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Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 21 Mar 2007, 23:07
por Apocaliptica
Alguns pensam que religião se não faz bem, também não mata. O que não é verdade. Faz bem a quem precisa dela para se amparar e expiar seus pecados. E todos , sendo ou não filhos legítimos de Deus, ou bastardos ímpios, têm o direito de escolher se afiliar à ideologia que assim desejarem. Mas não impingí-la.
E alguns dirão: Como impingí-la? Liberdade de culto e de religião são direitos garantidos por lei. E cada um que opte pela confissão de fé que assim desejar.

A questão é que no âmbito da família e dos grupos afins, por mais bem intencionados no bem comum de seus entes, nos valores de bom alvitre, no amor e na concórdia, há crianças.

Crianças não estão comprometidas com coisa alguma que não seja suas necessidades básicas e direitos ( a elas garantidos por lei também ). São seres humanos propensos à recepção ampla e não preconceituosa de informações, conhecimento, e noções sobre o mundo e sobre si mesmas. Este processo auxilia na construção da identidade própria, na capacidade de empatizar e de compreender e fazer relações. E elas têm este direito. Não nos cabe negá-lo.
A noção de liberdade de pensamento deve estar presente em todo aprendizado. O direito à escolha, mesmo pré- existente, é uma questão relativizada na sociedade. Já houve tempo emque crianças eram criadas totalmente afastadas do convívio dos pais e irmão mais velhos, ficando sua educação nos primeiros anos, a cargo de damas, escravas e tutores. Assim, aprendiam as noções primeiras com aqueles a quem lhes era confiada a educação.

Mas as coisas mudaram. Agora temos contato mais direto e íntimo, emotivo, intelectual e dinâmico com nossas crianças. Mesmo em épocas de falta de tempo, com nossos pequenos sendo entregues à babás, avós e escolinhas, há muito mais participação da criança na vida cotidiana.

Estive pensando nos direitos individuais destes nossos filhos.
E na sua capacidade de assimilação da realidade.
E de nossa responsabilidade acerca dessa tarefa.

E pergunto: a criança PRECISA ter desde sempre noções de fé e religiosidade, praticar o pensamento filosófico sobre a religiosidade ou algum tipo de pensamento místico? E PRECISA freqüentar o ambiente religioso, assim como o faz com outras instituições, como a escolar ( não esqueçamos que até os 6 anos, ninguém obriga as crianças a freqüentar a escola. A conselha-se que conviva com outras crianças, para que desenvolva uma senso social e de compartilhamento, assim como a empatia).
Sabemos que a fantasia é de suma importância nos primeiros anos de vida, fazendo parte quase instintiva do imaginário infantil,para a elaboração de seus desejos e medos.

Mas o pensamento mágico deve acompanhar a noção de realidade, sob pena de acompanhar o adulto pela vida afora, caso não consiga se desligar dele no discernimento do que é real ou fantasioso.

Pensei nisto ao ver algumas obras, fotos e imagens, que retratam de forma quase divina, a alma infantil vista pela mente dos que imaginam ou defendem que a fé e a religião estão encravados na natureza e na gênese do pensamento humano.
É certo atribuir às crianças algum caráter místico e religioso pré-existente?

A meu ver as crianças vêm sendo usadas e violadas em sua inocência. Porque não sabem distinguir. Se não sabem e só vão poder decidir sobre coisas tão complexas muito mais tarde, por que usurpar de tanto tempo de suas preciosas horas com proselitismo e lavagem cerebral?
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Como explicar às crianças , por exemplo, por que Deus as deixa sofrer? Quando lhes toma a inocência tão cedo e mostra a dura realidade? É assim que o mundo dos que têm fé na bondade superior e divina pode ser:

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De que serve olhar para cima? Para tentar descobrir onde estaria o ser superior que dita a disciplina e as regras? Mas não explica nada de forma coerente e justa?

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Isto é justo?


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A foto abaixo é grande demais...por favor, abram o link para vê-la.

http://trinitychapelag.org/files/Missio ... ildren.JPG
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Em torno da Bíblia:

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Trabalho de Escola:

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Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 21 Mar 2007, 23:24
por Najma
Apo... Quem tem valores para ensinar aos filhos, não precisa apelar para deus. Deus, religiões de um modo geral, servem para dar sustentação à estrutura de pensamento falho, que não abrange os valores que se deve passar às crianças desde bem cedo.

