
Exemplo: eu sou testemunha de jeová(ARRGH


Senhores espíritas, me expliquem, por favor

DIG escreveu:Em que se baseiam os espíritas para alegarem que suas crenças são ciência(seja lá o que seja isso para eles) e as outras não?
Exemplo: eu sou testemunha de jeová(ARRGH!) e digo que minha crença é ciência, e aí
?
Senhores espíritas, me expliquem, por favor...
Botanico escreveu:
Depois que a religião perdeu seu poder temporal (embora pudesse manter alto grau de influência em alguns países, como na Espanha franquista) e a Ciência passou a ser o grande destaque no campo do conhecimento, então passou a ser charmoso recorrer a alguma argumentação científica para dar peso a postulados que, no conjunto, nada têm de científicos.
Assim portanto os Testemunhas de Jeová (e não só eles, é óbvio) recorrem a textos e frases de cientistas que, tirados do contexto, ou vindo de cientistas religiosos, que preferem sacrificar a verdade em defesa da fé, querem fazer crer que suas posições religiosas têm base científica. Assim, para dizer que o homem tem existência recente (surgiu a partir de Adão), então apresentam textos que põem em dúvida a validade da datação por carbono 14 ou outros métodos de datação radiogênica. E por aí vai. Quem quiser saber mais, é só ler os livros "Veio o homem a existir por evolução ou criação?" e o seu substituto "Vida, qual a sua origem? Evolução ou Criação?" E fora outros argumentos em defesa do Dilúvio de Noé como um dilúvio global, etc e tal.
Então é assim que se comportam as religiões em geral com relação à ciência: pegam o que interessa e descarta-se o que atrapalha a validade dos dogmas de fé.
Botanico escreveu:
Agora com relação ao Espiritismo.
Pretender que as relações e situações descritas do mundo espiritual tenham validade científica é obviamente descabido e desconheço que se faça isso em Espiritismo.
Botanico escreveu:
São relatos na base do ASQ (acredite se quiser). O que interessa do ponto de vista científico é a possibilidade de experimentação e o reconhecimento da existência de fenômenos que podem ser atribuídos à ação de espíritos ou a outras causas, desde que identificáveis.
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.
Botanico escreveu:
Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição.
Botanico escreveu:E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.
Botanico escreveu:
Cientistas como Robert Hare, Charles Richet, William Crookes, Cronwell Varley, etc, que meteram a mão na massa, fazendo experimentos e se atrevendo a dizer que viram sim coisas estranhas, são considerados burros, idiotas, imbecis, canalhas e daí para baixo pela comunidade cética.
Não são os únicos idiotas existe mais, fazem isso em nome da fé. Lamentável!Botanico escreveu:
Já outros, como Ramsay, Lord Kelvin, Carpenter, Babinet, Foulcault, Faraday, QUE OU NÃO FIZERAM EXPERIMENTO ALGUM OU FIZERAM UNS POUCOS MUITO PRECÁRIOS, mas proclamaram a inexistência da coisa, são aclamados como gênios e verdadeiros sábios, que fizeram neste campo o que a ciência deveria fazer sempre (ou seja, exatamente NADA além de teorizar....)
Não se costuma procurar dragões, alguns por conciência e ética científica o fazem, mais infelizmente ainda não dar pra se ter o mínimo interesse ao apelo religioso. E olha que tentam, mas por hora só dar pra deixar em "banho maria".Botanico escreveu:Se houver algum cientista neste fórum, então que me diga qual a posição mais sábia que devo adotar: devo confiar em que experimentou, verificou, pesou, mediu e teve a coragem de ir contra a vontade da maioria ou devo confiar naqueles que NUNCA experimentaram coisa alguma, mas se pronunciam com base nos dogmas já consagrados pela fé científica?
Não confie em ninguem. Pesquise, experimente, evidencie e não seja cego.
O ápice do meio científico é a inovação de idéias, idéias inquebráveis como verdades absoluta pertencem a livros sagrados.
A física clássica era tida como absoluta, até einstein observar e com o peso e demonstração de seus argumentos aniquilar o absolutismo newtoniano.
E a todo dia teoria da relatividade é colocada em cheque e sobrevive, e isso não é pecado
Botanico escreveu:
Vendo esse comportamento da comunidade científica sobre o assunto, eu só posso pensar em relação ao clérigo e ao cientista o que Guilherme Arantes disse lá na sua música:
_ Bandido! Mocinho! É tudo... farinha do mesmo saco![/color]
francioalmeida escreveu: O Espiritismo não quebra a regra. Espíritas teorizam e tentam passar um ar científico e em suas alucinações.
Quem não conhece a frase: " Espiritismo ciência, filosofia e religião"?
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.
francioalmeida escreveu:Sim, por isso existe mecanismo para evitar isso.
Botanico escreveu: Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição.
francioalmeida escreveu:Não mesmo. Você simplesmente vai enfrentar rigorosamente toda a avalição científica, isso é um mecanismo pra descobrir charlatões.
Botanico escreveu:E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.
francioalmeida escreveu:Não dápra refutar dragões, independente se há panelinhas ou não no meio científico.
Botanico escreveu:
Cientistas como Robert Hare, Charles Richet, William Crookes, Cronwell Varley, etc, que meteram a mão na massa, fazendo experimentos e se atrevendo a dizer que viram sim coisas estranhas, são considerados burros, idiotas, imbecis, canalhas e daí para baixo pela comunidade cética.
francioalmeida escreveu:Não são os únicos idiotas existe mais, fazem isso em nome da fé. Lamentável!
Botanico escreveu:
Já outros, como Ramsay, Lord Kelvin, Carpenter, Babinet, Foulcault, Faraday, QUE OU NÃO FIZERAM EXPERIMENTO ALGUM OU FIZERAM UNS POUCOS MUITO PRECÁRIOS, mas proclamaram a inexistência da coisa, são aclamados como gênios e verdadeiros sábios, que fizeram neste campo o que a ciência deveria fazer sempre (ou seja, exatamente NADA além de teorizar....)
francioalmeida escreveu:Não se costuma procurar dragões, alguns por conciência e ética científica o fazem, mais infelizmente ainda não dar pra se ter o mínimo interesse ao apelo religioso. E olha que tentam, mas por hora só dar pra deixar em "banho maria".
Botanico escreveu:Se houver algum cientista neste fórum, então que me diga qual a posição mais sábia que devo adotar: devo confiar em que experimentou, verificou, pesou, mediu e teve a coragem de ir contra a vontade da maioria ou devo confiar naqueles que NUNCA experimentaram coisa alguma, mas se pronunciam com base nos dogmas já consagrados pela fé científica?
francioalmeida escreveu:Não confie em ninguem. Pesquise, experimente, evidencie e não seja cego.
O ápice do meio científico é a inovação de idéias, idéias inquebráveis como verdades absoluta pertencem a livros sagrados.
A física clássica era tida como absoluta, até einstein observar e com o peso e demonstração de seus argumentos aniquilar o absolutismo newtoniano.
