" Na hora, eu queria matar " ( a namorada )
Enviado: 13 Mar 2007, 12:35
Sexta-feira de manhã, o adolescente de 15 anos que admitiu ter estrangulado a namorada Juliana Rodrigues da Cruz, 18, na Vila Jockey Club, foi chamado à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) para fazer um exame para comprovar que foi agredido por vizinhos que queriam linchá-lo. Depois da autorização do pai, ele topou conversar com o 'Diário' enquanto fazia um lanche e aguardava a chegada dos profissionais que fariam a análise, por volta do meio-dia. Ele contou detalhes do crime e revelou que tinha medo de ir para o Case (ex-Febem), apesar de estar disposto a pagar pelo que fez.
Diário de Santa Maria - Por que você matou a namorada?
Adolescente - Tudo começou quando ela me afirmou que estava grávida. Foi um pouco depois de eu tentar terminar o namoro, já faz mais de uma semana. No dia que isso (o assassinato dela) aconteceu, a gente já estava brigado há algum tempo. Eu estava confuso, não queria mais ficar com ela. Queria um tempo, sabe? Não queria ficar namorando. Aí, ela me veio com um papo de que estava grávida.
Diário - E estava?
Adolescente - Não. Por isso, tive certeza que não queria mais ficar com ela. Ela mentiu para mim. Se, por exemplo, você falasse para o seu namorado que está grávida dele, ele certamente gostaria mais de você, né? Aí ela inventou isso pra eu desistir de terminar com ela.
Diário - Você queria ter um filho com ela?
Adolescente - Querer, eu não queria. Eu sou muito novo, ainda, né? Mas se ela estivesse grávida, a gente encararia.
Diário - Ela dizia que achava que estava grávida?
Adolescente - Não. Ela afirmava que estava grávida. Aí eu insisti para que ela fizesse o teste. E deu negativo.
Diário - Então, vocês já estavam brigados no dia em que aquilo (a morte) aconteceu?
Adolescente - Eu não queria mais falar com ela. Aí, ela disse que estava grávida. Mas descobri que era mentira. E ela continuava insistindo em conversar comigo. Eu nunca queria. Toda hora, ela me procurava. Até que um dia, disse pra ela que a gente podia conversar. A gente tinha se encontrado na rua. Eu falei que a gente podia ir para um lugar mais reservado, mais de canto. Aí convenci ela a ir comigo até aquele mato perto da cancha reta.
Diário - Vocês brigaram no caminho?
Adolescente - Sim. A gente estava conversando sobre esse problema. E eu tentando terminar de vez o namoro.
Diário - A sua intenção, ali, na hora da discussão, era mesmo matar ela ou você queria dar um susto, machucar?
Adolescente - Na hora, eu queria matar. Estava com muita raiva. Ódio mesmo.
Diário - E ela foi até o mato por livre e espontânea vontade?
Adolescente - Até um pedaço, sim. Depois eu arrastei ela.
Diário - Pelos cabelos?
Adolescente - Pelas mãos. Puxei, arrastei. Acho que ela percebeu que eu ia fazer algo de ruim com ela e acabou desistindo de ir lá comigo. Aí eu arrastei.
Diário - E lá, ela reagiu?
Adolescente - Sim, mas não fiquei machucado.
Diário - Como é que você estrangulou ela?
Adolescente - Derrubei ela no chão, tirei a cinta dela e apertei no pescoço.
Diário - Você ainda gostava da Juliana?
Adolescente - Para te falar bem a verdade, não. Depois de tudo que aconteceu, não mais.
Diário - Mas se arrepende do que fez?
Adolescente - Claro. Mas, agora, não adianta chorar o leite derramado. Estou disposto a pagar pelo que fiz. Tanto é que me entreguei para a polícia. Só que a vida dela ninguém vai trazer de volta.
Diário - Se você encontrasse os pais de Juliana, o que diria a eles?
Adolescente - Eles não querem falar comigo. E qualquer coisa que eu disser vai deixar eles com mais raiva ainda.
Diário - Mas, e se eles estivessem dispostos a falar com você. Se eles quisessem ouvir o que você tem a dizer?
Adolescente - Que eu sei que agi errado. Eu não devia ter feito aquilo. Não deveria mais ter falado com ela, já que estava com tanta raiva. Mas vou pagar pelo que fiz.