Criei meus dois filhos sem religião mas aprendendo desde cedo a respeitar as pessoas, os animais, o mundo. Mesmo que ajam errado com eles, eles têm que saber o que é certo e não cair no erro dos demais. Eu penso que o que faz tantos pais recorrerem ao ensino religioso é justamente a falta de preparo para responder às questões cabeludas das crianças e entender que se nós pais não os ajudarmos a compreenderem o papel que eles representam na vida e as responsabilidades que eles têm para consigo mesmos, ninguém mais fará. Tanto que se ensino religioso fosse premissa para bom caratismo e realização pessoal, nós não veríamos tantos casos de filhos de pastor e de quem se diz religioso, agindo contra as leis humanas. :emoticon1:

Beijos. Gostei do texto. :emoticon1:

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 02:51
por Apocaliptica
Também penso assim. E quanto mais vejo coisas como estas que postei, mais me convenço que é crime colocar estas idéias na cabeça das crianças.

Enviado: 22 Mar 2007, 05:00
por NadaSei
Isso é inevitável.
Eu mesmo cresci tendo que frequentar a igreja católica (a qual odiava) até os 8 anos de idade e, acabei tendo aula de catolicismo em uma escola particular, felizmente meus pais nunca foram muito fanáticos e, meu pai logo se desligou da igreja. Minha mãe por outro lado, frequentava centros místicos como a Rosa Cruz.
Nada disso me impediu de acabar me tornando ateu.

Como o homem não sabe diferenciar a fantasia da realidade, não tem como não ensinar fantasias as crianças.
Cresci assistindo TV e aprendendo que o correto é ser fiel, ter apenas uma mulher (homens jamais), que drogas são sempre ruins e que não existe diferença entre usuário e viciado, que pobre e bandido é quase a mesma coisa e que todo drogado é bandido.
Aprendi também que a ciência explica o real e, que a religião pertence a um passado distante e fala sobre fantasias como um paraiso pós morte.
Acreditei em muitas mentiras que me foram impostas, vindas de todos os meios.

Isso não me impediu de superar o ateísmo e me tornar religioso.
Essa confusão e ignorância que está por toda parte, (o que inclui dentro de nós), é o que no hinduísmo chamam de os três véus de Maya.
O Maya físico são os meios, como TV, igrejas, o consenso da sociedade e de grupos restritos, os livros... ou seja, os meios de informação.
O Maya mental, são nossas crenças, preconceitos e nossa ignorância. Veja que o Maya físico apoia o Maya mental, pois nossas crenças costumam vir dos meios fisicos.
O Maya espiritual, está relacionado a nossos sentimentos, sonhos e falsas memórias.

Ou seja, não tem muito o que fazer.
Pensar em um meio de ensinar as crianças a questionar e duvidar, ao mesmo passo em que apresenta informações sem dogmatismo (o que inclui necessariamente apresentar as religiões), é utopia.

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 10:03
por DaviDeMogi
Acho uma sacanagem. Vivo esse dilema, porque sou separado da mãe do meu filho que tem 4 anos , e ela é crente evangelica. Esse dias ele me perguntou assim de repente:
- Pai, porque voce não gosta de deus?
Eu tentei dar uma resposta de acordo com a cabecinha dele:
- Filho, como o pai vai gostar de uma coisa que nunca viu. Mas porque tá querendo saber isso?
Ele:
- Minha mãe disse que voce não sabe que gosta, mas gosta sim!
Não épra ficar puto? :emoticon3:

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 10:08
por Vertigo
Nao vejo problema nenhum em aprender a religiao dos pais. Mas há formas didácticas de o fazer e há formas pestilentas de o fazer.

Daniel Dennett, o filósofo ateu, defende que é um erro nao existir nas escolas um curriculo sobre religioes.

Enviado: 22 Mar 2007, 11:30
por Dick
É importante lembrar o endereço abaixo. Já foi postado aqui no ReV:

http://sapekando.blogspot.com/2006_05_01_sapekando_archive.html

Mostra como isto é natural e incentivado. Quando tomei conhecimento fiquei louco, deu vontade de chamar o Charles Bronson para dar umas porradas nestes caras. Não nos pais, que são apenas ingênuos, mas nas pessoas que divulgam estas idéias. Acho um chute no saco não haver uma lei que proíba este tipo de coisa. Ensinar mitologia e crença religiosa como fatos para crianças, que naturalmente são destituídas de discernimento e sem bases lógicas para uma crítica racional, é formar inexoravelmente fanáticos praticamente incuráveis. Pior que defender o ensino religioso é o fazer para crianças. É um rapto explícito, um estupro intelectual de um ser indefeso, que nem mesmo pode perceber que aquilo é inadequado. Sinto vontade de chorar, em nome dos pobres pais que, sem perceberem, afundam seus filhos na arte do não-pensar. E assim as igrejas vão garantindo sua presença ainda por um bom tempo em uma época que já dispõe de subsídios para nos libertarmos destas pseudo-filosofias opressoras.

Enviado: 22 Mar 2007, 12:08
por salgueiro
Religião faz parte do mundo e não adianta fazer de conta que ela tem pouca influência na vida de muita gente. Como mãe, minha preocupação fundamental foi desenvolver nos meus filhos a capacidade de análise própria, o conhecimento de si, do peso que valores sociais tem em suas vidas e quem é o ser humano em sua potencialidade. Tudo bem que educação formal, higiene e um pouco de etiqueta também fazem parte :emoticon16: . Mas o principal prá mim sempre foi o poder de análise.


