Religião é Veneno

Olá a todos,

Essa é minha primeira participação no RV e gostaria de relatar o que presenciei ontem (domingo) à noite.

Há poucos metros do meu prédio foi aberta (a quarta num raio de 2 quateirões!!) mais uma igreja evangélica. Toda noite tem pregação. Algumas discretas outras regadas a bateria, amplificador e gritos de ALELUIA!! Já estou até me acostumendo a ler Nietzsche ao som Gospel...:-)



Porém, ontem as minhas "preces" foram atendidas.

Ao lado da igreja há um salão de festas que há muitos anos não era usado, mas que ontem estava repleto de gente (a maioria adoslecentes), e eles resolveram colocar o som no "talo". Falo sério, dava para escutar a quarteirões de distância. Mas o melhor estava por vir. Bem na hora do culto, ás 20h, eles começaram a tocar funk!!


Foi um sarro, a cantoria dos fiéis se mesclou ao funk carioca da Tati Quebra Barraco....

-Irmãos, Jesus está entre nós...
-Tô ficando atoladinha...tô ficando atoladinha...
-Porque só Jesus salva...
-Calma, calma princesinha...Tô ficando atoladinha...tô ficando...

Acho que ontem os fiéis sentiram na própria pele o quanto a chato ser incomado com música alta...:-)

pior foi comigo...

fui num rodízio de pizarria no sábado, e derrepente uma mesa cheia de crente começou a cantar as "músicas" da igreja alto pra cacete...

só via nego olhando com cara feia pra mesa... que puta vontade levantar e mandar ir se fuder...

Onde eu moro não há concorrência. O mesmo sistema de som é usado pelo "movimento", pelos crentes e pelos funkeiros. Durante a semana, são os crentes. Nos fins de semana, bailes funk.
Aliás, a "atoladinha" e "Dako é bom" já são coisa velha.
O sucesso agora é "Vem mamar no meu peru".

Fernando Silva escreveu:Onde eu moro não há concorrência. O mesmo sistema de som é usado pelo "movimento", pelos crentes e pelos funkeiros. Durante a semana, são os crentes. Nos fins de semana, bailes funk.
Aliás, a "atoladinha" e "Dako é bom" já são coisa velha.
O sucesso agora é "Vem mamar no meu peru".

Fabricio Fleck escreveu:Olá a todos,

Essa é minha primeira participação no RV e gostaria de relatar o que presenciei ontem (domingo) à noite.

Seja muito bem vindo Fabrício, sinta-se em casa!

Fabricio Fleck escreveu:Há poucos metros do meu prédio foi aberta (a quarta num raio de 2 quateirões!!) mais uma igreja evangélica. Toda noite tem pregação. Algumas discretas outras regadas a bateria, amplificador e gritos de ALELUIA!! Já estou até me acostumendo a ler Nietzsche ao som Gospel...:-)

Nossa, Nietzsche ao som de música gospel?! Rs...rs se bem que comigo, não foi muito diferente não...rs. Quando comecei a levar minha filha nas matinês de uma boate aqui em Brasília, fiquei lendo os ultimos livros da série "Deixados para trás" (Argh!)na salinha de espera para os pais, ao som de:"tô ficando atoladinha, to ficando atoladinha...rs"

Fabricio Fleck escreveu:Porém, ontem as minhas "preces" foram atendidas.

Por falar nisso, você é ateu ou tem alguma religião?

Fabricio Fleck escreveu:Ao lado da igreja há um salão de festas que há muitos anos não era usado, mas que ontem estava repleto de gente (a maioria adoslecentes), e eles resolveram colocar o som no "talo". Falo sério, dava para escutar a quarteirões de distância. Mas o melhor estava por vir. Bem na hora do culto, ás 20h, eles começaram a tocar funk!!

hehe! Isso é o que minha filha e eu chamaríamos de pancadão!

Fabricio Fleck escreveu:Foi um sarro, a cantoria dos fiéis se mesclou ao funk carioca da Tati Quebra Barraco....