E a todo dia teoria da relatividade é colocada em cheque e sobrevive, e isso não é pecado![]()
Botanico escreveu:
Vendo esse comportamento da comunidade científica sobre o assunto, eu só posso pensar em relação ao clérigo e ao cientista o que Guilherme Arantes disse lá na sua música:
_ Bandido! Mocinho! É tudo... farinha do mesmo saco![/color]
francioalmeida escreveu:Se você quiser misturar as farinhas, sempre estarão no mesmo saco.
Farinhas não tem pernas!
Botanico escreveu:Como eu disse abaixo: teorizações espirituais não são endossadas cientificamente; já os fenômenos mediúnicos são outra história.
Botanico escreveu:
O que não significa, por si só, que o tal mecanismo funcione.
Botanico escreveu:
Por uma questão de posicionamento dogmático, os cientistas que NUNCA FIZERAM EXPERIMENTO MEDIÚNICO ALGUM, acha que os que fizeram seriam tapados demais para perceber que estavam lidando com charlatões. Uma pena que, mesmo quando os médiuns estavam disponíveis, esses grandes mestres da Ciência não mexeram seus ossos para expor os charlatões e com isso mostrar a falência e a incompetência dos cientistas experimentadores...
Botanico escreveu:Aqui não se trata de refutar dragões e sim de mostrar que os métodos científicos adotados pelos experimentadores eram falhos e que os acusadores teóricos podiam fazer experimentos melhores e assim mostrar que estavam certos. Crookes chegou a convidar seus colegas para ir ver a coisa, mas ELES SE RECUSARAM. Robert Hare escreveu um memorial de suas experiências e apresentou-o aos sábios de Harvard, que simplesmente o jogaram no lixo e lamentaram a adesão de Hare àquele gigantesco embuste... Mas expor o embuste e prestar com isso um relevante serviço à Humanidade... os sábios de Harvard não eram pagos para isso. Uma pena.
Botanico escreveu:
Em nome de qual fé? Hare entrou nessa justamente para expor toda essa fraudulência... mas não achou as fraudes que pensava e sim outras coisas que nada tinham a ver com fraude. Richet fazia questão de desmentir a influência espiritual no meio dos fenômenos paranormais. William Crookes, enquanto fazia as investigações, tinha sérias dúvidas quanto a influências espirituais. Só uns poucos cientistas se declararam espíritas e ainda assim só se tornaram espíritas depois de ANOS de estudo da coisa e não porque já haviam mergulhado de cabeça credulamente na coisa. Portanto pode ir inventando outro argumento.
Botanico escreveu:Se Hare entrou nessa justamente para liquidar com todo esse embuste (e foi aclamado pela imprensa de sua época por isso), por que virou um idiota e imbecil quando veio a público dizer que realmente tinha visto coisas estranhas?
Botanico escreveu: Ao longo da história do Espiritismo é o que tenho visto: Se um cientista diz que os fenômenos observados em tal ou qual médium são pura fraude, Ah! Ele é um gênio! Um sábio! _ Se o MESMO cientista vem dizer que os fenômenos observados com este outro médium são verdadeiros; agora ele virou um burro, um idiota, um canalha. Idem para os mágicos. Se um diz que tal médium é farsante; o mágico é um sábio. _ Se diz que outro médium é autêntico; agora viu um malandro, um canalha, um babaca.
Com tal critério, é muito para a minha cabeça que a comunidade cética peça para ser levada a sério.[/color]
Botanico escreveu:
Pesquisar é o que faço como cientista. Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética. Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.
Botanico escreveu:Você entendeu.
Apocaliptica escreveu:Ah nego-me a ler...
francioalmeida escreveu:Apocaliptica escreveu:Ah nego-me a ler...
O video poderia fazer um resumo!![]()
![]()
e um link da origem do resumo.
francioalmeida escreveu:Excluí alguns diálogos seus para melhorar a postagem, caso não entenda pode olhar no post acima.![]()
Botanico escreveu:Como eu disse abaixo: teorizações espirituais não são endossadas cientificamente; já os fenômenos mediúnicos são outra história.
francioalmeida escreveu:O misto de paranoia e supostas bases científicas são usadas por todas religiões para passar um ar de veracidade aos seus credos.
Botanico escreveu:O que não significa, por si só, que o tal mecanismo funcione.
francioalmeida escreveu:Demonstrou-se muito eficaz.
Religiões preferem não usar o mecanismo.
Botanico escreveu:
Por uma questão de posicionamento dogmático, os cientistas que NUNCA FIZERAM EXPERIMENTO MEDIÚNICO ALGUM, acha que os que fizeram seriam tapados demais para perceber que estavam lidando com charlatões. Uma pena que, mesmo quando os médiuns estavam disponíveis, esses grandes mestres da Ciência não mexeram seus ossos para expor os charlatões e com isso mostrar a falência e a incompetência dos cientistas experimentadores...
francioalmeida escreveu:O que não torna alegações mediúnicas verdadeiras.
Não me submeteria avaliação de algo que não apresenta nada inédito. Perda de tempo!
Botanico escreveu:Aqui não se trata de refutar dragões e sim de mostrar que os métodos científicos adotados pelos experimentadores eram falhos e que os acusadores teóricos podiam fazer experimentos melhores e assim mostrar que estavam certos. Crookes chegou a convidar seus colegas para ir ver a coisa, mas ELES SE RECUSARAM. Robert Hare escreveu um memorial de suas experiências e apresentou-o aos sábios de Harvard, que simplesmente o jogaram no lixo e lamentaram a adesão de Hare àquele gigantesco embuste... Mas expor o embuste e prestar com isso um relevante serviço à Humanidade... os sábios de Harvard não eram pagos para isso. Uma pena.
francioalmeida escreveu:Provavelmente nada de novo e inédito foi demostrado por Robert Hare.
Infelizmente somos seletivos, não dar pra ficar testando dragões verdes, vermelhos, rosas, azuis etc. Até completar todas as cores e confirmar que dragões não existem.
Botanico escreveu:Em nome de qual fé? Hare entrou nessa justamente para expor toda essa fraudulência... mas não achou as fraudes que pensava e sim outras coisas que nada tinham a ver com fraude. Richet fazia questão de desmentir a influência espiritual no meio dos fenômenos paranormais. William Crookes, enquanto fazia as investigações, tinha sérias dúvidas quanto a influências espirituais. Só uns poucos cientistas se declararam espíritas e ainda assim só se tornaram espíritas depois de ANOS de estudo da coisa e não porque já haviam mergulhado de cabeça credulamente na coisa. Portanto pode ir inventando outro argumento.
francioalmeida escreveu:Não conheço o trabalho desses cientistas com a mediunidade, mas o fato de se declarar cético ao assunto não traz garantia de sucesso ao trabalho e nem o imuniza contra erros.
Botanico escreveu:Se Hare entrou nessa justamente para liquidar com todo esse embuste (e foi aclamado pela imprensa de sua época por isso), por que virou um idiota e imbecil quando veio a público dizer que realmente tinha visto coisas estranhas?
francioalmeida escreveu:Entende porque o seu trabalho é imbecil?
"Coisa estranhas"
Botanico escreveu: Ao longo da história do Espiritismo é o que tenho visto: Se um cientista diz que os fenômenos observados em tal ou qual médium são pura fraude, Ah! Ele é um gênio! Um sábio! _ Se o MESMO cientista vem dizer que os fenômenos observados com este outro médium são verdadeiros; agora ele virou um burro, um idiota, um canalha. Idem para os mágicos. Se um diz que tal médium é farsante; o mágico é um sábio. _ Se diz que outro médium é autêntico; agora viu um malandro, um canalha, um babaca.