Bjs

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 13:12
por Apocaliptica
Eu julgo totalmente dispensável. Há muita coisa no mundo que as crianças não precisam saber mais do que o necessário. Se um filho meu se deparar com uma imagem de santo na casa do amigo e perguntar, eu respondo e deu. Assim como se ele me perguntar porque o pai do menino fuma ou bebe.
Como julgo bebida, cigarro e proselitismo danosos para uma criança pequena, não vou ficar de forma alguma oprimindo a criança, mas vou ficar atenta.

Acho uma covardia colocar a criança dentro de um ambiente e expô-la a dogmas que já sei de que se tratam. Não há necessidade.

Re: Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 13:16
por Apocaliptica
DaviDeMogi escreveu:Acho uma sacanagem. Vivo esse dilema, porque sou separado da mãe do meu filho que tem 4 anos , e ela é crente evangelica. Esse dias ele me perguntou assim de repente:
- Pai, porque voce não gosta de deus?
Eu tentei dar uma resposta de acordo com a cabecinha dele:
- Filho, como o pai vai gostar de uma coisa que nunca viu. Mas porque tá querendo saber isso?
Ele:
- Minha mãe disse que voce não sabe que gosta, mas gosta sim!
Não épra ficar puto? :emoticon3:


Não vou dar opinião aqui, mas imagino como você se sente.

PS: Tu tem cara de crente, ein....conta a verdade... :emoticon12:

Enviado: 22 Mar 2007, 13:17
por Apocaliptica
Let me think for a while escreveu:É importante lembrar o endereço abaixo. Já foi postado aqui no ReV:

http://sapekando.blogspot.com/2006_05_01_sapekando_archive.html

Mostra como isto é natural e incentivado. Quando tomei conhecimento fiquei louco, deu vontade de chamar o Charles Bronson para dar umas porradas nestes caras. Não nos pais, que são apenas ingênuos, mas nas pessoas que divulgam estas idéias. Acho um chute no saco não haver uma lei que proíba este tipo de coisa. Ensinar mitologia e crença religiosa como fatos para crianças, que naturalmente são destituídas de discernimento e sem bases lógicas para uma crítica racional, é formar inexoravelmente fanáticos praticamente incuráveis. Pior que defender o ensino religioso é o fazer para crianças. É um rapto explícito, um estupro intelectual de um ser indefeso, que nem mesmo pode perceber que aquilo é inadequado. Sinto vontade de chorar, em nome dos pobres pais que, sem perceberem, afundam seus filhos na arte do não-pensar. E assim as igrejas vão garantindo sua presença ainda por um bom tempo em uma época que já dispõe de subsídios para nos libertarmos destas pseudo-filosofias opressoras.


Isto devia ser crime. Revoltante.

Enviado: 22 Mar 2007, 13:34
por André
O problema que te aflige Apo entendo perfeitamente e é de difícil solução.O mais grave é a lavagem cerebral na idade de formação ainda, quando o senso crítico não está totalmente desenvolvido.

Sou contra o doutrinamento de crianças para qualquer coisa, talvez até pq foi assim que eu tive a sorte de ter sido criado.Meus pais ambos democráticos, de tradição de esquerda (influenciados pelo socialismo e pelo marxismo entre outras tendências), nunca me batizaram, mesmo que a maior parte da nossa família seja católica.Mais do que isso, nunca me forçaram a nada inclusive em termos políticos.Apenas se limitaram a dizer suas opiniões se perguntados, ou se a conversa girava sobre isso, mas rapidamente tive minhas divergências.Claro que eles são uma influencia para que seja de esquerda, e não tenha religião, mas nada me foi forçado.Eu sou um dos sortudos nesse departamento pq pude fazer minhas escolhas.Hoje já tenho idéias que ambos não compartilham, e diferenças, embora concordemos tb em muita coisa.

Agora será que teríamos o direito legal de interferir na criação das crianças.Muito difícil caracterizar abuso psicológico, ou lavagem cerebral.Fora que os pais podem dizer que sua religião, ou sua perspectiva política fazem parte desses valores, quando na prática muito mais do que os valores, mas toda uma visão de mundo está sendo imposta.As crianças cressem e repetem os dogmas ensinados.A maioria pelo menos.

Considero a questão das mais espinhosas.Pq se, por exemplo, criássemos uma lei, "É proibido o doutrinamento de menores de 18 anos para religião (ou postura religiosa) e para partidos políticos". Essa parece uma daquelas idéias de lei inaplicáveis.Uma forma de aplicar seria apenas aos excessos da seguinte forma, quando uma criança está sendo fisicamente violentada, nem sempre é ela quem chama assistência social, muitas vezes é um vizinho ou alguém que fica sabendo.Teria que ser notificada o abuso psicológico, e teria que se verificar em uma entrevista com a criança se esse realmente ocorreu.

