Da "Ciência" Espírita

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DIG
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Da "Ciência" Espírita

Mensagem por DIG »

Em que se baseiam os espíritas para alegarem que suas crenças são ciência(seja lá o que seja isso para eles) e as outras não :emoticon5: ?



Exemplo: eu sou testemunha de jeová(ARRGH :emoticon9: !) e digo que minha crença é ciência, e aí :emoticon19: ?




Senhores espíritas, me expliquem, por favor :emoticon5: ...

Apocaliptica

Re.: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Apocaliptica »

TOC TOC TOC

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DIG
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Re.: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por DIG »

:emoticon18:

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Botanico
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Botanico »

DIG escreveu:Em que se baseiam os espíritas para alegarem que suas crenças são ciência(seja lá o que seja isso para eles) e as outras não :emoticon5: ?



Exemplo: eu sou testemunha de jeová(ARRGH :emoticon9: !) e digo que minha crença é ciência, e aí :emoticon19: ?




Senhores espíritas, me expliquem, por favor :emoticon5: ...


Bem, vejamos o que é possível.

Depois que a religião perdeu seu poder temporal (embora pudesse manter alto grau de influência em alguns países, como na Espanha franquista) e a Ciência passou a ser o grande destaque no campo do conhecimento, então passou a ser charmoso recorrer a alguma argumentação científica para dar peso a postulados que, no conjunto, nada têm de científicos.

Assim portanto os Testemunhas de Jeová (e não só eles, é óbvio) recorrem a textos e frases de cientistas que, tirados do contexto, ou vindo de cientistas religiosos, que preferem sacrificar a verdade em defesa da fé, querem fazer crer que suas posições religiosas têm base científica. Assim, para dizer que o homem tem existência recente (surgiu a partir de Adão), então apresentam textos que põem em dúvida a validade da datação por carbono 14 ou outros métodos de datação radiogênica. E por aí vai. Quem quiser saber mais, é só ler os livros "Veio o homem a existir por evolução ou criação?" e o seu substituto "Vida, qual a sua origem? Evolução ou Criação?" E fora outros argumentos em defesa do Dilúvio de Noé como um dilúvio global, etc e tal.

Então é assim que se comportam as religiões em geral com relação à ciência: pegam o que interessa e descarta-se o que atrapalha a validade dos dogmas de fé.

Agora com relação ao Espiritismo.

Pretender que as relações e situações descritas do mundo espiritual tenham validade científica é obviamente descabido e desconheço que se faça isso em Espiritismo. São relatos na base do ASQ (acredite se quiser). O que interessa do ponto de vista científico é a possibilidade de experimentação e o reconhecimento da existência de fenômenos que podem ser atribuídos à ação de espíritos ou a outras causas, desde que identificáveis.

O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo. Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição. E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.

Cientistas como Robert Hare, Charles Richet, William Crookes, Cronwell Varley, etc, que meteram a mão na massa, fazendo experimentos e se atrevendo a dizer que viram sim coisas estranhas, são considerados burros, idiotas, imbecis, canalhas e daí para baixo pela comunidade cética. Já outros, como Ramsay, Lord Kelvin, Carpenter, Babinet, Foulcault, Faraday, QUE OU NÃO FIZERAM EXPERIMENTO ALGUM OU FIZERAM UNS POUCOS MUITO PRECÁRIOS, mas proclamaram a inexistência da coisa, são aclamados como gênios e verdadeiros sábios, que fizeram neste campo o que a ciência deveria fazer sempre (ou seja, exatamente NADA além de teorizar....)

Se houver algum cientista neste fórum, então que me diga qual a posição mais sábia que devo adotar: devo confiar em que experimentou, verificou, pesou, mediu e teve a coragem de ir contra a vontade da maioria ou devo confiar naqueles que NUNCA experimentaram coisa alguma, mas se pronunciam com base nos dogmas já consagrados pela fé científica?

Vendo esse comportamento da comunidade científica sobre o assunto, eu só posso pensar em relação ao clérigo e ao cientista o que Guilherme Arantes disse lá na sua música:

_ Bandido! Mocinho! É tudo... farinha do mesmo saco!

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francioalmeida
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por francioalmeida »

Botanico escreveu:
Depois que a religião perdeu seu poder temporal (embora pudesse manter alto grau de influência em alguns países, como na Espanha franquista) e a Ciência passou a ser o grande destaque no campo do conhecimento, então passou a ser charmoso recorrer a alguma argumentação científica para dar peso a postulados que, no conjunto, nada têm de científicos.



Assim portanto os Testemunhas de Jeová (e não só eles, é óbvio) recorrem a textos e frases de cientistas que, tirados do contexto, ou vindo de cientistas religiosos, que preferem sacrificar a verdade em defesa da fé, querem fazer crer que suas posições religiosas têm base científica. Assim, para dizer que o homem tem existência recente (surgiu a partir de Adão), então apresentam textos que põem em dúvida a validade da datação por carbono 14 ou outros métodos de datação radiogênica. E por aí vai. Quem quiser saber mais, é só ler os livros "Veio o homem a existir por evolução ou criação?" e o seu substituto "Vida, qual a sua origem? Evolução ou Criação?" E fora outros argumentos em defesa do Dilúvio de Noé como um dilúvio global, etc e tal.

Então é assim que se comportam as religiões em geral com relação à ciência: pegam o que interessa e descarta-se o que atrapalha a validade dos dogmas de fé.


É isso, não ver quem não quer!

Botanico escreveu:
Agora com relação ao Espiritismo.

Pretender que as relações e situações descritas do mundo espiritual tenham validade científica é obviamente descabido e desconheço que se faça isso em Espiritismo.


O Espiritismo não quebra a regra. Espíritas teorizam e tentam passar um ar científico e em suas alucinações.

Quem não conhece a frase: " Espiritismo ciência, filosofia e religião"?

Botanico escreveu:
São relatos na base do ASQ (acredite se quiser). O que interessa do ponto de vista científico é a possibilidade de experimentação e o reconhecimento da existência de fenômenos que podem ser atribuídos à ação de espíritos ou a outras causas, desde que identificáveis.


Da mesma forma do dragão de Sagan:

Faço uma alegação absurda, não têm como avaliar cientificamente, pois veto todos os modos possíveis -logo ninguem pode dizer que é mentira.


Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.


Sim, por isso existe mecanismo para evitar isso.


Botanico escreveu:
Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição.


Não mesmo. Você simplesmente vai enfrentar rigorosamente toda a avalição científica, isso é um mecanismo pra descobrir charlatões.

Botanico escreveu:E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.


Não dápra refutar dragões, independente se há panelinhas ou não no meio científico.



Botanico escreveu:
Cientistas como Robert Hare, Charles Richet, William Crookes, Cronwell Varley, etc, que meteram a mão na massa, fazendo experimentos e se atrevendo a dizer que viram sim coisas estranhas, são considerados burros, idiotas, imbecis, canalhas e daí para baixo pela comunidade cética.


Não são os únicos idiotas existe mais, fazem isso em nome da fé. Lamentável!

Botanico escreveu:
Já outros, como Ramsay, Lord Kelvin, Carpenter, Babinet, Foulcault, Faraday, QUE OU NÃO FIZERAM EXPERIMENTO ALGUM OU FIZERAM UNS POUCOS MUITO PRECÁRIOS, mas proclamaram a inexistência da coisa, são aclamados como gênios e verdadeiros sábios, que fizeram neste campo o que a ciência deveria fazer sempre (ou seja, exatamente NADA além de teorizar....)


Não se costuma procurar dragões, alguns por conciência e ética científica o fazem, mais infelizmente ainda não dar pra se ter o mínimo interesse ao apelo religioso. E olha que tentam, mas por hora só dar pra deixar em "banho maria".

Botanico escreveu:Se houver algum cientista neste fórum, então que me diga qual a posição mais sábia que devo adotar: devo confiar em que experimentou, verificou, pesou, mediu e teve a coragem de ir contra a vontade da maioria ou devo confiar naqueles que NUNCA experimentaram coisa alguma, mas se pronunciam com base nos dogmas já consagrados pela fé científica?


Não confie em ninguem. Pesquise, experimente, evidencie e não seja cego.

O ápice do meio científico é a inovação de idéias, idéias inquebráveis como verdades absoluta pertencem a livros sagrados.

A física clássica era tida como absoluta, até einstein observar e com o peso e demonstração de seus argumentos aniquilar o absolutismo newtoniano.

E a todo dia teoria da relatividade é colocada em cheque e sobrevive, e isso não é pecado :emoticon16:


Botanico escreveu:
Vendo esse comportamento da comunidade científica sobre o assunto, eu só posso pensar em relação ao clérigo e ao cientista o que Guilherme Arantes disse lá na sua música:

_ Bandido! Mocinho! É tudo... farinha do mesmo saco![/color]



Se você quiser misturar as farinhas, sempre estarão no mesmo saco.

Farinhas não tem pernas!

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videomaker
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por videomaker »

Ciência Espírita
Silvio Seno Chibeni

Le Spiritisme est une science qui traite de la nature, de l'origine et de la destinée des Esprits, et de leur rapports avec le monde corporel.
Allan Kardec

1. INTRODUÇÃO: CIÊNCIA E PSEUDO-CIÊNCIA
Com a frase em epígrafe, que figura no Preâmbulo do importante livro O que é o Espiritismo, Allan Kardec indica, de modo sumário porém preciso, o objeto de estudo do Espiritismo, enquanto ciência. Quando a escreveu, em 1859, Kardec já havia, ao longo de alguns anos de investigações teóricas e experimentais intensas, desenvolvido suficientemente o Espiritismo para poder afirmar sem hesitação que se tratava de uma nova disciplina científica. Como é bem sabido, os desdobramentos filosóficos e morais que essa disciplina comporta foram igualmente objeto de grande atenção por parte de Kardec. No presente trabalho centralizaremos nossa análise no aspecto científico do Espiritismo, atendendo à natureza desta seção da Revista Internacional de Espiritismo.[1]

A questão de que características tornam uma disciplina merecedora do qualificativo científica tem ocupado lugar proeminente nos estudos dos filósofos da ciência. Notadamente nas últimas três décadas, progressos significativos foram realizados no sentido de se lhe oferecer uma resposta satisfatória. Um dos elementos mais importantes nesse aperfeiçoamento de nossa concepção de ciência foi a maior atenção que os filósofos da ciência passaram a atribuir à análise detalhada da história da ciência, dentro de uma abordagem historiográfica renovada.

Reconhece-se hoje entre os especialistas que a concepção comum de ciência padece de defeitos sérios, por não resistir nem a variados argumentos filosóficos recentemente levantados, nem ao confronto com a descrição da gênese, evolução e estrutura das disciplinas científicas maduras, ou seja, da Física, da Química e da Biologia. Os elementos problemáticos dessa visão ordinária de ciência, esposada tanto pelo homem comum como por expressiva parcela dos próprios cientistas, compareciam igualmente nas concepções que os filósofos defendiam até a primeira metade de nosso século. A versão mais bem articulada dessa concepção é a doutrina filosófica conhecida como Positivismo Lógico, que teve seu apogeu nas décadas de 1920 e 1930. Por motivos que não cabe aqui examinar, essa posição filosófica exerceu entranhada influência sobre os cientistas, e essa influência perdura até nossos dias, a despeito daquela concepção haver sido abandonada há muito pelos filósofos.

Esses fatos são importantes em nossa análise das linhas de pesquisa que pretendem competir com o Espiritismo, pois elas começaram a surgir precisamente quando o Positivismo Lógico fornecia os parâmetros segundo os quais uma atividade genuinamente científica se desenvolveria. Ora, tais parâmetros sendo equivocados, como se percebeu depois, aquelas linhas de pesquisa nascentes, que alimentavam a pretensão à cientificidade, acabaram por assimilar uma visão de ciência irreal. Isso levou a que adotassem métodos inadequados aos fins a que se propuseram, bloqueando-lhes as possibilidades de contribuir significativamente para o avanço de nosso conhecimento no domínio do espírito.

Lamentavelmente, a adoção de uma concepção falha de ciência levou os pesquisadores da Parapsicologia e demais linhas de investigação que surgiram após ela a não somente empenharem infrutiferamente os seus esforços, como também a desprezarem, ou mesmo repelirem, as conquistas e métodos de uma legítima ciência do espírito, surgida ainda no século XIX, a saber, o Espiritismo.

Em trabalhos anteriores (ver Nota 1, acima) procuramos fornecer alguns detalhes dessa situação, que embasam as afirmações precedentes. Essa tarefa pressupõe, naturalmente, a comparação dos fundamentos, estrutura e métodos do Espiritismo com aqueles que as investigações recentes em Filosofia da Ciência mostraram caracterizar as disciplinas paradigmaticamente científicas, como a Física, a Química e a Biologia. Não há espaço para reproduzir aqui as análises que empreendemos naqueles trabalhos. Para fins de completude, porém, indicaremos a seguir, de forma simplificada, alguns de seus pontos principais.

