.
E parece que tampouco os espíritas sabem.
videomaker escreveu:... Por isso fica fácil para alguns usar de certo prestígio que sua função de religioso traz, para pregar que tudo não passa de produto do inconsciente, só que nunca se propôs a provar, diante das câmaras de TV, como é de seu gosto, essa tese. E aqui podemos fazer um desafio a esse pseudocientista, aos seus discípulos e a todos que pensam como ele, que façam uma contraprova a tudo quanto temos que comprova a sobrevivência do espírito.
Religioso eu não sou, mas é só trazer mais destas "provas" que a gente analisa aqui.
videomaker escreveu:No caso do religioso televisivo seria interessante que percebesse que quando lança lama nos outros acaba por se enlamear também. Sua pregação em dizer que os “mortos” não se comunicam o leva a deixar em situação vexatória o livro em que, segundo acredita, está escrita a palavra de Deus. Como? É simples: já que diz do absurdo de Deus proibir a comunicação com os mortos, apesar dela não existir. A proibição que usam contra nós é o maior atestado que ela pode existir, não é mesmo?
Apesar de não acreditar em nada disso, tenho que concordar, é um belo raciocínio (dentro da lógica religiosa, é claro), ponto para ele.
videomaker escreveu:Por outro lado, os que comungam de sua crença religiosa ficam fazendo um rosário de pedido aos santos, eles atendem, inclusive muitos foram declarados santos por ter atendido a algum pedido, os fiéis agradecem-lhes pagando a promessa feita. O que fazem na verdade senão pedir aos santos, todos já mortos, para intercederem por eles junto a Deus a fim de obter uma graça particular, se isso não for também uma comunicação com os mortos o que será então? Devemos mudar no dicionário o conceito de comunicação? Ou ficaremos com a hipótese da incoerência deles? Ficamos com essa última.
Aí já está passando para a guerra entre as religiões, prefiro não me meter.
videomaker escreveu:Foi noticiado há tempos atrás uma manifestação espiritual acontecida dentro de uma igreja católica. Determinado casal celebrando sua bodas de prata participa de uma missa, cujo acontecimento foi gravado em fita de vídeo-cassete. Certo tempo depois, familiares observando bem essa fita, perceberam, que bem ao fundo da igreja, dois jovens saindo do lado direito em direção ao lado oposto.
Um deles foi identificado como sendo um neto do casal que já havia falecido, justamente o que se ajoelha ao chegar ao lado esquerdo. A opinião desse pseudocientista: fruto do inconsciente; algum familiar deveria estar pensando no jovem aí conseguiu imprimir na fita sua presença. Faremos uma pergunta: o jovem não identificado saiu do inconsciente de outra pessoa? Como não apresentou uma prova científica da sua tese de que as imagens dos dois jovens em movimento tenham saído do inconsciente de alguém, pediremos que, mesmo tardiamente, a apresente ao grande público indo a uma emissora de TV e fizesse, pessoalmente ou por outra pessoa, de igual modo ao que sustenta ter acontecido. Seria uma ótima oportunidade da emissora também provar que não está literalmente caindo “no conto do vigário”.
Para mim, tanto a explicação parapsicológica quanto a espírita são absurdas, com toda a sinceridade.
videomaker escreveu:Sabemos ser possível uma pessoa impressionar uma chapa fotográfica com imagens que mentaliza, fato até comprovado cientificamente,
É mesmo!!!! Essa eu não sabia, queria ver uma prova, já que é "comprovado cientificamente".
Vou começar a fotografar meus pensamentos hoje mesmo.