Isso tem inúmeros problemas.Não teriam os pais direito de ensinar como vêem o mundo?Teria o Estado o direito de meter o bedelho?

Para piorar isso democraticamente, que é como eu gosto, dificilmente passaria em países predominantemente religiosos, e mais do que isso, a perspectiva que o Estado deve ficar longe da vida privada tb colaboraria com isso.

Penso objetivamente, para além de todas as dificuldades, que os pais tem direito de ensinar seus valores, e o que acreditam, mas devem dar oportunidade a criança pensar diferente e não impor.Onde está essa linha que com tão facilmente já vi pessoas atravessarem (não na minha casa), muito difícil é estabelecer.Fora que seria na linguagem.

Uma proibição mais prática seria crianças não podem ser levadas, nem a Igrejas, nem a partidos políticos. Ao ambiente do doutrinamento.Isso não resolve pois existe a doutrinação dentro de casa, mas eliminaria em espaços públicos o problema.Só que isso significa outros problemas, além de muita gente não concordar, as Igrejas em geral são ambientes tb de sociabilidade, cerceados disso, estaríamos mexendo nas famílias.

Todas as "Soluções" que eu pensei, eu mesmo tenho sérios problemas.Uma seria uma lei moral, pouco ou mesmo praticamente impraticável.Outra uma lei de presença física, essa aplicável, mas muito problemática.

Penso que uma educação laica de qualidade pode ajudar muito(com religião comparada, e perspectivas variadas).E uma checagem para se evitar a imposição nos colégios religiosos tb, fora isso acho muito difícil resolver realmente, pelo menos a curto e médio prazo, que os país procurem fazer dos filhos esponja de suas idéias.

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 15:33
por DaviDeMogi
Apocaliptica escreveu:
Davidemogi escreveu:Acho uma sacanagem. Vivo esse dilema, porque sou separado da mãe do meu filho que tem 4 anos , e ela é crente evangelica. Esse dias ele me perguntou assim de repente:
- Pai, porque voce não gosta de deus?
Eu tentei dar uma resposta de acordo com a cabecinha dele:
- Filho, como o pai vai gostar de uma coisa que nunca viu. Mas porque tá querendo saber isso?
Ele:
- Minha mãe disse que voce não sabe que gosta, mas gosta sim!
Não épra ficar puto?


Não vou dar opinião aqui, mas imagino como você se sente.

PS: Tu tem cara de crente, ein....conta a verdade...


Tá de sacanagem comigo, né? Brinca assim não, que enfraquece a amizade! :emoticon12:

Enviado: 22 Mar 2007, 15:40
por DaviDeMogi
Let me think for a while escreveu:É importante lembrar o endereço abaixo. Já foi postado aqui no ReV:

http://sapekando.blogspot.com/2006_05_01_sapekando_archive.html

Mostra como isto é natural e incentivado. Quando tomei conhecimento fiquei louco, deu vontade de chamar o Charles Bronson para dar umas porradas nestes caras. Não nos pais, que são apenas ingênuos, mas nas pessoas que divulgam estas idéias. Acho um chute no saco não haver uma lei que proíba este tipo de coisa. Ensinar mitologia e crença religiosa como fatos para crianças, que naturalmente são destituídas de discernimento e sem bases lógicas para uma crítica racional, é formar inexoravelmente fanáticos praticamente incuráveis. Pior que defender o ensino religioso é o fazer para crianças. É um rapto explícito, um estupro intelectual de um ser indefeso, que nem mesmo pode perceber que aquilo é inadequado. Sinto vontade de chorar, em nome dos pobres pais que, sem perceberem, afundam seus filhos na arte do não-pensar. E assim as igrejas vão garantindo sua presença ainda por um bom tempo em uma época que já dispõe de subsídios para nos libertarmos destas pseudo-filosofias opressoras.


Que coisa estupida! Me revolta tanto quanto voce! :emoticon2:

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 16:04
por Led Zeppelin
Não podemos fazer muita coisa, os pais têm direito de educar seus filhos conforme seus princípios morais e religiosos, uma pena.

Nós céticos, podemos no máximo ensinar nossas crianças desde cedo a desenvolver senso crítico e ceticismo, não ensinar nenhuma religião, nem mesmo o ateísmo. Se a criança se sentir curiosa vai te procurar, aí você expõe sua opinião, e deixa bem claro que não é nada mais que a SUA opinião. Além de procurar escolas laicas, vigiar o que ela assiste na TV, no cinema, o que ela anda lendo, etc.

Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 18:25
por maggie
Guardadas as proporções, é como ensinar ou não que Papai Noel existe.
É uma decisão dos pais, por pior que isso seja.

