Pesquisa científica e a doutrina do politicamente correto
Pesquisa científica e a doutrina do politicamente correto
O empreendimento científico não está livre de preconceitos pessoais daqueles que o compõe, mas possui métodos de auto-correção que embora imperfeitos, tendem ao longo do tempo a remover ao máximo a quota de contaminação ideológica que pode ter comprometido a conclusão de determinadas pesquisas.
Vou dar um exemplo de três conclusões politicamente incorretas de segmentos de pesquisadores das áreas de psicologia comparada entre grupos étnicos, psicologia comparada entre sexos e biologia da homossexualidade humana, respectivamente. Existem muitos contra-argumentos a essas conclusões amparados por evidência empírica, mas também existem muitos contra-argumentos a essas conclusões que não passam de ataques pessoais disfarçados.
Não endosso essas conclusões da forma como apresentadas, estão aqui puramente por razões didáticas:
- Asiáticos são em média mais inteligentes e menos agressivos que outros grandes grupos étnicos por razões parcialmente genéticas
- A razão da grande maioria dos cientistas mais relevantes da história terem sido homens não deve-se tanto a fatores socio-culturais como popularmente se considera
- Homossexuais estão mais predispostos biologicamente a sofrer de transtornos psicológicos do que heterossexuais
Cientistas que publicam resultados polêmicos como os acima tendem a ser publicamente estigmatizados, perder posições em universidades e obrigados a receber verbas de instituições com agendas políticas moralmente questionáveis para prosseguir com suas pesquisas. Isso independemente de serem pessoas francamente honestas ou bigots super-nazistas disfarçados.
Quando vejo cientistas muito respeitáveis como E.O. Wilson e Steven Pinker elogiando a integridade profissional de pesquisadores extremamente controversos como Arthur Jensen e J. Michael Bailey fica realmente difícil considerar que a grande maioria dos pesquisadores que trabalham com vespeiros sejam pessoas intelectualmente desonestas.
Pronto, mais lenha para a fogueira.
Vou dar um exemplo de três conclusões politicamente incorretas de segmentos de pesquisadores das áreas de psicologia comparada entre grupos étnicos, psicologia comparada entre sexos e biologia da homossexualidade humana, respectivamente. Existem muitos contra-argumentos a essas conclusões amparados por evidência empírica, mas também existem muitos contra-argumentos a essas conclusões que não passam de ataques pessoais disfarçados.
Não endosso essas conclusões da forma como apresentadas, estão aqui puramente por razões didáticas:
- Asiáticos são em média mais inteligentes e menos agressivos que outros grandes grupos étnicos por razões parcialmente genéticas
- A razão da grande maioria dos cientistas mais relevantes da história terem sido homens não deve-se tanto a fatores socio-culturais como popularmente se considera
- Homossexuais estão mais predispostos biologicamente a sofrer de transtornos psicológicos do que heterossexuais
Cientistas que publicam resultados polêmicos como os acima tendem a ser publicamente estigmatizados, perder posições em universidades e obrigados a receber verbas de instituições com agendas políticas moralmente questionáveis para prosseguir com suas pesquisas. Isso independemente de serem pessoas francamente honestas ou bigots super-nazistas disfarçados.
Quando vejo cientistas muito respeitáveis como E.O. Wilson e Steven Pinker elogiando a integridade profissional de pesquisadores extremamente controversos como Arthur Jensen e J. Michael Bailey fica realmente difícil considerar que a grande maioria dos pesquisadores que trabalham com vespeiros sejam pessoas intelectualmente desonestas.
Pronto, mais lenha para a fogueira.
Editado pela última vez por Azathoth em 10 Abr 2007, 15:55, em um total de 1 vez.
Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
Eu sou pelo esclarecimento científico ( se é que algumas coisas nao podem ser provadas e infinitamente constestadas e refutadas ...) doa a quem doer.
PORÉM...NÃO VEJO MOTIVO PARA PESQUISAR, POR EXEMPLO, A RELAÇÃO ENTRE INTELIGÊNCIA E IMPOTÊNCIA SEXUAL DOS HOMENS LATINOS DE OLHOS AZUIS CALIPSO.
Que a ciência privilegie o desenvolvimento e não o surgimento de novos apartheids sociais desnecessários.
PORÉM...NÃO VEJO MOTIVO PARA PESQUISAR, POR EXEMPLO, A RELAÇÃO ENTRE INTELIGÊNCIA E IMPOTÊNCIA SEXUAL DOS HOMENS LATINOS DE OLHOS AZUIS CALIPSO.
Que a ciência privilegie o desenvolvimento e não o surgimento de novos apartheids sociais desnecessários.
Azathoth escreveu:Nunca é bom deixar de repetir que o papel da pesquisa científica é explicar fenômenos naturais e não dar prescrições morais.
