Bizarrices pós-modernistas
Enviado: 05 Mar 2007, 00:22
Peguei um trecho de "O Capelão do Diabo" (Richard Dawkins) de um blog (alterei um trecho da tradução).Vejam os trechos em negrito e vejam se isso não lembra uma certa pessoa.
Link: http://marciosantana.blogspot.com/2005_ ... chive.html
"Suponha que você seja um impostor intelectual que não tenha nada a dizer, mas com fortes ambições de sucesso na vida acadêmica, que deseje colecionar um círculo social de discípulos reverentes e ter os estudantes ao redor do mundo sublinhando respeitosamente suas páginas com um daqueles marcadores amarelos. Que tipo de estilo literário você cultivaria? Não um lúcido, seguramente, pois a clareza exporia sua falta de conteúdo. Provavelmente você irá produzir algo como o que segue:
"Podemos ver claramente que há uma correspondência bi-unívoca entre o significado linear das ligações ou arquiescritos, dependendo do autor, e essa multi-referenciação, essa máquina de catálise multidimensional. A simetria da escala, a transversatilidade, o caráter fático não-discursivo de sua expansão: todas estas dimensões removem de nós a lógica do cerne da exclusão e nos reafirmam na dimensão do binarismo ontológico que criticamos anteriormente."
Esta é uma citação do pscinalatista Felix Guattari, um dos muitos ‘intelectuais’ pós-modernos franceses apresentados por Alan Sokal e Jean Bricmont em seu esplêndido livro Imposturas Intelectuais, originalmente publicado em francês e agora circulando em uma edição inglesa totalmente reescrita e revisada. Guattari entra indefinidamente neste rumo e oferece, na opinião de Sokal e Bricmont, “a mais brilhante mistura do jargão científico, pseudocientífico e filosófico que jamais encontramos”. O colaborador íntimo de Guattari, o novato Gilles Deleuze, tem um talento similar para escrever:
"Em primeiro lugar, a singularidade de eventos corresponde à série heterogênea que é organizada em um sistema que nem é estável nem instável, mas que chega a ser ‘meta-estável’, dotado com uma energia potencial em que são distribuídas as diferenças entre série... Em segundo lugar, as singularidades possuem um processo de auto-unificação, continuamente móvel e descolam a extensão que um elemento paradoxal atravessa a série e os faz ressonar, enquanto envolvendo os pontos singulares correspondentes em um único ponto aleatório e todas as emissões, todos os lançamentos de dados, em um único elenco."
(...)
Sokal e Bricmont são professores de física, respectivamente, da Universidade de Nova Iorque e da Universidade de Louvain na Bélgica. Eles limitaram suas criticam àqueles livros que se aventuraram em invocar conceitos da física e da matemática. Aqui eles sabem do que estão falando, e seu veredicto é inequívoco. Sobre Jacques Lacan, por exemplo, cujo nome é venerado por muitos nos departamentos de ciências humanas nas universidades americanas e britânicas, não existe dúvida de que ele simula compreender profundamente a matemática:
"...embora Lacan use um bocado de palavras-chaves da teoria matemática sobre a compacidade, ele as mistura arbitrariamente e sem a menor consideração com seu significado. Sua ‘definição’ de compacidade não é apenas errada: é um blabláblá."
Eles citam adiante uma parte notável da argumentação de Lacan:
Assim, calculando aquele significado de acordo com o método algébrico usado aqui, isto é:
http://photos1.blogger.com/hello/274/15 ... s_img1.jpg (ver equação no link)
Você não precisa ser um matemático para ver que isto é ridículo. Recorda um personagem de Aldous Huxley que provou a existência de Deus dividindo zero em um número, derivando disto o infinito. Em uma parte adiante da argumentação isto se mostra completamente típico do gênero, Lacan irá concluir que o órgão erétil:
...é equivalente a raiz quadrada de -1 do significado produzido acima, da junção que restabelece pelo coeficiente de sua declaração a falta de significado (-1). ".
Link: http://marciosantana.blogspot.com/2005_ ... chive.html
"Suponha que você seja um impostor intelectual que não tenha nada a dizer, mas com fortes ambições de sucesso na vida acadêmica, que deseje colecionar um círculo social de discípulos reverentes e ter os estudantes ao redor do mundo sublinhando respeitosamente suas páginas com um daqueles marcadores amarelos. Que tipo de estilo literário você cultivaria? Não um lúcido, seguramente, pois a clareza exporia sua falta de conteúdo. Provavelmente você irá produzir algo como o que segue:
"Podemos ver claramente que há uma correspondência bi-unívoca entre o significado linear das ligações ou arquiescritos, dependendo do autor, e essa multi-referenciação, essa máquina de catálise multidimensional. A simetria da escala, a transversatilidade, o caráter fático não-discursivo de sua expansão: todas estas dimensões removem de nós a lógica do cerne da exclusão e nos reafirmam na dimensão do binarismo ontológico que criticamos anteriormente."
Esta é uma citação do pscinalatista Felix Guattari, um dos muitos ‘intelectuais’ pós-modernos franceses apresentados por Alan Sokal e Jean Bricmont em seu esplêndido livro Imposturas Intelectuais, originalmente publicado em francês e agora circulando em uma edição inglesa totalmente reescrita e revisada. Guattari entra indefinidamente neste rumo e oferece, na opinião de Sokal e Bricmont, “a mais brilhante mistura do jargão científico, pseudocientífico e filosófico que jamais encontramos”. O colaborador íntimo de Guattari, o novato Gilles Deleuze, tem um talento similar para escrever:
"Em primeiro lugar, a singularidade de eventos corresponde à série heterogênea que é organizada em um sistema que nem é estável nem instável, mas que chega a ser ‘meta-estável’, dotado com uma energia potencial em que são distribuídas as diferenças entre série... Em segundo lugar, as singularidades possuem um processo de auto-unificação, continuamente móvel e descolam a extensão que um elemento paradoxal atravessa a série e os faz ressonar, enquanto envolvendo os pontos singulares correspondentes em um único ponto aleatório e todas as emissões, todos os lançamentos de dados, em um único elenco."
(...)
Sokal e Bricmont são professores de física, respectivamente, da Universidade de Nova Iorque e da Universidade de Louvain na Bélgica. Eles limitaram suas criticam àqueles livros que se aventuraram em invocar conceitos da física e da matemática. Aqui eles sabem do que estão falando, e seu veredicto é inequívoco. Sobre Jacques Lacan, por exemplo, cujo nome é venerado por muitos nos departamentos de ciências humanas nas universidades americanas e britânicas, não existe dúvida de que ele simula compreender profundamente a matemática:
"...embora Lacan use um bocado de palavras-chaves da teoria matemática sobre a compacidade, ele as mistura arbitrariamente e sem a menor consideração com seu significado. Sua ‘definição’ de compacidade não é apenas errada: é um blabláblá."
Eles citam adiante uma parte notável da argumentação de Lacan:
Assim, calculando aquele significado de acordo com o método algébrico usado aqui, isto é:
http://photos1.blogger.com/hello/274/15 ... s_img1.jpg (ver equação no link)
Você não precisa ser um matemático para ver que isto é ridículo. Recorda um personagem de Aldous Huxley que provou a existência de Deus dividindo zero em um número, derivando disto o infinito. Em uma parte adiante da argumentação isto se mostra completamente típico do gênero, Lacan irá concluir que o órgão erétil:
...é equivalente a raiz quadrada de -1 do significado produzido acima, da junção que restabelece pelo coeficiente de sua declaração a falta de significado (-1). ".