Tati quebra barraco?! putz... vamos combinar né, ninguém merece ficar ouvindo "calma, calma minha gente é só a marca do fogão", (música pra variar, de duplo sentido sobre a marca do fogão Dako)

Fabricio Fleck escreveu:-Irmãos, Jesus está entre nós...
-Tô ficando atoladinha...tô ficando atoladinha...
-Porque só Jesus salva...
-Calma, calma princesinha...Tô ficando atoladinha...tô ficando...

Essa, eu queria ter visto! Se bem que aqui em Brasília , nas igrejas neo pentecostais você vê cada coisa que não dá nem pra ficar chocado mais.

Fabricio Fleck escreveu:-Acho que ontem os fiéis sentiram na própria pele o quanto a chato ser incomado com música alta...:-)

Com certeza eles devem ter ficado incomodados com o "pancadão".

CRIS: Por falar nisso, você é ateu ou tem alguma religião?

Olá Cris, obrigado pelas boas vindas

Vou aproveitar a oportunidade e me apresentar de maneira descente:


Sou ateu, de Santos/SP, e tenho 27 anos.

Sou gerente de exportação na área de commodity.

Sou auto-didata. Gosto de ler sobre filosofia, ciência e ceticísmo. Não tenho formação academica, mas pretendo fazer faculdade de filosofia no próximo ano.

Já aprticipei de dois encontros do STR, quando ainda existia o STR funny

Da turma que participa aqui do RV já conheço passoalmente o APODman, o Café com Leite, o Capivara e alguns outros...o Hammond só conheço de vista, não deu pra falar com esse figurinha naquela noite. Espero que em 2006 eu tenho mais oportunidades de ir aos encontros do RV e do AB... :emoticon257::emoticon257::emoticon257::emoticon257:

Abaixo uma foto do encontro de 2004 em São Paulo. Eu sou o da direita, ao lado da minha namorada, falando com o café com leite...eu não lembro o que estava falando para o passoal prestar tanta atenção assim, mas devia estra falando mau da igreja



Logo abaixo esta o link para o meu blog, que a duras penas tendo manter atualizado . Entra lá e seje a segunda leitora do meu blog (a primeira é a minha mãe)

Um abraço,

Mr. Crowley escreveu:fui num rodízio de pizarria no sábado, e derrepente uma mesa cheia de crente começou a cantar as "músicas" da igreja alto pra cacete...

só via nego olhando com cara feia pra mesa... que puta vontade levantar e mandar ir se fuder...

E o pior é que, se alguém fosse reclamar, poderiam sentir que é "perseguição aos cristãos", que o reclamante tinha que aceitar Jesus no coração.

É lamentável quando a fé serve para desligar o simancol...

Flavio Costa escreveu:E o pior é que, se alguém fosse reclamar, poderiam sentir que é "perseguição aos cristãos", que o reclamante tinha que aceitar Jesus no coração.

É lamentável quando a fé serve para desligar o simancol...

Opção: começar a cantar pontos de macumba, no mesmo volume.

"Ogum corta as ondas do mar..."

"Janaína agô, agô iá..."

"Quem é o cavaleiro que vem lá de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo, com o seu chapéu de banda"

Daí, alguém na mesa aproveita para incorporar o Zé Pilintra ou a Maria Mulambo.

Flavio Costa escreveu:

Mr. Crowley escreveu:fui num rodízio de pizarria no sábado, e derrepente uma mesa cheia de crente começou a cantar as "músicas" da igreja alto pra cacete...

só via nego olhando com cara feia pra mesa... que puta vontade levantar e mandar ir se fuder...

E o pior é que, se alguém fosse reclamar, poderiam sentir que é "perseguição aos cristãos", que o reclamante tinha que aceitar Jesus no coração.

É lamentável quando a fé serve para desligar o simancol...