Ciências humanas não explicam fenômenos naturais e sim sociais e fazem parte do conjunto "pesquisa científica"(Não apenas as ciências naturais). Podendo se interessar por problemas do presente como René Remond explicitou em conferencias. O produtor do conhecimento pode se assim desejar, fornecer, por exemplo, suas conclusões, baseado nas evidencias e pesquisa, de um mestrado ou doutorado, em que julgamentos estão presentes. Claro que se não forem sustentados pela pesquisa e evidencias o pesquisador ouvira criticas da banca, da comunidade cientifica, e poderá nem ser aprovado, ou levado em conta, caso seja evidente que suas conclusões não conferem.
Mas prescrições morais não deve ser o objetivo ultimo. O objetivo deve ser o conhecimento a compreensão, e a relevância que esse tem para o presente. Um trabalho pode conter, se o seu autor assim desejar, suas opiniões digamos políticas. É até mais honesto que ele nos diga, do que procure esconder e subliminarmente as defenda, sem admitir passando uma imagem de um analista frio que de fato não é( Um dos piores tipos de desonestidade com motivação política).
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
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André escreveu:Azathoth escreveu:Nunca é bom deixar de repetir que o papel da pesquisa científica é explicar fenômenos naturais e não dar prescrições morais.
Ciências humanas não explicam fenômenos naturais e sim sociais e fazem parte do conjunto "pesquisa científica"(Não apenas as ciências naturais). Podendo se interessar por problemas do presente como René Remond explicitou em conferencias. O produtor do conhecimento pode se assim desejar, fornecer, por exemplo, suas conclusões, baseado nas evidencias e pesquisa, de um mestrado ou doutorado, em que julgamentos estão presentes. Claro que se não forem sustentados pela pesquisa e evidencias o pesquisador ouvira criticas da banca, da comunidade cientifica, e poderá nem ser aprovado, ou levado em conta, caso seja evidente que suas conclusões não conferem.
Mas prescrições morais não deve ser o objetivo ultimo. O objetivo deve ser o conhecimento a compreensão, e a relevância que esse tem para o presente. Um trabalho pode conter, se o seu autor assim desejar, suas opiniões digamos políticas. É até mais honesto que ele nos diga, do que procure esconder e subliminarmente as defenda, sem admitir passando uma imagem de um analista frio que de fato não é( Um dos piores tipos de desonestidade com motivação política).
Perfeito.
Apocaliptica escreveu:André escreveu:Azathoth escreveu:Nunca é bom deixar de repetir que o papel da pesquisa científica é explicar fenômenos naturais e não dar prescrições morais.
Ciências humanas não explicam fenômenos naturais e sim sociais e fazem parte do conjunto "pesquisa científica"(Não apenas as ciências naturais). Podendo se interessar por problemas do presente como René Remond explicitou em conferencias. O produtor do conhecimento pode se assim desejar, fornecer, por exemplo, suas conclusões, baseado nas evidencias e pesquisa, de um mestrado ou doutorado, em que julgamentos estão presentes. Claro que se não forem sustentados pela pesquisa e evidencias o pesquisador ouvira criticas da banca, da comunidade cientifica, e poderá nem ser aprovado, ou levado em conta, caso seja evidente que suas conclusões não conferem.
Mas prescrições morais não deve ser o objetivo ultimo. O objetivo deve ser o conhecimento a compreensão, e a relevância que esse tem para o presente. Um trabalho pode conter, se o seu autor assim desejar, suas opiniões digamos políticas. É até mais honesto que ele nos diga, do que procure esconder e subliminarmente as defenda, sem admitir passando uma imagem de um analista frio que de fato não é( Um dos piores tipos de desonestidade com motivação política).
Perfeito.
Obrigado Apo.

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
Às ordens, Sir.
Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
Fenômenos sociais também são fenômenos naturais. Seus agentes são parte do mundo natural, assim como todos os antecedentes do comportamento humano. Não há dualismo.
De resto, concordo plenamente com você, André.
De resto, concordo plenamente com você, André.
Re: Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente c
Azathoth escreveu:Fenômenos sociais também são fenômenos naturais. Seus agentes são parte do mundo natural, assim como todos os antecedentes do comportamento humano. Não há dualismo.
De resto, concordo plenamente com você, André.
Realmente esse argumento existe. O homem é um ser natural, porém se convencionou a fazer a oposição por ele ser também político, como diria Aristóteles. Isso o diferenciaria dos outros animais. E nas ciências humanas, e sociais, é feita essa distinção instrumental.
Repare que o homem faz parte da natureza, logo é natural também, mas segundo essa perspectiva ele seria político e social. Ele não deixa de ser natural, ele agrega o social e o político, o cultural... enfim. Por agregar isso, e esse ser objeto dessas ciências, os componentes dessas, tem a preferência em fazer a distinção. Mas incluir com uma nota, que não é o caso em um fórum, tb não faria diferença para mim. É apenas uma questão de lembrar desse detalhe.
