Brasil torna-se pais de Primeiro Mundo!

[O ENCOSTO]

Com novo PIB, Brasil tem IDH de 'primeiro mundo'



"IDH sobe e Brasil entra no clube do Alto Desenvolvimento Humano"; "Para ONU, Brasil já não é um país pobre"; "Com PIB e renda maiores, país chega ao primeiro mundo da área social". Manchetes como estas estarão em todos os jornais quando a ONU atualizar, com o novo PIB brasileiro, a base de dados que alimenta o cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Para os leitores de Terra Magazine, a notícia não será novidade. Sim, o Brasil já entrou no seleto grupo de países com "alto desenvolvimento humano" - em 2005, para ser mais exato.

O IDH é uma espécie de nota, de zero a um, que avalia a qualidade de vida em 177 países com base nos critérios renda, escolaridade e longevidade da população.

O último relatório, publicado no ano passado a partir de estatísticas de 2004, dava ao Brasil a nota 0,792, o que o situava entre as 83 nações de "médio desenvolvimento humano" - Colômbia, República Dominicana, Venezuela e Albânia estavam entre seus vizinhos no ranking.

A promoção para o andar superior ocorre principalmente graças a um significativo ajuste estatístico. Ao atualizar a metodologia do cálculo do Produto Interno Bruto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) descobriu que, em 2005, éramos 10,9% mais ricos do que imaginávamos (leia aqui).

Graças a esse incremento no PIB e na renda per capita, o IDH sobe para exatos 0,800 - o mínimo necessário para o Brasil entrar no grupo de 63 países com "alto desenvolvimento humano" - liderado pela Noruega (0,965) e onde já estão os vizinhos Argentina (0,863), Chile (0,859) e Uruguai (0,851).

Com o crescimento da economia em 2006, de 3,7%, a nota brasileira sobe para 0,803. Se os dados de 2004 fossem revistos pela ONU, o IDH passaria de 0,792 para 0,797 - o país subiria três posições no ranking e empataria com a Rússia.

O recálculo do IDH foi feito por Terra Magazine, com metodologia supervisionada pelo economista Fernando Prates, da Fundação João Pinheiro, especialista no assunto. Foram usados dados do Pnud - órgão das Nações Unidas que divulga anualmente o ranking do IDH -, do IBGE e do FMI.

Nas contas não estão considerados os itens educação e longevidade, que compõem o IDH com o mesmo peso que a renda. E é quase certo que o Brasil apresentará avanços também nessas áreas - sua nota será, portanto, maior.

O Pnud considera, em sua base de dados referente a 2004, que os brasileiros têm uma esperança de vida ao nascer de 70,8 anos. Mas o IBGE, em 2005, calculou que esse índice já chegou a 71,9 anos. A esperança de vida é a estimativa do número de anos que vão viver, em média, as pessoas nascidas em um determinado ano.

Também houve avanços ainda não medidos no campo da educação. A taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais subiu de 88,6% em 2004 para 88,9% em 2005. Outro indicador considerado é a taxa bruta de matrículas, que estima o percentual de cidadãos excluídos do sistema educacional. Nesse caso ainda não há números atualizados, mas a tendência tem sido de melhora nos últimos anos.

O novo IDH não significa que, de um dia para o outro, o Brasil se transformou em paraíso social. O corte de 0,800 é arbitrário e o conceito de desenvolvimento humano é subjetivo. Estatísticas às vezes ocultam aspectos da realidade - dois países com a mesma renda per capita podem ser completamente distintos se, em um deles, a elite abocanha a maior parte da riqueza.

Mesmo com as ressalvas, não há como negar que o IDH é um dos melhores parâmetros de avaliação da eficácia das políticas públicas. E ele mostra que o país está avançando, há muito tempo. Se a miséria não foi eliminada, é cada vez menor seu peso no conjunto da sociedade.

Certamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionará a melhora do índice aos programas sociais de seu governo. Terá bons argumentos: com Bolsa-Família, valorização do salário mínimo e quase 5 milhões de novos empregos formais, a renda dos mais pobres de fato cresceu, o que amplia acesso a alimentos e remédios e tem impacto direto no aumento da longevidade. Mas foi no governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso, que a educação básica foi praticamente universalizada.

Ainda não está claro se a ONU passará a considerar os novos números do PIB brasileiro já em 2007 ou somente em 2008. Mas é certo que eles serão aceitos - no cálculo do IDH, o que vale são as estatísticas oficiais de cada país.