Infelizmente Flavinho, isso acontece e muito. Quando eu frequentei a Sara Nossa Terra, certa feita , saimos em grupo para comer pizza na época, no Pizza hut que ficava aonde hoje é o Habbi´s na 408 sul. E aí levaram violão e tal, era um aniversario... e aí começaram a cantar, bater palma, e claro teve até oração de um pastor para abençoar a vida do aniversariante, fiquei constrangida porque as pessoas ao lado olhavam e achavam aquilo tudo um grande exagero.

Fabricio Fleck, Como é ocupar um cargo de gerencia, sendo um Ateu?
Quero dizer, se não rola nenhum tipo de preconceito, ou os mesmos nem sabem que você é ateu.
Se não sabem foi por que você nunca disse ou esconde?

Bah parece programa do JÔ.

Fernando Silva escreveu:

Flavio Costa escreveu:E o pior é que, se alguém fosse reclamar, poderiam sentir que é "perseguição aos cristãos", que o reclamante tinha que aceitar Jesus no coração.

É lamentável quando a fé serve para desligar o simancol...

Opção: começar a cantar pontos de macumba, no mesmo volume.

"Ogum corta as ondas do mar..."

"Janaína agô, agô iá..."

"Quem é o cavaleiro que vem lá de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo, com o seu chapéu de banda"

Daí, alguém na mesa aproveita para incorporar o Zé Pilintra ou a Maria Mulambo.

se eu estivesse mais bêbado e com meus amigos pingaiadas, até poderíamos fazer algo do gênero...

Funck e pregação...

É tudo uma porcaria!

A propósito Fabrício, seja bem vindo!

NightMare escreveu:Fabricio Fleck, Como é ocupar um cargo de gerencia, sendo um Ateu?
Quero dizer, se não rola nenhum tipo de preconceito, ou os mesmos nem sabem que você é ateu.
Se não sabem foi por que você nunca disse ou esconde?

Bah parece programa do JÔ.

Todos que trabalham comigo sabem que sou ateu...nunca houve nenhuma problema. Eu até já consegui "plantar" a semente da dúvida em alguns...:-) Pelos menos eles sabem agora que as religiões não são tão perfeirtas assim.

Eu só "escondo" um pouco o jogo na hora de tratar com os clientes. Como trabalho na área de comércio exterior tenho que encontrar com pessoas do mundo interio. Já conheci hindus, judeos, muçulmanos etc... Nessas horas eu não toco no assunto religião, mesmo porque estamos lá para tratar de negócios.

Nunca aconteceu de nenhum deles me perguntar "qual a sua religião?". Eu, particulamente, não teria problema nenhum em falar que sou ateu, mas no que depender de mim não vou tocar nesse assunto, pois estou ali representando uma empresa (e não minha visão de mundo). Tenho que considerar a possibilidade da pessoa desistir de fazer o negócio comigo por causa do meu ateísmo, e isso iria prejucar as outras pessoas que trabalham comigo.

Teve uma vez que recebi dois muçulmanos do Líbano (já faz alguns anos). E a primeira coisa que eles quiseram fazer quando chegaram em São Paulo, antes de falar de negócios, foi sair para beber (detonaram um garrafa de whisk em 1/2 hora já no hotel onde estavam, o MAKSOUD PLAZA ) e conhecer "as garotas do Brasil"...é sério...tive que levar o caras na "zona", mas tinha que ser coisa de primeira linha (leia-se Bahamas club). Naquele dia os caras tomaram todas (todas mesmo!) e gastaram, sem brincadeira, uns mil dólares só com a mulherada. Essa é uma coisa "normal" no "mundo dos negócios". Se vc for receber os gringos para tratar de negócios, eles vão querer fazer um "turismo" pela cidade...é babata!

Depois dessa farra toda esses dois muçulmanos retornaram para o Líbano e voltaram, como eles mesmos falaram, a viver sobre a moral islâmica...:-) Pôde um negocio desse? eh eh eh eh

Essas são histórias da minha vida eh eh eh eh

Ah..... Então é você o cara do blog!