De resto, valeu. Não é sempre que agrado. As vezes fico achando que nem mereço.




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- King In Crimson
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Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
patologias
Não gosto de ver esse termo usado assim. Patologia é o estudo da doença, não a doença em si.
- clara campos
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Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
O politicamente incorrecto não deve nunca ser um impeditivo ao progresso científico, desde que, tal como apontado, a ciência se abstenha de moralismos e juízos de valores, e tenha a preocupação redobrada de, em assuntos polémicos, divulgar honestamente os resultados.
Além dos exemplos referidos pelo Aza, existem milhares de outros.
A investigação cientifica deve ser independente e não subordinada ao politacamente correcto, pois este será sempre relativo.
Ainda que as gerações actuais não saibam como lidar com determinadas bombas, as futuras sabê-lo-ão melhor certamente.
Além dos exemplos referidos pelo Aza, existem milhares de outros.
A investigação cientifica deve ser independente e não subordinada ao politacamente correcto, pois este será sempre relativo.
Ainda que as gerações actuais não saibam como lidar com determinadas bombas, as futuras sabê-lo-ão melhor certamente.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
Eu não tenho uma opinião bem formada sobre isso.
Essas pesquisas foram historicamente enviesadas. Não só as pesquisas, mas publicações diversas. E não apenas muito antigamente.
de 1857
Tinha também a capa dum livro apontado por criacionistas em que mostrava a evolução dum jeito bem tosco, passando de lêmur, para macaco, para negro e para branco no topo. Não lembro o nome do livro nem o autor.
Lembro de já ter visto ser mencionado um estudo que publicava sobre uma correlação de quantidade de melanina e QI baixo. Especificamente a quantidade de melanina. Bem, para mim parece palhaçada, a menos que eu esteja subestimando possibilidades de conexões causais entre as coisas.
Ao mesmo tempo, não me vem em mente nada substancialmente útil que pudesse provir do conhecimento de que, todas as outras variáveis estando iguais, pessoas de diferentes populações teriam biologicamente uma variação de alguns pontos de QI.
O irônico nisso tudo é que se houve cada burrice grotesca de vez em quando nessas discussões todas. Como uma vez, num comentário da Amazon sobre um livro, acho que do Ricarhd Lynn ou qualquer outro, sobre o QI ao redor do mundo ou qualquer coisa... um cara - professor de faculdade, se bem me lembro - dizia que estava aí a razão de ser perda de tempo qualquer assitência à países subdesenvolvidos ou pobres. Não que toda e qualquer ajuda seja bem vinda e se espere que seja efetiva, mas pelamordedeus.
Uma vez vi uma discussão tão tosca... acho que está na internet ainda... é de 2002, se bem me lembro..... argumentava-se algo como que os genes para pele branca se extinguiriam na primeira geração de cruzamentos porque os genes para pele negra seriam dominantes e roubariam os loci ou qualquer idiotice do tipo. Não estava dizendo que as pessoas seriam todas mestiças/mulatas mas com equilíbrio genético mantido, mas literalmente que os genes dominantes iam meio que, sei lá, meio como piratas, abordar os loci e destruir os pobres genes para pele branca e tomar o lugar deles.
... por outro lado, sou contra censura. Só acho perda de tempo financiamento desse tipo de pesquisa. Que pode levar a necessidade de mais e mais pesquisas para verificar o que os outros descobriram.....
Essas pesquisas foram historicamente enviesadas. Não só as pesquisas, mas publicações diversas. E não apenas muito antigamente.

de 1857

Tinha também a capa dum livro apontado por criacionistas em que mostrava a evolução dum jeito bem tosco, passando de lêmur, para macaco, para negro e para branco no topo. Não lembro o nome do livro nem o autor.
Lembro de já ter visto ser mencionado um estudo que publicava sobre uma correlação de quantidade de melanina e QI baixo. Especificamente a quantidade de melanina. Bem, para mim parece palhaçada, a menos que eu esteja subestimando possibilidades de conexões causais entre as coisas.
Ao mesmo tempo, não me vem em mente nada substancialmente útil que pudesse provir do conhecimento de que, todas as outras variáveis estando iguais, pessoas de diferentes populações teriam biologicamente uma variação de alguns pontos de QI.
O irônico nisso tudo é que se houve cada burrice grotesca de vez em quando nessas discussões todas. Como uma vez, num comentário da Amazon sobre um livro, acho que do Ricarhd Lynn ou qualquer outro, sobre o QI ao redor do mundo ou qualquer coisa... um cara - professor de faculdade, se bem me lembro - dizia que estava aí a razão de ser perda de tempo qualquer assitência à países subdesenvolvidos ou pobres. Não que toda e qualquer ajuda seja bem vinda e se espere que seja efetiva, mas pelamordedeus.
