Polemica das caricaturas termina com absolvição
Enviado: 25 Mar 2007, 15:50
LUCAS DOLEGA / epa
Philippe Val, director da revista, naturalmente satisfeito com sentença
Pouco mais de um ano volvido sobre a publicação polémica de caricaturas do profeta Maomé, o director do semanário francês "Charlie Hebdo" foi, ontem, absolvido pelo Tribunal Correccional de Paris, que julgou o processo interposto pela Grande Mesquita de Paris, pela União das Organizações Islâmicas de França e por várias outras instituições muçulmanas, incluindo a Liga Islâmica Mundial. Philippe Val, o responsável da publicação, saiu visivelmente satisfeito após a leitura da sentença, mas foi já interposto recurso.
"Se deixarmos de ter o direito de rir dos terroristas, que arma é que resta aos cidadãos?", questionou Val, no decurso da audiência, em que apresentou sempre como principal argumento a defesa da liberdade de expressão.
Em causa estavam três cartoons, publicados em Fevereiro do ano passado pelo "Charlie Hebdo", cinco meses depois de ter rebentado uma polémica internacional, devido a idêntica opção editorial tomada pela revista dinamarquesa "Jyllands-Posten". Dos desenhos publicados em França, talvez o mais reconhecido (um dos que foram publicados originalmente na Dinamarca) seja aquele em que se representa o profeta com um turbante, do onde sai um ratilho de bomba e no qual está inscrito o primeiro pilar do Islão "Há apenas um Deus e Maomé é o seu profeta".
De acordo com os advogados das organizações islâmicas (que, de acordo com a Imprensa francesa, não pareciam muito convencidos), as caricaturas faziam uma amálgama entre o Islão e o terrorismo.
Com as eleições presidenciais ao virar da esquina (primeira volta a 22 de Abril), a defesa do "Charlie Hebdo" mobilizou as forças em confronto. Por exemplo, foram testemunhas François Hollande, líder socialista e marido da candidata Ségolène Royal, e o candidato François Bayrou (líder da UDF). Quanto ao candidato Nicolas Sarkozi, por ser ministro do Interior e dos Cultos, não esteve no julgamento, mas enviou uma mensagem solidária.
http://jn.sapo.pt/2007/03/23/mundo/pole ... solvi.html
Philippe Val, director da revista, naturalmente satisfeito com sentença
Pouco mais de um ano volvido sobre a publicação polémica de caricaturas do profeta Maomé, o director do semanário francês "Charlie Hebdo" foi, ontem, absolvido pelo Tribunal Correccional de Paris, que julgou o processo interposto pela Grande Mesquita de Paris, pela União das Organizações Islâmicas de França e por várias outras instituições muçulmanas, incluindo a Liga Islâmica Mundial. Philippe Val, o responsável da publicação, saiu visivelmente satisfeito após a leitura da sentença, mas foi já interposto recurso.
"Se deixarmos de ter o direito de rir dos terroristas, que arma é que resta aos cidadãos?", questionou Val, no decurso da audiência, em que apresentou sempre como principal argumento a defesa da liberdade de expressão.
Em causa estavam três cartoons, publicados em Fevereiro do ano passado pelo "Charlie Hebdo", cinco meses depois de ter rebentado uma polémica internacional, devido a idêntica opção editorial tomada pela revista dinamarquesa "Jyllands-Posten". Dos desenhos publicados em França, talvez o mais reconhecido (um dos que foram publicados originalmente na Dinamarca) seja aquele em que se representa o profeta com um turbante, do onde sai um ratilho de bomba e no qual está inscrito o primeiro pilar do Islão "Há apenas um Deus e Maomé é o seu profeta".
De acordo com os advogados das organizações islâmicas (que, de acordo com a Imprensa francesa, não pareciam muito convencidos), as caricaturas faziam uma amálgama entre o Islão e o terrorismo.
Com as eleições presidenciais ao virar da esquina (primeira volta a 22 de Abril), a defesa do "Charlie Hebdo" mobilizou as forças em confronto. Por exemplo, foram testemunhas François Hollande, líder socialista e marido da candidata Ségolène Royal, e o candidato François Bayrou (líder da UDF). Quanto ao candidato Nicolas Sarkozi, por ser ministro do Interior e dos Cultos, não esteve no julgamento, mas enviou uma mensagem solidária.
http://jn.sapo.pt/2007/03/23/mundo/pole ... solvi.html