Para os que vêem "manipulação" na melhora súbita do PIB, um aviso: é praticamente consensual a opinião dos especialistas de que o IBGE mudou a metodologia para melhor. Agora o instituto consegue captar melhor o tamanho e os movimentos da economia - com a metodologia anterior, deixava de "enxergar" uma geração anual de riquezas equivalente a quase cinco vezes o PIB do Uruguai.

http://terramagazine.terra.com.br/inter ... 78,00.html

[O ENCOSTO]

Todos os nossos problemas eram causados por um calculo.

[Tranca]

Quando o ídice não demonstra aquilo que querem, mudam o cálculo do índice e voilá!



Estou sentindo minha qualidade de vida melhorando como num passe de mágica.

Vocês não?




Pobre Brasil, até quando?

[Apocaliptica]

Chamem o João!!! Quero ver o que ele diz disto!

[clara campos]

1 de Abril não foi antes de ontem?

[francioalmeida]

O novo IDH não significa que, de um dia para o outro, o Brasil se transformou em paraíso social. O corte de 0,800 é arbitrário e o conceito de desenvolvimento humano é subjetivo. Estatísticas às vezes ocultam aspectos da realidade - dois países com a mesma renda per capita podem ser completamente distintos se, em um deles, a elite abocanha a maior parte da riqueza

Os cálculos são realísticos, o problemas são as injustiças sociais

[Rennan]

Pelo que lí até agora, sob o aspecto técnico, ninguém discorda com a mudança feita pelo IBGE no cálculo do PIB.
O problema é que na prática quase nada mudou.

[Apocaliptica]

E esta é a prova de números se comportam como marionetes.

[Johnny]

Na verdade muita coisa mudou sim. Com o advento inicial do Plano Real® muitos que comiam pouco passaram a comer mais (ééééé Fernandão, eu sei reconhecer fatos bons de FHC sim....). Ainda me lembro que estava na Globo quando ouvia comentários da favela próxima (pessoas) que estavam comprando até arroz (!) e algumas vezes salsicha. De lá para cá mais coisas melhoraram para estes pobres coitados. Mas claro que alguém perdeu bastante e esta foi a classe operária que ganhava entre 4 e 10 salários mínimos pois foi passado uma régua nos salários e a lei de "livre negociação®" e "banco de horas ®" fizeram um bom estrago. Mas de uma forma geral, melhorou sim.
Abraços

[Apocaliptica]

O que não quer dizer que nosso IDH ( se ele fosse crível...) é de primeiro mundo. Muitas léguas disto.

[Johnny]

Depende o que se chama de primeiro mundo, Apo. Padrões europeus são muito melhores e diferentes dos americanso, nem por isso signifique que sejam todos do mesmo nível. Refeições, vestuário, entre outros no Brasil são muito baratos e de qualidade igual aos comparados países de primeiro mundo. O que perdemos (por enquanto) é em tecnologia de ponta na área de micro e nano eletrônica. Em compensação estamos à frente em pesquisas na área médica, microbiologia, entre outras. Nivelar o Brasil por baixo por causa de achismos não nos fará produzir mais nem ficar-mos mais ricos. Temos de saber como e quando valorizar nossas riquezas e qualidades.

[Apocaliptica]

Depende o que se chama de primeiro mundo, Apo. Padrões europeus são muito melhores e diferentes dos americanso, nem por isso signifique que sejam todos do mesmo nível. Refeições, vestuário, entre outros no Brasil são muito baratos e de qualidade igual aos comparados países de primeiro mundo. O que perdemos (por enquanto) é em tecnologia de ponta na área de micro e nano eletrônica. Em compensação estamos à frente em pesquisas na área médica, microbiologia, entre outras. Nivelar o Brasil por baixo por causa de achismos não nos fará produzir mais nem ficar-mos mais ricos. Temos de saber como e quando valorizar nossas riquezas e qualidades.

Vestuário barato no Brasil? Não vejo como. O vestuário de qualidade aqui é mais do dobro do preço do que lá fora. Mesmo pagando impostos, vale a pena comprar fora. Refeições sim, concordo, porque lá fora pagamos em dólar, mas apenas isto. Para eles é acessível. Sem contar que tem serviços básicos de excelente qualidade, o que aqui realmente é digno de vergonha.
E Johnny, esta conversa de valorizar nossas riquezas já deu o que tinha que dar. Achismos ou não achismos, enquanto tivermos a mentalidade que temos, que mistura complexo de superioridade na fachada, com falta de vergonha na cara por baixo dos panos, não há esperança nem riquezas que nos façam sair do Terceiro Mundo.