Uma vez vi uma discussão tão tosca... acho que está na internet ainda... é de 2002, se bem me lembro..... argumentava-se algo como que os genes para pele branca se extinguiriam na primeira geração de cruzamentos porque os genes para pele negra seriam dominantes e roubariam os loci ou qualquer idiotice do tipo. Não estava dizendo que as pessoas seriam todas mestiças/mulatas mas com equilíbrio genético mantido, mas literalmente que os genes dominantes iam meio que, sei lá, meio como piratas, abordar os loci e destruir os pobres genes para pele branca e tomar o lugar deles.
... por outro lado, sou contra censura. Só acho perda de tempo financiamento desse tipo de pesquisa. Que pode levar a necessidade de mais e mais pesquisas para verificar o que os outros descobriram.....
Sem tempo nem paciência para isso.
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
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Re: Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente c
Azathoth escreveu:Fenômenos sociais também são fenômenos naturais. Seus agentes são parte do mundo natural, assim como todos os antecedentes do comportamento humano. Não há dualismo.
De resto, concordo plenamente com você, André.
Certamente, mas temos a questão da teleologia envolvida, o que dificulta os estudos. Fora as subjetividade inerente aos próprios objetos e às problemáticas que se buscam nessas ciências.
Sem querer "puxar assunto" com o André no tópico, Marx, particularmente, diz que estudar os homens é um fenômeno particularmente diverso de estudar os animais devido ao seu nível arbitral maior, proporcionado pela alta capacidade teleológica do mesmo.
Seu tópico foi excelente, Manuel.
Re: Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente c
Samael escreveu:Azathoth escreveu:Fenômenos sociais também são fenômenos naturais. Seus agentes são parte do mundo natural, assim como todos os antecedentes do comportamento humano. Não há dualismo.
De resto, concordo plenamente com você, André.
Certamente, mas temos a questão da teleologia envolvida, o que dificulta os estudos. Fora as subjetividade inerente aos próprios objetos e às problemáticas que se buscam nessas ciências.
Sem querer "puxar assunto" com o André no tópico, Marx, particularmente, diz que estudar os homens é um fenômeno particularmente diverso de estudar os animais devido ao seu nível arbitral maior, proporcionado pela alta capacidade teleológica do mesmo.
Seu tópico foi excelente, Manuel.
O homem tem uma preocupação teleológica na prática, mas não acho que devemos assumir uma posição teleológica ao analisá-lo. Explico não devemos supor que seu destino caminha para uma causa ultima.
Acho que Marx em determinados momentos cai nisso, em outros foge. Quando cai é normalmente por motivações políticas, quando foge é por consciência da importância da dialética.
Sobre o grau arbitral concordo inteiramente. A teleologia remonta ao já citado por mim Aristóteles, e a causa ultima para ele era Deus. Assim como Hegel que tb tem traços teleológicos no "fio condutor da História" . Que Marx foi bem quando falou do arbítrio e dos determinantes econômicos sociais e outros.
Penso que o foco maior deve ser nas escolhas, o arbítrio, e nos determinantes sociais. e das circunstancias que está inserido. O dialogo entre escolhas, e os limites que são impostos pertencem ao tempo e o contexto. Quando disse que ele é teleológico na prática foi no sentido que muitos seres humanos vivem acreditando em um fim ultimo, e ao analisa-los não podemos ignorar isso, mas como cientistas, nos mesmos, não precisamos, e acredito não devemos, colocar essa carga moral na pesquisa. A humanidade não marcha para um fim ultimo ( ou melhor não sabemos se marcha), seja ele bom ou ruim, único, a humanidade é por demais heterogenia. O futuro é incerto, penso ser a melhor forma de encará-lo, e podemos especular diferentes possibilidades, e não estabelecer um caráter continuo para todo o caminho.
Mas isso são apenas minhas divagações sobre o tema.
Valeu por "puxar assunto" Sama, normalmente leva a reflexões interessantes.

Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
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- betossantana
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Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corre
Eu votei na 3ª opção, todo conhecimento é bem-vindo. No livro O Fortim (F. Paul Wilson), o protagonista diz que preservou exemplares de livros históricos de magia negra porque todo o conhecimento, principalmente do mal, deve ser preservado, e eu também acredito nisso.
É um problema espiritual, chupe pau!
Re: Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente c
André escreveu:Samael escreveu:Azathoth escreveu:Fenômenos sociais também são fenômenos naturais. Seus agentes são parte do mundo natural, assim como todos os antecedentes do comportamento humano. Não há dualismo.