Com tal critério, é muito para a minha cabeça que a comunidade cética peça para ser levada a sério.[/color]
francioalmeida escreveu:Desabafe sua revolta. Faz bem!
Agora volte a realidade. Você pode decidir o que é e o que não é fraude ou desonestidade, decida e mostre os erros, não se preocupe com o que os "outros" acham e politicagem existe em qualquer meio, não adianta criticar.
Botanico escreveu:Pesquisar é o que faço como cientista. Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética. Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.
francioalmeida escreveu:Opiniões pessoais não podem interferir na ciência. Os céticos ou os religiosos podem ser indignos de confiança. porém você como um homem da ciência deve saber o que é confiável e o que não é, independente do grupo que indivíduo pertence.
Acauan, no fórum da STR, escreveu:Olá Artur,
Gostaria de poder dizer-lhe que a priori não há porque presumir que eu não concordaria com o texto, mas após lê-lo devo dar-lhe razão. De fato não posso concordar com ele, pelos motivos que seguem.Valente escreveu:
O Espiritismo é definido por Kardec como “a ciência que estuda a origem, a natureza e a destinação dos Espíritos, bem como sua relação com o mundo corpóreo. É ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma filosofia de conseqüências morais”.
Este parágrafo inicial já contém duas contradições.
A primeira é que ciência só estuda origem, natureza e destinação de entes e eventos cuja existência não está em discussão. Pode-se discutir até se a Lei da Gravitação é correta, mas não há dúvida quanto ao fato de que os corpos caem.
Antes de o Espiritismo autodenominar-se uma ciência que estuda os Espíritos, teria que provar cientificamente que existem Espíritos, coisa que até hoje não fez.
Mesmo que todos os seus alegados fenômenos fossem comprovados experimentalmente (o que não ocorreu), teríamos a prova de que determinadas pessoas, sob determinadas condições podem demonstrar determinadas habilidades – como revelar particularidades de uma pessoa falecida - e não a prova de que Espíritos existem e se comunicam conosco.
Poderia-se argumentar que a ciência estuda origem, natureza e destinação dos elétrons sem saber se eles realmente existem ou não, já que a teoria sequer pode afirmar com certeza se o elétron é uma partícula, uma onda ou uma mescla dos dois.
Só que a ciência não estuda os elétrons. Estuda os fenômenos que seriam explicados pela existência dos elétrons. Mesmo que amanhã se descubra que Rutheford e Bohr estavam errados, a física continuará estudando a estrutura da matéria e buscando novas explicações para os fenômenos que lhe são associados.
Por outro lado, uma prova definitiva de que Espíritos não existem seria o fim do Espiritismo. Esta é a diferença essencial entre Espiritismo e ciência, entre doutrina e ciência, entre doutrina e filosofia. Verdadeira ciência e verdadeira filosofia não desmoronam como um castelo de cartas quando um de seus princípios fundamentais é contestado.
A física cruzou a fronteira do universo Newtoniano para o universo Einsteiniano sem nenhum trauma. Tal passagem incólume seria impossível para a Doutrina Espírita.
A segunda contradição diz respeito à definição do Espiritismo como uma filosofia de conseqüências morais.
Uma regra básica é que toda filosofia pede um filósofo.
Quem é o filósofo moral do Espiritismo?
Kardec? Os alegados Espíritos Superiores que teriam ditado O Livro dos Espíritos? Deus?
A resposta mais óbvia é ninguém.
Não há um filósofo moral do Espiritismo porque o que seria a filosofia moral do Espiritismo é apenas o ajustamento da moral cristã a um esquema cósmico.
Com o agravante que nem este ajuste foi criado pelos Espíritas e sim adaptado de preceitos já existentes de religiões orientais, particularmente a Lei do Karma.
A proposta do Espiritismo é resolver à dúvida sobre por que um Deus justo e bom criou ou permite que pessoas vivam e morram sob a injustiça sem recorrer à alegoria infantil das fábulas religiosas sobre Paraíso e Inferno.
A reencarnação orientada pela Lei do Karma responderia a esta questão de um modo até satisfatório desde que se esteja disposto a depositar Fé nesta proposta, porque apenas a Fé justifica a crença nesta hipótese, mesmo que ela seja melhor elaborada que outras às quais pretende substituir.
Isto é muito pouco para caracterizar uma filosofia, quanto mais uma filosofia moral, tema que já foi tratado com muito maior profundidade por mestres como Espinoza e Aristóteles, sem que nenhum deles tenham aventado qualquer inspiração por parte de Espíritos Superiores.
Se a Doutrina Espírita fosse o que pretende ser, deveria ter produzido postulados melhores do que os filósofos anteriores produziram, o que não é a opinião reinante, exceto é claro entre os Espíritas.Valente escreveu:
Por outro lado, uma boa definição de ciência é “um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio” .Assim dois elementos são essenciais para ter-se uma ciência: o objeto e o método de estudo deste objeto, que de acordo a definição acima, precisa ser adequado ao objeto.
Classicamente falando, a ciência se baseia no método indutivo, que parte do particular para o todo, sendo portanto reducionista, empirista e cartesiana. Um dos critérios citados como de máxima importância seria a da reprodutibilidade dos experimentos, em qualquer parte do mundo, por qualquer pessoa, desde que as condições fossem mantidas as mesmas. Mas se formos rígidos no método clássico, deixaríamos de considerar como ciências a História, a Sociologia, a Psicologia, etc., o que nos parece completamente absurdo, desde que não se produzam fatos históricos em laboratório, e tão pouco se reproduzem comportamentos em pessoas submetidas às mesmas condições. O que difere as Ciências Humanas das Ciências Exatas ou Naturais são justamente o objeto e o método, embora em alguns casos o objeto pode ser mesmo: o homem.
Qualquer pessoa que já teve o mais mínimo contato com os currículos das escolas de psicologia já ouviu falar dos labirintos de ratos, um exemplo básico de o quanto esta ciência pode basear-se em experimentos reprodutíveis.
Mais ainda, dentro da classificação de ciência está a História moderna, que armada dos recursos tanto dos métodos da filologia quanto da tecnologia instrumental adquiriu capacidades de análise tão aprofundadas que pode gerar conclusões próximas àquelas dos experimentos físicos, com margens de erro estreitas e determinadas.
Assim, esta divisão do conhecimento humano entre exatas e humanas esbarra no fato de que as ciências exatas também são humanas, pois são os humanos que as criam, assim como as ciências humanas podem ser exatas, pois podem se valer de métodos semelhantes àqueles utilizados pela física.Valente escreveu:
Assim é que o Espiritismo, por possuir um objeto de estudo completamente alheio à “Ciência Oficial”, ou seja, o espírito ou princípio inteligente, requer um método próprio, adequado. Kardec define este método em relação à fenomenologia espírita quando usa o termo “ciência de observação”, a qual consiste na observação criteriosa dos fatos, buscando entender suas origens, suas causas. Também a História é uma ciência de observação, e assim como não se reproduzem fatos históricos, não se pode exigir a reprodução inequívoca de fenômenos espíritas, desde que o objeto de estudo é inteligente, emocional e volitivo – o Espírito.
