O Mito Sueco

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

O Mito Sueco

Mensagem por rapha... »

Rodrigo Constantino escreveu:O Mito Sueco

Rodrigo Constantino

Imagem

“O melhor lugar para achar uma mão que ajude é no final do seu braço.” (Provérbio Sueco)

Muitos são os que utilizam o relativo sucesso escandinavo para defender o modelo do Estado de bem-estar social. Estas pessoas argumentam que elevados impostos e um extenso welfare state é benéfico para a economia e a população, ignorando a relação causal entre as coisas. Na verdade, os países com pesado welfare state ficaram ricos a despeito deste modelo, não por causa dele. Se replicarmos tal modelo na África miserável de hoje, teremos apenas mais miséria. O economista Stefan Karlsson, que trabalha na Suécia, escreveu para o Mises.org um artigo chamado “The Sweden Myth”, visando a derrubar certas falácias sobre o modelo escandinavo. Veremos os principais pontos do autor.

Até a segunda metade do século XIX, a Suécia era bem pobre. Mas reformas de livre mercado adotadas nos anos 1860 permitiram que o país se beneficiasse da crescente revolução industrial. A economia rapidamente se industrializou durante os séculos XIX e XX, vendo aumentar bastante o número de empreendedores e inventores. Surgiram empresas como a Volvo, Saab e Ericsson. Além disso, um fator que muito contribuiu para a prosperidade sueca foi o seu afastamento de ambas as guerras mundiais, que destroçaram a Europa. Desde 1809, a Suécia não participa de guerra alguma. Juntando tudo isso, a Suécia teve o maior crescimento de renda per capita do mundo entre 1870 e 1950, tornando-se uma das nações mais ricas do globo.

Porém, as sementes de grandes problemas já haviam sido plantadas em 1932, quando os social-democratas subiram ao poder por conta da Grande Depressão. A expansão do governo na economia foi assustadora, mas vindo de uma base bem pequena. Os gastos estatais eram inferiores a 10% do PIB. Mesmo nos anos 1950, a Suécia ainda tinha uma das economias mais livres do mundo, e os gastos estatais eram menores que o dos americanos. Mas entre 1950 e 1975, os gastos subiram de 20% para 50% do PIB. As mudanças tornaram o país menos competitivo em termos globais, e a moeda, o krona, acabou sendo desvalorizada. A inflação começou uma escalada contínua. A insatisfação era grande, e uma coalizão de centro-direita chegou ao poder em 1976, quebrando 44 anos de gestão ininterrupta dos social-democratas. Entretanto, os partidos de centro-direita não estavam dispostos a levar adiante reformas liberais mais radicais. Quando privilégios são concedidos, dificilmente um governante enfrenta sua retirada impopular. A inflação continuava incomodando e a moeda foi novamente desvalorizada.

Em 1986, o mais pragmático Ingvar Carlsson tornou-se Primeiro Ministro, e implementou várias reformas de livre mercado. Aboliu os controles de moeda e reduziu impostos. Como quase todo remédio, o impacto imediato foi amargo. No começo dos anos 1990, a economia estava em queda, enfrentando certos ajustes necessários por anos de irresponsabilidade do governo. A crise do petróleo causada pela invasão ao Iraque agravou a situação. Somando tudo, a economia sueca estava em recessão no começo da década de 1990, com o emprego caindo mais de 10% e o déficit fiscal subindo para mais de 10% do PIB. Em termos de renda, a Suécia ficou perto da vigésima posição no mundo, uma queda que jamais foi recuperada.

Novas reformas foram adotadas, privatizações foram feitas e vários setores foram desregulamentados. O déficit fiscal foi eliminado. Estas reformas liberais permitiram uma certa recuperação da economia sueca. O Banco Central sueco, Riksbank, adotou uma meta inflacionária de 2% ao ano. Ainda assim, a renda per capita da Suécia, perto de US$ 30 mil, está bem aquém da americana, perto de US$ 40 mil. A renda de Cingapura, que não contava com o acúmulo de riqueza da Suécia nem com seus recursos naturais, já colou na sueca, graças ao modelo de ampla liberdade econômica.

Até mesmo em uma nação que já era rica e com apenas 9 milhões de habitantes, o peso do welfare state tem sido duro de carregar. Os incentivos – e indivíduos reagem a incentivos – não encontram-se no lugar adequado. Quando o “papai” Estado oferece tudo “grátis”, há menos incentivos para o trabalho e o sustento por conta própria. A epígrafe no começo do artigo mostra que nem sempre os suecos ignoraram esta obviedade.

Usar a Suécia como ícone de sucesso do modelo de welfare state é, como vimos, uma falácia. Na verdade, a Suécia enriqueceu por conta do Liberalismo, e o inchaço estatal plantou as sementes do fracasso. Reformas liberais têm sido implementadas para reduzir o estrago causado pelo tamanho do Estado. A Suécia desfruta de boa qualidade de vida a despeito do welfare state, não por causa dele.

E o mais lamentável de tudo é que, pela ótica brasileira, a Suécia seria considerada “ultra-liberal”. O índice de liberdade econômica do Heritage coloca a Suécia em 19º lugar no ranking, enquanto o Brasil está em 81º lugar. Para o Brasil chegar ao modelo sueco, teria que adotar inúmeras reformas liberais. Infelizmente, aqui muitos ainda consideram até mesmo o PSDB como um partido liberal. Ou seja, não só não foi o welfare state que gerou o relativo sucesso sueco, como estamos muito longe até mesmo desse modelo, tachado injustamente por aqui de “neoliberal”.
Editado pela última vez por rapha... em 22 Mar 2007, 18:37, em um total de 1 vez.