De resto, concordo plenamente com você, André.
Certamente, mas temos a questão da teleologia envolvida, o que dificulta os estudos. Fora as subjetividade inerente aos próprios objetos e às problemáticas que se buscam nessas ciências.
Sem querer "puxar assunto" com o André no tópico, Marx, particularmente, diz que estudar os homens é um fenômeno particularmente diverso de estudar os animais devido ao seu nível arbitral maior, proporcionado pela alta capacidade teleológica do mesmo.
Seu tópico foi excelente, Manuel.
O homem tem uma preocupação teleológica na prática, mas não acho que devemos assumir uma posição teleológica ao analisá-lo. Explico não devemos supor que seu destino caminha para uma causa ultima.
Acho que Marx em determinados momentos cai nisso, em outros foge. Quando cai é normalmente por motivações políticas, quando foge é por consciência da importância da dialética.
Sobre o grau arbitral concordo inteiramente. A teleologia remonta ao já citado por mim Aristóteles, e a causa ultima para ele era Deus. Assim como Hegel que tb tem traços teleológicos no "fio condutor da História" . Que Marx foi bem quando falou do arbítrio e dos determinantes econômicos sociais e outros.
Penso que o foco maior deve ser nas escolhas, o arbítrio, e nos determinantes sociais. e das circunstancias que está inserido. O dialogo entre escolhas, e os limites que são impostos pertencem ao tempo e o contexto. Quando disse que ele é teleológico na prática foi no sentido que muitos seres humanos vivem acreditando em um fim ultimo, e ao analisa-los não podemos ignorar isso, mas como cientistas, nos mesmos, não precisamos, e acredito não devemos, colocar essa carga moral na pesquisa. A humanidade não marcha para um fim ultimo ( ou melhor não sabemos se marcha), seja ele bom ou ruim, único, a humanidade é por demais heterogenia. O futuro é incerto, penso ser a melhor forma de encará-lo, e podemos especular diferentes possibilidades, e não estabelecer um caráter continuo para todo o caminho.
Mas isso são apenas minhas divagações sobre o tema.
Valeu por "puxar assunto" Sama, normalmente leva a reflexões interessantes.
Eu acho que o maior problema de se utilizar teleologia no estudo de História é você criar uma relação de "causa e conseqüência" arbitrária que vá "necessariamente" levar as coisas àquele fim. Ou seja, você tem o fato e tenta criar, teleologicamente, um "caminho" para aquilo, sendo que o próprio acaso histórico poderia ter moldado outra coisa ou, ainda por cima, outros fatos inumeráveis estavam coexistindo e fazendo parte desse mesmo fenômeno, fazendo com que ele não seja tão facilmente explicado.
Mas, bom, quanto à teleologia no homem, ela tem a ver com o próprio princípio que rege a história: não buscamos leis porque os fatos não se repetem. O homem age de forma não teleológica (não programada). Daí, a preocupação da História é sempre com o fato novo, com a exceção, nunca com a repetição de fenômenos. A própria máxima marxista da repetição da História, no 18 Brumário, tem caráter puramente literário: a História não se repete e não é esgotável sob aspecto algum.
Então, considero mais difícil ainda o afastamento ideológico quando se trata de cadeiras como História ou Sociologia, hehe.
Abração!
Re: Re.: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente c
Samael escreveu:André escreveu:Samael escreveu:Azathoth escreveu:Fenômenos sociais também são fenômenos naturais. Seus agentes são parte do mundo natural, assim como todos os antecedentes do comportamento humano. Não há dualismo.
De resto, concordo plenamente com você, André.
Certamente, mas temos a questão da teleologia envolvida, o que dificulta os estudos. Fora as subjetividade inerente aos próprios objetos e às problemáticas que se buscam nessas ciências.
Sem querer "puxar assunto" com o André no tópico, Marx, particularmente, diz que estudar os homens é um fenômeno particularmente diverso de estudar os animais devido ao seu nível arbitral maior, proporcionado pela alta capacidade teleológica do mesmo.
Seu tópico foi excelente, Manuel.
O homem tem uma preocupação teleológica na prática, mas não acho que devemos assumir uma posição teleológica ao analisá-lo. Explico não devemos supor que seu destino caminha para uma causa ultima.
Acho que Marx em determinados momentos cai nisso, em outros foge. Quando cai é normalmente por motivações políticas, quando foge é por consciência da importância da dialética.
Sobre o grau arbitral concordo inteiramente. A teleologia remonta ao já citado por mim Aristóteles, e a causa ultima para ele era Deus. Assim como Hegel que tb tem traços teleológicos no "fio condutor da História" . Que Marx foi bem quando falou do arbítrio e dos determinantes econômicos sociais e outros.