Grosso modo, a visão comum de ciência envolve a assunção de que uma ciência inicia seu desenvolvimento com um período longo de coleta de dados experimentais (dados empíricos, na linguagem filosófica); nessa etapa não compareceriam hipóteses teóricas de nenhuma espécie. Uma vez de posse de um conjunto suficientemente grande e variado de dados, os cientistas aplicariam então certos métodos seguros e neutros para obter as teorias científicas, que seriam descrições objetivas da realidade investigada.

O exame cuidadoso da história da ciência e os argumentos filosóficos desenvolvidos pelos filósofos da ciência contemporâneos mostraram que essa caracterização da atividade científica não somente não corresponde ao que de fato ocorreu e continua ocorrendo com as ciências bem estabelecidas, como também pressupõe procedimentos impossíveis. Observação e teoria, experimento e hipótese nascem e se desenvolvem juntos, num complexo processo simbiótico de suporte recíproco. A acumulação prévia de dados neutros, ainda que fosse possível, seria inútil. Nenhum conjunto de dados leva de modo lógico a leis científicas a imaginação criadora do homem desempenha um papel essencial na gênese das teorias científicas.

A imagem de ciência a que os filósofos da ciência chegaram a partir das conquistas recentes indica que uma ciência autêntica consiste, simplificadamente, de um núcleo teórico principal, formado por hipóteses fundamentais. Esse núcleo é circundado por hipóteses auxiliares, que o complementam e efetuam sua conexão com os dados empíricos. Essa estrutura mais ou menos hierarquizada faz-se acompanhar de determinadas regras, nem sempre explícitas, que norteiam o seu desenvolvimento futuro. De um lado, há as regras "negativas", que estipulam que nesse desenvolvimento os princípios básicos do núcleo teórico devem, o quanto possível, ser mantidas inalteradas. Eventuais discrepâncias entre as previsões da teoria e as observações experimentais devem ser resolvidas por ajustes nas partes menos centrais da malha teórica, constituídas pelas hipóteses auxiliares; regras "positivas" sugerem ao cientista como, quando e onde essas correções e complementações devem ser efetuadas.

Ao contrário do que se supõe na visão comum de ciência, não há restrições sobre a natureza das leis de uma teoria científica, que podem inclusive ser de caráter predominantemente metafísico. A restrição fundamental é que a estrutura teórica como um todo forneça previsões empíricas corretas, ou seja dê conta dos fatos. O exame das teorias científicas maduras e dos padrões avaliativos adotados pelos cientistas indica ainda que algumas características devem necessariamente estar presentes em qualquer boa teoria científica. Inicialmente, ela deve ser consistente. Deve ser abrangente, explicando um grande número de fatos. Deve, por fim, apresentar as virtudes estéticas de unidade e simplicidade, ou seja, a explicação que fornecem dos diversos fenômenos deve decorrer de maneira natural e simples de um corpo de leis teóricas integrado e tão reduzido quanto possível. Há ainda o vínculo externo de que uma teoria não deve conflitar com as demais teorias científicas bem estabelecidas que tratam de domínios de fenômenos complementares (por exemplo, uma teoria biológica não deve pressupor leis químicas e físicas que contrariem as leis bem assentadas da Química e da Física).

2. O ESPIRITISMO COMO CIÊNCIA
A inspeção meticulosa e isenta das origens, estrutura e desenvolvimento do Espiritismo revela que ele possui todos esses requisitos de uma ciência genuína. Em artigo anterior ("A excelência metodológica do Espiritismo") procuramos mostrar, além disso, que Allan Kardec admiravelmente antecipou- se às conquistas recentes da Filosofia da Ciência, e compreendeu essa realidade. Sua visão de ciência, exposta explícita e implicitamente em seus escritos, corresponde à visão moderna e justa mencionada acima. Isso teve a conseqüência feliz de que, ao travar contato com uma nova ordem de fenômenos, Kardec empregou em sua investigação métodos e critérios corretos, o que possibilitou o surgimento de uma verdadeira ciência do espírito.

O corpo teórico fundamental do Espiritismo encontra-se delineado em O Livro dos Espíritos. O exame dessa obra revela sua consistência e seu alto grau de coesão, uma notável concatenação das diversas leis, a amplitude de seu escopo, e o perfeito casamento da teoria com os fatos. Ademais, ali estão implícitamente presentes as diretrizes que nortearam os desenvolvimentos ulteriores das investigações espíritas. Parte significativa desses desenvolvimentos foi, como se sabe, levada a cabo pelo próprio Kardec, e se acham exarados nas demais obras que escreveu. Consoante com a natureza de uma verdadeira ciência, o desenvolvimento experimental e teórico do Espiritismo prosssegue até hoje, pelos esforços de pesquisadores encarnados e desencarnados.

Contrariamente ao que alguns críticos mal informados acerca do Espiritismo e das teorias científicas contemporâneas alegam, o Espiritismo não conflita com qualquer uma das teorias científicas maduras, quer da Física, quer da Química ou da Biologia. É de crucial importância notar, como o fez Kardec,[2] que embora o Espiritismo seja uma ciência, ele não se confunde com as referidas ciências, do mesmo modo como elas não se confundem entre si. Os domínios de fenômenos por elas tratados não coincidem, sendo antes complementares.

A percepção dessa distinção evita uma série de julgamentos e posturas equivocados, que têm ameaçado até mesmo o próprio Movimento Espírita. Vêem-se, com efeito, pessoas que imaginam que a ciência espírita consiste em determinadas investigações envolvendo experimentos conduzidos com o auxílio de aparelhagens de uso nos laboratórios de Física, e dentro de referenciais teórico-conceituais emprestados à Física. Assume-se, assim, que é o uso desses aparelhos e o emprego de terminologia técnica (aliás quase sempre incompreendida por quem a usa dentro de tais contextos) que confere cientificidade a essas investigações.

Dada a relevância da elucidação dos sérios enganos envolvidos em semelhantes alegações, nesta Seção e na seguinte nos deteremos um pouco mais sobre elas.[3]

A observação mais importante é a de que o estabelecimento dos princípios básicos do Espiritismo prescinde completamente do uso de qualquer aparelho e do recurso a qualquer teoria física. O mais fundamental de tais princípios é o da existência do espírito, ou seja, da existência de algo no homem que é a sede do pensamento e dos sentimentos e sobrevive à morte corporal. Como enfatizou Kardec, a comprovação cabal desse princípio se dá através dos fenômenos a que denominou "de efeitos intelectuais", quais sejam a tiptologia, a psicofonia e a psicografia. Quem quer que reflita isentamente sobre fenômenos dessa ordem não terá dificuldade em reconhecer que atestam a existência do espírito de modo inequívoco as tentativas de "explicações" alternativas que se têm procurado oferecer surgirão como ridículas.

Nessa avaliação, é importante notar a diferença que existe entre esse princípio básico do Espiritismo e alguns dos princípios das teorias físicas e químicas contemporâneas, por exemplo. Neste último caso, o "grau teórico" (se assim nos podemos exprimir) é muito maior, ou, em outros termos, os princípios estão muito mais distantes do nível fenomenológico, ou seja, da observação empírica direta. Em tal caso, o caminho que vai da observação até o princípio teórico é bastante indireto e tortuoso, passando por uma série de teorias auxilires, necessárias, por exemplo, para tratar do funcionamento e interpretação dos dados dos aparelhos envolvidos. Nessas circunstâncias, a segurança com que os princípios podem ser asseridos fica evidentemente limitada; há em geral possibilidades plausíveis de explicações dos mesmo fenômenos através de princípios teóricos diferentes; a história da Física e da Química tem ilustrado a vulnerabilidade de suas teorias.

No caso do princípio espírita em questão (bem como de vários outros dos princípios básicos do Espiritismo), a situação é bastante diversa. Trata- se de um princípio pertencente à classe de princípios a que os filósofos denominam "fenomenológicos", que estão na base do edifício do conhecimento, dado o seu alto grau de certeza. Proposições dessa classe são, por exemplo, as de que o Sol existe, de que o fogo queima e a cicuta envenena, a de que determinado familiar veio nos visitar no dia tal e nos deixou uma caixa de bombons, etc. Nestes casos, embora explicações alternativas sejam em princípio possíveis,[4] elas são tão inverossímeis que não merecem o assentimento de nenhum ser racional. Notemos que a inferência espírita diante de um fenômeno de efeitos intelectuais não difere em nada das inferências que fazemos a partir dos fenômenos ordinários. Quando, por exempo, o carteiro traz à nossa casa um papel no qual lemos certas frases, não nos acudirá à cabeça a idéia de que elas não foram escritas por um determinado amigo, por exemplo, quando relatam fatos, contêm expressões e expressam pensamentos peculires e íntimos. Exatamente o mesmo se dá com os abundantes e variados casos de psicografia de que todos somos testemunha. Não constitui exagero, pois, afirmar-se que a constatação cuidadosa de uns poucos casos dessa espécie (como por exemplo os que nos têm oferecido a extraordinária mediunidade de Chico Xavier) é suficiente para eliminar qualquer dúvida.

Como se isso não bastasse, a base experimental do Espiritismo incorpora ainda muitos outros tipos de fenômenos, como a psicofonia, a xenoglossia, as materializações, os casos de vidência, a pneumatografia e a pneumatofonia, etc. Além desses fenômenos, que formam uma classe específica, a dos fenômenos espíritas, o Espiritismo apoia-se também, em virtude de oferecer-lhes explicações científicas, em uma multidão de fenômenos ordinários. Referimo-nos, por exemplo, às nossas inclinações e sentimentos, às peculiaridades de nosso relacionamento com as pessoas que nos cercam, aos acontecimentos marcantes de nossas vidas, aos distúrbios da personalidade, aos efeitos psicosomáticos, aos sonhos, à evolução das espécies e das civilizações, etc.

Entendemos que a desconsideração desse vasto corpo de evidências indiretas a favor do Espiritismo constitui omissão séria da parte de seus críticos. Com seu agudo senso científico, Kardec percebeu desde o início que o alcance do Espiritismo transcendia de muito os fenômenos mediúnicos e anímicos específicos que motivaram o seu surgimento. Referindo-se às suas impressões diante das realidades novas que se lhe iam descortinando através de suas cuidadosas observações e raciocínios, Kardec assim se expressou: "Logo compreendi a gravidade da exploração que ia empreender; entrevi naqueles fenômenos a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução do que eu havia procurado durante toda a minha vida; era, numa palavra, toda uma revolução nas idéias e nas crenças (...)".[5] "O estudo do Espiritismo é imenso", disse Kardec em outra passagem; "interessa a todas as questões da metafísica e da ordem social; é todo um mundo que se abre diante de nós." [6]

3. PSEUDO-CIÊNCIAS DO ESPÍRITO
Na Seção precedente iniciamos a enumeração dos métodos e procedimentos anti-científicos que caracterizam as linhas de pesquisa alternativas do espírito, indicando que a natureza de seu objeto de estudo é tal que o recurso a aparelhos e a métodos quantitativos em geral é dispensável e mesmo arrriscado, pelos enganos a que pode levar. Isto vale pelo menos quanto ao estabelecimento dos princípios fundamentais da ciência do espírito, concebendo-se que em um futuro distante o detalhamento de alguns pontos mais técnicos, como por exemplo os relativos às leis dos fluidos, possa requerer uma integração mais estreita com a física e a química mais refinadas de então.

Prosseguiremos agora nossa enumeração, começando por um tópico ligado ao que expusemos no final da Seção precedente. Referimo-nos à abrangência do Espiritismo. O escopo dessa ciência é incomparavelmente mais amplo do que o de todas as teorias alternativas. Uma inspeção destas últimas mostra que consideram apenas uns poucos fenômenos isolados, sem levar em consideração uma multidão de outros, igualmente relevantes.

Esse desprezo de fatos importantes resulta essencialmente de duas fontes: 1) preconceitos e interesses diversos; e 2) falta de um corpo teórico que norteie a pesquisa experimental. Quanto ao primeiro fator, não há o que comentar. Quanto ao segundo, notemos que está intimamente ligado à falsa concepção de ciência adotada, que imagina ser possível se fazer ciência sem teoria.

Outra deficiência séria que apresentam esses sistemas não-espíritas é que mesmo para os grupos reduzidos de fenômenos que levam em conta, as explicações oferecidas pecam pela falta de unidade e organicidade, recorrendo a leis e princípios desconectados.

Além disso, tais explicações em geral falham em satisfazer um outro requisito fundamental de uma genuina explicação científica: a simplicidade. As explicações são em geral ainda mais inexplicáveis que os fatos que se propõem a explicar.

Encontramos ainda explicações puramente verbais, ou seja, que não apresentam qualquer conteúdo, limitando- se ao uso de termos técnicos, buscados nas diversas ciências ou criados a esmo, procurando-se com isso conferir ares científicos à suposta explicação. Muitas pessoas não familarizadas com a ciência deixam-se fascinar por tais artifícios, não percebendo que qualquer explicação satisfatória deve caracterizar-se pela clareza e inteligibilidade (como nos dá magnífico exemplo o Espiritismo) e que o recurso à linguagem técnica só é legítimo dentro do contexto teórico que lhe é próprio.