videomaker escreveu:"...mas até agora ninguém fez nenhuma experimentação idêntica com uma fita de vídeo."
E cadê o experimento que comprova ser possível com chapas fotográficas?
videomaker escreveu:Pressupomos que para o caso de alguém conseguir fazê-lo, teria que mentalizar inúmeras imagens, num período curtíssimo, de tal forma que pudesse dar movimento a essa imagem. Nas fotos, por ser uma imagem parada, isso não deve ser muito difícil para quem possui esse “dom”. A concentração necessária para o fenômeno é conseguida, apesar de exigir determinado período de tempo para atingi-la, mas colocar em movimento, inclusive, em detalhes mínimos, já que o jovem identificado até mesmo consertou os óculos que estava usando (é no mundo espiritual existem coisas desse tipo), deverá requerer uma concentração muito mais aguçada e o tempo, com certeza, não seria suficiente para tantas imagens desses dois jovens de modo a acompanhar a gravação no exato momento do acontecimento. Deixemos a ele o direito de resposta, não com argumentos, mas com prova incontestável diante da TV, para milhares de pessoas assistirem e assim podermos acabar de vez com essa insana perseguição, pois daí “se tenho razão, os outros acabarão por pensar como eu, se estou errado, acabarei por pensar como os outros” (Kardec).
Especulações em cima de outras especulações. Em todo caso, gostaria de saber por que alguém precisaria de óculos no mundo espiritual. Levando em conta que acusam os ateus de "Cegueira espiritual", isso significa que, para os espíritas, teremos que todos usar óculos neste mundo?
videomaker escreveu:E, para finalizar, trazemos importante consideração de Crooks. Diz esse sábio:
“... é dever do investigador abster-se de todo o sistema de teorias, até que ele tenha reunido um número de fatos suficientes para formar uma base sólida sobre a qual ele possa raciocinar... É preciso banir completamente as idéias românticas e as supersticiosas; os passos do investigador devem ser guiados por uma razão tão fria e desapaixonada quanto os instrumentos dos quais ele se vale para o seu trabalho”.
Referência Bibliográfica
PALHANO Jr., L. Experimentações Mediúnicas, Rio de Janeiro: CELD, 1996
É, na teoria ele sabia, pena que foi incapaz de aplicar na prática quando o assunto esbarrou com suas crenças pessoais...
Para finalizar, uma pergunta: Por que hoje em dia, onde tudo seria mais fácil de ser registrado, e assim comprovado, não acontecessem mais os fenômenos espetaculares de "efeito físico" que aconteciam no passado? Imagina um caso de "mesas girantes" ou de "materialização" como de Florence Cook, poderiam ser filmados com boa qualidade e assim apresentarem um forte indício da veracidade destes fenômenos. Então, por que já não acontecem mais de forma tão espetacular, e os que supostamente acontecem simplesmente não são registrados devidamente?
Believe on the power of the dreams, but never on the contents of it.
Re: Re.: O Planeta Chupão
Najma escreveu:Sabe, Botânico, o negócio é o seguinte:
Se eu falar pra você que eu tirei uma foto do Elvis aqui em um supermercado de Pindamonhangaba e nunca mais houver nem sinal do Elvis, eu poderei dizer que:
a. Houve materialização do espírito de Elvis uma só vez no supermercado Excelsior, à rua Frederico Machado e eu o fotografei;
b. Havia um sósia do Elvis por lá e eu o fotografei...
Como provar que era o sósia, ou a materialização do espírito do Elvis apenas a partir de UMA foto?
Sim, sim, eu entendi o argumento... Mas aí no caso do Crookes E DE VÁRIOS OUTROS, alegam que tiraram VÁRIAS fotos e que haviam tomado precauções para impedir fraudes (ou seja, que o médium usasse de algum artifício ou que algum cúmplice o ajudasse). Além disso, testemunhas envolvidas declararam TER RECONHECIDO nas formas materializadas parentes falecidos e QUE OS MÉDIUNS NUNCA CONHECERAM. Eusápia Palladino materializou a mãe do Dr Evaristo Testa, mas por sua posição, ele não viu a forma materializada de frente, mas esta declarou ser sua mãe. Um colega dele, que estava melhor posicionado, descreveu-a e Testa confirmou que era mesmo a sua mãe. O amigo estranhou:
_ Mas não pode ser, pois a forma que vi é de uma moça.
E Testa endossou:
_ Foi isso mesmo: minha mãe morreu aos 20 anos.
Ninguém sabia disso. No dia seguinte, Testa reuniu uma série de fotos de mulheres de sua família, mais ou menos aos 20 anos, tendo o cuidado de incluir uma tia, que se parecia mais com ele do que sua própria mãe. Entregou o pacote ao amigo e pediu para que identificasse a forma tinha visto e no meio do pacote ele reconheceu a mãe de Testa.
A mesma coisa aconteceu com Florence Marryat, que reconheceu a filha falecida quando bebê, mas que apresentou-se na forma materializada de uma adolescente (correspondente à idade que teria se não tivesse morrido) e manteve uma deformação característica no lábio superior para que fosse reconhecida. E nesta mesma sessão, A MÉDIUM E A FANTASMA foram vistas juntas AO MESMO TEMPO.
Bem, porém vocês céticos vêm com as afirmações de que tudo isso é evidência anedota e nada prova. Agora então eu gostaria de saber o que provaria alguma coisa e poderia servir então de base para se fazer novos experimentos, agora do jeito certo...
Com a palavra, vocês céticos.
APODman escreveu:Aleluia, vc leu o texto !!
Pois é Botânico,
No texto Richet traça uma defesa da existência de fenômenos de sexto sentido que poderiam ser causados por espíritos ( o Zangari debateria melhor sobre este campo ).
MAS