Penso que o foco maior deve ser nas escolhas, o arbítrio, e nos determinantes sociais. e das circunstancias que está inserido. O dialogo entre escolhas, e os limites que são impostos pertencem ao tempo e o contexto. Quando disse que ele é teleológico na prática foi no sentido que muitos seres humanos vivem acreditando em um fim ultimo, e ao analisa-los não podemos ignorar isso, mas como cientistas, nos mesmos, não precisamos, e acredito não devemos, colocar essa carga moral na pesquisa. A humanidade não marcha para um fim ultimo ( ou melhor não sabemos se marcha), seja ele bom ou ruim, único, a humanidade é por demais heterogenia. O futuro é incerto, penso ser a melhor forma de encará-lo, e podemos especular diferentes possibilidades, e não estabelecer um caráter continuo para todo o caminho.
Mas isso são apenas minhas divagações sobre o tema.
Valeu por "puxar assunto" Sama, normalmente leva a reflexões interessantes.
Eu acho que o maior problema de se utilizar teleologia no estudo de História é você criar uma relação de "causa e conseqüência" arbitrária que vá "necessariamente" levar as coisas àquele fim. Ou seja, você tem o fato e tenta criar, teleologicamente, um "caminho" para aquilo, sendo que o próprio acaso histórico poderia ter moldado outra coisa ou, ainda por cima, outros fatos inumeráveis estavam coexistindo e fazendo parte desse mesmo fenômeno, fazendo com que ele não seja tão facilmente explicado.
Mas, bom, quanto à teleologia no homem, ela tem a ver com o próprio princípio que rege a história: não buscamos leis porque os fatos não se repetem. O homem age de forma não teleológica (não programada). Daí, a preocupação da História é sempre com o fato novo, com a exceção, nunca com a repetição de fenômenos. A própria máxima marxista da repetição da História, no 18 Brumário, tem caráter puramente literário: a História não se repete e não é esgotável sob aspecto algum.
Então, considero mais difícil ainda o afastamento ideológico quando se trata de cadeiras como História ou Sociologia, hehe.
Abração!
Concordo plenamente. Para mim teleologia é similar a questão da divindade e não por acaso o motor para Aristóteles era Deus. Então o principio é o mesmo, não é pq existem pessoas que acreditam que existe uma causa ultima, que a causa ultima de fato existe. O mesmo pode se dizer de Deus. Assim como temos que levar em conta que as pessoas acreditam em Deus, ou acreditam que existe uma causa ultima, nos não devemos assumir isso na pesquisa em nos, pois isso provoca um comprometimento da pesquisa com um objetivo previamente estabelecido, normalmente um objetivo que serve aos nossos interesses pessoais (políticos "Ideologicos"...). O que é um caminho curto para suprimir coisas, e reforçar apenas aquelas que servem ao propósito. Quando a pesquisa deve procurar ser mais isenta, pelo menos honesto deve ser o pesquisador, já que a isenção total não é possível.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Re: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corret
As ciências humanas servem mais para descrever comportamentos humanos que para explica-los.
Em grande parte dos casos temos apenas hipóteses muito subjetivas e diversas explicações "possíveis", ou mesmo que expliquem apenas "alguns" casos.
Essa afirmação me deixou intrigado... (na realidade todas elas, mas vou citar apenas essa aqui).
Como alguém pode chegar a esse tipo de conclusão?
Existe (biologicamente falando), heterossexualidade ou homossexualidade?
Esses termos não se referem apenas a "preferências" sócio-culturais?
Transtornos psicológicos também é um termo muito genérico, se refere a vários tipos de "supostas" doenças...
Quais transtornos psicológicos são de origem biológica e a quais desses essa afirmação se refere?
Se essas questões por si só já são polêmicas, que dira dizer que homossexuais tem maior propensão biológica a transtornos psicológicos...
Isso necessariamente parte de dois pressupostos:
1 - Somos biologicamente divididos em grupos de homossexuais, bissexuais e heterossexuais.
2 - Existem origens biológicas conhecidas para os transtornos psicológicos aos quais o autor se refere.
Depois tira-se a conclusão de que biologicamente um pode ser relacionado ao outro.
Não vejo base científica profunda para esse tipo de conclusão...
Acho que a pesquisa deve ser sempre livre, mas é necessário cautela entes de se publicar determinadas conclusões.
Em grande parte dos casos temos apenas hipóteses muito subjetivas e diversas explicações "possíveis", ou mesmo que expliquem apenas "alguns" casos.
Azathoth escreveu:- Homossexuais estão mais predispostos biologicamente a sofrer de transtornos psicológicos do que heterossexuais
Essa afirmação me deixou intrigado... (na realidade todas elas, mas vou citar apenas essa aqui).
Como alguém pode chegar a esse tipo de conclusão?
Existe (biologicamente falando), heterossexualidade ou homossexualidade?