[King In Crimson]

Agora só falta avisar aos mendigos e assaltantes!

vestuário, entre outros no Brasil são muito baratos e de qualidade igual aos comparados países de primeiro mundo.

Não.

[King In Crimson]

Brasil à frente em pesquisas médicas?

Você é um ufanista.

[Apocaliptica]

Brasil à frente em pesquisas médicas?

Você é um ufanista.

Temos uma parcela de bons médicos aqui,e também uma boa qualidade de pesquisa nas Universidades e laboratórios, notadamente nas capitais, mas isto não significa que estamos na frente em pesquisas médicas.

[André]

Brasil à frente em pesquisas médicas?

Você é um ufanista.

Temos uma parcela de bons médicos aqui,e também uma boa qualidade de pesquisa nas Universidades e laboratórios, notadamente nas capitais, mas isto não significa que estamos na frente em pesquisas médicas.

Em algumas áreas sim, em outras, muitos não.Notadamente nas áreas de pesquisa cientifica tecnológica, que atrai capital, gera riqueza, nessas são apenas em alguns casos que temos destaque.

Sobre os dados, existem melhorias a partir do governo FHC em diante, nada que se equipare ao primeiro mundo, mas existem melhorias. Levando em conta o PIB, e os critérios, vamos nos aproximar da Argentina, e passar, mas não da Noruega, Suécia, Canadá...

E o problema principal por essas bandas, é uma altíssima concentração de riqueza na mão de poucos. Em resumo, os resultados da produção, são apenas em pequena escala revertidos para benefícios dos trabalhadores, e dos mais pobres, o que significa que podemos ter um PIB relativamente alto e ainda assim ter profundas injustiças sociais.

[Apocaliptica]

Brasil à frente em pesquisas médicas?

Você é um ufanista.

Temos uma parcela de bons médicos aqui,e também uma boa qualidade de pesquisa nas Universidades e laboratórios, notadamente nas capitais, mas isto não significa que estamos na frente em pesquisas médicas.

Em algumas áreas sim, em outras, muitos não.Notadamente nas áreas de pesquisa cientifica tecnológica, que atrai capital, gera riqueza, nessas são apenas em alguns casos que temos destaque.

Sobre os dados, existem melhorias a partir do governo FHC em diante, nada que se equipare ao primeiro mundo, mas existem melhorias. Levando em conta o PIB, e os critérios, vamos nos aproximar da Argentina, e passar, mas não da Noruega, Suécia, Canadá...

E o problema principal por essas bandas, é uma altíssima concentração de riqueza na mão de poucos. Em resumo, os resultados da produção, são apenas em pequena escala revertidos para benefícios dos trabalhadores, e dos mais pobres, o que significa que podemos ter um PIB relativamente alto e ainda assim ter profundas injustiças sociais.

É André, ele falou em pesquisa médica e eu me referi apenas a ela.
Existir melhorias é muito relativo. O que adianta o FCH ter conseguido algumas, agora veio o Lulla e esculhambou de vez os serviços públicos como saúde e educação, por exemplo.
E melhorar com relação ao nosso próprio baixo índice, enquanto o resto dos países se desenvolve noutra velocidade e intensidade, pode significar, em números, que ficamos mais atrás ainda com relação ao resto do mundo.

[zencem]

.

Neste novo PIB, já está incluido, também, o tráfego de drogas? --

[André]

Brasil à frente em pesquisas médicas?

Você é um ufanista.

Temos uma parcela de bons médicos aqui,e também uma boa qualidade de pesquisa nas Universidades e laboratórios, notadamente nas capitais, mas isto não significa que estamos na frente em pesquisas médicas.

Em algumas áreas sim, em outras, muitos não.Notadamente nas áreas de pesquisa cientifica tecnológica, que atrai capital, gera riqueza, nessas são apenas em alguns casos que temos destaque.

Sobre os dados, existem melhorias a partir do governo FHC em diante, nada que se equipare ao primeiro mundo, mas existem melhorias. Levando em conta o PIB, e os critérios, vamos nos aproximar da Argentina, e passar, mas não da Noruega, Suécia, Canadá...