Avatar do usuário
Apáte
Mensagens: 9061
Registrado em: 20 Jul 2006, 19:32
Gênero: Masculino
Localização: Asa Sul
Contato:

Re.: O Mito Sueco

Mensagem por Apáte »

Este texto foi tão bom quanto o "Brasil Neoliberal", o melhor do Rodrigo constantino. Daqui a pouco vão dizer que o crescimento econômico da China é por causa do neo-socialismo de lá e que a qualidade de vida em Cuba está muito acima da Europa e dos Estados Unidos.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Re: O Mito Sueco

Mensagem por André »

rapha... escreveu:
Rodrigo Constantito escreveu:O Mito Sueco

Rodrigo Constantino

Imagem

“O melhor lugar para achar uma mão que ajude é no final do seu braço.” (Provérbio Sueco)

Muitos são os que utilizam o relativo sucesso escandinavo para defender o modelo do Estado de bem-estar social. Estas pessoas argumentam que elevados impostos e um extenso welfare state é benéfico para a economia e a população, ignorando a relação causal entre as coisas. Na verdade, os países com pesado welfare state ficaram ricos a despeito deste modelo, não por causa dele. Se replicarmos tal modelo na África miserável de hoje, teremos apenas mais miséria. O economista Stefan Karlsson, que trabalha na Suécia, escreveu para o Mises.org um artigo chamado “The Sweden Myth”, visando a derrubar certas falácias sobre o modelo escandinavo. Veremos os principais pontos do autor.

Até a segunda metade do século XIX, a Suécia era bem pobre. Mas reformas de livre mercado adotadas nos anos 1860 permitiram que o país se beneficiasse da crescente revolução industrial. A economia rapidamente se industrializou durante os séculos XIX e XX, vendo aumentar bastante o número de empreendedores e inventores. Surgiram empresas como a Volvo, Saab e Ericsson. Além disso, um fator que muito contribuiu para a prosperidade sueca foi o seu afastamento de ambas as guerras mundiais, que destroçaram a Europa. Desde 1809, a Suécia não participa de guerra alguma. Juntando tudo isso, a Suécia teve o maior crescimento de renda per capita do mundo entre 1870 e 1950, tornando-se uma das nações mais ricas do globo.

Porém, as sementes de grandes problemas já haviam sido plantadas em 1932, quando os social-democratas subiram ao poder por conta da Grande Depressão. A expansão do governo na economia foi assustadora, mas vindo de uma base bem pequena. Os gastos estatais eram inferiores a 10% do PIB. Mesmo nos anos 1950, a Suécia ainda tinha uma das economias mais livres do mundo, e os gastos estatais eram menores que o dos americanos. Mas entre 1950 e 1975, os gastos subiram de 20% para 50% do PIB. As mudanças tornaram o país menos competitivo em termos globais, e a moeda, o krona, acabou sendo desvalorizada. A inflação começou uma escalada contínua. A insatisfação era grande, e uma coalizão de centro-direita chegou ao poder em 1976, quebrando 44 anos de gestão ininterrupta dos social-democratas. Entretanto, os partidos de centro-direita não estavam dispostos a levar adiante reformas liberais mais radicais. Quando privilégios são concedidos, dificilmente um governante enfrenta sua retirada impopular. A inflação continuava incomodando e a moeda foi novamente desvalorizada.

Em 1986, o mais pragmático Ingvar Carlsson tornou-se Primeiro Ministro, e implementou várias reformas de livre mercado. Aboliu os controles de moeda e reduziu impostos. Como quase todo remédio, o impacto imediato foi amargo. No começo dos anos 1990, a economia estava em queda, enfrentando certos ajustes necessários por anos de irresponsabilidade do governo. A crise do petróleo causada pela invasão ao Iraque agravou a situação. Somando tudo, a economia sueca estava em recessão no começo da década de 1990, com o emprego caindo mais de 10% e o déficit fiscal subindo para mais de 10% do PIB. Em termos de renda, a Suécia ficou perto da vigésima posição no mundo, uma queda que jamais foi recuperada.

Novas reformas foram adotadas, privatizações foram feitas e vários setores foram desregulamentados. O déficit fiscal foi eliminado. Estas reformas liberais permitiram uma certa recuperação da economia sueca. O Banco Central sueco, Riksbank, adotou uma meta inflacionária de 2% ao ano. Ainda assim, a renda per capita da Suécia, perto de US$ 30 mil, está bem aquém da americana, perto de US$ 40 mil. A renda de Cingapura, que não contava com o acúmulo de riqueza da Suécia nem com seus recursos naturais, já colou na sueca, graças ao modelo de ampla liberdade econômica.

Até mesmo em uma nação que já era rica e com apenas 9 milhões de habitantes, o peso do welfare state tem sido duro de carregar. Os incentivos – e indivíduos reagem a incentivos – não encontram-se no lugar adequado. Quando o “papai” Estado oferece tudo “grátis”, há menos incentivos para o trabalho e o sustento por conta própria. A epígrafe no começo do artigo mostra que nem sempre os suecos ignoraram esta obviedade.

Usar a Suécia como ícone de sucesso do modelo de welfare state é, como vimos, uma falácia. Na verdade, a Suécia enriqueceu por conta do Liberalismo, e o inchaço estatal plantou as sementes do fracasso. Reformas liberais têm sido implementadas para reduzir o estrago causado pelo tamanho do Estado. A Suécia desfruta de boa qualidade de vida a despeito do welfare state, não por causa dele.

E o mais lamentável de tudo é que, pela ótica brasileira, a Suécia seria considerada “ultra-liberal”. O índice de liberdade econômica do Heritage coloca a Suécia em 19º lugar no ranking, enquanto o Brasil está em 81º lugar. Para o Brasil chegar ao modelo sueco, teria que adotar inúmeras reformas liberais. Infelizmente, aqui muitos ainda consideram até mesmo o PSDB como um partido liberal. Ou seja, não só não foi o welfare state que gerou o relativo sucesso sueco, como estamos muito longe até mesmo desse modelo, tachado injustamente por aqui de “neoliberal”.