"No sentido exato, quando lidando com metapsíquicos físicos, com ectoplasmas, com materializações, com luzes, com batidas, com levitações, com impressões em gesso, com contatos por toques ou mãos, com fantasmas que caminham, digo no sentido estrito, como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas."
Ou seja: tecnicamente estes fenômenos não constituiram provas nem para Richet e tanto ele como eu, consideramos que "como estes fenômenos quase sempre acontecem na escuridão e dependem apenas de um número pequeno de testados cuja honestidade é problemática, nós podemos muito bem pedir por novas provas e manter certas dúvidas."
Está na hora de mudar o disco Botânico, começe a falar sobre clarividência, vidência, psicografia, psicofonia, etc.
Mas por favor...Crookes e turma de novo não !![]()
[ ]´s
Não vou mudar por um motivo muito simples: mesmo nesse texto o Richet NÃO DISSE QUE NÃO SE PROVAVA NADA E SIM QUE AO SE CONFRONTAR OS DOIS TIPOS DE FENÔMENOS, o sujetivo (sexto sentido) e os objetivos (materializações e efeitos físicos) os segundos PODERIAM dar margem àquelas dúvidas. PODERIAM, mas isso não significa que necessariamente só seriam produto de fraude. É como se eu dissesse: os paralamentares brasileiros freqüentemente são acusados de serem corruptos. Quero dizer com isso que há políticos corruptos por aqui, mas não que TODOS os políticos são corruptos. Há entre eles alguns que não são.
A mesma coisa eu entendi daquelas palavras de Richet, meu caro, mas você está com a mente fechada pelo espírito da fé cética e quer lhe emprestar mais do que significa. Por acaso você tem aí o texto de Richet onde ele desmente ter dito que os experimentos de Crookes eram granito puro? Ou que tenha se retratado desta afirmação por tais e quais considerações?
Ou tudo o que tem é só isso aí acima e acha que tem muito?
Re: "
Lord of Dreams escreveu:Para finalizar, uma pergunta: Por que hoje em dia, onde tudo seria mais fácil de ser registrado, e assim comprovado, não acontecessem mais os fenômenos espetaculares de "efeito físico" que aconteciam no passado? Imagina um caso de "mesas girantes" ou de "materialização" como de Florence Cook, poderiam ser filmados com boa qualidade e assim apresentarem um forte indício da veracidade destes fenômenos. Então, por que já não acontecem mais de forma tão espetacular, e os que supostamente acontecem simplesmente não são registrados devidamente?
Senhor Sonhador é o seguinte, conforme você já pode ter lido nos meus posts aqui: os céticos garantem que mesmo filmes, fotos, vídeos, câmaras infra-vermelhas, etc e tal, DE ÓTIMA OU DA MELHOR QUALIDADE POSSÍVEL, NÃO PROVAM ABSOLUTAMENTE NADA. São tudo evidência anedota.
Então me dê um motivo para que nós espíritas e médiuns percamos nosso tempo com essa gente.
Re: Re.: O Planeta Chupão
Botanico escreveu:Najma escreveu:Sabe, Botânico, o negócio é o seguinte:
Se eu falar pra você que eu tirei uma foto do Elvis aqui em um supermercado de Pindamonhangaba e nunca mais houver nem sinal do Elvis, eu poderei dizer que:
a. Houve materialização do espírito de Elvis uma só vez no supermercado Excelsior, à rua Frederico Machado e eu o fotografei;
b. Havia um sósia do Elvis por lá e eu o fotografei...
Como provar que era o sósia, ou a materialização do espírito do Elvis apenas a partir de UMA foto?
Sim, sim, eu entendi o argumento... Mas aí no caso do Crookes E DE VÁRIOS OUTROS, alegam que tiraram VÁRIAS fotos e que haviam tomado precauções para impedir fraudes (ou seja, que o médium usasse de algum artifício ou que algum cúmplice o ajudasse). Além disso, testemunhas envolvidas declararam TER RECONHECIDO nas formas materializadas parentes falecidos e QUE OS MÉDIUNS NUNCA CONHECERAM. Eusápia Palladino materializou a mãe do Dr Evaristo Testa, mas por sua posição, ele não viu a forma materializada de frente, mas esta declarou ser sua mãe. Um colega dele, que estava melhor posicionado, descreveu-a e Testa confirmou que era mesmo a sua mãe. O amigo estranhou:
_ Mas não pode ser, pois a forma que vi é de uma moça.
E Testa endossou:
_ Foi isso mesmo: minha mãe morreu aos 20 anos.
Ninguém sabia disso. No dia seguinte, Testa reuniu uma série de fotos de mulheres de sua família, mais ou menos aos 20 anos, tendo o cuidado de incluir uma tia, que se parecia mais com ele do que sua própria mãe. Entregou o pacote ao amigo e pediu para que identificasse a forma tinha visto e no meio do pacote ele reconheceu a mãe de Testa.
A mesma coisa aconteceu com Florence Marryat, que reconheceu a filha falecida quando bebê, mas que apresentou-se na forma materializada de uma adolescente (correspondente à idade que teria se não tivesse morrido) e manteve uma deformação característica no lábio superior para que fosse reconhecida. E nesta mesma sessão, A MÉDIUM E A FANTASMA foram vistas juntas AO MESMO TEMPO.
Bem, porém vocês céticos vêm com as afirmações de que tudo isso é evidência anedota e nada prova. Agora então eu gostaria de saber o que provaria alguma coisa e poderia servir então de base para se fazer novos experimentos, agora do jeito certo...
Com a palavra, vocês céticos.
O problema, como você já deve estar cansado de saber, é que há uma necessidade premente de existir a possibilidade de reproduzir agora, em ambiente controlado e livre MESMO de qualquer possibilidade de fraude, isso tudo que alegam que foi possível no passado. Sem esta possibilidade, infelizmente qualquer foto, qualquer filme ou outra evidência, fica por "conto de vigário" e quem quiser que conte outra...