Esses termos não se referem apenas a "preferências" sócio-culturais?
Transtornos psicológicos também é um termo muito genérico, se refere a vários tipos de "supostas" doenças...
Quais transtornos psicológicos são de origem biológica e a quais desses essa afirmação se refere?
Se essas questões por si só já são polêmicas, que dira dizer que homossexuais tem maior propensão biológica a transtornos psicológicos...
Isso necessariamente parte de dois pressupostos:
1 - Somos biologicamente divididos em grupos de homossexuais, bissexuais e heterossexuais.
2 - Existem origens biológicas conhecidas para os transtornos psicológicos aos quais o autor se refere.
Depois tira-se a conclusão de que biologicamente um pode ser relacionado ao outro.
Não vejo base científica profunda para esse tipo de conclusão...
Acho que a pesquisa deve ser sempre livre, mas é necessário cautela entes de se publicar determinadas conclusões.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
- Vito Álvaro
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Anátema, tem outra aqui:
Eu também esqueci a dizer o livro é Human Evolution - An Illustrated Introduction, 5th Edition - Roger Lewin

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Status: Ocupadíssimo (Se caso queria me falar, mande MP ou Gmail)
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Re: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corret
NadaSei escreveu:As ciências humanas servem mais para descrever comportamentos humanos que para explica-los.
Em grande parte dos casos temos apenas hipóteses muito subjetivas e diversas explicações "possíveis", ou mesmo que expliquem apenas "alguns" casos.Azathoth escreveu:- Homossexuais estão mais predispostos biologicamente a sofrer de transtornos psicológicos do que heterossexuais
Essa afirmação me deixou intrigado... (na realidade todas elas, mas vou citar apenas essa aqui).
Como alguém pode chegar a esse tipo de conclusão?
Existe (biologicamente falando), heterossexualidade ou homossexualidade?
Esses termos não se referem apenas a "preferências" sócio-culturais?
Transtornos psicológicos também é um termo muito genérico, se refere a vários tipos de "supostas" doenças...
Quais transtornos psicológicos são de origem biológica e a quais desses essa afirmação se refere?
Se essas questões por si só já são polêmicas, que dira dizer que homossexuais tem maior propensão biológica a transtornos psicológicos...
Isso necessariamente parte de dois pressupostos:
1 - Somos biologicamente divididos em grupos de homossexuais, bissexuais e heterossexuais.
2 - Existem origens biológicas conhecidas para os transtornos psicológicos aos quais o autor se refere.
Depois tira-se a conclusão de que biologicamente um pode ser relacionado ao outro.
Não vejo base científica profunda para esse tipo de conclusão...
Acho que a pesquisa deve ser sempre livre, mas é necessário cautela entes de se publicar determinadas conclusões.
Nada de apenas descrever, e sim analisar, e eventos e atitudes ciências humanas buscam explicar sim.
Descrever ou relatar informações é apenas parte da pesquisa em humanas. Se não for agregada de analise e interpretação dos dados e evidencias, normalmente tem pouco valor. A não ser quando são aqueles grupos de pesquisa contratada para fazer uma recuperação de fontes, ou algo de pesquisa serial. Mas mesmo isso é para depois ser usado por outros pesquisadores e esses vão analisar, e procurar entender, e explicar acontecimentos, fazendo relações, enfim pelo menos em História é assim. E em Ciência política, não é muito diferente, e imagino que nas demais ciências humanas tb não seja.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Re: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corret
André escreveu:Nada de apenas descrever, e sim analisar, e eventos e atitudes ciências humanas buscam explicar sim.
Descrever ou relatar informações é apenas parte da pesquisa em humanas. Se não for agregada de analise e interpretação dos dados e evidencias, normalmente tem pouco valor. A não ser quando são aqueles grupos de pesquisa contratada para fazer uma recuperação de fontes, ou algo de pesquisa serial. Mas mesmo isso é para depois ser usado por outros pesquisadores e esses vão analisar, e procurar entender, e explicar acontecimentos, fazendo relações, enfim pelo menos em História é assim. E em Ciência política, não é muito diferente, e imagino que nas demais ciências humanas tb não seja.
Pois é, mas essas "explicações" são em grande parte subjetivas e não passam de hipóteses "plausiveis", que podem ou não ser reais, ou que podem ou não ser aplicadas a alguns indivíduos, mas não a todos.
Nossa capacidade de explicar o comportamento humano é muito limitada.
Por exemplo, você pode observar um grupo de pessoas e perceber que fulano fala mau de ciclano, então de tanto repetir isso aos outros, os outros passam a pensar o mesmo dessa pessoa e a discrimina-la.
Você pode analisar o comportamento do grupo e explicar algumas coisas, como o fato de que os outros não percebem que foram influenciados pelas opiniões do fulano e agem por pressão do grupo.