Cada um tem o direito de escolher o que quiser para seus filhos, mas também deve encarar as conseqüências de tais escolhas.

Exactamenteeee

Re: Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 19:05
por Apocaliptica
DaviDeMogi escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Davidemogi escreveu:Acho uma sacanagem. Vivo esse dilema, porque sou separado da mãe do meu filho que tem 4 anos , e ela é crente evangelica. Esse dias ele me perguntou assim de repente:
- Pai, porque voce não gosta de deus?
Eu tentei dar uma resposta de acordo com a cabecinha dele:
- Filho, como o pai vai gostar de uma coisa que nunca viu. Mas porque tá querendo saber isso?
Ele:
- Minha mãe disse que voce não sabe que gosta, mas gosta sim!
Não épra ficar puto?


Não vou dar opinião aqui, mas imagino como você se sente.

PS: Tu tem cara de crente, ein....conta a verdade...


Tá de sacanagem comigo, né? Brinca assim não, que enfraquece a amizade! :emoticon12:


:emoticon12: Tava brincando, Davi! :emoticon12:

Re: Re.: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 19:13
por Apocaliptica
Led Zeppelin escreveu:Não podemos fazer muita coisa, os pais têm direito de educar seus filhos conforme seus princípios morais e religiosos, uma pena.

Nós céticos, podemos no máximo ensinar nossas crianças desde cedo a desenvolver senso crítico e ceticismo, não ensinar nenhuma religião, nem mesmo o ateísmo. Se a criança se sentir curiosa vai te procurar, aí você expõe sua opinião, e deixa bem claro que não é nada mais que a SUA opinião. Além de procurar escolas laicas, vigiar o que ela assiste na TV, no cinema, o que ela anda lendo, etc.


Então...é lamentável que os adultos façam isto com seus filhos, pois os filhos deles vão conviver com os nossos e podem se transformar em proselitistas ou não no futuro...e assim as religiões vão alongando suas raízes e fortalecendo seus alicerces. Ou pior, elas mesmas sofrem fissuras e se degeneram, dando cria e formando outras religiões e seitas. Esta é a história.
Claro que eu quis mostrar o que acontece, como é covarde fazer uma lavagem em tão tenra idade. Um adulto, pode sofrer uma influência e dizer NÃO. Mas a criança é inocente e por definição, totalmente crédula.

A escola laica é a melhor saída para não quer ver seus filhos expostos a este apelo. E vigiar o que ela assiste e com quem conversa também. Se houver tentativa de abordagem ( como eu já sofri e minha filha também), colocar limites ao interlocutor e mostrar que você pensa diferente e discorda deste tipo de atitude.

Re: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 20:40
por videomaker

A ideia de deus no homem é inata, e por consequencia a continuidade da existencia depois da morte tambem! não tem como um pai fugir disso! achar que vai dizer " ainda não sabemos se isso é verdade" não vai adiantar muito, falar a "verdade" de que somos infelizes filhos do acaso sem saber pra onde ir, pior ainda, pois não acredito nessa balelá de que sendo ateu um pai vai ser assim direto com um filho tão pequeno! O ser humano "sabe" e quer respostas é da nossa natureza, e como a maioria é otimista, o pessimismo do materialismo escancarado é afujentado pelo bom senso! Não tenho a menor ideia de como diria pro meu s e fosse ateu, que vivemos a mercer da sorte e que nada de bom que ele possa fazer nessa vida podera mudar o que a falta de sorte podera lhe trazer!
Mas como todo ser humano "desconfia" de que talvez alguem esteja no comando...mude algo!
:emoticon1:

Re: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 20:58
por André
videomaker escreveu:
A ideia de deus no homem é inata, e por consequencia a continuidade da existencia depois da morte tambem! não tem como um pai fugir disso! achar que vai dizer " ainda não sabemos se isso é verdade" não vai adiantar muito, falar a "verdade" de que somos infelizes filhos do acaso sem saber pra onde ir, pior ainda, pois não acredito nessa balelá de que sendo ateu um pai vai ser assim direto com um filho tão pequeno! O ser humano "sabe" e quer respostas é da nossa natureza, e como a maioria é otimista, o pessimismo do materialismo escancarado é afujentado pelo bom senso! Não tenho a menor ideia de como diria pro meu s e fosse ateu, que vivemos a mercer da sorte e que nada de bom que ele possa fazer nessa vida podera mudar o que a falta de sorte podera lhe trazer!
Mas como todo ser humano "desconfia" de que talvez alguem esteja no comando...mude algo!
:emoticon1:


O que é inata é a duvida, e o querer saber.Deus é uma das possíveis respostas.