Outro tipo freqüente de deficiência que notamos nos sistemas que pretendem competir com o Espiritismo refere-se ao recurso a conceitos e teorias científicas obsoletos, ou o uso não-profissional das teorias contemporâneas. As ciências, principalmente a Física e a Química, passaram por transformações radicais em nosso século as teorias atuais envolvem conceitos extremamente abstratos, distantes da intuição do senso comum, além de técnicas matemáticas de grande complexidade. Em seus aspectos essenciais, essas teorias não são acessíveis ao leigo, que, quando instruído, em geral ainda tem para si a imagem do mundo fornecida pelas teorias do século passado. Os muitos livros de popularização da ciência via de regra não resolvem esse problema; mesmo quando são escritos por profissinais (o que é raro), inevitavelmente têm de recorrer a simplificações drásticas, que resultam em distorções sérias na imagem que oferecem das teorias expostas. Como resultado, a virtual totalidade das pessoas que têm se aventurado a estabelecer vínculos diretos entre os fenômenos espíritas e as teorias da Física cai, ou no recurso a teorias superadas, ou em confusões que mostram-se ridículas aos olhos dos cientistas com formação profissional. Essas pessoas acabam pois involuntariamente prestando um desserviço à causa da investigação científica do espírito.

Mais um fator importante que entrava as linhas de pesquisa não-espíritas é o sistemático desprezo pelas contribuições anteriormente efetuadas por outros pesquisadores. Cada um quer começar tudo de novo, e criar seu próprio sistema. Se a dúvida equilibrada representa prudência, quando se torna irrestrita e irrefletida, aliando-se à presunção e ao orgulho, inviabiliza o avanço do conhecimento. Se nas ciências acadêmicas se tivesse adotado semelhante atitude, elas estariam ainda em seus primórdios.


Por fim, lembramos ainda que muitas das tentativas não-espíritas de estudo dos fenômenos espíritas fracassam por não reconhecer a influência de fatores morais em sua produção, influência essa que em em certos casos é determinante.

4. PERSPECTIVAS DA CIÊNCIA ESPÍRITA
Como vimos na Seção 1, uma ciência autêntica deve envolver um programa de pesquisa, que auxilie o seu progresso. Com a lucidez científica que lhe era peculiar, Allan Kardec apontou diretrizes seguras para o desenvolvimento do Espiritismo.

De um lado, temos suas análises que advertem contra os métodos e procedimentos anti-científicos que poderiam embaraçar a marcha do Espiritismo. Nas duas seções precedentes enumeramos alguns dos mais importantes deles; Kardec percorreu-os todos, e ainda outros, oferecendo sólida fundamentação às suas críticas.[7]

De outro lado, Kardec legou-nos investigações paradigmáticas sobre os tópicos mais fundamentais da ciência espírita, que serviram de modelo pra os pesquisadores que vieram após ele, e que devem continuar desempenhando essa tarefa nas pesquisas futuras.

Simplificadamente, poderíamos classificar assim as áreas principais de investigação espírita:

Evolução do espírito: o elemento espiritual dos seres dos reinos inferiores; origem dos espíritos humanos; encarnação e reencarnação pluralidade dos mundos habitados.
O mundo espiritual.
Interação espírito-corpo: perispírito, efeitos psicossomáticos, mediunidade.
Implicações morais (uma área científica e filosófica): livre-arbítrio, lei de causa e efeito.
Note-se que não incluímos o tópico "comprovação da existência do espírito". A razão é evidente: trata-se de uma questão já resolvida, na qual não devem as investigações estacionar. Foi uma etapa preliminar, e quem não a percorreu não pode, em boa lógica, pretender-se espírita, ou estar realizando pesquisas espíritas. É de lamentar que tal fato nem sempre seja percebido ou compreendido por pessoas que militam dentro das próprias fileiras espíritas. Os espíritas, para quem a existência do espírito é uma realidade insofismável, por a havermos constatado através de observações e argumentos racionais, devemos deixar àqueles que ainda não a reconheceram a tarefa de prová-la uma vez mais, pela maneira que bem entendam. Mas não devemos empenhar nossos esforços em uma investigação redundante, e que deporia contra as nossas próprias convicções.[8]

Três outros aspectos importantes no desenvolvimento do Espiritismo foram enfatizados por Kardec.

No item VII da Introdução de O Livro dos Espíritos, Kardec afirma que "o Espiritismo não é da alçada da ciência". Evidentemente, trata-se aqui das ciências acadêmicas, ou seja, da Física, da Química e da Biologia. O argumento para tal assertiva baseia-se nas peculiaridades do objeto de estudo e métodos do Espiritismo e das referidas ciências, assunto este tratado na Seção 2, acima. Vale a pena reproduzir aqui, por sua propriedade, o arrazoado que, no texto, antecede a assertiva em questão:

As ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que se pode experimentar e manipular livremente. Os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade própria e que nos provam a cada instante não se acharem subordinadas aos nossos caprichos. As observações não podem, portanto, ser feitas da mesma forma; requerem condições especiais e outro ponto de partida. Querer submetê- las aos processos comuns de investigação é estabelecer analogias que não existem. A ciência propriamente dita, é, pois, como ciência, incompetente para se pronunciar na questão do Espiritismo: não tem que se ocupar com isso, e qualquer que seja o seu julgamento, favorável ou não, nenhum peso poderá ter.

As relações entre o Espiritismo e as ciências ordinárias são, antes, de complementaridade, como também notou Kardec. No parágrafo 16 do Capítulo I de A Gênese, lemos a seguinte frase, ao final de uma extensa argumentação: "O Espiritismo e a ciência completam-se reciprocamente".

O segundo aspecto importante a ser notado liga-se parcialmente ao precedente: Kardec observa que não apenas existe uma relativa autonomia entre o Espiritismo e as ciências ordinárias como também os cientistas das academias não estão, pelo simples fato de serem cientistas, mais capacitados do que as demais pessoas para se pronunciar nas questões relativas ao Espiritismo. O assunto é abordado, entre outros lugares, em uma das respostas ao Céptico de O que é o Espiritismo (Cap. I, Segundo diálogo, seção "Oposição da ciência"). Vejamos estes trechos significativos:

Concordai, também, que ninguém pode ser bom juiz naquilo que está fora de sua competência. Se quiserdes edificar uma casa, confiareis esse trabalho a um músico? Se estiverdes enfermo, far-vos-eis tratar por um arquiteto? Se estais a braços com um processo, ides consultar um dançarino? Finalmente, quando se trata de uma questão de teologia, alguém irá pedir a solução a um químico ou a um astrônomo? Não cada um em sua especialidade. (...)

A ciência enganou-se quando quis experimentar os Espíritos como o faz com uma pilha voltaica; foi mal sucedida, como devia ser, porque agiu pressupondo uma analogia que não existe; e depois, sem ir mais longe, concluiu pela negação, juízo temerário que o tempo se encarrega de ir emendando diariamente, como já o fez com tantos outros. (...)

As corporações científicas não devem, nem jamais deverão pronunciar-se nesta questão ela está tão fora dos limites do seu domínio como a de decretar se Deus existe ou não é, pois, um erro tomá-las aqui por juiz.

Kardec lembra aqui que cada um é competente em sua especialidade, que alguém que haja se especializado no estudo de determinada ordem de fenômenos materiais (um físico ou um biólogo, por exemplo), não adquire, por esse simples fato, competência para se pronunciar sobre uma ordem de fenômenos completamente diferentes, a menos, obviamente, que essa pessoa tenha se dedicado séria e longamente ao seu estudo. Não devemos, pois, cair no erro freqüente hoje em dia de atribuir aos cientistas das academias uma superioridade que eles de fato não possuem na avaliação das pesquisas espíritas.

Por fim, Kardec tomou um extremo cuidado em preservar, e recomendar a preservação, da coerência e integridade da ciência espírita, pela não-intromissão em sua estrutura teórico-conceitual de elementos heterogêneos, oriundos de outros programas de pesquisa. Kardec dotou o Espiritismo de um arsenal conceitual-nomológico próprio, e qualquer desenvolvimento da teoria espírita deve fazer-se recorrendo-se aos seus elementos, ou, se algum acréscimo se fizer necessário, o elemento adicionado não pode conflitar com as leis básicas bem estabelecidas do Espiritismo. Notemos que precauções semelhantes são tomadas na evolução das ciências ordinárias. No caso do Espiritismo, é admirável que ao propor o referido corpo de conceitos e leis, Kardec teve a lucidez de não admitir elementos demasiadamente vulneráveis às transformações futuras das ciências. É assim que o Espiritismo é uma teoria fenomenológica, pelo menos em seus fundamentos. Kardec não se aventurou, por exemplo, a formular modelos para o perispírito, ou explicações técnicas para os fenômenos mediúnicos em termos de conceitos e princípios vulneráveis das ciências de seu tempo. Retrospectivamente, vemos agora que isso providencialmente preservou o Espiritismo das reviravoltas profundas ocorridas nas ciências, durante as primeiras décadas de nosso século. Espelhando-nos na atitude prudente de Kardec, não devemos, por nossa vez, procurar fazer o que ele não fez, e prematuramente associar o Espiritismo às teorias científicas contemporâneas. A progressividade do Espiritismo, uma de suas características essenciais, dado que é uma ciência que se apoia em fatos, não significa a absorção irrestrita de qualquer teoria que apareça. Essa advertência foi claramente exposta no parágrafo 55 do Capítulo I de A Gênese (grifamos):

Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, [o Espiritismo] assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que seja, desde que hajam atingido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que se suicidaria.

Não poderíamos encerrar estes apontamentos sem mencionar um ponto de crucial importância, sobre o qual Kardec não se cansava de insistir: O objetivo essencial do Espiritismo é tornar melhor o homem, convencendo- o, através dos fatos e da razão, de que somente o comportamento evangélico lhe assegurará um porvir feliz. E é nessa tarefa de esclarecimento que a ciência espírita é chamada a desempenhar a sua mais importante tarefa, conforme lemos nos comentários que Kardec tece às questões 147 e 148 de O Livro dos Espíritos:

[...] A missão do Espiritismo consiste precisamente em nos esclarecer acerca desse futuro, em fazer com que, até certo ponto, o toquemos com o dedo e o penetremos com o olhar, não mais pelo raciocínio somente, porém pelos fatos. Graças às comunicações espíritas, não se trata mais de uma simples suposição, de uma probabilidade sobre a qual cada um conjeture à vontade, que os poetas embelezem com suas ficções, ou cumulem de enganadoras imagens alegóricas. É a realidade que nos aparece, pois que são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm descrever a situação em que se acham, relatar o que fazem, facultando-nos assistir, por assim dizer, a todas as peripécias da nova vida que lá vivem e mostrando-nos, por esse meio a sorte inevitável que nos está reservada, de acordo como os nossos méritos e deméritos. Haverá nisso alguma coisa de anti-religioso? Muito ao contrário, porquanto os incrédulos encontram aí a fé e os tíbios a renovação do fervor e da confiança. O Espiritismo é, pois, o mais potente auxiliar da religião. Se ele aí está, é porque Deus o permite, e o permite para que as nossas vacilantes esperanças se revigorem e para que sejamos reconduzidos à senda do bem pela perspectiva do futuro
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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videomaker
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por videomaker »

Ciência e Espiritismo
Sérgio Biagi Gregório

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito: 2.1. Sentidos da Palavra Ciência; 2.2. Características da Ciência; 2.3. Algumas Definições. 3. Histórico. 4. Relação entre Ciência e Religião. 5. Ciência Espírita: 5.1. Ciência Natural e Ciência Espírita; 5.2. Experimentadores Espíritas. 6. Cultivo da Ciência Espírita. 7. Conclusão. 8. bibliografia Consultada

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é mostrar que a teoria espírita não parte de idéias preconcebidas e imaginárias; é fruto de um árduo trabalho de pesquisa das inter-relações entre matéria e Espírito. Para tanto, procede da mesma forma que a ciência natural. Para que possamos desenvolver as nossas idéias, preparamos um pequeno roteiro: conceito, histórico, relação entre ciência e religião, ciência espírita e cultivo da ciência espírita.

2. CONCEITO

2.1. SENTIDOS DA PALAVRA CIÊNCIA

A palavra ciência é usada com diversas significações. Em sentido amplo, ciência significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciência disto ou daquilo; em sentido restrito, ciência não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que não só apreende ou registra fatos, mas os demonstra pelas suas causas determinantes ou constitutivas. (Ruiz, 1979, p. 123)

2.2. CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA

Cumpre observar que as definições de ciência são numerosas. Seria mais coerente enumerar algumas de suas características, ou seja:

2.2.1. Conhecimento pelas causas

Ao contrário do conhecimento vulgar, o conhecimento científico implica em conhecer pelas causas. Se o cientista observa a chuva, ele quer saber porque chove, dispensando a influência dos deuses. Age da mesma forma com relação a um fato político. Com respeito ao aparecimento de Napoleão Bonaparte no quadro político internacional, o cientista não dirá simplesmente que Napoleão fora um gênio militar, mas procurará as causas políticas e econômicas que o fizeram emergir no cenário mundial.