Já conhecia caro rapha.O artigo alias é super parcial, mas algumas atitudes consideradas típicas de social democratas no poder não compartilho logo é melhor esclarecer.

Não sou a favor do Estado grande, nem do Estado pequeno.Nem contra tota e qualquer privatização, nem estatização.Se tudo fosse tão simples como lindo seria.Mas para mim não é.

Áreas estratégicas se não houverem empresas cuidando bem, é necessária a ação estatal. Fora dessas na iniciativa privada o incentivo a produção, deve carregar tb a marca da responsabilidade ecológica e social que se não for imposta pelo Estado, empresas de bom grado não farão. Sou a favor de incentivos, certa vez tentei explicar que bom comportamento não se obriga se incentiva. Logo criar vantagens para quem desenvolve açoes com responsabilidade ecológica e social é um bom caminho.

A propriedade dos meios de produção, deve ser gerida visando o bem comum.Seja por empresas, seja pelo Estado.O papel do Estado, em economias ainda não desenvolvidas, envolve planejamento como já dizia Rômulo Almeida.Mesmo depois de desenvolvidas traças metas, e definir prioridades é essencial.

Para mim o mais importante é a ampliação da Democracia.Transferência do poder de decisão em maior medida para o povo, que é heterogêneo não me entenda errado, e retirando do poder da classe política.

Uma vez feito isso, o papel do Estado é simultaneamente estimular produção auto-sustentável, com responsabilidade ecológica e social, essa que pode ser feita pela iniciativa privada, contanto que ela obedeça os critérios. O Estado democrático deve interceder nos conflitos, e nas circunstancias dos mais pobres, em seu nome, para ajuda-los, a sair dessa situação.Logo ajuda deve ser condicional, eu te ajudo, se vc fizer isso. A ajuda nesse caso não é assistencialista, não é para manter ele lá é para possibilitar ascensão social.

Defender eficiencia e bom senso não são plataformas programáticas. Explico: certas coisas tem que ser feitas caso do Brasil por exemplo, sobre limitar super salários públicos, e aposentadorias superiores a por exemplo 5 mil reais, ao mesmo tempo que tem funcionários ganhando apenas salário mínimo de aposentadoria e deveriam ganhar mais.Muitos dos cargos por indicação significam gastos gigantescos, e são moeda de clientelismo político, isso tem que acabar, ter concursos públicos, e colocar os melhores técnicos especialistas nos cargos, e de quebra fiscalizar eficiência, e relativizar a estabilidade excessiva que cargos públicos tem.

Por causa de interesses muita gente de esquerda e direita é contra essas e outras medidas que pouco tem a ver com conteúdo programático e sim com a questão de eficiência e bom senso não vão para frente.Em um regime de democracia ampliada vejo maiores possibilidades para esse tipo de mudança.

O que realmente diferencia em relação a ação do Estado, é que além de entender na urgência de se ampliar a democracia, penso que o Estado deve proteger e ajudar quem mais precisa.Mas não tem condições de fazer isso sem exigir nada em troca, por isso o que chamo de ajuda condicional é tão importante.

Já a idéia, de deixar as empresas LIVRES, e acreditar que essas vão ter responsabilidade ecológica, social, e empresários vão se preocupar com o sofrimento dos mais miseráveis.É uma fé, que eu realmente não compartilho.

A liberdade é um pré-requisito, mas ela não pode ser plena sem igualdade.Rousseau já dizia "Sem igualdade não pode haver liberdade".E o objetivo pelo menos para mim, deve ser uma sociedade auto-sustentável, na qual todos possam viver bem.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Re: Re.: O Mito Sueco

Mensagem por André »

Apáte escreveu:Este texto foi tão bom quanto o "Brasil Neoliberal", o melhor do Rodrigo constantino. Daqui a pouco vão dizer que o crescimento econômico da China é por causa do neo-socialismo de lá e que a qualidade de vida em Cuba está muito acima da Europa e dos Estados Unidos.


Favor apontar a quem está se referindo, pois eu não apoio Cuba e seu regime ditatorial, e a China com sua falta de liberdades civis.

Quem é essa figura imaginaria que vai defender esses países??

É o que eu digo, o dialogo nunca anda quando não se enxerga o interlocutor pelo que ele é, e sim pelo que vc gostaria que ele fosse.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

quereu
Mensagens: 55
Registrado em: 12 Jun 2006, 15:28
Contato:

Mensagem por quereu »

O que realmente diferencia em relação a ação do Estado, é que além de entender na urgência de se ampliar a democracia, penso que o Estado deve proteger e ajudar quem mais precisa.Mas não tem condições de fazer isso sem exigir nada em troca, por isso o que chamo de ajuda condicional é tão importante.


Ampliar a democracia somente se for para ampliar a prosperidade. Se os princípios de prosperidade não forem adotados não vejo como a democracia por si só possa resolver alguma coisa. Parece-me um discurso vazio para não se adotar as reformas liberalizantes que são as únicas capazes de mordenizar a economia. De que adianta a plena capacidade de escolha, que é o apanágio da democracia, se o espaço de decisão se limita entre uma miséria ou outra. Esse é o papinho de sempre da velha esquerda quando se reveste da onisapiência de estar acima das doutrinas. Ah, o Estado, pequeno, grande, estou acima disso, estou a favor dos oprimidos. E quem não adota essa linha de pensamento é um monstro, um pulha - nada mais do que uma maneira elegante de moralizar o assunto; a seu favor, claro, e sendo muito educado e temperado.

Achar que o povo tem condição de administar alguma coisa é acreditar em anjos. Como? Essa massa ignara cuja a leitura máxima e admirável é o Paulo Coelho? É piada. Mas a esquerda adora apelar para a sabedoria do povo para tê-lo do seu lado - nada mais nobre do que defender as causas populares. Esquerdista no Brasil é que nem padre: adora ver o povo estropiado para comprá-lo por uma esmola qualquer.