E sua idéia do que um ateu ou agnóstico diria é totalmente equivocada.Eu por exemplo diria que eu não sei a Origem do Universo e se é que houve ou sempre existiu.Mas sei e tenho fé em muitas coisas.Ensinaria meus valores, claro daria espaço para minha companheira ensinar os valores dela, que acredito seriam na maioria comuns.Além disso, ensinaria que na vida tem muito que vale a pena, amar, trabalhar pelo que acreditar, estudar e aprender, se divertir, apreciar arte.Criar e contribuir.

Eu ainda não tenho filhos, mas teria uma quantidade absurda de coisas a ensinar, e a mostrar o quanto viver é bom, e vale a pena.O quanto é significativo ajudar os outros, e como solidariedade faz tanto bem a nos como aos demais.E que devemos fazer isso não a espera de um julgamento externo mas pq nos mesmos temos convicção do valor de tais atitudes solidárias, honradas.

Não é sorte, existem escolhas na vida, e meu filho nasceria, de uma escolha ou de um acidente, mas vamos confiar na minha prudência hehehe.

Eu tenho muitos motivos para justificar a importância da vida, e do fazer o bem, como o compreendo, sem para isso recorrer a religião.

Re: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 21:11
por Apocaliptica
André escreveu:
videomaker escreveu:
A ideia de deus no homem é inata, e por consequencia a continuidade da existencia depois da morte tambem! não tem como um pai fugir disso! achar que vai dizer " ainda não sabemos se isso é verdade" não vai adiantar muito, falar a "verdade" de que somos infelizes filhos do acaso sem saber pra onde ir, pior ainda, pois não acredito nessa balelá de que sendo ateu um pai vai ser assim direto com um filho tão pequeno! O ser humano "sabe" e quer respostas é da nossa natureza, e como a maioria é otimista, o pessimismo do materialismo escancarado é afujentado pelo bom senso! Não tenho a menor ideia de como diria pro meu s e fosse ateu, que vivemos a mercer da sorte e que nada de bom que ele possa fazer nessa vida podera mudar o que a falta de sorte podera lhe trazer!
Mas como todo ser humano "desconfia" de que talvez alguem esteja no comando...mude algo!
:emoticon1:


O que é inata é a duvida, e o querer saber.Deus é uma das possíveis respostas.

E sua idéia do que um ateu ou agnóstico diria é totalmente equivocada.Eu por exemplo diria que eu não sei a Origem do Universo e se é que houve ou sempre existiu.Mas sei e tenho fé em muitas coisas.Ensinaria meus valores, claro daria espaço para minha companheira ensinar os valores dela, que acredito seriam na maioria comuns.Além disso, ensinaria que na vida tem muito que vale a pena, amar, trabalhar pelo que acreditar, estudar e aprender, se divertir, apreciar arte.Criar e contribuir.

Eu ainda não tenho filhos, mas teria uma quantidade absurda de coisas a ensinar, e a mostrar o quanto viver é bom, e vale a pena.O quanto é significativo ajudar os outros, e como solidariedade faz tanto bem a nos como aos demais.E que devemos fazer isso não a espera de um julgamento externo mas pq nos mesmos temos convicção do valor de tais atitudes solidárias, honradas.

Não é sorte, existem escolhas na vida, e meu filho nasceria, de uma escolha ou de um acidente, mas vamos confiar na minha prudência hehehe.

Eu tenho muitos motivos para justificar a importância da vida, e do fazer o bem, como o compreendo, sem para isso recorrer a religião.


Cabe aqui ser justo e macro: Deus , não...deuses...seres, entes...por que entramos neste jogo do Deus judaico-cristão?

É impossível mesmo que Ele esteja presente na mente de uma criança. Se nunca falarmos desta criação humana , assim como de Papai Noel ou fadas, elas jamais terão esta noção traduzida e construída na forma, conteúdo e ideologias que conhecemos.

É só a gente pensar quantas figuras m´siticas criadas por centenas de seitas e religiões ao redor do mundo durante milênios...eles pré-existem também em nossas mentes?

Claro que não. Ninguém nos contou sobre eles...muito menos as crianças.

Re: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 21:11
por videomaker
André escreveu:
videomaker escreveu:
A ideia de deus no homem é inata, e por consequencia a continuidade da existencia depois da morte tambem! não tem como um pai fugir disso! achar que vai dizer " ainda não sabemos se isso é verdade" não vai adiantar muito, falar a "verdade" de que somos infelizes filhos do acaso sem saber pra onde ir, pior ainda, pois não acredito nessa balelá de que sendo ateu um pai vai ser assim direto com um filho tão pequeno! O ser humano "sabe" e quer respostas é da nossa natureza, e como a maioria é otimista, o pessimismo do materialismo escancarado é afujentado pelo bom senso! Não tenho a menor ideia de como diria pro meu s e fosse ateu, que vivemos a mercer da sorte e que nada de bom que ele possa fazer nessa vida podera mudar o que a falta de sorte podera lhe trazer!
Mas como todo ser humano "desconfia" de que talvez alguem esteja no comando...mude algo!
:emoticon1:


O que é inata é a duvida, e o querer saber.Deus é uma das possíveis respostas.