E o problema principal por essas bandas, é uma altíssima concentração de riqueza na mão de poucos. Em resumo, os resultados da produção, são apenas em pequena escala revertidos para benefícios dos trabalhadores, e dos mais pobres, o que significa que podemos ter um PIB relativamente alto e ainda assim ter profundas injustiças sociais.

É André, ele falou em pesquisa médica e eu me referi apenas a ela.
Existir melhorias é muito relativo. O que adianta o FCH ter conseguido algumas, agora veio o Lulla e esculhambou de vez os serviços públicos como saúde e educação, por exemplo.
E melhorar com relação ao nosso próprio baixo índice, enquanto o resto dos países se desenvolve noutra velocidade e intensidade, pode significar, em números, que ficamos mais atrás ainda com relação ao resto do mundo.

Essa possível defasagem é de ser analisada. Um dos problemas principais, no caso do Brasil, ainda é o de interiorizar os resultados da produção, para levar justiça social. Para isso, um questionamento das elites tradicionais, e um combate ferrenho a corrupção com dinheiro público, seja dessas elites principalmente as rurais, seja a corrupção dos novos políticos, tem que estar na agenda do dia.

No Brasil, mais do que nos EUA, por exemplo, a nossa elite econômica, tem muito, e é pequena, e a maioria não tem nada. A hierarquização da pirâmide, é uma das mais acentuadas do mundo, somente melhor que os países mais miseráveis do mundo, notadamente na África.

Penso que devemos reconhecer as melhorias em termos internos, apenas como pequenos passos, e que muitos ainda precisam ser dados.

[betossantana]

Bah... fazendo um corte num ponto específico, pouco me importa que todos os brasileiros estejam matriculados no ensino formal e que todos o cursem por inteiro quando concluem seus ciclos de educação sabendo praticamente nada além do que sabiam no ciclo anterior e se graduam semi-analfabetos.

O que eu queria que esse IDH mudasse é a violência. Será que é realmente normal que países no grupo com AAAAAAAAAAAAAAAALTO desenvolvimeeeeeeeeeeeeento humaaaaaaaaaaaaano convivam com tanta violência assim?

[docdeoz]

Todos os nossos problemas eram causados por um calculo.

E eu que sou o crente?

E as pessoas que esperam na fila de cirurgia oncológica porque o cirurgião está fazendo plantãozinho, pois não tem onde trabalhar?

[André]

Todos os nossos problemas eram causados por um calculo.

E eu que sou o crente?

E as pessoas que esperam na fila de cirurgia oncológica porque o cirurgião está fazendo plantãozinho, pois não tem onde trabalhar?

Eu sou a ultima pessoa a defender o Encosto, mas nesse caso está claro que ele estava sendo irônico.

[Led Zeppelin]

:emoticon22:



Chamem o João!!! Quero ver o que ele diz disto!

Digo simplesmente que um IDH acima de 0,8 por mais que seja considerado pela ONU como uma potência social, não é. A menos que a senhora considere a Argentina uma potência social.

[Johnny]

Depende o que se chama de primeiro mundo, Apo. Padrões europeus são muito melhores e diferentes dos americanso, nem por isso signifique que sejam todos do mesmo nível. Refeições, vestuário, entre outros no Brasil são muito baratos e de qualidade igual aos comparados países de primeiro mundo. O que perdemos (por enquanto) é em tecnologia de ponta na área de micro e nano eletrônica. Em compensação estamos à frente em pesquisas na área médica, microbiologia, entre outras. Nivelar o Brasil por baixo por causa de achismos não nos fará produzir mais nem ficar-mos mais ricos. Temos de saber como e quando valorizar nossas riquezas e qualidades.

Vestuário barato no Brasil? Não vejo como. O vestuário de qualidade aqui é mais do dobro do preço do que lá fora. Mesmo pagando impostos, vale a pena comprar fora. Refeições sim, concordo, porque lá fora pagamos em dólar, mas apenas isto. Para eles é acessível. Sem contar que tem serviços básicos de excelente qualidade, o que aqui realmente é digno de vergonha.
E Johnny, esta conversa de valorizar nossas riquezas já deu o que tinha que dar. Achismos ou não achismos, enquanto tivermos a mentalidade que temos, que mistura complexo de superioridade na fachada, com falta de vergonha na cara por baixo dos panos, não há esperança nem riquezas que nos façam sair do Terceiro Mundo.