Diário - Você não gostaria de pedir desculpas aos pais?
Adolescente - Pedir desculpas não adianta, porque não traz ela de volta. Mas eu gostaria de pedir, sim.
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Fonte:http://www.clicrbs.com.br
Questões aqui:
1. Maioridade Legal.
2. Aborto.
3. Pena?
A realidade urge.
Diário de Santa Maria - Por que você matou a namorada?
Adolescente - Tudo começou quando ela me afirmou que estava grávida. Foi um pouco depois de eu tentar terminar o namoro, já faz mais de uma semana. No dia que isso (o assassinato dela) aconteceu, a gente já estava brigado há algum tempo. Eu estava confuso, não queria mais ficar com ela. Queria um tempo, sabe? Não queria ficar namorando. Aí, ela me veio com um papo de que estava grávida.
Diário - E estava?
Adolescente - Não. Por isso, tive certeza que não queria mais ficar com ela. Ela mentiu para mim. Se, por exemplo, você falasse para o seu namorado que está grávida dele, ele certamente gostaria mais de você, né? Aí ela inventou isso pra eu desistir de terminar com ela.
Diário - Você queria ter um filho com ela?
Adolescente - Querer, eu não queria. Eu sou muito novo, ainda, né? Mas se ela estivesse grávida, a gente encararia.
Diário - Ela dizia que achava que estava grávida?
Adolescente - Não. Ela afirmava que estava grávida. Aí eu insisti para que ela fizesse o teste. E deu negativo.
Diário - Então, vocês já estavam brigados no dia em que aquilo (a morte) aconteceu?
Adolescente - Eu não queria mais falar com ela. Aí, ela disse que estava grávida. Mas descobri que era mentira. E ela continuava insistindo em conversar comigo. Eu nunca queria. Toda hora, ela me procurava. Até que um dia, disse pra ela que a gente podia conversar. A gente tinha se encontrado na rua. Eu falei que a gente podia ir para um lugar mais reservado, mais de canto. Aí convenci ela a ir comigo até aquele mato perto da cancha reta.
Diário - Vocês brigaram no caminho?
Adolescente - Sim. A gente estava conversando sobre esse problema. E eu tentando terminar de vez o namoro.
Diário - A sua intenção, ali, na hora da discussão, era mesmo matar ela ou você queria dar um susto, machucar?
Adolescente - Na hora, eu queria matar. Estava com muita raiva. Ódio mesmo.
Diário - E ela foi até o mato por livre e espontânea vontade?
Adolescente - Até um pedaço, sim. Depois eu arrastei ela.
Diário - Pelos cabelos?
Adolescente - Pelas mãos. Puxei, arrastei. Acho que ela percebeu que eu ia fazer algo de ruim com ela e acabou desistindo de ir lá comigo. Aí eu arrastei.
Diário - E lá, ela reagiu?
Adolescente - Sim, mas não fiquei machucado.
Diário - Como é que você estrangulou ela?
Adolescente - Derrubei ela no chão, tirei a cinta dela e apertei no pescoço.
Diário - Você ainda gostava da Juliana?
Adolescente - Para te falar bem a verdade, não. Depois de tudo que aconteceu, não mais.
Diário - Mas se arrepende do que fez?
Adolescente - Claro. Mas, agora, não adianta chorar o leite derramado. Estou disposto a pagar pelo que fiz. Tanto é que me entreguei para a polícia. Só que a vida dela ninguém vai trazer de volta.
Diário - Se você encontrasse os pais de Juliana, o que diria a eles?
Adolescente - Eles não querem falar comigo. E qualquer coisa que eu disser vai deixar eles com mais raiva ainda.
Diário - Mas, e se eles estivessem dispostos a falar com você. Se eles quisessem ouvir o que você tem a dizer?
Adolescente - Que eu sei que agi errado. Eu não devia ter feito aquilo. Não deveria mais ter falado com ela, já que estava com tanta raiva. Mas vou pagar pelo que fiz.
Diário - Você não gostaria de pedir desculpas aos pais?
Adolescente - Pedir desculpas não adianta, porque não traz ela de volta. Mas eu gostaria de pedir, sim.
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Fonte:http://www.clicrbs.com.br
Questões aqui:
1. Maioridade Legal.
2. Aborto.
3. Pena?
A realidade urge.