2.2.2. Profundidade e generalidade de suas condições

O conhecimento pelas causas é o modo mais íntimo e profundo de se atingir o real. A ciência não se contenta em registrar fatos, quer também verificar a sua regularidade, a sua coerência lógica, a sua previsão etc. A ciência generaliza porque atinge a constituição íntima e a causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie. A validade universal dos enunciados científicos confere à ciência a prerrogativa de fazer prognósticos seguros.

2.2.3. Objeto formal

A finalidade da ciência é manifestar a evidência dos fatos e não das idéias. Procede por via experimental, indutiva, objetiva; suas demonstrações consistem na apresentação das causas físicas determinantes ou constitutivas das realidades experimentalmente controladas. Não se submete a argumentos de autoridade, mas tão-somente à evidência dos fatos.

2.2.4. Controle dos fatos

Ao utilizar a observação, a experiência e os testes estatísticos tenta dar um caráter de exatidão aos fatos. Embora os enunciados científicos possam ser passíveis de revisões pela sua natureza “tentativa”, no seu estado atual de desenvolvimento, a ciência fixa degraus sólidos na subida para o integral conhecimento da realidade. (Ruiz, 1979, p. 124 a 126)

2.3. ALGUMAS DEFINIÇÕES

Conhecimento certo do real pelas suas causas.

Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais metodicamente

demonstradas e relacionadas com objeto determinado.

Atividade que se propõe demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicações práticas.

Estudo de problemas solúveis, mediante método científico.

Conjunto de conhecimentos organizados relativos a uma determinada matéria, comprovados empiricamente. (Ruiz, 1979, p. 126)

3. HISTÓRICO

Garcia Morente, em Fundamentos de Filosofia, ao analisar o conceito de filosofia através dos tempos, conduz-nos à origem da ciência. Diz-nos ele que todo o conhecimento desde a Antigüidade clássica até a Idade Média era entendido como sendo filosófico. Somente a partir do século XVII, o campo imenso da filosofia começa a partir-se. Começam a sair do seio da filosofia as ciências particulares, não somente porque essas ciências vão se constituindo com seu objeto próprio, seus métodos próprios e seus progressos próprios, como também porque pouco a pouco os cultivadores vão igualmente se especializando. (1970, p. 28)

Devemos deixar claro que as ciências, por essa mesma razão se completam e uma necessita da outra. Observe que a Astronomia, a primeira das ciências, só atingiu a maioridade, depois que a Física veio revelar a lei de forças dos agentes naturais.

O Espiritismo entra nesse processo histórico dentro de uma característica sui generis, ou seja, enquanto a ciência propicia a revolução material, o Espiritismo deve propiciar a revolução moral. É que Espiritismo e Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo. (Kardec, 1975, p. 21)

4. RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E RELIGIÃO

A estrutura do pensamento na Idade Média estava condicionada à Escolástica, movimento filosófico religioso, que submetia a razão à fé. Havia tamanha ingerência da Igreja nas questões sociais, políticas e econômicas, que por qualquer desvio da ordem preestabelecida, muitos acabavam pagando com a própria vida por tal heresia. Acontece que as coisas se modificam e a verdade acaba por vencer os erros da ignorância.

Galileu, em 1609, constrói o telescópio e, com isso, muda radicalmente a visão do homem quanto ao Universo e à própria vida. Porém, o Santo Ofício contrapunha: o telescópio poderia, com efeito, revelar coisas inacessíveis à vista desarmada. Mas revelava-as, no dizer dos críticos, por mediação do demônio: era uma forma de magia e, por isso, fundamentalmente uma ilusão. Copérnico, Kepler e Galileu estavam a transformar o mundo visível num jogo de sombras. O Sol não se movia, a Terra sim, o céu tinha fantasmas escondidos. (Bronowski, 1988, p. 138)

Dizia Galileu acerca do uso de citações bíblicas nos assuntos da Ciência: “Parece-me que na discussão de problemas naturais, não devemos começar pela autoridade de passagens da Escritura, mas por experiências sensíveis e demonstrações necessárias. Pois, quer a Sagrada Escritura, quer a natureza, procedem ambas da Palavra Divina. (Bronowski, 1988, p. 140)

A consciência religiosa impregna-se de tal maneira em nosso psiquismo que não somos capazes de mudá-la a contento. Observe a perseguição que Calvino imputou a Serveto, médico e cientista que vivia em França, e que escreveu um livro atacando a doutrina ortodoxa da Trindade. A fúria de Calvino foi a ponto de, sendo ele mesmo herético da Igreja Católica, ter secretamente acusado Serveto de heresia junto da Inquisição católica da França. Embora o seu livro não tivesse sido escrito nem publicado em Genebra, Calvino prendeu Serveto e queimou-o na Fogueira. (Bronowski, 1988, p. 110)

Essa divergência entre ciência e religião continua ainda nos dias que correm. Contudo, de acordo com Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a Ciência e a Religião não puderam se entender até hoje, porque, cada uma examinando as coisas sob seu ponto de vista exclusivo, se repeliam mutuamente. Seria preciso alguma coisa para preencher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse; esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis como as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Essas relações, uma vez constatadas pela experiência, uma luz nova se fez: a fé se dirigiu à razão e a razão não tendo encontrado nada de ilógico na fé, o materialismo foi vencido. (1984, p. 37)

5. CIÊNCIA ESPÍRITA

5.1. CIÊNCIA NATURAL E CIÊNCIA ESPÍRITA

As Ciências Naturais, com o passar do tempo, deixaram de ser dogmáticas para serem teóricas experimentais. Elas tornam-se positivas, ou seja, baseiam-se em fatos. Uma determinada teoria só existirá como lei se comprovada pelos fatos. O Espiritismo não foge a essa regra e age da mesma sorte. Assim:

Ciência Natural: o conhecimento é fundamentado na observação e experiência. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na percepção sensorial. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQÜÊNCIAS. As conseqüências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiência — pela percepção sensorial.

Ciência Espírita: o conhecimento é fundamentado na observação e experiência mediúnicas. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na mediunidade. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQÜÊNCIAS. As conseqüências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiência mediúnicas — pela mediunidade.

O procedimento é idêntico. A diferença consiste na natureza das percepções consideradas. Desde que fique certificado que as percepções sensoriais e as percepções mediúnicas têm a mesma validade, o conhecimento é igualmente válido. (Curti, 1981, p. 17)

5.2. EXPERIMENTADORES ESPÍRITAS

W. Crookes falecido em 1910 inicia a era científica do Espiritismo com as suas célebres experiências realizadas de 1870 a 1874, com os médiuns Dunglas Home, Kate Fox e Florence Cook, tendo obtido a materialização completa, integral, de um Espírito falecido numa recuada época, katie King, que Crookes estudou durante três anos consecutivos, em colaboração com outros sábios ingleses, fato que teve uma repercussão mundial. Empregou método rigorosamente científico, inventando e adaptando variados aparelhos registradores. (Freire, 1955, p. 95)

Gabriel Dellane em O Fenômeno Espírita relata a criação de vários aparelhos medidores da força psíquica. A experiência de Robert Hare é sugestiva: “A longa extremidade de uma prancha foi presa a uma balança espiral, com um indicador fixo para marcar o peso. A mão do médium foi colocada sobre a outra extremidade da prancha, de modo que, qualquer pressão que houvesse, não pudesse ser exercida para baixo; mas, pelo contrário, produzisse efeito oposto, isto é, suspendesse a outra extremidade. Com grande surpresa sua, esta extremidade desceu, aumentando assim o peso de algumas libras na balança”. (1990, p. 66)

Não são poucos os nomes ligados à experimentação espírita. Cabe destacar que a maioria deles foram ao fenômeno para desmascarar os médiuns, chamados de embusteiros. Como eram cientistas e valiam-se dos fatos, acabaram sendo convencidos pela verdade mediúnica.

Os ingleses, por exemplo, tem um aparelho, baseado nos eletroencefalogramas, destinado a medir as vibrações dos neurônios cerebrais quando um indivíduo está em transe, e verificar se se trata de fenômenos anímicos ou da inteligência de uma outra mente.

6. CULTIVO DA CIÊNCIA ESPÍRITA

A conquista dos segredos da natureza exige pesquisa paciente e metódica. Ninguém pretenda alcançar o conhecimento das leis naturais, agindo atabalhoadamente, sem um roteiro, sem um sistema racional, sem um método.



O método não significa exclusivamente ordem. Faz, também, parte integrante dele a honestidade, o amor à verdade, o equilíbrio emocional, a ausência de prejuízos doutrinários e muitas outras atitudes positivas devem aureolar o verdadeiro investigador.



Lembremo-nos de que o maior inimigo do pesquisador espírita é, sem dúvida, o seu emocional, carregado muitas vezes do pensamento mágico.



Toda experiência carece ser cuidadosamente planejada e seus resultados submetidos a rigorosa análise. Ao legítimo pesquisador não interessa seja confirmada este ou aquele ponto vista, e sim revelado qual o que está certo. Para ele só há um objetivo: a verdade.



Toda experimentação precisa ser repetida um grande número de vezes, e seus resultados convém anotados cuidadosamente para posterior tratamento estatístico.



O Pesquisador científico do Espiritismo deve ter conhecimento das Ciências Naturais e da matemática. (Andrade, 1960, cap. II)



Não se aprende a ciência espírita sem tempo para reflexão. Por isso, nada de precipitação. O correto é aplicar-se de maneira exaustiva, excluir toda a influência material, e observar criteriosamente os fenômenos, tanto os bons quanto os maus.

7. CONCLUSÃO

A ciência aumentou sobremaneira a capacidade de instrumentalização do homem. Desenvolvendo tecnologias avançadas, liberou a mão de obra para atuar na área de serviços e pesquisas científicas. À medida que a ciência avança, o indivíduo fica com mais tempo livre. Os princípios espíritas auxiliam não só a dar uma direção ao tempo livre do homem como também na criação e na utilização da nova tecnologia. Sem uma clara distinção entre o bem e o mal, podemos enveredar todo o nosso progresso científico para a destruição do nosso planeta.

O Espiritismo surgiu no momento oportuno, quando as ciências já tinham desenvolvido o método teórico-experimental, facilitando a sua aceitação com mais naturalidade. Sabe-se que cada um deve progredir por si mesmo, descobrindo as suas próprias verdades. Porém, a presença de um professor diminui o tempo que levaríamos, caso quiséssemos descobrir tudo por nós mesmos. O Espiritismo é esse professor que nos estimula o pensamento na busca da verdade e na prática da caridade como meio de salvação de nossas almas.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Botanico
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Botanico »

francioalmeida escreveu: O Espiritismo não quebra a regra. Espíritas teorizam e tentam passar um ar científico e em suas alucinações.

Quem não conhece a frase: " Espiritismo ciência, filosofia e religião"?

Como eu disse abaixo: teorizações espirituais não são endossadas cientificamente; já os fenômenos mediúnicos são outra história.


Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.


francioalmeida escreveu:Sim, por isso existe mecanismo para evitar isso.

O que não significa, por si só, que o tal mecanismo funcione.


Botanico escreveu: Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição.


francioalmeida escreveu:Não mesmo. Você simplesmente vai enfrentar rigorosamente toda a avalição científica, isso é um mecanismo pra descobrir charlatões.

Por uma questão de posicionamento dogmático, os cientistas que NUNCA FIZERAM EXPERIMENTO MEDIÚNICO ALGUM, acha que os que fizeram seriam tapados demais para perceber que estavam lidando com charlatões. Uma pena que, mesmo quando os médiuns estavam disponíveis, esses grandes mestres da Ciência não mexeram seus ossos para expor os charlatões e com isso mostrar a falência e a incompetência dos cientistas experimentadores...

Botanico escreveu:E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.


francioalmeida escreveu:Não dápra refutar dragões, independente se há panelinhas ou não no meio científico.

Aqui não se trata de refutar dragões e sim de mostrar que os métodos científicos adotados pelos experimentadores eram falhos e que os acusadores teóricos podiam fazer experimentos melhores e assim mostrar que estavam certos. Crookes chegou a convidar seus colegas para ir ver a coisa, mas ELES SE RECUSARAM. Robert Hare escreveu um memorial de suas experiências e apresentou-o aos sábios de Harvard, que simplesmente o jogaram no lixo e lamentaram a adesão de Hare àquele gigantesco embuste... Mas expor o embuste e prestar com isso um relevante serviço à Humanidade... os sábios de Harvard não eram pagos para isso. Uma pena.


Botanico escreveu:
Cientistas como Robert Hare, Charles Richet, William Crookes, Cronwell Varley, etc, que meteram a mão na massa, fazendo experimentos e se atrevendo a dizer que viram sim coisas estranhas, são considerados burros, idiotas, imbecis, canalhas e daí para baixo pela comunidade cética.



francioalmeida escreveu:Não são os únicos idiotas existe mais, fazem isso em nome da fé. Lamentável!