Apo, grife não significa qualidade e lá fora o que é barato em relação aqui é a grife. Nossos tecidos sempre foram melhores e mais baratos em relação aos de fora (ou você prefere comprar tecido chinês?). Antes da tal moda jeans (que é um tecido escroto em relação ao tergal, brim, etc...) nossa moda ia bem obrigado. Agora somos obrigados a usar um tecido grotesco batizado pela moda como sendo bom e de grife (Ives St Laurent, Pierre Cardin, Marshal Lester, Soft Machine, etc...) entre outras coisas (e ai de quem aparecer com jeans sem "etiqueta"). Sou da época em que quem fazia roupas era o alfaiate e costureira, sob medida. Quando chegaram as Seras, Mesblas, etc... começaram a vender roupas de linha de produção, com lagartas, cavas padrão, etc... Um nojo.

[Apocaliptica]

Depende o que se chama de primeiro mundo, Apo. Padrões europeus são muito melhores e diferentes dos americanso, nem por isso signifique que sejam todos do mesmo nível. Refeições, vestuário, entre outros no Brasil são muito baratos e de qualidade igual aos comparados países de primeiro mundo. O que perdemos (por enquanto) é em tecnologia de ponta na área de micro e nano eletrônica. Em compensação estamos à frente em pesquisas na área médica, microbiologia, entre outras. Nivelar o Brasil por baixo por causa de achismos não nos fará produzir mais nem ficar-mos mais ricos. Temos de saber como e quando valorizar nossas riquezas e qualidades.

Vestuário barato no Brasil? Não vejo como. O vestuário de qualidade aqui é mais do dobro do preço do que lá fora. Mesmo pagando impostos, vale a pena comprar fora. Refeições sim, concordo, porque lá fora pagamos em dólar, mas apenas isto. Para eles é acessível. Sem contar que tem serviços básicos de excelente qualidade, o que aqui realmente é digno de vergonha.
E Johnny, esta conversa de valorizar nossas riquezas já deu o que tinha que dar. Achismos ou não achismos, enquanto tivermos a mentalidade que temos, que mistura complexo de superioridade na fachada, com falta de vergonha na cara por baixo dos panos, não há esperança nem riquezas que nos façam sair do Terceiro Mundo.

Apo, grife não significa qualidade e lá fora o que é barato em relação aqui é a grife. Nossos tecidos sempre foram melhores e mais baratos em relação aos de fora (ou você prefere comprar tecido chinês?). Antes da tal moda jeans (que é um tecido escroto em relação ao tergal, brim, etc...) nossa moda ia bem obrigado. Agora somos obrigados a usar um tecido grotesco batizado pela moda como sendo bom e de grife (Ives St Laurent, Pierre Cardin, Marshal Lester, Soft Machine, etc...) entre outras coisas (e ai de quem aparecer com jeans sem "etiqueta"). Sou da época em que quem fazia roupas era o alfaiate e costureira, sob medida. Quando chegaram as Seras, Mesblas, etc... começaram a vender roupas de linha de produção, com lagartas, cavas padrão, etc... Um nojo.

Johnny, pelo menos marcas como adidas ou Puma ou Tommy a gente paga menos da metade , tanto na Argentina, Chile , como nos EUA. Na Europa não sei.

Sou deste tempo também da roupa feita em casa ou pela costureira. Aliás, roupa boa de festa, sempre se faz em costureira, e é caro para caramba.O resto, existe tanta variedade e qualidade variável , que se for mandar fazer custa mais caro, óbvio.
A tal moda jeans começou na década de 60 e 70. Calças de tecido para homens e mulheres também foram moda nesta época ( eram legais né ? Até calça de cetim com boca de sino a gente usava! ). As tais confecções baratas são justamente estas feitas com tecido chinês, mal cortadas, feitas em série ( mal feitas) , que são adquiridas a preço de tonelada, e vendidas aqui para as classes menos favorecidas, não há preocupação com qualidade mesmo.
Quanto à grife, não existe roupa sem etiqueta, apenas as que são mais In tem preços mais altos, e mesmo assim, temos de tudo.
Ou seja, quero dizer que pelo que se paga, a roupa aqui é mais cara do que lá fora, considerando-se a relação custo- qualidade, em todas as faixas de preço e qualidade. Devia ser muito mais barato.