E essas idéias atrasadas vicejam no Brasil. Credo! Defendidas pelos puros levam ao fracasso irremediável. Tudo em nome do amor é claro. Em nome de deus é que não porque tal não existe - no fundo é outro deus que existe: o deus estado. Se bem que vão me acusar de idolatrar o deus mercado. Ora, que cada um cuide de si e que o Estado cuide da liberdade geral. Se tenho um deus a cultuar seja este deus a liberdade.
MALDITO É QUEM PENSA DIFERENTE

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

quereu escreveu:
O que realmente diferencia em relação a ação do Estado, é que além de entender na urgência de se ampliar a democracia, penso que o Estado deve proteger e ajudar quem mais precisa.Mas não tem condições de fazer isso sem exigir nada em troca, por isso o que chamo de ajuda condicional é tão importante.


1)Ampliar a democracia somente se for para ampliar a prosperidade. Se os princípios de prosperidade não forem adotados não vejo como a democracia por si só possa resolver alguma coisa. Parece-me um discurso vazio para não se adotar as reformas liberalizantes que são as únicas capazes de mordenizar a economia. De que adianta a plena capacidade de escolha, que é o apanágio da democracia, se o espaço de decisão se limita entre uma miséria ou outra. Esse é o papinho de sempre da velha esquerda quando se reveste da onisapiência de estar acima das doutrinas. Ah, o Estado, pequeno, grande, estou acima disso, estou a favor dos oprimidos. E quem não adota essa linha de pensamento é um monstro, um pulha - nada mais do que uma maneira elegante de moralizar o assunto; a seu favor, claro, e sendo muito educado e temperado.

2)Achar que o povo tem condição de administar alguma coisa é acreditar em anjos. Como? Essa massa ignara cuja a leitura máxima e admirável é o Paulo Coelho? É piada. Mas a esquerda adora apelar para a sabedoria do povo para tê-lo do seu lado - nada mais nobre do que defender as causas populares. Esquerdista no Brasil é que nem padre: adora ver o povo estropiado para comprá-lo por uma esmola qualquer.

3)E essas idéias atrasadas vicejam no Brasil. Credo! Defendidas pelos puros levam ao fracasso irremediável. Tudo em nome do amor é claro. Em nome de deus é que não porque tal não existe - no fundo é outro deus que existe: o deus estado. Se bem que vão me acusar de idolatrar o deus mercado. Ora, que cada um cuide de si e que o Estado cuide da liberdade geral. Se tenho um deus a cultuar seja este deus a liberdade.


1)Então o regime melhor é o que funciona?Esse raciocínio leva facilmente a ditaduras e aceita-las pq "funcionam".Defendo a ampliação da Democracia por princípios, é mais justo que a maioria tenha mais poder de decisão.Além disso, a classe política vem demonstrando seja de esquerda ou de direita, que isso é o que menos importa, o que importa para eles é se reeleger, é servir aos interesses daqueles que os financiam, e seus próprios interesses.Predominantemente é isso que ocorre.Para não falar da corrupção, e arbítrio.Entre ditadura e ampliação da Democracia, e levar tanto educação formal, como política para frente, fico com a segunda.Experiências autoritárias levam a atrocidades, perda das liberdades políticas...

Prosperidade é o ideal, mas não sou arrogante em saber como a maioria vai decidir, mas sei que é mais justo, e pode ser melhor por vários motivos.Um seria a diminuição da disputa de personalidade, e a disputa de idéias.Diminuir cargos públicos por indicação, tendo mais técnicos, e especialistas, e diminuindo o arbítrio dos políticos.Afinal se eles não exercem o poder em nome do povo, o povo deve ter os mecanismos para controlar, e fazer essa máxima democrática valer.

Sachs economista famoso tem dito que a ação estatal tem papel fundamental combinada com medidas que estimulem educação, com a participação da iniciativa privada, para desenvolver.Apesar do que para mim como gerir o Estado não é encontrado em uma formula mágica, nem medidas liberalizantes, nem estatizantes, mas definições de prioridades que essência do que é administrar.

O capitalismo é dominante no mundo, e nem por isso a miséria se foi.Sozinha essa lógica econômica não vai resolver.Deixar como ta e não propor nada tb está longe de ser uma solução.A perspectiva conservadora costumeiramente é essa.

2)Ampliar a Democracia não é colocar o povo nas decisões do dia a dia nem das técnicas.Se reparou para cargos quero uma substancial diminuição das indicações.Dos cargos políticos.É possibilitar ao povo nas questões que esse considerar essenciais, ou que os políticos não cheguem a um acordo, que a maioria decida.Tornar isso periódico, estimular facultativamente construção de educação política.É colocar o político em seu devido lugar como um servidor do povo, além que tem que prestar contas, de quanto gastou e aonde.É colocar os indivíduos com melhores mecanismos de individualmente e coletivamente pressionar o poder instituído.O fato de ser instituído por eles não garante lisura, eficiência, nem compromisso, isso tem que ser continuamente fiscalizado e deve haver espaço para participação.Não vou colocar todos os detalhes aqui agora mas se quiser passo em detalhes e aos poucos, o que tenho pensado sobre Democracia Ampliada em termos de política nacional, regional.

3)Atrasadas?hehehe.Isso é a vanguarda do pensamento político.Está a frente do atual momento do Brasil e está ausente do debate quase que inteiramente. Eu não inventei, tenho minhas particularidades, mas foi lendo, alguns dos melhores cientistas políticos, historiadores, da atualidade, combinado com leituras clássicas, que cheguei, ou melhor chegamos, já que não estou sozinho, a essas conclusões.

Para se ter uma idéia apenas recentemente o governo Suíço vem fazendo propaganda das idéias da Democracia Direta na Europa.