E sua idéia do que um ateu ou agnóstico diria é totalmente equivocada.Eu por exemplo diria que eu não sei a Origem do Universo e se é que houve ou sempre existiu.Mas sei e tenho fé em muitas coisas.Ensinaria meus valores, claro daria espaço para minha companheira ensinar os valores dela, que acredito seriam na maioria comuns.Além disso, ensinaria que na vida tem muito que vale a pena, amar, trabalhar pelo que acreditar, estudar e aprender, se divertir, apreciar arte.Criar e contribuir.

Eu ainda não tenho filhos, mas teria uma quantidade absurda de coisas a ensinar, e a mostrar o quanto viver é bom, e vale a pena.O quanto é significativo ajudar os outros, e como solidariedade faz tanto bem a nos como aos demais.E que devemos fazer isso não a espera de um julgamento externo mas pq nos mesmos temos convicção do valor de tais atitudes solidárias, honradas.

Não é sorte, existem escolhas na vida, e meu filho nasceria, de uma escolha ou de um acidente, mas vamos confiar na minha prudência hehehe.

Eu tenho muitos motivos para justificar a importância da vida, e do fazer o bem, como o compreendo, sem para isso recorrer a religião.



Não julgo a moral do ateu! pra dar uma boa educação e ensinar o que é bom pra um filho deus pode ser descartado! eu não estou falando disso!
Fazer o bem pro proximo não garante absolutamente nada, partindo da premicia de que estamos a mercer da casulidade que pode ser terrivelmente inevitavel! e isso é DEVER de vcs reconhecerem!

Re: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 21:23
por Apocaliptica
videomaker escreveu:
A ideia de deus no homem é inata, e por consequencia a continuidade da existencia depois da morte tambem! não tem como um pai fugir disso! achar que vai dizer " ainda não sabemos se isso é verdade" não vai adiantar muito, falar a "verdade" de que somos infelizes filhos do acaso sem saber pra onde ir, pior ainda, pois não acredito nessa balelá de que sendo ateu um pai vai ser assim direto com um filho tão pequeno! O ser humano "sabe" e quer respostas é da nossa natureza, e como a maioria é otimista, o pessimismo do materialismo escancarado é afujentado pelo bom senso! Não tenho a menor ideia de como diria pro meu s e fosse ateu, que vivemos a mercer da sorte e que nada de bom que ele possa fazer nessa vida podera mudar o que a falta de sorte podera lhe trazer!
Mas como todo ser humano "desconfia" de que talvez alguem esteja no comando...mude algo!
:emoticon1:


Como disse o André, a dúvida é inata. As perguntas suregem ao longo da vida. Tudo tem seu tempo. Respeitar o tempo de dúvidas das crianças e deixá-la chegar às suas conclusões é saudável e muito mais construtivo.

Mostrar as possibilidades que existem e deixar a questão sempre em aberto é mais saudável ainda. Mas se algo for perigoso e alienante, é nosso papel de pais mostrar como essas possiblidades podem agir em suas vidas. Se um adulto na família resolver tomar um caminho de fé em algo absurdo, vou lamentar e dependendo, me afastarei. Mas ele que sabe o que é melhor para ele. As crianças, não. Devemos deixar os caminhos de pensamento livres.

Crianças confiam. É mais fácil que a fé inocente delas não seja respeitada por quem quer enfiar existência de seres e dogmas na vida delas. Se bem que eu me rebelei desde cedo. Nunca gostei daquele blablabla e algo me cheirava à demência.

E posso te garantir que tem como os pais se safarem disto sim.
É simples e tranqüilo...a infância não precisa destas amarras.
Nunca permiti proselitismos com a minha filha. E nem fiz força contrária. Apenas não a expus.

Um filho vai perguntar de onde viemos e nós vamos dizer que ninguém sabe. Ou sabe? Não invento nada. Não preciso continuar o assunto dizendo que estamos irremediavelmente perdidos aqui. Isto seria absurdo.
É tudo um processo. A falta de uma resposta pronta, não quer dizer a criação de uma mentira pronta.

Enviado: 22 Mar 2007, 21:36
por NadaSei
André escreveu:Penso que uma educação laica de qualidade pode ajudar muito(com religião comparada, e perspectivas variadas).E uma checagem para se evitar a imposição nos colégios religiosos tb, fora isso acho muito difícil resolver realmente, pelo menos a curto e médio prazo, que os país procurem fazer dos filhos esponja de suas idéias.

Exato, esse é um problema sem solução.
Nesse caso, como diriam alguns taoístas, se não existem solução então não existe problema.