Você, entretanto, não pode dizer que todos são influenciados pelos mesmos motivos, nem que todas as pessoas se deixam influenciar, e nem pode sempre explicar os motivos que levaram o primeiro a falar mau da pessoa.
O que podemos explicar é superficial e não é valido para todos os humanos, mas apenas para o grupo observado e, mesmo assim, não para todos os indivíduos do grupo da mesma forma.
Cientistas quando tenta explicar certas coisas costumam soltar algumas pérolas, como "a religião nasceu numa tentativa de explicar o inexplicável e para acalmar o medo da morte", ou outras como "o prazer sexual surgiu para impelir os animais no ato da reprodução", ou ainda a minha preferida: "A monogamia e organização da familia moderna, surgiram pela necessidade de se manter o "patrimônio", no caso as terras da tribo, entre os membros da tribo, impedindo a entrada de estranhos que poderiam destruir a organização social".
Esse é o problema em se tentar explicar demais as coisas...
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Re: Pesquisa científica e a doutrina do politicamente corret
NadaSei escreveu:André escreveu:Nada de apenas descrever, e sim analisar, e eventos e atitudes ciências humanas buscam explicar sim.
Descrever ou relatar informações é apenas parte da pesquisa em humanas. Se não for agregada de analise e interpretação dos dados e evidencias, normalmente tem pouco valor. A não ser quando são aqueles grupos de pesquisa contratada para fazer uma recuperação de fontes, ou algo de pesquisa serial. Mas mesmo isso é para depois ser usado por outros pesquisadores e esses vão analisar, e procurar entender, e explicar acontecimentos, fazendo relações, enfim pelo menos em História é assim. E em Ciência política, não é muito diferente, e imagino que nas demais ciências humanas tb não seja.
Pois é, mas essas "explicações" são em grande parte subjetivas e não passam de hipóteses "plausiveis", que podem ou não ser reais, ou que podem ou não ser aplicadas a alguns indivíduos, mas não a todos.
Nossa capacidade de explicar o comportamento humano é muito limitada.
Por exemplo, você pode observar um grupo de pessoas e perceber que fulano fala mau de ciclano, então de tanto repetir isso aos outros, os outros passam a pensar o mesmo dessa pessoa e a discrimina-la.
Você pode analisar o comportamento do grupo e explicar algumas coisas, como o fato de que os outros não percebem que foram influenciados pelas opiniões do fulano e agem por pressão do grupo.
Você, entretanto, não pode dizer que todos são influenciados pelos mesmos motivos, nem que todas as pessoas se deixam influenciar, e nem pode sempre explicar os motivos que levaram o primeiro a falar mau da pessoa.
O que podemos explicar é superficial e não é valido para todos os humanos, mas apenas para o grupo observado e, mesmo assim, não para todos os indivíduos do grupo da mesma forma.
Cientistas quando tenta explicar certas coisas costumam soltar algumas pérolas, como "a religião nasceu numa tentativa de explicar o inexplicável e para acalmar o medo da morte", ou outras como "o prazer sexual surgiu para impelir os animais no ato da reprodução", ou ainda a minha preferida: "A monogamia e organização da familia moderna, surgiram pela necessidade de se manter o "patrimônio", no caso as terras da tribo, entre os membros da tribo, impedindo a entrada de estranhos que poderiam destruir a organização social".
Esse é o problema em se tentar explicar demais as coisas...
Explicações são construídas com base nas evidencias. Se as evidencias suportarem a analise,as explicações fornecidas são válidas, até serem refutadas. Ainda é possível que existam mais de uma explicação para um mesmo evento, e são explicações concorrentes, cada uma com seus argumentos.
Isso não é um problema. Isso é a função das ciências humanas, buscar primeiro compreender, analisar, depois explicar, e como disse o Sama problematizar as questões.
Descrever apenas é insuficiente, e quando se constrói uma narrativa não é nem real, pois é impossível que exista apenas descrição. Somente o ato de ter escolhido umas fontes e não outras, e quais utilizou, já insere elementos da subjetividade do observador. Isso não é ruim, faz parte das ciências humanas, o que se tem que fazer é aprender a lidar com isso, ter honestidade intelectual, ética, e procurar ser tanto preciso como buscar revelar os elementos ainda não discutidos, ou analisa-los por outra ótica.
E o que vc citou mistura opiniões que podem fazer parte de uma tese, mas não é seu âmago, com teses que podem ser defendidas ou evidenciadas. Alguém pode demonstrar como a religião em algum lugar significa uma "tentativa de explicar o inexplicável e para acalmar o medo da morte". Tal demonstração não precisa ser absoluta, nem válida para todos, precisa ser válida para aquilo que o pesquisador elegeu enquanto objeto de pesquisa.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.