Outra não sou nenhum fan do Estado.E estatização leva a formação de outra elite burocrática.O suposto "livre mercado" forma hierarquias, diferenciações de poder, privilégios, e igualmente uns são mais livres do que outros.Acontece em ambos os casos.O que ambos os casos não entendem foi algo que Rousseau muito antes já havia entendido que "liberdade não existe sem igualdade".

A Liberdade plena falo.Pq a liberdade da propriedade, por exemplo, exige o consentimento até mesmo daqueles que não a possuem.

Como são ideais inatingíveis, os objetivos deve ser por equilíbrio complementar entre liberdade e igualdade.Pq não se pode ter uma sem a outra.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Re: O Mito Sueco

Mensagem por André »

rapha... escreveu:
Rodrigo Constantito escreveu:O Mito Sueco

Rodrigo Constantino

Imagem

“O melhor lugar para achar uma mão que ajude é no final do seu braço.” (Provérbio Sueco)

Muitos são os que utilizam o relativo sucesso escandinavo para defender o modelo do Estado de bem-estar social. Estas pessoas argumentam que elevados impostos e um extenso welfare state é benéfico para a economia e a população, ignorando a relação causal entre as coisas. Na verdade, os países com pesado welfare state ficaram ricos a despeito deste modelo, não por causa dele. Se replicarmos tal modelo na África miserável de hoje, teremos apenas mais miséria. O economista Stefan Karlsson, que trabalha na Suécia, escreveu para o Mises.org um artigo chamado “The Sweden Myth”, visando a derrubar certas falácias sobre o modelo escandinavo. Veremos os principais pontos do autor.

Até a segunda metade do século XIX, a Suécia era bem pobre. Mas reformas de livre mercado adotadas nos anos 1860 permitiram que o país se beneficiasse da crescente revolução industrial. A economia rapidamente se industrializou durante os séculos XIX e XX, vendo aumentar bastante o número de empreendedores e inventores. Surgiram empresas como a Volvo, Saab e Ericsson. Além disso, um fator que muito contribuiu para a prosperidade sueca foi o seu afastamento de ambas as guerras mundiais, que destroçaram a Europa. Desde 1809, a Suécia não participa de guerra alguma. Juntando tudo isso, a Suécia teve o maior crescimento de renda per capita do mundo entre 1870 e 1950, tornando-se uma das nações mais ricas do globo.

Porém, as sementes de grandes problemas já haviam sido plantadas em 1932, quando os social-democratas subiram ao poder por conta da Grande Depressão. A expansão do governo na economia foi assustadora, mas vindo de uma base bem pequena. Os gastos estatais eram inferiores a 10% do PIB. Mesmo nos anos 1950, a Suécia ainda tinha uma das economias mais livres do mundo, e os gastos estatais eram menores que o dos americanos. Mas entre 1950 e 1975, os gastos subiram de 20% para 50% do PIB. As mudanças tornaram o país menos competitivo em termos globais, e a moeda, o krona, acabou sendo desvalorizada. A inflação começou uma escalada contínua. A insatisfação era grande, e uma coalizão de centro-direita chegou ao poder em 1976, quebrando 44 anos de gestão ininterrupta dos social-democratas. Entretanto, os partidos de centro-direita não estavam dispostos a levar adiante reformas liberais mais radicais. Quando privilégios são concedidos, dificilmente um governante enfrenta sua retirada impopular. A inflação continuava incomodando e a moeda foi novamente desvalorizada.

Em 1986, o mais pragmático Ingvar Carlsson tornou-se Primeiro Ministro, e implementou várias reformas de livre mercado. Aboliu os controles de moeda e reduziu impostos. Como quase todo remédio, o impacto imediato foi amargo. No começo dos anos 1990, a economia estava em queda, enfrentando certos ajustes necessários por anos de irresponsabilidade do governo. A crise do petróleo causada pela invasão ao Iraque agravou a situação. Somando tudo, a economia sueca estava em recessão no começo da década de 1990, com o emprego caindo mais de 10% e o déficit fiscal subindo para mais de 10% do PIB. Em termos de renda, a Suécia ficou perto da vigésima posição no mundo, uma queda que jamais foi recuperada.

Novas reformas foram adotadas, privatizações foram feitas e vários setores foram desregulamentados. O déficit fiscal foi eliminado. Estas reformas liberais permitiram uma certa recuperação da economia sueca. O Banco Central sueco, Riksbank, adotou uma meta inflacionária de 2% ao ano. Ainda assim, a renda per capita da Suécia, perto de US$ 30 mil, está bem aquém da americana, perto de US$ 40 mil. A renda de Cingapura, que não contava com o acúmulo de riqueza da Suécia nem com seus recursos naturais, já colou na sueca, graças ao modelo de ampla liberdade econômica.

Até mesmo em uma nação que já era rica e com apenas 9 milhões de habitantes, o peso do welfare state tem sido duro de carregar. Os incentivos – e indivíduos reagem a incentivos – não encontram-se no lugar adequado. Quando o “papai” Estado oferece tudo “grátis”, há menos incentivos para o trabalho e o sustento por conta própria. A epígrafe no começo do artigo mostra que nem sempre os suecos ignoraram esta obviedade.

Usar a Suécia como ícone de sucesso do modelo de welfare state é, como vimos, uma falácia. Na verdade, a Suécia enriqueceu por conta do Liberalismo, e o inchaço estatal plantou as sementes do fracasso. Reformas liberais têm sido implementadas para reduzir o estrago causado pelo tamanho do Estado. A Suécia desfruta de boa qualidade de vida a despeito do welfare state, não por causa dele.

E o mais lamentável de tudo é que, pela ótica brasileira, a Suécia seria considerada “ultra-liberal”. O índice de liberdade econômica do Heritage coloca a Suécia em 19º lugar no ranking, enquanto o Brasil está em 81º lugar. Para o Brasil chegar ao modelo sueco, teria que adotar inúmeras reformas liberais. Infelizmente, aqui muitos ainda consideram até mesmo o PSDB como um partido liberal. Ou seja, não só não foi o welfare state que gerou o relativo sucesso sueco, como estamos muito longe até mesmo desse modelo, tachado injustamente por aqui de “neoliberal”.