Para reproduzir bastaria que algum médium, reconhecidamente de efeito físico, se dispusesse a auxiliar os pobres cabeças duras céticos nessa empreitada.
Pergunta: - Você conhece algum?
Beijos
PS: Eu tenho certeza que a existência de médiuns de efeito físico não se trata de cabeça de bacalhau que todo mundo sabe que existe mas ninguém que eu conheça jamais viu.

Re.: O Planeta Chupão
Mr. M 

"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: "
Botanico escreveu:Então me dê um motivo para que nós espíritas e médiuns percamos nosso tempo com essa gente.
O que fazes aqui?

Para que estes rompantes bobos?
- salgueiro
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Re: "
Spitfire escreveu:Botanico escreveu:Então me dê um motivo para que nós espíritas e médiuns percamos nosso tempo com essa gente.
O que fazes aqui?![]()
Para que estes rompantes bobos?
Em alguns momentos, perante determinados "argumentos" dá uma canseira.

Em outro tópico, trouxe a baila em contrapartida ao argumento que essas manifestações já não acontecem mais, o Experimento Scole. Ganhei como "resposta" que ele foi produzido no escurinho, então .....

Bjs
- Lord of Dreams
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Re: "
Botanico escreveu:Lord of Dreams escreveu:Para finalizar, uma pergunta: Por que hoje em dia, onde tudo seria mais fácil de ser registrado, e assim comprovado, não acontecessem mais os fenômenos espetaculares de "efeito físico" que aconteciam no passado? Imagina um caso de "mesas girantes" ou de "materialização" como de Florence Cook, poderiam ser filmados com boa qualidade e assim apresentarem um forte indício da veracidade destes fenômenos. Então, por que já não acontecem mais de forma tão espetacular, e os que supostamente acontecem simplesmente não são registrados devidamente?
Senhor Sonhador é o seguinte, conforme você já pode ter lido nos meus posts aqui: os céticos garantem que mesmo filmes, fotos, vídeos, câmaras infra-vermelhas, etc e tal, DE ÓTIMA OU DA MELHOR QUALIDADE POSSÍVEL, NÃO PROVAM ABSOLUTAMENTE NADA. São tudo evidência anedota.
Então me dê um motivo para que nós espíritas e médiuns percamos nosso tempo com essa gente.
Jardineiro, na ânsia de defender seu ponto de vista, você está "torcendo" um pouco as palavras de outras pessoas em favor do seu argumento.
O que eu vi aqui são que céticos não aceitam qualquer coisa como prova, comportamento louvável do ponto de vista do método científico. São dois os pontos que você absolutamente passa por cima no seu argumento:
1 - As fotos e vídeos de "ótima qualidade" simplesmente não existem na comprovação de casos sobrenaturais, ao menos até hoje. Todas, por alguma razão, apresentam problemas e não são totalmente nítidos.
2 - Fotos sozinhas são indícios, não provas. Com toda a certeza, além das mesmas terem que ser verificadas para analise de possíveis montagens, elas tem que vir acompanhadas de demonstrações que liguem o que aparece na foto às causas apresentadas para que aquilo apareça na foto.
São vários os bons motivos que eu dou para que "vocês percam tempo conosco": vocês mesmos afirmam que o que fazem é ciência. Vocês mesmos afirmam que o espiritismo veio para trazer a verdade, de forma racional, ao mundo. Vocês mesmos vivem criticando a "ciência ortodoxa" que não aceita os efeitos sobrenaturais. Vocês mesmos dizem que o que "estudam" são fatos inegáveis. Vocês mesmos dizem que é hora do mundo prestar mais atenção às "verdades além da matéria". Você mesmo, assim como outros espíritas, espiritualistas, ocultistas e outros que acreditam e estudam casos "paranormais"/"mediúnicos" participam de fóruns de céticos como este para argumentar em favor do seu ponto de vista...
Believe on the power of the dreams, but never on the contents of it.