Em nome de qual fé? Hare entrou nessa justamente para expor toda essa fraudulência... mas não achou as fraudes que pensava e sim outras coisas que nada tinham a ver com fraude. Richet fazia questão de desmentir a influência espiritual no meio dos fenômenos paranormais. William Crookes, enquanto fazia as investigações, tinha sérias dúvidas quanto a influências espirituais. Só uns poucos cientistas se declararam espíritas e ainda assim só se tornaram espíritas depois de ANOS de estudo da coisa e não porque já haviam mergulhado de cabeça credulamente na coisa. Portanto pode ir inventando outro argumento.

Botanico escreveu:
Já outros, como Ramsay, Lord Kelvin, Carpenter, Babinet, Foulcault, Faraday, QUE OU NÃO FIZERAM EXPERIMENTO ALGUM OU FIZERAM UNS POUCOS MUITO PRECÁRIOS, mas proclamaram a inexistência da coisa, são aclamados como gênios e verdadeiros sábios, que fizeram neste campo o que a ciência deveria fazer sempre (ou seja, exatamente NADA além de teorizar....)


francioalmeida escreveu:Não se costuma procurar dragões, alguns por conciência e ética científica o fazem, mais infelizmente ainda não dar pra se ter o mínimo interesse ao apelo religioso. E olha que tentam, mas por hora só dar pra deixar em "banho maria".

Se Hare entrou nessa justamente para liquidar com todo esse embuste (e foi aclamado pela imprensa de sua época por isso), por que virou um idiota e imbecil quando veio a público dizer que realmente tinha visto coisas estranhas? Ao longo da história do Espiritismo é o que tenho visto: Se um cientista diz que os fenômenos observados em tal ou qual médium são pura fraude, Ah! Ele é um gênio! Um sábio! _ Se o MESMO cientista vem dizer que os fenômenos observados com este outro médium são verdadeiros; agora ele virou um burro, um idiota, um canalha. Idem para os mágicos. Se um diz que tal médium é farsante; o mágico é um sábio. _ Se diz que outro médium é autêntico; agora viu um malandro, um canalha, um babaca.
Com tal critério, é muito para a minha cabeça que a comunidade cética peça para ser levada a sério.


Botanico escreveu:Se houver algum cientista neste fórum, então que me diga qual a posição mais sábia que devo adotar: devo confiar em que experimentou, verificou, pesou, mediu e teve a coragem de ir contra a vontade da maioria ou devo confiar naqueles que NUNCA experimentaram coisa alguma, mas se pronunciam com base nos dogmas já consagrados pela fé científica?


francioalmeida escreveu:Não confie em ninguem. Pesquise, experimente, evidencie e não seja cego.

O ápice do meio científico é a inovação de idéias, idéias inquebráveis como verdades absoluta pertencem a livros sagrados.

A física clássica era tida como absoluta, até einstein observar e com o peso e demonstração de seus argumentos aniquilar o absolutismo newtoniano.

E a todo dia teoria da relatividade é colocada em cheque e sobrevive, e isso não é pecado :emoticon16:

Pesquisar é o que faço como cientista. Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética. Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.


Botanico escreveu:
Vendo esse comportamento da comunidade científica sobre o assunto, eu só posso pensar em relação ao clérigo e ao cientista o que Guilherme Arantes disse lá na sua música:

_ Bandido! Mocinho! É tudo... farinha do mesmo saco![/color]



francioalmeida escreveu:Se você quiser misturar as farinhas, sempre estarão no mesmo saco.

Farinhas não tem pernas!

Você entendeu.

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betossantana
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Re.: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por betossantana »

Pronto, vocês conseguiram despertar os textos gigantes colados do Videomaker e as elocubrações indestrutíveis do Botanico, SATISFEITOS?
É um problema espiritual, chupe pau!

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francioalmeida
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por francioalmeida »

Excluí alguns diálogos seus para melhorar a postagem, caso não entenda pode olhar no post acima. :emoticon1:

Botanico escreveu:Como eu disse abaixo: teorizações espirituais não são endossadas cientificamente; já os fenômenos mediúnicos são outra história.


O misto de paranoia e supostas bases científicas são usadas por todas religiões para passar um ar de veracidade aos seus credos.


Botanico escreveu:
O que não significa, por si só, que o tal mecanismo funcione.


Demonstrou-se muito eficaz.

Religiões preferem não usar o mecanismo.


Botanico escreveu:
Por uma questão de posicionamento dogmático, os cientistas que NUNCA FIZERAM EXPERIMENTO MEDIÚNICO ALGUM, acha que os que fizeram seriam tapados demais para perceber que estavam lidando com charlatões. Uma pena que, mesmo quando os médiuns estavam disponíveis, esses grandes mestres da Ciência não mexeram seus ossos para expor os charlatões e com isso mostrar a falência e a incompetência dos cientistas experimentadores...


O que não torna alegações mediúnicas verdadeiras.

Não me submeteria avaliação de algo que não apresenta nada inédito. Perda de tempo!

Botanico escreveu:Aqui não se trata de refutar dragões e sim de mostrar que os métodos científicos adotados pelos experimentadores eram falhos e que os acusadores teóricos podiam fazer experimentos melhores e assim mostrar que estavam certos. Crookes chegou a convidar seus colegas para ir ver a coisa, mas ELES SE RECUSARAM. Robert Hare escreveu um memorial de suas experiências e apresentou-o aos sábios de Harvard, que simplesmente o jogaram no lixo e lamentaram a adesão de Hare àquele gigantesco embuste... Mas expor o embuste e prestar com isso um relevante serviço à Humanidade... os sábios de Harvard não eram pagos para isso. Uma pena.


Provavelmente nada de novo e inédito foi demostrado por Robert Hare.

Infelizmente somos seletivos, não dar pra ficar testando dragões verdes, vermelhos, rosas, azuis etc. Até completar todas as cores e confirmar que dragões não existem.




Botanico escreveu:



Em nome de qual fé? Hare entrou nessa justamente para expor toda essa fraudulência... mas não achou as fraudes que pensava e sim outras coisas que nada tinham a ver com fraude. Richet fazia questão de desmentir a influência espiritual no meio dos fenômenos paranormais. William Crookes, enquanto fazia as investigações, tinha sérias dúvidas quanto a influências espirituais. Só uns poucos cientistas se declararam espíritas e ainda assim só se tornaram espíritas depois de ANOS de estudo da coisa e não porque já haviam mergulhado de cabeça credulamente na coisa. Portanto pode ir inventando outro argumento.


Não conheço o trabalho desses cientistas com a mediunidade, mas o fato de se declarar cético ao assunto não traz garantia de sucesso ao trabalho e nem o imuniza contra erros.

Botanico escreveu:Se Hare entrou nessa justamente para liquidar com todo esse embuste (e foi aclamado pela imprensa de sua época por isso), por que virou um idiota e imbecil quando veio a público dizer que realmente tinha visto coisas estranhas?



Entende porque o seu trabalho é imbecil?

"Coisa estranhas"



Botanico escreveu: Ao longo da história do Espiritismo é o que tenho visto: Se um cientista diz que os fenômenos observados em tal ou qual médium são pura fraude, Ah! Ele é um gênio! Um sábio! _ Se o MESMO cientista vem dizer que os fenômenos observados com este outro médium são verdadeiros; agora ele virou um burro, um idiota, um canalha. Idem para os mágicos. Se um diz que tal médium é farsante; o mágico é um sábio. _ Se diz que outro médium é autêntico; agora viu um malandro, um canalha, um babaca.
Com tal critério, é muito para a minha cabeça que a comunidade cética peça para ser levada a sério.[/color]


Desabafe sua revolta. Faz bem!

Agora volte a realidade. Você pode decidir o que é e o que não é fraude ou desonestidade, decida e mostre os erros, não se preocupe com o que os "outros" acham e politicagem existe em qualquer meio, não adianta criticar.



Botanico escreveu:
Pesquisar é o que faço como cientista. Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética. Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.


Opiniões pessoais não podem interferir na ciência. Os céticos ou os religiosos podem ser indignos de confiança. porém você como um homem da ciência deve saber o que é confiável e o que não é, independente do grupo que indivíduo pertence.

Botanico escreveu:Você entendeu.


Entendi sim. :emoticon1:

Apocaliptica

Re.: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Apocaliptica »

Ah nego-me a ler...

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

Entrem no link abaixo, OLHEM E LEIAM TUDO . " O Trabalho dos Mortos" - Livro do João


Ah sim as fotos são uma coisa impressionante!
http://clotildes.tripod.com/o_trabalho_dos_mortos.html
Editado pela última vez por Apocaliptica em 13 Abr 2007, 01:08, em um total de 1 vez.

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francioalmeida
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Re: Re.: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por francioalmeida »

Apocaliptica escreveu:Ah nego-me a ler...


O video poderia fazer um resumo! :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: e um link da origem do resumo.

Apocaliptica

Re: Re.: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Apocaliptica »

francioalmeida escreveu:
Apocaliptica escreveu:Ah nego-me a ler...


O video poderia fazer um resumo! :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: e um link da origem do resumo.


Mesmo assim...continuo me negando. :emoticon12:

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Botanico
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Botanico »

francioalmeida escreveu:Excluí alguns diálogos seus para melhorar a postagem, caso não entenda pode olhar no post acima. :emoticon1:


Botanico escreveu:Como eu disse abaixo: teorizações espirituais não são endossadas cientificamente; já os fenômenos mediúnicos são outra história.


francioalmeida escreveu:O misto de paranoia e supostas bases científicas são usadas por todas religiões para passar um ar de veracidade aos seus credos.

Só que semelhantes coisas eu não vi nas pesquisas mediúnicas feitas por cientistas. Eles fizeram EXPERIMENTAÇÕES e contra o fato que testemunharam, não puderam achar argumentos para refutá-los. Tentaram de tudo para impedir que os médiuns fraudassem e, embora não pudessem explicar como, os fenômenos aconteciam.

Os paranóicos ficavam do outro lado: os negativistas que nunca viram nada, nem experimentaram nada e apostavam que seus colegas que meteram a mão na massa seriam tão burros, cegos e incompetentes que se deixariam enganar numa boa.


Botanico escreveu:O que não significa, por si só, que o tal mecanismo funcione.


francioalmeida escreveu:Demonstrou-se muito eficaz.

Religiões preferem não usar o mecanismo.

Por que essa eficácia não fez os céticos refutarem os experimentos mediúnicos de forma convincente? Até agora nunca vi cético algum demonstrar os erros experimentais de Crookes e outros cientistas. O que fazem apenas é jogar com dados subjetivos cuja verificação é impossível e nenhum elemento de prova se encontra. Então lá se diz que o Crookes era muito míope (mas essa miopia não o impediu de fazer brilhantes trabalhos científicos, nem antes, nem depois das pesquisas mediúnicas) e além disso outros também estavam envolvidos nas pesquisas (seriam todos muito míopes também?) e naquele tempo já havia óculos... Este é o nível das argumentações céticas que tenho visto. Por que devo levá-las a sério e achar que os mecanismos anti-dogmáticos estão funcionando neste caso?

Botanico escreveu:
Por uma questão de posicionamento dogmático, os cientistas que NUNCA FIZERAM EXPERIMENTO MEDIÚNICO ALGUM, acha que os que fizeram seriam tapados demais para perceber que estavam lidando com charlatões. Uma pena que, mesmo quando os médiuns estavam disponíveis, esses grandes mestres da Ciência não mexeram seus ossos para expor os charlatões e com isso mostrar a falência e a incompetência dos cientistas experimentadores...


francioalmeida escreveu:O que não torna alegações mediúnicas verdadeiras.

Não me submeteria avaliação de algo que não apresenta nada inédito. Perda de tempo!

Nada de inédito? Pois bem, Faraday já tinha feito uns experimentos precários que usou para desqualificar o fenômeno das mesas girantes. Usando um tampo de madeira sobre uma pilha de papelões, e este conjunto se apoiava sobre uma mesa comum. O tampo se movia depois de algum tempo, mas a mesa ficava imóvel. Ele acreditou ter demonstrado assim que os movimentos das mesas girantes eram devidos à força muscular das pessoas que ficavam com seus dedos sobre o tampo destas. Com a pressão e o tempo, os dedos ficavam entorpecidos e assim as pessoas faziam os movimentos SEM PERCEBER. Ray Hyman, recentemente, acrescentou a esse BRILHANTE EXPERIMENTO a sua teoria de ação IDEOMOTORA e assim ficou tudo explicado como a coisa funcionava. Certo?

Quando foi fazer suas investigações, Hare também tinha ouvido falar deste experimento de Faraday e o achou perfeito. Repetiu o dito experimento, de forma mais aperfeiçoada: colocou sobre uma mesa uma chapa de zinco e esta ficava sobre esferas de cobre, o que tornava o movimento bem mais fácil e perceptível. Deveria ocorrer o mesmo que Faraday viu: movia-se a chapa de zinco, mas a mesa permaneceria imóvel. Só que deu zebra: a chapa ficou imóvel e a MESA ERA O QUE SE MOVIA. Em condições normais isso seria tecnicamente impossível. Mas Hare testemunhou isso.