A comparação entre História e Espiritismo visando classifica-los ambos como ciência é plenamente descabido.
A ciência histórica não obedece a qualquer requisito doutrinário. Os historiadores que estudaram a Pedra de Roseta ou Os Manuscritos do Mar Morto podem ser das mais diversas origens e crenças pessoais e mesmo assim chegar a conclusões idênticas sobre a autenticidade e significado dos registros em estudo.
Já os ditos fenômenos espíritas se esvaziam fora do ambiente em que esta doutrina é reconhecida, pois a simples classificação de determinados eventos como “fenômenos espíritas” já implica no pré-requisito de um compromisso prévio com a Doutrina de Kardec.
E mais uma vez comete-se o erro de confundir o evento estudado com o objeto de estudo. A História pode estudar a Batalha das Termópilas, mas o objeto de estudo não é a batalha em si, que não pode ser reproduzida como alude Artur Mascarenhas , autor do texto que comento.
O objeto de estudo são os registros arqueológicos e documentos históricos relacionados à Batalha das Termópilas. Estes podem ser submetidos a experimentos reprodutíveis metódicos para atestar sua autenticidade e significado.
O que pode ser submetido a experimentos reprodutíveis e metódicos para provar sua autenticidade e significado nos chamados fenômenos espíritas?Valente escreveu:
Para o Espiritismo, a existência do Espírito e de sua comunicabilidade é um fato, decorrente do axioma de que “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente”.
O axioma “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente” esbarra na questão do quem ou o que define um efeito como inteligente?
Tudo que é efeito da inteligência humana ou similar pode ser classificado como efeito inteligente, mas como identificar e classificar o efeito de formas de inteligência que nos são absolutamente desconhecidos?
O universo é um efeito inteligente?
Não há resposta científica para isto. Alguns acreditam que sim, outros que não. Até prova em contrário tem-se um impasse.Valente escreveu:
O que importa é o controle sobre a legitimidade da comunicação que se obtém através dos fenômenos mediúnicos, quer de efeitos físicos ou de efeitos inteligentes, e para tanto Kardec definiu um método doutrinário próprio, sumarizado por Herculano Pires em quatro pontos principais:
“i) Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual;
“ii) Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser justificado;
“iii) Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem;
“iv) Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto”.
Se Kardec definiu um método doutrinário, então não temos o que discutir.
A Igreja Católica Romana tem um método doutrinário para conferir aos seus sacerdotes o poder de executar a transubstanciação durante o ritual da Eucaristia. A natureza, mecanismos e resultados destes métodos não pertencem ao escopo da Ciência.
Mas se além de doutrinário, o método kardecista reivindica autoridade científica, temos obstáculos intransponíveis em todos os requisitos apresentados:
i) Como aferir se alguém é “insuspeito, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual”? Não existem meios instrumentais ou técnicas confiáveis para se avaliar tais atributos. O melhor que podemos ter é um avaliador com excepcional competência para julgamentos do tipo. Mas quem avalia o avaliador?
ii) Uma “análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas” deveria se iniciar pelo apontamento das falhas lógicas e dos erros científicos dos chamados Livros da Codificação da Doutrina Espírita. Se tal análise crítica não foi feita sequer nos fundamentos do método, é extremamente improvável que seja aplicada de modo isento quando de sua utilização.
iii) “Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem” implica que em toda sessão espírita deve haver pelo menos um lingüista e um historiador para o caso os espíritos de Caius Julius César ou Gengis Khan se manifestem em suas linguagens nativas ou revelem detalhes biográficos sutis.
Se por algum fenômeno desconhecido, entendemos que é possível aos espíritos se comunicarem na linguagem nativa dos médiuns, isentos de suas particularidades de origem, para que serve então este requisito?
iv) “Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes” implica obviamente na inexistência da imparcialidade.
Falar-se em consenso universal e em seguida especificar que ele deve ser dado por “médiuns diferentes” é como propor que as doutrinas do chamado Criacionismo Bíblico Científico devam ser aceitas como verdadeiras porque vários criacionistas bíblicos ao redor do mundo a confirmaram.
Sem isenção, sem credibilidade. É simples assim.Valente escreveu:
Muito dos chamados pesquisadores espíritas envidam esforços para a comprovação da existência dos Espíritos e da imortalidade da alma, mas freqüentemente empregando os métodos da Química, da Física, da Biologia, etc., que são adequados à matéria, mas não ao Espírito. O máximo que poderão conseguir é um melhor entendimento dos fenômenos de efeito físico e do perispírito, que é a parte material do Espírito, o seu corpo de manifestação, mas jamais do princípio inteligente, que é imaterial e foge a todas as técnicas de investigação da matéria. Enquanto isso, a Ciência Espírita, baseada no método kardecista, foi praticamente abandonada pelos espíritas...
Temos um caso compatível com o que o Carl Sagan chama de “Dragão na Garagem”.
Este dragão seria invisível e não produziria qualquer efeito perceptível no ambiente.
Como então afirmar que ele existe.
Se os Espíritos existem, deveria haver alguma forma de manifestação física detectável, se não há, temos quando muito eventos de causa desconhecida, pois não existe base confiável para classifica-los como eventos espirituais.Valente escreveu:
Voltando ao confronto Ciência e Espírito, embora à primeira vista há conceitos espíritas que parecem ser desmentidos ou postos em dúvida pela Ciência, o desenvolvimento da ciência no século passado muitas vezes apontou na direção da confirmação dos princípios espíritas. A desintegração da matéria em partículas cada vez mais elementares e a interconversão matéria/energia, como estabelecido pelas Mecânicas Quântica e Relativística, respectivamente, apontam a possibilidade de existência uma “matéria elementar”– o que é coerente com o princípio espírita da existência de um fluido universal (ou cósmico), proposto pelos Espíritos Codificadores.
A medicina psicossomática, a escrita automática, o corpo bioplásmico, a terapia de vidas passadas (TVP), a psicologia transpessoal, cada uma em sua própria área de atuação, gradativamente vêm fazendo avanços que confirmam a teoria espírita, mas não provam por “a mais b” a existência do Espírito e sua sobrevivência ao corpo, permanecendo muitas vezes injustamente marginalizadas do ponto de vista acadêmico.[linha]
Já vi estas mesmas ciências e pseudo-ciências serem citadas pelos mais variados tipos de esotéricos.
O estranho é a afirmação final. Se os próprios defensores destas doutrinas reconhecem que não tem como provar por “a” + “b” o que dizem, por que os acadêmicos deveriam lhe dar crédito?Valente escreveu:
Entretanto, consideramos precipitado substituir a terminologia espírita pela terminologia científica, pois poderemos incorrer em graves erros, que podem levar à descaracterização da Doutrina Espírita. Alguns confrades espíritas, afoitos em respeitar a natureza evolutiva do Espiritismo, como estabelecido por Kardec em “A Gênese” 1, substituíram em seus escritos a palavra fluido por energia, chamam o perispírito de corpo eletromagnético do Espírito e alguns chegaram a afirmar que o princípio vital nada mais seria que o DNA...