Ou seja, a Suécia ta em 19 lugar em liberdade econômica, mas continua tendo alguns dos melhores índices de desenvolvimento humano.Menores índices de pobreza.Maiores índices de ateus/agnósticos.

Ou seja, a relação direta que normalmente se faz entre liberdade econômica como vem sendo entendida, e desenvolvimento, não é tão direta assim.

Pessoalmente não sou contrario a liberdade econômica, apenas entendo que deve ser relativa.Relativa a que?Em casos internacionais, se deve abrir aos portas na medida que é favorável as trocas, e internamente, medidas que possam ser caracterizadas como liberais, para favorecer comercio, desenvolvimento de produção não tenho nada contra, apenas, tem que simultaneamente, se proteger os trabalhadores, e o meio ambiente.Tem que se fazer com que essa produção, reverta benefícios para todos, especialmente os que mais precisam.E as empresas, pela sua lógica não farão isso, deve ser idealmente o povo através do Estado.

Eu não confio no Estado, ou melhor, nos políticos, sem fiscalização, alias em um país como Brasil, tenho motivos de sobra para não confiar.Por isso a ampliação da Democracia, e da responsabilidade, é tal vital.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

Re.: O Mito Sueco

Mensagem por rapha... »

What the fuck?

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Re: Re.: O Mito Sueco

Mensagem por André »

rapha... escreveu:What the fuck?


Yes.My way of thinking is not predictable.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

Mensagem por rapha... »

Cara, tu não conhece o índice de liberdade econômica e não sabe como ele funciona. É a única explicação para as coisas que escreveu.

Dê uma olhada. Atente-se à pontuação. O índice está atualizado. A Suécia encontra-se na décima segunda posição.

quereu
Mensagens: 55
Registrado em: 12 Jun 2006, 15:28
Contato:

Mensagem por quereu »

Prosperidade é o ideal, mas não sou arrogante em saber como a maioria vai decidir


Eu também não sei o que a maioria quer, mas não porque seja arrogante, porque não sei mesmo. Sei que a prosperidade está com os países que adotaram o liberalismo econômico e se o ponto é esse faço questão de ser arrogante.

Essa histórinha de participação não é senão estatismo disfarçado. Ação popular, ação direta, todas essas balelas que a esquerda inventou para justificar o fracasso do socialismo. O governo não cansa de falar disso. Ai meus ouvidos. E a pobreza continua a mesma e nada de novo brilha sob o sol da América Latina.

Se a democracia é representativa não vejo como prescindir dos políticos. Sei! O pessoal da esquerda quer um novo paradigma - quer a ação direta. Como se isso fosse um meio mágico de resolver as coisas. Mas tem outra intenção aí. Os políticos não prestam, mas a esquerda presta, está acima de tudo isso. Discurso moralizante dos puros! Quem não reza esse credo é um monstro, um pulha.
MALDITO É QUEM PENSA DIFERENTE

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

rapha... escreveu:Cara, tu não conhece o índice de liberdade econômica e não sabe como ele funciona. É a única explicação para as coisas que escreveu.

Dê uma olhada. Atente-se à pontuação. O índice está atualizado. A Suécia encontra-se na décima segunda posição.


O texto diz décima nona.Quando escrevi estava me baseando no texto que vc postou.Mas isso não muda em nada meus comentários.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

Mensagem por rapha... »

André escreveu:
rapha... escreveu:Cara, tu não conhece o índice de liberdade econômica e não sabe como ele funciona. É a única explicação para as coisas que escreveu.

Dê uma olhada. Atente-se à pontuação. O índice está atualizado. A Suécia encontra-se na décima segunda posição.


O texto diz décima nona.Quando escrevi estava me baseando no texto que vc postou.Mas isso não muda em nada meus comentários.


Exatamente, nem me aventei a isto.

Se a Suécia estivesse na quadragésima posição, já estaria excelente.

Sua mensagem continua com pouco sentido.

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

quereu escreveu:
Prosperidade é o ideal, mas não sou arrogante em saber como a maioria vai decidir


1)Eu também não sei o que a maioria quer, mas não porque seja arrogante, porque não sei mesmo. Sei que a prosperidade está com os países que adotaram o liberalismo econômico e se o ponto é esse faço questão de ser arrogante.

2)Essa histórinha de participação não é senão estatismo disfarçado. Ação popular, ação direta, todas essas balelas que a esquerda inventou para justificar o fracasso do socialismo. O governo não cansa de falar disso. Ai meus ouvidos. E a pobreza continua a mesma e nada de novo brilha sob o sol da América Latina.

3)Se a democracia é representativa não vejo como prescindir dos políticos. Sei! O pessoal da esquerda quer um novo paradigma - quer a ação direta. Como se isso fosse um meio mágico de resolver as coisas. Mas tem outra intenção aí. Os políticos não prestam, mas a esquerda presta, está acima de tudo isso. Discurso moralizante dos puros! Quem não reza esse credo é um monstro, um pulha.


1)Eu tb não sei como iria decidir, mas acredito que a maioria quer paz, alimentação, segurança, trabalho, lazer, e oportunidade para tudo isso.Ou seja quer viver bem.E quer isso para os outros (ou pelo menos eu torço para que não sejamos tão sacanas que desejamos mal a outros).

A Suécia é menos liberal, e foi ao longo do século XX, menos liberal que EUA e tem mais prosperidade.Porém eu repito não tenho nada contra liberdade econômica, apenas não acredito que ela por si só possa resolver os problemas, liberdade deve estar acompanhada de igualdade.Democratização é fundamental.