O ensino comparado de religião, misturado a filosofia ocidental, é a melhor forma de se evitar isso.
Ainda assim seria um problema muito grande implantar isso. Quem iria selecionar os assuntos abordados e toda a informação apresentada?
Quem poderia garantir a não interferência das crenças do professor na hora de apresentar esse material? Um professor cristão ensinaria de forma correta conceitos budistas?

É um caso difícil... Apesar de que não vejo isso como um problema, pois como já disse, o problema não é só a religião. A própria TV, os veículos de informação em geral e mesmo a sociedade, já são meios de "lavagem cerebral" como dizem alguns...
O homem não sabe diferenciar o real e ponto final.

Re: Proselitismo com crianças... é justo?

Enviado: 22 Mar 2007, 21:37
por André
videomaker escreveu:
André escreveu:
videomaker escreveu:
A ideia de deus no homem é inata, e por consequencia a continuidade da existencia depois da morte tambem! não tem como um pai fugir disso! achar que vai dizer " ainda não sabemos se isso é verdade" não vai adiantar muito, falar a "verdade" de que somos infelizes filhos do acaso sem saber pra onde ir, pior ainda, pois não acredito nessa balelá de que sendo ateu um pai vai ser assim direto com um filho tão pequeno! O ser humano "sabe" e quer respostas é da nossa natureza, e como a maioria é otimista, o pessimismo do materialismo escancarado é afujentado pelo bom senso! Não tenho a menor ideia de como diria pro meu s e fosse ateu, que vivemos a mercer da sorte e que nada de bom que ele possa fazer nessa vida podera mudar o que a falta de sorte podera lhe trazer!
Mas como todo ser humano "desconfia" de que talvez alguem esteja no comando...mude algo!
:emoticon1:


O que é inata é a duvida, e o querer saber.Deus é uma das possíveis respostas.

E sua idéia do que um ateu ou agnóstico diria é totalmente equivocada.Eu por exemplo diria que eu não sei a Origem do Universo e se é que houve ou sempre existiu.Mas sei e tenho fé em muitas coisas.Ensinaria meus valores, claro daria espaço para minha companheira ensinar os valores dela, que acredito seriam na maioria comuns.Além disso, ensinaria que na vida tem muito que vale a pena, amar, trabalhar pelo que acreditar, estudar e aprender, se divertir, apreciar arte.Criar e contribuir.

Eu ainda não tenho filhos, mas teria uma quantidade absurda de coisas a ensinar, e a mostrar o quanto viver é bom, e vale a pena.O quanto é significativo ajudar os outros, e como solidariedade faz tanto bem a nos como aos demais.E que devemos fazer isso não a espera de um julgamento externo mas pq nos mesmos temos convicção do valor de tais atitudes solidárias, honradas.

Não é sorte, existem escolhas na vida, e meu filho nasceria, de uma escolha ou de um acidente, mas vamos confiar na minha prudência hehehe.

Eu tenho muitos motivos para justificar a importância da vida, e do fazer o bem, como o compreendo, sem para isso recorrer a religião.



Não julgo a moral do ateu! pra dar uma boa educação e ensinar o que é bom pra um filho deus pode ser descartado! eu não estou falando disso!
Fazer o bem pro proximo não garante absolutamente nada, partindo da premicia de que estamos a mercer da casulidade que pode ser terrivelmente inevitavel! e isso é DEVER de vcs reconhecerem!


Mas a vida tem escolhas nem tudo está a mercê do acaso.Se plantar colherei.Se estudar aprenderei.Enfim o dever é ensinar, que existem coisas que a pessoa não tem controle e existem coisas que se tem controle, as suas próprias escolhas.E com o tempo deve ganhar mais responsabilidade sobre elas.

Fazer o bem ao próximo não deve ser pq garanta alguma coisa.Se fosse seria apenas uma atitude egoísta pensando no que vai lucrar com isso, quantos pontos ganha com sua divindade.

Não acreditar em um destino previamente traçado não é o mesmo que acreditar que tudo é obra do acaso.A ação humana foge disso, pq o ser humano raciocina e realiza escolhas, atos, e esses definem sua vida, não o acaso.Dar garantias em que não acredito além de desonesto é estimular uma ilusão.E mesmo um religioso não pode prever contra fatalidade, quantas pessoas não morreram de uma fatalidade, de um acidente.

O que devo fazer é ensinar métodos de evitar de diminuir as possibilidades disso acontecer com os meus entes queridos.

As possibilidades para mim não são terríveis como para vc, e sim fonte de esperança.Pois é possível melhorar, avançar.

O sentido que se da a vida pode ser absolutamente desconectando de uma perspectiva religiosa, e ainda ser absolutamente significativo, humanista, e ter profundo valor.Isso para mim é algo muito mais poderoso de se ensinar e dar a liberdade a criança a fazer suas escolhas, as quais vai fazer cada vez mais, o quanto mais velha ficar.