Se forem substituir tudo que é cientificamente incorreto em A Gênese, terão que reescrever o livro todo.Valente escreveu:
Lembremos o ensinamento do codificador: “Melhor é recusar nove verdades, a aceitar uma única mentira”.
Mais um desencontro entre ciência e doutrina.
Ciência desconhece o que é verdade e o que é mentira.
Ciência reconhece apenas conclusões coerentes ou incoerentes com os resultados das experimentações.Valente escreveu:
O Espiritismo é uma ciência sim! Mas é preciso respeitar-lhe objeto e método. Lúcido foi Kardec, ao enunciar que “o Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a ciência, sem o Espiritismo, se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos, unicamente pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a ciência, ficaria sem apoio e exame”
O Espiritismo "é uma ciência sim" na opinião de quem e com base no que?
O enunciado de Kardec é lúcido na opinião de quem e com base em que?
Nunca fiquei sabendo de um único cientista não-espírita (quase a totalidade dos cientistas do mundo) que concordasse com o parágrafo acima.
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo. Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição. E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.
Gilghamesh escreveu:Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.
Nossa!![]()
Que pérola!
Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?
Motoristas de taxi?
Gilghamesh escreveu:Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.
Nossa!![]()
Que pérola!
Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?
Motoristas de taxi?
Fernando Silva escreveu:Gilghamesh escreveu:Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.
Nossa!![]()
Que pérola!
Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?
Motoristas de taxi?
Se ela fosse decretada por Deus, seria inteiramente dogmática.
Qual seria a opção? Quem faria uma ciência não dogmática?
Acho que o que ele quer dizer é que cientistas são seres humanos e estão sujeitos a se agarrarem a idéias mesmo sem prova. Isto não chega a ser um problema. Há um monte de outros cientistas querendo derrubá-los. Pode ser mesquinho mas garante que a ciência não seja dogmática.
Botanico escreveu:Só que semelhantes coisas eu não vi nas pesquisas mediúnicas feitas por cientistas. Eles fizeram EXPERIMENTAÇÕES e contra o fato que testemunharam, não puderam achar argumentos para refutá-los. Tentaram de tudo para impedir que os médiuns fraudassem e, embora não pudessem explicar como, os fenômenos aconteciam.Os paranóicos ficavam do outro lado: os negativistas que nunca viram nada, nem experimentaram nada e apostavam que seus colegas que meteram a mão na massa seriam tão burros, cegos e incompetentes que se deixariam enganar numa boa.
Botanico escreveu:
Por que essa eficácia não fez os céticos refutarem os experimentos mediúnicos de forma convincente? Até agora nunca vi cético algum demonstrar os erros experimentais de Crookes e outros cientistas.
O que fazem apenas é jogar com dados subjetivos cuja verificação é impossível e nenhum elemento de prova se encontra. Então lá se diz que o Crookes era muito míope (mas essa miopia não o impediu de fazer brilhantes trabalhos científicos, nem antes, nem depois das pesquisas mediúnicas) e além disso outros também estavam envolvidos nas pesquisas (seriam todos muito míopes também?) e naquele tempo já havia óculos... Este é o nível das argumentações céticas que tenho visto. Por que devo levá-las a sério e achar que os mecanismos anti-dogmáticos estão funcionando neste caso?
Uma das éticas científica é tentar achar uma explicação natural para o fenômeno. Atribuir místicismo a um experimento porque suas causas são desconhecidas é pseudociência.
A eficacia do método cientíco existe para evitar o erro do próprio cientista "bem intencionado", as experimentações subsequentes feitas por outros cientistas que servem para refutar um trabalho.
Não é interesse da ciência explicar fenômeno milagrosos, isso fica pra religião.Botanico escreveu:
Nada de inédito? Pois bem, Faraday já tinha feito uns experimentos precários que usou para desqualificar o fenômeno das mesas girantes. Usando um tampo de madeira sobre uma pilha de papelões, e este conjunto se apoiava sobre uma mesa comum. O tampo se movia depois de algum tempo, mas a mesa ficava imóvel. Ele acreditou ter demonstrado assim que os movimentos das mesas girantes eram devidos à força muscular das pessoas que ficavam com seus dedos sobre o tampo destas. Com a pressão e o tempo, os dedos ficavam entorpecidos e assim as pessoas faziam os movimentos SEM PERCEBER. Ray Hyman, recentemente, acrescentou a esse BRILHANTE EXPERIMENTO a sua teoria de ação IDEOMOTORA e assim ficou tudo explicado como a coisa funcionava. Certo?
Quando foi fazer suas investigações, Hare também tinha ouvido falar deste experimento de Faraday e o achou perfeito. Repetiu o dito experimento, de forma mais aperfeiçoada: colocou sobre uma mesa uma chapa de zinco e esta ficava sobre esferas de cobre, o que tornava o movimento bem mais fácil e perceptível. Deveria ocorrer o mesmo que Faraday viu: movia-se a chapa de zinco, mas a mesa permaneceria imóvel. Só que deu zebra: a chapa ficou imóvel e a MESA ERA O QUE SE MOVIA. Em condições normais isso seria tecnicamente impossível. Mas Hare testemunhou isso.
Fez também outro experimento: o médium movia um disco sem indicações nenhumas e esse movimento era transmitido a outro disco, com letras fora de ordem alfabética e fora do alcance visual do médium, e dali saíam frases inteligíveis, que não se esperaria que uma pessoa normal pudesse fazer.
Você acha então que essas coisas NÃO SÃO NOVIDADES e que os sábios de Harvard fizeram muito bem em não dar a mínima? Acha que foi correta a postura desses sábios em ficar olhando para o próprio umbigo, enquanto pessoas de bem eram enganadas por esses espertalhões e se recusaram a dar uma ajuda ao ÚNICO sábio de então se mostrou insuficiente para desmascarar a fraude?
Só mesmo vocês céticos para achar que esses caras eram bons cientistas...
Entendo sua mágoa com os cientistas de Harvard, eles não confirmaram e nem se deram o trabalho de avaliar sua crença cientificamente.
Mas não fique triste, não é interesse da ciência também explicar onde estão as cuecas roubados por Gnomos. Ninguem encontra essas cuecas. Isso é um fenômeno inexplicável!Botanico escreveu:
Já dei uns exemplos do que Hare viu e estou no aguardo de você me demonstrar que nada disso era novidade no meio científico. E sem querer ser chato: um padre ou um pastor dizer que viu o Cristo em pessoa descer na sua igreja e falar belas palavras é algo que eu compreendo que não queira a comunidade científica ir investigar. Agora cientistas do calibre de Crookes, Richet, e outros que tinha alto conceito na comunidade científica afirmarem que fizeram EXPERIMENTOS e obtiveram resultados, já seria algo de fazer com que seus colegas pensassem um pouco. E se os médiuns estavam ali, disponíveis, então já seria o caso de eles repetirem os experimentos e tirarem suas próprias conclusões. Agora tirar conclusões com base apenas em especulações já me parece leviandade.
Por isso não considero os argumentos deles.
Você não considera as alegações de padres e pastores porque eles não dividem a sua crença e muito menos a confirma.
Como os taís "experimentos" seduzem sua fé, você os colocar num patamar superior.