Fez também outro experimento: o médium movia um disco sem indicações nenhumas e esse movimento era transmitido a outro disco, com letras fora de ordem alfabética e fora do alcance visual do médium, e dali saíam frases inteligíveis, que não se esperaria que uma pessoa normal pudesse fazer.

Você acha então que essas coisas NÃO SÃO NOVIDADES e que os sábios de Harvard fizeram muito bem em não dar a mínima? Acha que foi correta a postura desses sábios em ficar olhando para o próprio umbigo, enquanto pessoas de bem eram enganadas por esses espertalhões e se recusaram a dar uma ajuda ao ÚNICO sábio de então se mostrou insuficiente para desmascarar a fraude?

Só mesmo vocês céticos para achar que esses caras eram bons cientistas...


Botanico escreveu:Aqui não se trata de refutar dragões e sim de mostrar que os métodos científicos adotados pelos experimentadores eram falhos e que os acusadores teóricos podiam fazer experimentos melhores e assim mostrar que estavam certos. Crookes chegou a convidar seus colegas para ir ver a coisa, mas ELES SE RECUSARAM. Robert Hare escreveu um memorial de suas experiências e apresentou-o aos sábios de Harvard, que simplesmente o jogaram no lixo e lamentaram a adesão de Hare àquele gigantesco embuste... Mas expor o embuste e prestar com isso um relevante serviço à Humanidade... os sábios de Harvard não eram pagos para isso. Uma pena.


francioalmeida escreveu:Provavelmente nada de novo e inédito foi demostrado por Robert Hare.

Infelizmente somos seletivos, não dar pra ficar testando dragões verdes, vermelhos, rosas, azuis etc. Até completar todas as cores e confirmar que dragões não existem.

Já dei uns exemplos do que Hare viu e estou no aguardo de você me demonstrar que nada disso era novidade no meio científico. E sem querer ser chato: um padre ou um pastor dizer que viu o Cristo em pessoa descer na sua igreja e falar belas palavras é algo que eu compreendo que não queira a comunidade científica ir investigar. Agora cientistas do calibre de Crookes, Richet, e outros que tinha alto conceito na comunidade científica afirmarem que fizeram EXPERIMENTOS e obtiveram resultados, já seria algo de fazer com que seus colegas pensassem um pouco. E se os médiuns estavam ali, disponíveis, então já seria o caso de eles repetirem os experimentos e tirarem suas próprias conclusões. Agora tirar conclusões com base apenas em especulações já me parece leviandade.

Por isso não considero os argumentos deles.


Botanico escreveu:Em nome de qual fé? Hare entrou nessa justamente para expor toda essa fraudulência... mas não achou as fraudes que pensava e sim outras coisas que nada tinham a ver com fraude. Richet fazia questão de desmentir a influência espiritual no meio dos fenômenos paranormais. William Crookes, enquanto fazia as investigações, tinha sérias dúvidas quanto a influências espirituais. Só uns poucos cientistas se declararam espíritas e ainda assim só se tornaram espíritas depois de ANOS de estudo da coisa e não porque já haviam mergulhado de cabeça credulamente na coisa. Portanto pode ir inventando outro argumento.


francioalmeida escreveu:Não conheço o trabalho desses cientistas com a mediunidade, mas o fato de se declarar cético ao assunto não traz garantia de sucesso ao trabalho e nem o imuniza contra erros.

Se você não conhece os trabalhos mediúnicos deles, como sabe então que estão errados e que suas conclusões se basearam num falso ceticismo?

Botanico escreveu:Se Hare entrou nessa justamente para liquidar com todo esse embuste (e foi aclamado pela imprensa de sua época por isso), por que virou um idiota e imbecil quando veio a público dizer que realmente tinha visto coisas estranhas?


francioalmeida escreveu:Entende porque o seu trabalho é imbecil?

"Coisa estranhas"

Bem, já dei um exemplo das coisas estranhas. É o suficiente para você concluir que o trabalho era imbecil? E para os mais de 200 outros cientistas que fizeram pesquisas mediúnicas, seriam também o mesmo caso?

Botanico escreveu: Ao longo da história do Espiritismo é o que tenho visto: Se um cientista diz que os fenômenos observados em tal ou qual médium são pura fraude, Ah! Ele é um gênio! Um sábio! _ Se o MESMO cientista vem dizer que os fenômenos observados com este outro médium são verdadeiros; agora ele virou um burro, um idiota, um canalha. Idem para os mágicos. Se um diz que tal médium é farsante; o mágico é um sábio. _ Se diz que outro médium é autêntico; agora viu um malandro, um canalha, um babaca.
Com tal critério, é muito para a minha cabeça que a comunidade cética peça para ser levada a sério.[/color]


francioalmeida escreveu:Desabafe sua revolta. Faz bem!

Agora volte a realidade. Você pode decidir o que é e o que não é fraude ou desonestidade, decida e mostre os erros, não se preocupe com o que os "outros" acham e politicagem existe em qualquer meio, não adianta criticar.

Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez. Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.

O que faço é ler os trabalhos científicos passados e, ao fazer os meus experimentos, buscando novidades, verifico se o que disseram antes se confirma com dados paralelos que obtenho. Assim é feita a Ciência. Então se leio o relatório de Crookes sobre experimentos que fez com tal e qual médium, o que me interessa é saber onde a coisa foi feita, que precauções foram tomadas para impedir fraudes, que outros estavam presentes, que resultados foram obtidos, etc e tal.

O que eu esperaria dos céticos se fossem gente séria? Que analisassem esse relatório e mostrassem que tais e quais pontos estão falhos ou mal explicados e que dariam uma margem de erro que invalidaria o experimento. Só que isso eu não vi até hoje. O que vi foi uma jogada exatamente ao estilo de padres e pastores que tenho lido quando se metem a criticar o Espiritismo.

Como exemplo, eu cito o Massimo Polidoro. No experimento que Crookes fez com Eva Fay, ele fala de "dois convidados que eram mais céticos que o anfitrião (Crookes) e que então fizeram um teste para mostrar que colocando-se um lenço úmido entre as manivelas do galvanômetro, isso fechava o circuito e permitiria à médium se libertar e fazer o que bem entendesse. Então eles sugeriram que as manivelas fossem colocadas mais distantes, além do comprimento de um lenço (mas nem imaginaram que a médium poderia vir com um pedaço de pano maior...)". Quando li este argumento, fiquei imaginando que de fato Crookes e seus colegas tinha cometido um erro experimental.

Então li o relatório de Crookes e ficou bem claro que ao fazerem o teste com o lenço úmido ficou demonstrada a impossibilidade de fraude por esse recurso. Antes de mais nada, todas as tentativas de se colocar o lenço ficavam denunciadas pela oscilação da escala e além disso, era preciso que a resistência elétrica fosse a mesma do corpo humano e os colegas de Crookes só conseguiram isso depois de VÁRIAS tentativas e ainda assim com Crookes dizendo a eles o valor da medida. Quer dizer: era impossível que, na bamba, a médium viesse com um pano úmido e colocasse nas manivelas do galvanômetro sem que isso fosse percebido e que, milagrosamente, reproduzisse o mesmo valor da resistência de um corpo humano.

Só que o bambambam cético do Massimo Polidoro não nos conta esses detalhes. Ao contrário, quer fazer parecer que o truque era simples e facílimo de ser feito. E que Crookes e seus colegas "mais céticos", apesar de pensarem no truque, não tiveram a competência e capacidade de evitar que ele fosse feito se a médium quisesse.

Entende por que não levo a comunidade cética a sério?



Botanico escreveu:Pesquisar é o que faço como cientista. Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética. Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.


francioalmeida escreveu:Opiniões pessoais não podem interferir na ciência. Os céticos ou os religiosos podem ser indignos de confiança. porém você como um homem da ciência deve saber o que é confiável e o que não é, independente do grupo que indivíduo pertence.

Exato, meu caro. Posso dizer o mesmo de você? Acho que não, pois me parece um maria-vai-com-as-outras quando fala desse assunto sem ter lido nada a respeito.

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Postei em outro tópico, mas já que o assunto está em discussão específica aqui, reproduzo:

Acauan, no fórum da STR, escreveu:Olá Artur,

Gostaria de poder dizer-lhe que a priori não há porque presumir que eu não concordaria com o texto, mas após lê-lo devo dar-lhe razão. De fato não posso concordar com ele, pelos motivos que seguem.


Valente escreveu:
O Espiritismo é definido por Kardec como “a ciência que estuda a origem, a natureza e a destinação dos Espíritos, bem como sua relação com o mundo corpóreo. É ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma filosofia de conseqüências morais”.


Este parágrafo inicial já contém duas contradições.

A primeira é que ciência só estuda origem, natureza e destinação de entes e eventos cuja existência não está em discussão. Pode-se discutir até se a Lei da Gravitação é correta, mas não há dúvida quanto ao fato de que os corpos caem.
Antes de o Espiritismo autodenominar-se uma ciência que estuda os Espíritos, teria que provar cientificamente que existem Espíritos, coisa que até hoje não fez.
Mesmo que todos os seus alegados fenômenos fossem comprovados experimentalmente (o que não ocorreu), teríamos a prova de que determinadas pessoas, sob determinadas condições podem demonstrar determinadas habilidades – como revelar particularidades de uma pessoa falecida - e não a prova de que Espíritos existem e se comunicam conosco.
Poderia-se argumentar que a ciência estuda origem, natureza e destinação dos elétrons sem saber se eles realmente existem ou não, já que a teoria sequer pode afirmar com certeza se o elétron é uma partícula, uma onda ou uma mescla dos dois.
Só que a ciência não estuda os elétrons. Estuda os fenômenos que seriam explicados pela existência dos elétrons. Mesmo que amanhã se descubra que Rutheford e Bohr estavam errados, a física continuará estudando a estrutura da matéria e buscando novas explicações para os fenômenos que lhe são associados.

Por outro lado, uma prova definitiva de que Espíritos não existem seria o fim do Espiritismo. Esta é a diferença essencial entre Espiritismo e ciência, entre doutrina e ciência, entre doutrina e filosofia. Verdadeira ciência e verdadeira filosofia não desmoronam como um castelo de cartas quando um de seus princípios fundamentais é contestado.

A física cruzou a fronteira do universo Newtoniano para o universo Einsteiniano sem nenhum trauma. Tal passagem incólume seria impossível para a Doutrina Espírita.

A segunda contradição diz respeito à definição do Espiritismo como uma filosofia de conseqüências morais.

Uma regra básica é que toda filosofia pede um filósofo.
Quem é o filósofo moral do Espiritismo?
Kardec? Os alegados Espíritos Superiores que teriam ditado O Livro dos Espíritos? Deus?

A resposta mais óbvia é ninguém.

Não há um filósofo moral do Espiritismo porque o que seria a filosofia moral do Espiritismo é apenas o ajustamento da moral cristã a um esquema cósmico.
Com o agravante que nem este ajuste foi criado pelos Espíritas e sim adaptado de preceitos já existentes de religiões orientais, particularmente a Lei do Karma.

A proposta do Espiritismo é resolver à dúvida sobre por que um Deus justo e bom criou ou permite que pessoas vivam e morram sob a injustiça sem recorrer à alegoria infantil das fábulas religiosas sobre Paraíso e Inferno.

A reencarnação orientada pela Lei do Karma responderia a esta questão de um modo até satisfatório desde que se esteja disposto a depositar Fé nesta proposta, porque apenas a Fé justifica a crença nesta hipótese, mesmo que ela seja melhor elaborada que outras às quais pretende substituir.

Isto é muito pouco para caracterizar uma filosofia, quanto mais uma filosofia moral, tema que já foi tratado com muito maior profundidade por mestres como Espinoza e Aristóteles, sem que nenhum deles tenham aventado qualquer inspiração por parte de Espíritos Superiores.

Se a Doutrina Espírita fosse o que pretende ser, deveria ter produzido postulados melhores do que os filósofos anteriores produziram, o que não é a opinião reinante, exceto é claro entre os Espíritas.


Valente escreveu:
Por outro lado, uma boa definição de ciência é “um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio” .Assim dois elementos são essenciais para ter-se uma ciência: o objeto e o método de estudo deste objeto, que de acordo a definição acima, precisa ser adequado ao objeto.

Classicamente falando, a ciência se baseia no método indutivo, que parte do particular para o todo, sendo portanto reducionista, empirista e cartesiana. Um dos critérios citados como de máxima importância seria a da reprodutibilidade dos experimentos, em qualquer parte do mundo, por qualquer pessoa, desde que as condições fossem mantidas as mesmas. Mas se formos rígidos no método clássico, deixaríamos de considerar como ciências a História, a Sociologia, a Psicologia, etc., o que nos parece completamente absurdo, desde que não se produzam fatos históricos em laboratório, e tão pouco se reproduzem comportamentos em pessoas submetidas às mesmas condições. O que difere as Ciências Humanas das Ciências Exatas ou Naturais são justamente o objeto e o método, embora em alguns casos o objeto pode ser mesmo: o homem.