2)O governo é assistencialista, e nesses discursos populista.Diz isso, mas na prática, está bem longe do que eu defendo.E o fracasso do socialismo está sim ligado a falta de democracia, de liberdades políticas.Não apenas isso, mas principalmente isso.

3)Tem muita gente de esquerda ou que se diz de esquerda, e que não presta.Eu sou agnóstico, acho que todos agnósticos são uma maravilha, claro que não.Políticos sejam de esquerda ou direita devido ao sistema, servem a interesses outros que os do povo.A mudança deve ser no sistema, para um sistema mais democrático.

Nós estamos propondo uma alteração a Democracia Representativa, os políticos continuariam a existir, mas em menor numero, com espaços de atuação e dialogo com a população mais claros.Além da diminuição drástica dos cargos por indicação.Eu digo nós pq não estou sozinho.

Enfim não estou defendendo uma direção da esquerda, e se políticas liberais, forem mais eficientes, e conseguirem apoio, eu respeitarei, e torcerei pelo sucesso.

Vc falou nada de novo, o que proponho é novo vc pode não gostar ai são outros quinhentos.

Alias eu penso que a combinação entre idéias liberais, e idéias da social democracia, em termos de gestão, seriam o melhor.A riqueza tem que ser criada, e ser dividida. Liberdade e igualdade são necessárias.

Outra coisa é que temos que pensar em termos de meio ambiente, em fontes renováveis de energia.Enfim ter uma sociedade auto-sustentável, e ai não totalmente do ponto de vista econômico pq trocas são fundamentais, mas do ponto de vista energético, e ambiental.No sentido que a produção não deve ser predatória deve se planejar o futuro. Mesmo sabendo dos imprevistos.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
Samael
Mensagens: 13718
Registrado em: 19 Out 2005, 13:31
Gênero: Masculino
Contato:

Re.: O Mito Sueco

Mensagem por Samael »

NUNCA se defendeu que o welfare-state seja gerador de "crescimento econômico" dentre os social-democratas. Da mesma forma que NUNCA se defendeu que o liberalismo econômico fizesse o mesmo.

A própria premissa do Spamta é idiota.

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

rapha... escreveu:
André escreveu:
rapha... escreveu:Cara, tu não conhece o índice de liberdade econômica e não sabe como ele funciona. É a única explicação para as coisas que escreveu.

Dê uma olhada. Atente-se à pontuação. O índice está atualizado. A Suécia encontra-se na décima segunda posição.


O texto diz décima nona.Quando escrevi estava me baseando no texto que vc postou.Mas isso não muda em nada meus comentários.


Exatamente, nem me aventei a isto.

Se a Suécia estivesse na quadragésima posição, já estaria excelente.

Sua mensagem continua com pouco sentido.


Por que?

O que quis dizer é que ela não está no Top 5 de liberdade economia, mas está no Top 5 de desenvolvimento humano.

Mesmo assim já disse, meu problema não é com liberdade econômica, para mim ela pode existir, mas para mim deve ser relativa a princípios, e não deve prescindir de planejamento.A liberdade econômica deve servir para estimular produção, mas os seus resultados, devem beneficiar a todos, e mais aqueles que mais precisam.

Meu problema, se é que posso chamar assim, é a desobrigação das empresas, se fundamentando na idéia de liberdade econômica, em termos ambientais e sociais.Estou mais preocupado com os trabalhadores, e desempregados que são maioria.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

Re: Re.: O Mito Sueco

Mensagem por rapha... »

Usuário deletado escreveu:
rapha... escreveu:Rodrigo Constantito


O correto é Rodrigo Constantino.


Imagem

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Re: Re.: O Mito Sueco

Mensagem por André »

Samael escreveu:NUNCA se defendeu que o welfare-state seja gerador de "crescimento econômico" dentre os social-democratas. Da mesma forma que NUNCA se defendeu que o liberalismo econômico fizesse o mesmo.

A própria premissa do Spamta é idiota.


Alguns liberais, pelo menos aqui do fórum, costumeiramente defendem que liberalismo econômico= crescimento econômico.

Já li economistas como Sachs, Rômulo Almeida, e outros, e não vejo unanimidade.O que penso é em economia o bom é o que funciona, e o que funciona varia, em determinadas circunstancias é uma coisa, em outras é outra.Não existe formula mágica, planejamento pode ajudar, livre comercio pode ajudar, depende das circunstancias do país, economia mundial, recursos....

Prefiro pensar que economistas desenvolvam os caminhos combinando o mais apropriado para crescimento, mas esse crescimento como Rômulo Almeida aponta deve ser acompanhado por uma preocupação de inserção social, e igualdade.Por isso seria um desenvolvimento fecundo e não um crescimento pontual.

Já em regime o critério deve ser penso eu o que é mais justo.Em sociedades tão heterogêneas, nada mais justo que um regime democrático, e quanto mais democrático melhor.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

Mensagem por rapha... »

André escreveu:Por que?

O que quis dizer é que ela não está no Top 5 de liberdade economia, mas está no Top 5 de desenvolvimento humano.


A variação no índice de liberdade econômica é pequena, mas é menor ainda entre os dezessete primeiros países, que pontuam de três pontos para cima.

Taiwan, que tem uma economia consideravelmente aberta, pontua em 2,7.

André escreveu:Mesmo assim já disse, meu problema não é com liberdade econômica, para mim ela pode existir, mas para mim deve ser relativa a princípios, e não deve prescindir de planejamento.


Liberdade econômica e planejamento? Dois opostos.

André escreveu:Meu problema, se é que posso chamar assim, é a desobrigação das empresas, se fundamentando na idéia de liberdade econômica, em termos ambientais e sociais.Estou mais preocupado com os trabalhadores, e desempregados que são maioria.


Empresas não devem ter obrigações socias, ambientais, et cetera. O Estado deve fiscalizar, fazer com que empresas respeitem a Lei e coibir abusos.