Sinceramente, desisto!Botanico escreveu:Se você não conhece os trabalhos mediúnicos deles, como sabe então que estão errados e que suas conclusões se basearam num falso ceticismo?
Você está certo, existe vários trabalhos que não conheço e muito deles, infelizmente eu condeno.
Dentre eles os trabalhos de beatificação feito pela igreja católica com sua "ciência" para confirmar os três milagres do candidato a santo.
Vou rever minha "seleção"!Botanico escreveu:
Bem, já dei um exemplo das coisas estranhas. É o suficiente para você concluir que o trabalho era imbecil? E para os mais de 200 outros cientistas que fizeram pesquisas mediúnicas, seriam também o mesmo caso?
200 imbecis! Melhorou?Botanico escreveu:
Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez.
Ainda bem que tem cientista pra tudo. Não me prestaria para tanta leseira, prefiro investigar fadas.Botanico escreveu: Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.
Estou pasmo lendo isso vindo de um homem da ciência.
Quando eu estava na 4º série fiz experimento para verificar que o ar tinha peso, (aquele com um balão cheio e outro vázio numa braço de balança). Devo ter atrasado a ciência, poderia ter só lido o meu livro e pronto.
Seu pensamento é algo parecido com a religião que só ler um livro sagrado e pronto, a verdade foi dita.
Não me sinto a vontade em debater esse seu pensamento, prefiro desistir!Botanico escreveu:O que faço é ler os trabalhos científicos passados e, ao fazer os meus experimentos, buscando novidades, verifico se o que disseram antes se confirma com dados paralelos que obtenho.
E essa lambança funciona?
Sua fé é maior que sua curiosidade científica a ponto de não deixar você vericar experimentos anteriores, simplesmente te deixa a mercê de relatos contraditórios?
Suponho que sua área seja botânica!... Ainda bem!Botanico escreveu: Assim é feita a Ciência.
Deus me livre dessa sua Ciência!Botanico escreveu:Então se leio o relatório de Crookes sobre experimentos que fez com tal e qual médium, o que me interessa é saber onde a coisa foi feita, que precauções foram tomadas para impedir fraudes, que outros estavam presentes, que resultados foram obtidos, etc e tal.
É bom mesmo parar por aí, pois senão podes se decepcionar.Botanico escreveu:O que eu esperaria dos céticos se fossem gente séria? Que analisassem esse relatório e mostrassem que tais e quais pontos estão falhos ou mal explicados e que dariam uma margem de erro que invalidaria o experimento. Só que isso eu não vi até hoje. O que vi foi uma jogada exatamente ao estilo de padres e pastores que tenho lido quando se metem a criticar o Espiritismo.
Qualquer semelhança não é mera coincidência: "Todos contra a sua fé."
Um padre já me falou isso também, que minha posição era parecida com as do evangélicos para criticar o catolicismo.Botanico escreveu:Como exemplo, eu cito o Massimo Polidoro. No experimento que Crookes fez com Eva Fay, ele fala de "dois convidados que eram mais céticos que o anfitrião (Crookes) e que então fizeram um teste para mostrar que colocando-se um lenço úmido entre as manivelas do galvanômetro, isso fechava o circuito e permitiria à médium se libertar e fazer o que bem entendesse. Então eles sugeriram que as manivelas fossem colocadas mais distantes, além do comprimento de um lenço (mas nem imaginaram que a médium poderia vir com um pedaço de pano maior...)". Quando li este argumento, fiquei imaginando que de fato Crookes e seus colegas tinha cometido um erro experimental.
Então li o relatório de Crookes e ficou bem claro que ao fazerem o teste com o lenço úmido ficou demonstrada a impossibilidade de fraude por esse recurso. Antes de mais nada, todas as tentativas de se colocar o lenço ficavam denunciadas pela oscilação da escala e além disso, era preciso que a resistência elétrica fosse a mesma do corpo humano e os colegas de Crookes só conseguiram isso depois de VÁRIAS tentativas e ainda assim com Crookes dizendo a eles o valor da medida. Quer dizer: era impossível que, na bamba, a médium viesse com um pano úmido e colocasse nas manivelas do galvanômetro sem que isso fosse percebido e que, milagrosamente, reproduzisse o mesmo valor da resistência de um corpo humano.
Só que o bambambam cético do Massimo Polidoro não nos conta esses detalhes. Ao contrário, quer fazer parecer que o truque era simples e facílimo de ser feito. E que Crookes e seus colegas "mais céticos", apesar de pensarem no truque, não tiveram a competência e capacidade de evitar que ele fosse feito se a médium quisesse.
Entende por que não levo a comunidade cética a sério?
Entendo. Contrariam suas expectativas e esfaleram sua fé!Botanico escreveu:Pesquisar é o que faço como cientista.
Parabéns cientista!Botanico escreveu:Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética.
Os céticos não gostam de "fantasmas", procuram explicações naturais.
Eu também minto, quer ver?
- Thor não existe!. Não procurei e muito menos verifiquei a existência de Thor, mas tenho a "cara-de-pau" de dizer que ele não existe. Estou me lixando pela fé nórdica!Botanico escreveu:Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.
Os céticos mentirosos e indígnos de confiança nessa vida, noutra vida eles pagam o carma, vão nascer espíritas!Botanico escreveu:Exato, meu caro. Posso dizer o mesmo de você? Acho que não, pois me parece um maria-vai-com-as-outras quando fala desse assunto sem ter lido nada a respeito.
Botanico escreveu:Só que semelhantes coisas eu não vi nas pesquisas mediúnicas feitas por cientistas. Eles fizeram EXPERIMENTAÇÕES e contra o fato que testemunharam, não puderam achar argumentos para refutá-los. Tentaram de tudo para impedir que os médiuns fraudassem e, embora não pudessem explicar como, os fenômenos aconteciam.Os paranóicos ficavam do outro lado: os negativistas que nunca viram nada, nem experimentaram nada e apostavam que seus colegas que meteram a mão na massa seriam tão burros, cegos e incompetentes que se deixariam enganar numa boa.
francioalmeida escreveu:Entenda: Muitos fenômenos aconteceram, acontecem e acontecerão sem explicação sastifatória da ciência. Agora atribuir o "desconhecido" ao misticismo é coisa do século passado.
Botanico escreveu:
Por que essa eficácia não fez os céticos refutarem os experimentos mediúnicos de forma convincente? Até agora nunca vi cético algum demonstrar os erros experimentais de Crookes e outros cientistas.
O que fazem apenas é jogar com dados subjetivos cuja verificação é impossível e nenhum elemento de prova se encontra. Então lá se diz que o Crookes era muito míope (mas essa miopia não o impediu de fazer brilhantes trabalhos científicos, nem antes, nem depois das pesquisas mediúnicas) e além disso outros também estavam envolvidos nas pesquisas (seriam todos muito míopes também?) e naquele tempo já havia óculos... Este é o nível das argumentações céticas que tenho visto. Por que devo levá-las a sério e achar que os mecanismos anti-dogmáticos estão funcionando neste caso?francioalmeida escreveu:Uma das éticas científica é tentar achar uma explicação natural para o fenômeno. Atribuir místicismo a um experimento porque suas causas são desconhecidas é pseudociência.