Qualquer pessoa que já teve o mais mínimo contato com os currículos das escolas de psicologia já ouviu falar dos labirintos de ratos, um exemplo básico de o quanto esta ciência pode basear-se em experimentos reprodutíveis.

Mais ainda, dentro da classificação de ciência está a História moderna, que armada dos recursos tanto dos métodos da filologia quanto da tecnologia instrumental adquiriu capacidades de análise tão aprofundadas que pode gerar conclusões próximas àquelas dos experimentos físicos, com margens de erro estreitas e determinadas.

Assim, esta divisão do conhecimento humano entre exatas e humanas esbarra no fato de que as ciências exatas também são humanas, pois são os humanos que as criam, assim como as ciências humanas podem ser exatas, pois podem se valer de métodos semelhantes àqueles utilizados pela física.


Valente escreveu:
Assim é que o Espiritismo, por possuir um objeto de estudo completamente alheio à “Ciência Oficial”, ou seja, o espírito ou princípio inteligente, requer um método próprio, adequado. Kardec define este método em relação à fenomenologia espírita quando usa o termo “ciência de observação”, a qual consiste na observação criteriosa dos fatos, buscando entender suas origens, suas causas. Também a História é uma ciência de observação, e assim como não se reproduzem fatos históricos, não se pode exigir a reprodução inequívoca de fenômenos espíritas, desde que o objeto de estudo é inteligente, emocional e volitivo – o Espírito.


A comparação entre História e Espiritismo visando classifica-los ambos como ciência é plenamente descabido.
A ciência histórica não obedece a qualquer requisito doutrinário. Os historiadores que estudaram a Pedra de Roseta ou Os Manuscritos do Mar Morto podem ser das mais diversas origens e crenças pessoais e mesmo assim chegar a conclusões idênticas sobre a autenticidade e significado dos registros em estudo.

Já os ditos fenômenos espíritas se esvaziam fora do ambiente em que esta doutrina é reconhecida, pois a simples classificação de determinados eventos como “fenômenos espíritas” já implica no pré-requisito de um compromisso prévio com a Doutrina de Kardec.

E mais uma vez comete-se o erro de confundir o evento estudado com o objeto de estudo. A História pode estudar a Batalha das Termópilas, mas o objeto de estudo não é a batalha em si, que não pode ser reproduzida como alude Artur Mascarenhas , autor do texto que comento.
O objeto de estudo são os registros arqueológicos e documentos históricos relacionados à Batalha das Termópilas. Estes podem ser submetidos a experimentos reprodutíveis metódicos para atestar sua autenticidade e significado.

O que pode ser submetido a experimentos reprodutíveis e metódicos para provar sua autenticidade e significado nos chamados fenômenos espíritas?


Valente escreveu:
Para o Espiritismo, a existência do Espírito e de sua comunicabilidade é um fato, decorrente do axioma de que “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente”.


O axioma “todo efeito inteligente precisa ter, necessariamente, uma causa inteligente” esbarra na questão do quem ou o que define um efeito como inteligente?
Tudo que é efeito da inteligência humana ou similar pode ser classificado como efeito inteligente, mas como identificar e classificar o efeito de formas de inteligência que nos são absolutamente desconhecidos?

O universo é um efeito inteligente?

Não há resposta científica para isto. Alguns acreditam que sim, outros que não. Até prova em contrário tem-se um impasse.


Valente escreveu:
O que importa é o controle sobre a legitimidade da comunicação que se obtém através dos fenômenos mediúnicos, quer de efeitos físicos ou de efeitos inteligentes, e para tanto Kardec definiu um método doutrinário próprio, sumarizado por Herculano Pires em quatro pontos principais:

“i) Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual;

“ii) Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser justificado;

“iii) Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem;

“iv) Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto”.


Se Kardec definiu um método doutrinário, então não temos o que discutir.
A Igreja Católica Romana tem um método doutrinário para conferir aos seus sacerdotes o poder de executar a transubstanciação durante o ritual da Eucaristia. A natureza, mecanismos e resultados destes métodos não pertencem ao escopo da Ciência.

Mas se além de doutrinário, o método kardecista reivindica autoridade científica, temos obstáculos intransponíveis em todos os requisitos apresentados:

i) Como aferir se alguém é “insuspeito, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual”? Não existem meios instrumentais ou técnicas confiáveis para se avaliar tais atributos. O melhor que podemos ter é um avaliador com excepcional competência para julgamentos do tipo. Mas quem avalia o avaliador?

ii) Uma “análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas” deveria se iniciar pelo apontamento das falhas lógicas e dos erros científicos dos chamados Livros da Codificação da Doutrina Espírita. Se tal análise crítica não foi feita sequer nos fundamentos do método, é extremamente improvável que seja aplicada de modo isento quando de sua utilização.

iii) “Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem” implica que em toda sessão espírita deve haver pelo menos um lingüista e um historiador para o caso os espíritos de Caius Julius César ou Gengis Khan se manifestem em suas linguagens nativas ou revelem detalhes biográficos sutis.
Se por algum fenômeno desconhecido, entendemos que é possível aos espíritos se comunicarem na linguagem nativa dos médiuns, isentos de suas particularidades de origem, para que serve então este requisito?

iv) “Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes” implica obviamente na inexistência da imparcialidade.
Falar-se em consenso universal e em seguida especificar que ele deve ser dado por “médiuns diferentes” é como propor que as doutrinas do chamado Criacionismo Bíblico Científico devam ser aceitas como verdadeiras porque vários criacionistas bíblicos ao redor do mundo a confirmaram.

Sem isenção, sem credibilidade. É simples assim.


Valente escreveu:
Muito dos chamados pesquisadores espíritas envidam esforços para a comprovação da existência dos Espíritos e da imortalidade da alma, mas freqüentemente empregando os métodos da Química, da Física, da Biologia, etc., que são adequados à matéria, mas não ao Espírito. O máximo que poderão conseguir é um melhor entendimento dos fenômenos de efeito físico e do perispírito, que é a parte material do Espírito, o seu corpo de manifestação, mas jamais do princípio inteligente, que é imaterial e foge a todas as técnicas de investigação da matéria. Enquanto isso, a Ciência Espírita, baseada no método kardecista, foi praticamente abandonada pelos espíritas...


Temos um caso compatível com o que o Carl Sagan chama de “Dragão na Garagem”.
Este dragão seria invisível e não produziria qualquer efeito perceptível no ambiente.
Como então afirmar que ele existe.

Se os Espíritos existem, deveria haver alguma forma de manifestação física detectável, se não há, temos quando muito eventos de causa desconhecida, pois não existe base confiável para classifica-los como eventos espirituais.


Valente escreveu:
Voltando ao confronto Ciência e Espírito, embora à primeira vista há conceitos espíritas que parecem ser desmentidos ou postos em dúvida pela Ciência, o desenvolvimento da ciência no século passado muitas vezes apontou na direção da confirmação dos princípios espíritas. A desintegração da matéria em partículas cada vez mais elementares e a interconversão matéria/energia, como estabelecido pelas Mecânicas Quântica e Relativística, respectivamente, apontam a possibilidade de existência uma “matéria elementar”– o que é coerente com o princípio espírita da existência de um fluido universal (ou cósmico), proposto pelos Espíritos Codificadores.

A medicina psicossomática, a escrita automática, o corpo bioplásmico, a terapia de vidas passadas (TVP), a psicologia transpessoal, cada uma em sua própria área de atuação, gradativamente vêm fazendo avanços que confirmam a teoria espírita, mas não provam por “a mais b” a existência do Espírito e sua sobrevivência ao corpo, permanecendo muitas vezes injustamente marginalizadas do ponto de vista acadêmico.[linha]


Já vi estas mesmas ciências e pseudo-ciências serem citadas pelos mais variados tipos de esotéricos.
O estranho é a afirmação final. Se os próprios defensores destas doutrinas reconhecem que não tem como provar por “a” + “b” o que dizem, por que os acadêmicos deveriam lhe dar crédito?


Valente escreveu:
Entretanto, consideramos precipitado substituir a terminologia espírita pela terminologia científica, pois poderemos incorrer em graves erros, que podem levar à descaracterização da Doutrina Espírita. Alguns confrades espíritas, afoitos em respeitar a natureza evolutiva do Espiritismo, como estabelecido por Kardec em “A Gênese” 1, substituíram em seus escritos a palavra fluido por energia, chamam o perispírito de corpo eletromagnético do Espírito e alguns chegaram a afirmar que o princípio vital nada mais seria que o DNA...


Se forem substituir tudo que é cientificamente incorreto em A Gênese, terão que reescrever o livro todo.

Valente escreveu:
Lembremos o ensinamento do codificador: “Melhor é recusar nove verdades, a aceitar uma única mentira”.


Mais um desencontro entre ciência e doutrina.
Ciência desconhece o que é verdade e o que é mentira.
Ciência reconhece apenas conclusões coerentes ou incoerentes com os resultados das experimentações.


Valente escreveu:
O Espiritismo é uma ciência sim! Mas é preciso respeitar-lhe objeto e método. Lúcido foi Kardec, ao enunciar que “o Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a ciência, sem o Espiritismo, se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos, unicamente pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a ciência, ficaria sem apoio e exame”


O Espiritismo "é uma ciência sim" na opinião de quem e com base no que?
O enunciado de Kardec é lúcido na opinião de quem e com base em que?

Nunca fiquei sabendo de um único cientista não-espírita (quase a totalidade dos cientistas do mundo) que concordasse com o parágrafo acima.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

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Fernando Silva
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo. Assim como na religião há as verdades infalíveis, reveladas por Deus a seus profetas, na Ciência também temos as leis naturais, também tidas por infalíveis e definidas, enunciadas por grandes sábios da Ciência, e que jamais podem ser contraditadas sem punição. E isso reflete-se na forma de como se investiga os fenômenos ditos mediúnicos.

A ciência não tem leis, tem descrições de fenômenos. O termo "lei" não é apropriado.
E a ciência só avança contradizendo, em todo ou em parte, o que antes era tido como a verdade (provisória).
O sonho de cada cientista é descobrir algo novo ou "detonar" algo velho.
Sim, é claro que os outros, movidos até mesmo por seus egos, vão tentar desacreditá-lo. E é isto que garante que as teorias que sobrevivem ao massacre sejam sólidas e passem a ser aceitas como a nova verdade provisória.

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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Gilghamesh »

Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.


Nossa! :emoticon14:

Que pérola!

Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?

Motoristas de taxi? :emoticon12:
Eu Sou Gilghamesh!
Versão: 5.1 última versão!!!! :emoticon81:
.
:emoticon81: :emoticon81: :emoticon81: :emoticon81: :emoticon81: :emoticon81:
O Mundo só será feliz à partir do dia em que enforcarmos o último político, usando como corda, as tripas do último lider religioso e cremarmos seus corpos utilizando como combustível, seus podres livros sagrados!
.
:emoticon81: :emoticon81: :emoticon81:

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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por DIG »

Gilghamesh escreveu:
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.


Nossa! :emoticon14:

Que pérola!

Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?

Motoristas de taxi? :emoticon12:




Pelos espíritas :emoticon19: :emoticon19: :emoticon19:

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Fernando Silva
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Fernando Silva »

Gilghamesh escreveu:
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.


Nossa! :emoticon14:

Que pérola!

Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?

Motoristas de taxi? :emoticon12:

Se ela fosse decretada por Deus, seria inteiramente dogmática.
Qual seria a opção? Quem faria uma ciência não dogmática?

Acho que o que ele quer dizer é que cientistas são seres humanos e estão sujeitos a se agarrarem a idéias mesmo sem prova. Isto não chega a ser um problema. Há um monte de outros cientistas querendo derrubá-los. Pode ser mesquinho mas garante que a ciência não seja dogmática.

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Gilghamesh
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Gilghamesh »

Fernando Silva escreveu:
Gilghamesh escreveu:
Botanico escreveu:O problema é que a Ciência, já que é feita por cientistas, não está isenta de dogmatismo.


Nossa! :emoticon14:

Que pérola!

Vc queria que a ciência fosse "feita" por quem?

Motoristas de taxi? :emoticon12:

Se ela fosse decretada por Deus, seria inteiramente dogmática.
Qual seria a opção? Quem faria uma ciência não dogmática?

Acho que o que ele quer dizer é que cientistas são seres humanos e estão sujeitos a se agarrarem a idéias mesmo sem prova. Isto não chega a ser um problema. Há um monte de outros cientistas querendo derrubá-los. Pode ser mesquinho mas garante que a ciência não seja dogmática.


A sim, claro.
:emoticon16:

O que não entra na cabecinha dos espiritóides é que mesmo com alguns cientistas cabeça dura, a ciência mesmo assim evolui, não é estática, não se prende à verdades absolutas, está sempre em busca de melhores respostas.!