Também me preocupo com tais questões, mas não se pode exigir arbitrariamente obrigações desse porte.

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

Como deletar a mensagem?Tentei.
Editado pela última vez por André em 22 Mar 2007, 19:23, em um total de 1 vez.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

rapha... escreveu:
André escreveu:Por que?

O que quis dizer é que ela não está no Top 5 de liberdade economia, mas está no Top 5 de desenvolvimento humano.


A variação no índice de liberdade econômica é pequena, mas é menor ainda entre os dezessete primeiros países, que pontuam de três pontos para cima.

Taiwan, que tem uma economia consideravelmente aberta, pontua em 2,7.

André escreveu:Mesmo assim já disse, meu problema não é com liberdade econômica, para mim ela pode existir, mas para mim deve ser relativa a princípios, e não deve prescindir de planejamento.


Liberdade econômica e planejamento? Dois opostos.

André escreveu:Meu problema, se é que posso chamar assim, é a desobrigação das empresas, se fundamentando na idéia de liberdade econômica, em termos ambientais e sociais.Estou mais preocupado com os trabalhadores, e desempregados que são maioria.


Empresas não devem ter obrigações socias, ambientais, et cetera. O Estado deve fiscalizar, fazer com que empresas respeitem a Lei e coibir abusos.

Também me preocupo com tais questões, mas não se pode exigir arbitrariamente obrigações desse porte.


1)Rômulo Almeida cita planejamento nos EUA e em uma serie de outras nações que estão bem longe de ser socialistas.

Se desejar amanha procuro a citação e posto.

2)Eu sou favorável a leis que obriguem as empresas (especialmente as envolvidas na exploração dos meios de produção, e demais grandes empresas) a terem responsabilidade ambiental ao desenvolver suas atividades, e responsabilidade com a região em que essas atividades estão sendo desenvolvidas.Assim como leis que protejam os trabalhadores.Além disso deve haver uma preocupação para criação de empregos, dando incentivos a empresas que criam empregos em setores de alto desemprego.Fora que o Estado deve estar envolvido em ajudar as pessoas a conseguir empregos, não necessariamente empregos públicos, embora concursos públicos sejam desejáveis.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Avatar do usuário
rapha...
Administrador
Mensagens: 9602
Registrado em: 19 Out 2005, 22:37
Gênero: Masculino

Mensagem por rapha... »

André escreveu:1)Rômulo Almeida cita planejamento nos EUA e em uma serie de outras nações que estão bem longe de ser socialistas.


É bem conhecida e documentada a época de planejamento econômico dos Estados Unidos da América.

André escreveu:Se desejar amanha procuro a citação e posto.


Não, obrigado.

André escreveu:2)Eu sou favorável a leis que obriguem as empresas (especialmente as envolvidas na exploração dos meios de produção, e demais grandes empresas) a terem responsabilidade ambiental ao desenvolver suas atividades, e responsabilidade com a região em que essas atividades estão sendo desenvolvidas.


Se existe na Lei o que obrigue empresas a terem responsabilidade sobre degradação da natureza (o que acho necessário), é óbvio que devem respeitar.

André escreveu:Assim como leis que protejam os trabalhadores.Além disso deve haver uma preocupação para criação de empregos, dando incentivos a empresas que criam empregos em setores de alto desemprego.Fora que o Estado deve estar envolvido em ajudar as pessoas a conseguir empregos, não necessariamente empregos públicos, embora concursos públicos sejam desejáveis.


Bá!

Avatar do usuário
André
Mensagens: 3288
Registrado em: 13 Nov 2006, 11:25

Mensagem por André »

rapha... escreveu:
André escreveu:1)Rômulo Almeida cita planejamento nos EUA e em uma serie de outras nações que estão bem longe de ser socialistas.


É bem conhecida e documentada a época de planejamento econômico dos Estados Unidos da América.

André escreveu:Se desejar amanha procuro a citação e posto.


1)Não, obrigado.

André escreveu:2)Eu sou favorável a leis que obriguem as empresas (especialmente as envolvidas na exploração dos meios de produção, e demais grandes empresas) a terem responsabilidade ambiental ao desenvolver suas atividades, e responsabilidade com a região em que essas atividades estão sendo desenvolvidas.


2)Se existe na Lei o que obrigue empresas a terem responsabilidade sobre degradação da natureza (o que acho necessário), é óbvio que devem respeitar.

André escreveu:Assim como leis que protejam os trabalhadores.Além disso deve haver uma preocupação para criação de empregos, dando incentivos a empresas que criam empregos em setores de alto desemprego.Fora que o Estado deve estar envolvido em ajudar as pessoas a conseguir empregos, não necessariamente empregos públicos, embora concursos públicos sejam desejáveis.


3)Bá!


1)Okz.

2)Concordo.

3)Bé!heheh.

Falando serio.Se é que é possível ando rindo a toa, num ótimo humor e não sei exatamente pq.Mas enfim.Além do cumprimento de leis que imprimam essas responsabilidades sou favorável a uma agenda de planejamento econômico, mas não ao ponto de se propor controlar totalmente a econômica, isso além de pouco viável tem se mostrado falho.

Mas sim influenciar estrategicamente estipulando prioridades, e tendo como horizonte justiça social, reverter os benefícios da produção para o coletivo, e promover um certo nível de igualdade. No sentido que eu quero e acho que não estou sozinho, que todos pudessem estudar, ter condições básicas de sobrevivência, e oportunidade de trabalhar, e em ultima analise contribuir para sociedade. Esse básico deve ser sempre melhorado, e o ideal é que o estimulo seja superar isso, e poder viver bem.Eu não tenho ilusão que o Estado pode prover para todos pq logicamente não pode. Mas temos de tentar construir uma forma, de melhor dividir a riqueza, de dar oportunidade a "todos de buscar a felicidade" (como diria Jefferson e eu concordo).
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Trancado