A eficacia do método cientíco existe para evitar o erro do próprio cientista "bem intencionado", as experimentações subsequentes feitas por outros cientistas que servem para refutar um trabalho.
Não é interesse da ciência explicar fenômeno milagrosos, isso fica pra religião.
Como eu disse, só uns poucos que eram espíritas atribuíam causa espiritual aos fenômenos. Os outros apenas constatavam o fato e tentavam encontrar explicações naturais... que a bem da verdade não explicavam nada por inteiro. O meu ponto aqui é que os outros cientistas que poderiam fazer mais experimentos e assim evitar ou corrigir o erro dos predecessores NUNCA QUISERAM FAZÊ-LO. Apegam-se aos dogmas e fica por isso mesmo.Botanico escreveu:
Nada de inédito? Pois bem, Faraday já tinha feito uns experimentos precários que usou para desqualificar o fenômeno das mesas girantes. Usando um tampo de madeira sobre uma pilha de papelões, e este conjunto se apoiava sobre uma mesa comum. O tampo se movia depois de algum tempo, mas a mesa ficava imóvel. Ele acreditou ter demonstrado assim que os movimentos das mesas girantes eram devidos à força muscular das pessoas que ficavam com seus dedos sobre o tampo destas. Com a pressão e o tempo, os dedos ficavam entorpecidos e assim as pessoas faziam os movimentos SEM PERCEBER. Ray Hyman, recentemente, acrescentou a esse BRILHANTE EXPERIMENTO a sua teoria de ação IDEOMOTORA e assim ficou tudo explicado como a coisa funcionava. Certo?
Quando foi fazer suas investigações, Hare também tinha ouvido falar deste experimento de Faraday e o achou perfeito. Repetiu o dito experimento, de forma mais aperfeiçoada: colocou sobre uma mesa uma chapa de zinco e esta ficava sobre esferas de cobre, o que tornava o movimento bem mais fácil e perceptível. Deveria ocorrer o mesmo que Faraday viu: movia-se a chapa de zinco, mas a mesa permaneceria imóvel. Só que deu zebra: a chapa ficou imóvel e a MESA ERA O QUE SE MOVIA. Em condições normais isso seria tecnicamente impossível. Mas Hare testemunhou isso.
Fez também outro experimento: o médium movia um disco sem indicações nenhumas e esse movimento era transmitido a outro disco, com letras fora de ordem alfabética e fora do alcance visual do médium, e dali saíam frases inteligíveis, que não se esperaria que uma pessoa normal pudesse fazer.
Você acha então que essas coisas NÃO SÃO NOVIDADES e que os sábios de Harvard fizeram muito bem em não dar a mínima? Acha que foi correta a postura desses sábios em ficar olhando para o próprio umbigo, enquanto pessoas de bem eram enganadas por esses espertalhões e se recusaram a dar uma ajuda ao ÚNICO sábio de então se mostrou insuficiente para desmascarar a fraude?
Só mesmo vocês céticos para achar que esses caras eram bons cientistas...francioalmeida escreveu:Entendo sua mágoa com os cientistas de Harvard, eles não confirmaram e nem se deram o trabalho de avaliar sua crença cientificamente.
Mas não fique triste, não é interesse da ciência também explicar onde estão as cuecas roubados por Gnomos. Ninguem encontra essas cuecas. Isso é um fenômeno inexplicável!
A minha crença nada tem a ver com isso (O Espiritismo nem existia ainda!) e sim mantenho o meu questionamento à postura científica (ou falta dela) dos carcomidos de Harvard. Se um Zé Ninguém se apresenta em Harvard com umas compilações de fenômenos absurdos e os velhos carcomidos se recusam a vê-las, eu entendo. Mas Hare era considerado o segundo maior cientista americano na sua época. Por que o pessoal de Harvard tomou assim essa atitude tão antipática, sem nem ao menos querer ver nada da coisa? Dúvida nunca foi obstáculo ao progresso da Ciência; incredulidade, sim.
Bem, parece-me que você está ficando sem argumentos e já resolveu partir para o deboche e querer introduzir na conversa coisas que nada tem a ver (fadas, cuecas e duendes). Minha falta de apreço com o pessoal cético começa com coisas assim. Elas já perderam a graça para mim.Botanico escreveu:Já dei uns exemplos do que Hare viu e estou no aguardo de você me demonstrar que nada disso era novidade no meio científico. E sem querer ser chato: um padre ou um pastor dizer que viu o Cristo em pessoa descer na sua igreja e falar belas palavras é algo que eu compreendo que não queira a comunidade científica ir investigar. Agora cientistas do calibre de Crookes, Richet, e outros que tinha alto conceito na comunidade científica afirmarem que fizeram EXPERIMENTOS e obtiveram resultados, já seria algo de fazer com que seus colegas pensassem um pouco. E se os médiuns estavam ali, disponíveis, então já seria o caso de eles repetirem os experimentos e tirarem suas próprias conclusões. Agora tirar conclusões com base apenas em especulações já me parece leviandade.
Por isso não considero os argumentos deles.francioalmeida escreveu:Você não considera as alegações de padres e pastores porque eles não dividem a sua crença e muito menos a confirma.
Como os taís "experimentos" seduzem sua fé, você os colocar num patamar superior.
Sinceramente, desisto!
Bem, estou aguardando você me apresentar os trabalhos científicos feitos com os padres e pastores e suas alegações de fé e já disse que os experimentos feitos pelos cientistas com relação à mediunidade NADA TINHAM A VER COM FÉ. Claro, você não pode saber pois nunca estudou o assunto.Botanico escreveu:Se você não conhece os trabalhos mediúnicos deles, como sabe então que estão errados e que suas conclusões se basearam num falso ceticismo?francioalmeida escreveu:Você está certo, existe vários trabalhos que não conheço e muito deles, infelizmente eu condeno.
Dentre eles os trabalhos de beatificação feito pela igreja católica com sua "ciência" para confirmar os três milagres do candidato a santo.
Vou rever minha "seleção"!
Bem, está difícil essa conversa, pois estou falando em trabalhos feitos POR CIENTISTAS e você simplesmente que forçar a barra e introduzir coisas que nunca foram objeto de investigação da Ciência. Uma pena.Botanico escreveu:
Bem, já dei um exemplo das coisas estranhas. É o suficiente para você concluir que o trabalho era imbecil? E para os mais de 200 outros cientistas que fizeram pesquisas mediúnicas, seriam também o mesmo caso?francioalmeida escreveu:200 imbecis! Melhorou?
Eu só gostaria que o atestado de imbecilidade viesse por conta de comprovada incompetência científica nos campos em que esses cientistas atuavam e não por conta de uma postura preconceituosa da comunidade científica.Botanico escreveu:
Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez.francioalmeida escreveu:Ainda bem que tem cientista pra tudo. Não me prestaria para tanta leseira, prefiro investigar fadas.
[color=#ffff00] Gosto não se discute; lamenta-seBotanico escreveu: Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.francioalmeida escreveu:Estou pasmo lendo isso vindo de um homem da ciência.
Quando eu estava na 4º série fiz experimento para verificar que o ar tinha peso, (aquele com um balão cheio e outro vázio numa braço de balança). Devo ter atrasado a ciência, poderia ter só lido o meu livro e pronto.
