Ativistas iranianas lutam por seus direitos
Enviado: 15 Mar 2007, 10:40
Pela lei do Irã, mulheres casadas que desejam se divorciar devem enfrentar um longo processo para consegui-lo, por exemplo, e o testemunho de duas mulheres é equivalente ao de um homem.
A Lei Islâmica (Sharia) também estabelece que o "dinheiro de sangue" para as mulheres - o montante que os parentes podem exigir caso a mulher seja ferida ou morta em crime ou acidente - corresponda à metade da quantia que pode ser pedida por um homem.
Atualmente, o valor do "dinheiro de sangue" pela morte de uma mulher está fixado em 260,25 milhões de rials (cerca de 23.660 euros).
As mulheres recebem metade da quantia à que tem direito os homens em heranças e são responsabilizadas judicialmente a partir dos 9 anos, enquanto que a maioridade penal masculina começa aos 15.
Em novembro, as feministas lançaram uma campanha para recolher assinaturas em um abaixo-assinado que pede às autoridades a anulação da lei pela qual o adultério feminino é punido com morte por apedrejamento. O Irã afirma que esse tipo de sentença não é mais usado.
Poucas mulheres têm representado esse esforço tão bem quanto Shirin Ebadi, advogada e primeira juíza no Irã antes da revolução islâmica que chegou a ser presa em 2000 e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2003.
Enquanto grupos de Direitos Humanos reclamam dos graves problemas que ainda existem, as mulheres iranianas comemoram progressos na educação e no local de trabalho.
Os direitos básicos da mulher, como votar, trabalhar e dirigir carros são inquestionáveis na república islâmica, ao contrário de outros países da região que também adotam a Sharia e interpretam a Lei islâmica de maneira muito mais rígida.
Enquanto os altos cargos na política ainda parecem reservados com exclusividade aos homens, muitas mulheres têm alcançado posições de prestígio nas ciências, na medicina, na engenharia e na mídia.
As mulheres já são maioria nas universidades iranianas, criando a perspectiva de uma nova geração de milhares de formadas e bem-educadas capazes de competir em pé de igualdade com os homens no mercado de trabalho.
O sucesso delas tem irritado alguns membros do Parlamento iraniano, que exigem que haja um debate entre os deputados para que seja criada uma lei que limite a quantidade de mulheres nas universidades e em áreas onde sejam maioria.
Graças a Faezeh Hashemi, filha do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, que abraçou a causa feminista, as mulheres começam a competir novamente com nível internacional em todos os tipos de esportes.
E até mesmo na política as mulheres começam a afastar a dominação masculina, conquistando 44 das 264 cadeiras disputadas nas últimas eleições locais para os conselhos das capitais de província.
O presidente reformista Mohammad Khatami também nomeou duas mulheres para a suplência das pastas de Meio Ambiente e Mulheres.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/20 ... 05234.html
A Lei Islâmica (Sharia) também estabelece que o "dinheiro de sangue" para as mulheres - o montante que os parentes podem exigir caso a mulher seja ferida ou morta em crime ou acidente - corresponda à metade da quantia que pode ser pedida por um homem.
Atualmente, o valor do "dinheiro de sangue" pela morte de uma mulher está fixado em 260,25 milhões de rials (cerca de 23.660 euros).
As mulheres recebem metade da quantia à que tem direito os homens em heranças e são responsabilizadas judicialmente a partir dos 9 anos, enquanto que a maioridade penal masculina começa aos 15.
Em novembro, as feministas lançaram uma campanha para recolher assinaturas em um abaixo-assinado que pede às autoridades a anulação da lei pela qual o adultério feminino é punido com morte por apedrejamento. O Irã afirma que esse tipo de sentença não é mais usado.
Poucas mulheres têm representado esse esforço tão bem quanto Shirin Ebadi, advogada e primeira juíza no Irã antes da revolução islâmica que chegou a ser presa em 2000 e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2003.
Enquanto grupos de Direitos Humanos reclamam dos graves problemas que ainda existem, as mulheres iranianas comemoram progressos na educação e no local de trabalho.
Os direitos básicos da mulher, como votar, trabalhar e dirigir carros são inquestionáveis na república islâmica, ao contrário de outros países da região que também adotam a Sharia e interpretam a Lei islâmica de maneira muito mais rígida.
Enquanto os altos cargos na política ainda parecem reservados com exclusividade aos homens, muitas mulheres têm alcançado posições de prestígio nas ciências, na medicina, na engenharia e na mídia.
As mulheres já são maioria nas universidades iranianas, criando a perspectiva de uma nova geração de milhares de formadas e bem-educadas capazes de competir em pé de igualdade com os homens no mercado de trabalho.
O sucesso delas tem irritado alguns membros do Parlamento iraniano, que exigem que haja um debate entre os deputados para que seja criada uma lei que limite a quantidade de mulheres nas universidades e em áreas onde sejam maioria.
Graças a Faezeh Hashemi, filha do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, que abraçou a causa feminista, as mulheres começam a competir novamente com nível internacional em todos os tipos de esportes.
E até mesmo na política as mulheres começam a afastar a dominação masculina, conquistando 44 das 264 cadeiras disputadas nas últimas eleições locais para os conselhos das capitais de província.
O presidente reformista Mohammad Khatami também nomeou duas mulheres para a suplência das pastas de Meio Ambiente e Mulheres.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/20 ... 05234.html