Seu pensamento é algo parecido com a religião que só ler um livro sagrado e pronto, a verdade foi dita.
Não me sinto a vontade em debater esse seu pensamento, prefiro desistir!
Meu caro, eu sou pago pelo contribuinte e se mando um projeto científico em busca de financiamento pelos órgãos de fomento, exige-se que sejam PESQUISAS INÉDITAS, ou seja, eu não posso apresentar um projeto que simplesmente repete alguma pesquisa JÁ FEITA. Entendeu? O cientista quer fazer coisas novas e não repetir coisas velhas. Repetições só são feitas quando há possibilidade de ganho ou fama... E aí as fraudes são pegas com mais facilidade. O jovem alemão que trabalhava nos Laboratórios Bell fraudou seus trabalhos; cientistas outros tentavam repetir o que ele divulgou, mas falhavam sempre. E repetiam por que? Porque ele fazia pesquisa em um campo que poderia dar retorno financeiro.
Mas em se tratando de pesquisa básica, isso não acontece geralmente. E não queira comparar o seu experimento escolar com pesquisas caras, pagas pelo contribuinte. Realmente noto em você uma grande incapacidade de entender o funcionamento da ciência. Mas entre os céticos isso parece ser um pecado comum...Botanico escreveu:O que faço é ler os trabalhos científicos passados e, ao fazer os meus experimentos, buscando novidades, verifico se o que disseram antes se confirma com dados paralelos que obtenho.francioalmeida escreveu:E essa lambança funciona?
Sua fé é maior que sua curiosidade científica a ponto de não deixar você vericar experimentos anteriores, simplesmente te deixa a mercê de relatos contraditórios?
Suponho que sua área seja botânica!... Ainda bem!
Sim, a lambança funciona. Então digamos que o padre Joaquim da Silva Tavares, que descreveu várias galhas de Mata Atlântica, tenha lá entre as doze publicações que fez a descrição de duas galhas que estou pesquisando. O que vou fazer? Vou pesquisar a estrutura anatômica, a distribuição dos compostos químicos e a ontogenia dessas duas galhas. De quebra, faço também a descrição morfológica mais detalhada e com recursos mais modernos. Mas a minha obrigação de ética científica determina que eu cite o Tavares e seus trabalhos e diga: meus dados corroboram as descrições feitas pelo padre.
Mas veja bem: eu fiz UMA NOVA ABORDAGEM E BUSQUEI NOVOS DADOS A RESPEITO DAQUELAS DUAS GALHAS. Não fiz apenas uma "repetição" do que Tavares fez. Entendeu? Se eu quisesse fazer só uma coletânea descritiva, então poderia me limitar a um resumo dos trabalhos de Tavares e já estaria de boa medida. Sacou?
Com relação aos trabalhos mediúnicos, o que faço é apenas verificar se estão de acordo com um mínimo método científico aceitável. Se precauções foram tomadas, etc e tal. Mas não é a minha área, nem tenho interesse em fazer pesquisas neste campo. Por isso limito-me a leituras. Já você prefere ler sobre fadas, certo?Botanico escreveu:Então se leio o relatório de Crookes sobre experimentos que fez com tal e qual médium, o que me interessa é saber onde a coisa foi feita, que precauções foram tomadas para impedir fraudes, que outros estavam presentes, que resultados foram obtidos, etc e tal.francioalmeida escreveu:É bom mesmo parar por aí, pois senão podes se decepcionar.
Onde e por que eu me decepcionaria?Botanico escreveu:O que eu esperaria dos céticos se fossem gente séria? Que analisassem esse relatório e mostrassem que tais e quais pontos estão falhos ou mal explicados e que dariam uma margem de erro que invalidaria o experimento. Só que isso eu não vi até hoje. O que vi foi uma jogada exatamente ao estilo de padres e pastores que tenho lido quando se metem a criticar o Espiritismo.francioalmeida escreveu:Qualquer semelhança não é mera coincidência: "Todos contra a sua fé."
Um padre já me falou isso também, que minha posição era parecida com as do evangélicos para criticar o catolicismo.
Já disse que não se trata de fé, pois esta faltava aos cientistas que investigaram a coisa. O que me interessa é que os céticos analisassem os relatórios e apontassem os erros e falhas. Se não fazem isso, então como vou saber onde os cientistas estavam errados?Botanico escreveu:Como exemplo, eu cito o Massimo Polidoro. No experimento que Crookes fez com Eva Fay, ele fala de "dois convidados que eram mais céticos que o anfitrião (Crookes) e que então fizeram um teste para mostrar que colocando-se um lenço úmido entre as manivelas do galvanômetro, isso fechava o circuito e permitiria à médium se libertar e fazer o que bem entendesse. Então eles sugeriram que as manivelas fossem colocadas mais distantes, além do comprimento de um lenço (mas nem imaginaram que a médium poderia vir com um pedaço de pano maior...)". Quando li este argumento, fiquei imaginando que de fato Crookes e seus colegas tinha cometido um erro experimental.
Então li o relatório de Crookes e ficou bem claro que ao fazerem o teste com o lenço úmido ficou demonstrada a impossibilidade de fraude por esse recurso. Antes de mais nada, todas as tentativas de se colocar o lenço ficavam denunciadas pela oscilação da escala e além disso, era preciso que a resistência elétrica fosse a mesma do corpo humano e os colegas de Crookes só conseguiram isso depois de VÁRIAS tentativas e ainda assim com Crookes dizendo a eles o valor da medida. Quer dizer: era impossível que, na bamba, a médium viesse com um pano úmido e colocasse nas manivelas do galvanômetro sem que isso fosse percebido e que, milagrosamente, reproduzisse o mesmo valor da resistência de um corpo humano.
Só que o bambambam cético do Massimo Polidoro não nos conta esses detalhes. Ao contrário, quer fazer parecer que o truque era simples e facílimo de ser feito. E que Crookes e seus colegas "mais céticos", apesar de pensarem no truque, não tiveram a competência e capacidade de evitar que ele fosse feito se a médium quisesse.
Entende por que não levo a comunidade cética a sério?[/color]francioalmeida escreveu:Entendo. Contrariam suas expectativas e esfaleram sua fé!
Está com algum problema de leitura? Eu mostrei a falta de honestidade de um crítico cético a um experimento de Crookes e você vem falar que isso esfacelou a minha fé? Ora, eu jamais botei fé neste pessoal cético assim que me deparei com a falta de argumentação convincente. Portanto, este caso apenas FORTALECEU A MINHA FÉ na falta de competência do pessoal cético. As minhas espectativas... Bem, antes mesmo de ler essa pataquada do Polidoro, as minhas espectativas sobre a seriedade e competência do pessoal cético já tinham ido para a bosta. O caso aí foi só mais um prego no caixão da superioridade intelectual cética.Botanico escreveu:Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética.francioalmeida escreveu:Os céticos não gostam de "fantasmas", procuram explicações naturais.
Botanico escreveu:Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez. Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.
betossantana escreveu:Botanico escreveu:Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez. Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.
Rídículo, e onde foi parar a REPLICAÇÃÃÃÃÃÃOOOOO????