"Porém, se move" :emoticon16:
Eu Sou Gilghamesh!
Versão: 5.1 última versão!!!! :emoticon81:
.
:emoticon81: :emoticon81: :emoticon81: :emoticon81: :emoticon81: :emoticon81:
O Mundo só será feliz à partir do dia em que enforcarmos o último político, usando como corda, as tripas do último lider religioso e cremarmos seus corpos utilizando como combustível, seus podres livros sagrados!
.
:emoticon81: :emoticon81: :emoticon81:

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francioalmeida
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por francioalmeida »

Botanico escreveu:Só que semelhantes coisas eu não vi nas pesquisas mediúnicas feitas por cientistas. Eles fizeram EXPERIMENTAÇÕES e contra o fato que testemunharam, não puderam achar argumentos para refutá-los. Tentaram de tudo para impedir que os médiuns fraudassem e, embora não pudessem explicar como, os fenômenos aconteciam.Os paranóicos ficavam do outro lado: os negativistas que nunca viram nada, nem experimentaram nada e apostavam que seus colegas que meteram a mão na massa seriam tão burros, cegos e incompetentes que se deixariam enganar numa boa.


Entenda: Muitos fenômenos aconteceram, acontecem e acontecerão sem explicação sastifatória da ciência. Agora atribuir o "desconhecido" ao misticismo é coisa do século passado.


Botanico escreveu:
Por que essa eficácia não fez os céticos refutarem os experimentos mediúnicos de forma convincente? Até agora nunca vi cético algum demonstrar os erros experimentais de Crookes e outros cientistas.
O que fazem apenas é jogar com dados subjetivos cuja verificação é impossível e nenhum elemento de prova se encontra. Então lá se diz que o Crookes era muito míope (mas essa miopia não o impediu de fazer brilhantes trabalhos científicos, nem antes, nem depois das pesquisas mediúnicas) e além disso outros também estavam envolvidos nas pesquisas (seriam todos muito míopes também?) e naquele tempo já havia óculos... Este é o nível das argumentações céticas que tenho visto. Por que devo levá-las a sério e achar que os mecanismos anti-dogmáticos estão funcionando neste caso?


Uma das éticas científica é tentar achar uma explicação natural para o fenômeno. Atribuir místicismo a um experimento porque suas causas são desconhecidas é pseudociência.

A eficacia do método cientíco existe para evitar o erro do próprio cientista "bem intencionado", as experimentações subsequentes feitas por outros cientistas que servem para refutar um trabalho.

Não é interesse da ciência explicar fenômeno milagrosos, isso fica pra religião.


Botanico escreveu:
Nada de inédito? Pois bem, Faraday já tinha feito uns experimentos precários que usou para desqualificar o fenômeno das mesas girantes. Usando um tampo de madeira sobre uma pilha de papelões, e este conjunto se apoiava sobre uma mesa comum. O tampo se movia depois de algum tempo, mas a mesa ficava imóvel. Ele acreditou ter demonstrado assim que os movimentos das mesas girantes eram devidos à força muscular das pessoas que ficavam com seus dedos sobre o tampo destas. Com a pressão e o tempo, os dedos ficavam entorpecidos e assim as pessoas faziam os movimentos SEM PERCEBER. Ray Hyman, recentemente, acrescentou a esse BRILHANTE EXPERIMENTO a sua teoria de ação IDEOMOTORA e assim ficou tudo explicado como a coisa funcionava. Certo?

Quando foi fazer suas investigações, Hare também tinha ouvido falar deste experimento de Faraday e o achou perfeito. Repetiu o dito experimento, de forma mais aperfeiçoada: colocou sobre uma mesa uma chapa de zinco e esta ficava sobre esferas de cobre, o que tornava o movimento bem mais fácil e perceptível. Deveria ocorrer o mesmo que Faraday viu: movia-se a chapa de zinco, mas a mesa permaneceria imóvel. Só que deu zebra: a chapa ficou imóvel e a MESA ERA O QUE SE MOVIA. Em condições normais isso seria tecnicamente impossível. Mas Hare testemunhou isso.

Fez também outro experimento: o médium movia um disco sem indicações nenhumas e esse movimento era transmitido a outro disco, com letras fora de ordem alfabética e fora do alcance visual do médium, e dali saíam frases inteligíveis, que não se esperaria que uma pessoa normal pudesse fazer.

Você acha então que essas coisas NÃO SÃO NOVIDADES e que os sábios de Harvard fizeram muito bem em não dar a mínima? Acha que foi correta a postura desses sábios em ficar olhando para o próprio umbigo, enquanto pessoas de bem eram enganadas por esses espertalhões e se recusaram a dar uma ajuda ao ÚNICO sábio de então se mostrou insuficiente para desmascarar a fraude?

Só mesmo vocês céticos para achar que esses caras eram bons cientistas...



Entendo sua mágoa com os cientistas de Harvard, eles não confirmaram e nem se deram o trabalho de avaliar sua crença cientificamente.

Mas não fique triste, não é interesse da ciência também explicar onde estão as cuecas roubados por Gnomos. Ninguem encontra essas cuecas. Isso é um fenômeno inexplicável!

Botanico escreveu:

Já dei uns exemplos do que Hare viu e estou no aguardo de você me demonstrar que nada disso era novidade no meio científico. E sem querer ser chato: um padre ou um pastor dizer que viu o Cristo em pessoa descer na sua igreja e falar belas palavras é algo que eu compreendo que não queira a comunidade científica ir investigar. Agora cientistas do calibre de Crookes, Richet, e outros que tinha alto conceito na comunidade científica afirmarem que fizeram EXPERIMENTOS e obtiveram resultados, já seria algo de fazer com que seus colegas pensassem um pouco. E se os médiuns estavam ali, disponíveis, então já seria o caso de eles repetirem os experimentos e tirarem suas próprias conclusões. Agora tirar conclusões com base apenas em especulações já me parece leviandade.

Por isso não considero os argumentos deles.


Você não considera as alegações de padres e pastores porque eles não dividem a sua crença e muito menos a confirma.

Como os taís "experimentos" seduzem sua fé, você os colocar num patamar superior.

Sinceramente, desisto!

Botanico escreveu:Se você não conhece os trabalhos mediúnicos deles, como sabe então que estão errados e que suas conclusões se basearam num falso ceticismo?


Você está certo, existe vários trabalhos que não conheço e muito deles, infelizmente eu condeno.

Dentre eles os trabalhos de beatificação feito pela igreja católica com sua "ciência" para confirmar os três milagres do candidato a santo.

Vou rever minha "seleção"!


Botanico escreveu:
Bem, já dei um exemplo das coisas estranhas. É o suficiente para você concluir que o trabalho era imbecil? E para os mais de 200 outros cientistas que fizeram pesquisas mediúnicas, seriam também o mesmo caso?


200 imbecis! Melhorou?

Botanico escreveu:
Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez.


Ainda bem que tem cientista pra tudo. Não me prestaria para tanta leseira, prefiro investigar fadas.

Botanico escreveu: Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.


Estou pasmo lendo isso vindo de um homem da ciência.

Quando eu estava na 4º série fiz experimento para verificar que o ar tinha peso, (aquele com um balão cheio e outro vázio numa braço de balança). Devo ter atrasado a ciência, poderia ter só lido o meu livro e pronto.

Seu pensamento é algo parecido com a religião que só ler um livro sagrado e pronto, a verdade foi dita.

Não me sinto a vontade em debater esse seu pensamento, prefiro desistir!


Botanico escreveu:O que faço é ler os trabalhos científicos passados e, ao fazer os meus experimentos, buscando novidades, verifico se o que disseram antes se confirma com dados paralelos que obtenho.


E essa lambança funciona?

Sua fé é maior que sua curiosidade científica a ponto de não deixar você vericar experimentos anteriores, simplesmente te deixa a mercê de relatos contraditórios?

Suponho que sua área seja botânica!... Ainda bem!


Botanico escreveu: Assim é feita a Ciência.


Deus me livre dessa sua Ciência!

Botanico escreveu:Então se leio o relatório de Crookes sobre experimentos que fez com tal e qual médium, o que me interessa é saber onde a coisa foi feita, que precauções foram tomadas para impedir fraudes, que outros estavam presentes, que resultados foram obtidos, etc e tal.


É bom mesmo parar por aí, pois senão podes se decepcionar.


Botanico escreveu:O que eu esperaria dos céticos se fossem gente séria? Que analisassem esse relatório e mostrassem que tais e quais pontos estão falhos ou mal explicados e que dariam uma margem de erro que invalidaria o experimento. Só que isso eu não vi até hoje. O que vi foi uma jogada exatamente ao estilo de padres e pastores que tenho lido quando se metem a criticar o Espiritismo.


Qualquer semelhança não é mera coincidência: "Todos contra a sua fé."

Um padre já me falou isso também, que minha posição era parecida com as do evangélicos para criticar o catolicismo.


Botanico escreveu:Como exemplo, eu cito o Massimo Polidoro. No experimento que Crookes fez com Eva Fay, ele fala de "dois convidados que eram mais céticos que o anfitrião (Crookes) e que então fizeram um teste para mostrar que colocando-se um lenço úmido entre as manivelas do galvanômetro, isso fechava o circuito e permitiria à médium se libertar e fazer o que bem entendesse. Então eles sugeriram que as manivelas fossem colocadas mais distantes, além do comprimento de um lenço (mas nem imaginaram que a médium poderia vir com um pedaço de pano maior...)". Quando li este argumento, fiquei imaginando que de fato Crookes e seus colegas tinha cometido um erro experimental.

Então li o relatório de Crookes e ficou bem claro que ao fazerem o teste com o lenço úmido ficou demonstrada a impossibilidade de fraude por esse recurso. Antes de mais nada, todas as tentativas de se colocar o lenço ficavam denunciadas pela oscilação da escala e além disso, era preciso que a resistência elétrica fosse a mesma do corpo humano e os colegas de Crookes só conseguiram isso depois de VÁRIAS tentativas e ainda assim com Crookes dizendo a eles o valor da medida. Quer dizer: era impossível que, na bamba, a médium viesse com um pano úmido e colocasse nas manivelas do galvanômetro sem que isso fosse percebido e que, milagrosamente, reproduzisse o mesmo valor da resistência de um corpo humano.

Só que o bambambam cético do Massimo Polidoro não nos conta esses detalhes. Ao contrário, quer fazer parecer que o truque era simples e facílimo de ser feito. E que Crookes e seus colegas "mais céticos", apesar de pensarem no truque, não tiveram a competência e capacidade de evitar que ele fosse feito se a médium quisesse.

Entende por que não levo a comunidade cética a sério?


Entendo. Contrariam suas expectativas e esfaleram sua fé!


Botanico escreveu:Pesquisar é o que faço como cientista.


Parabéns cientista!


Botanico escreveu:Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética.


Os céticos não gostam de "fantasmas", procuram explicações naturais.

Eu também minto, quer ver?

- Thor não existe!. Não procurei e muito menos verifiquei a existência de Thor, mas tenho a "cara-de-pau" de dizer que ele não existe. Estou me lixando pela fé nórdica!

Botanico escreveu:Para mim, eles viraram religiosos comuns e por serem mentirosos, indignos de confiança.


Os céticos mentirosos e indígnos de confiança nessa vida, noutra vida eles pagam o carma, vão nascer espíritas!





Botanico escreveu:Exato, meu caro. Posso dizer o mesmo de você? Acho que não, pois me parece um maria-vai-com-as-outras quando fala desse assunto sem ter lido nada a respeito.


Desculpe, vou parar de falar de assuntos espíritas, preciso estudar mais o assunto.

Isso me lembra que tenho que ler sobre ovnis também. Arrrrgh!!!

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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Botanico escreveu:Só que semelhantes coisas eu não vi nas pesquisas mediúnicas feitas por cientistas. Eles fizeram EXPERIMENTAÇÕES e contra o fato que testemunharam, não puderam achar argumentos para refutá-los. Tentaram de tudo para impedir que os médiuns fraudassem e, embora não pudessem explicar como, os fenômenos aconteciam.Os paranóicos ficavam do outro lado: os negativistas que nunca viram nada, nem experimentaram nada e apostavam que seus colegas que meteram a mão na massa seriam tão burros, cegos e incompetentes que se deixariam enganar numa boa.


francioalmeida escreveu:Entenda: Muitos fenômenos aconteceram, acontecem e acontecerão sem explicação sastifatória da ciência. Agora atribuir o "desconhecido" ao misticismo é coisa do século passado.

Uma vez que você desconhece o assunto, então deixa eu explicar mais uma vez: o que os cientistas que investigaram a mediunidade endossaram que OBSERVARAM FENÔMENOS incomuns, mas a grande maioria NÃO LHES ATRIBUIU CAUSA ESPIRITUAL. Apenas constataram o fato, mas no geral tentavam encontrar explicações físicas naturais e não causas espirituais. Assim mesmo, foram e são execrados até hoje pelo fato de apenas terem testemunhado e registrado os ditos fenômenos, exatamente porque os céticos não sabem explicar como teria sido feita a coisa.

Botanico escreveu:
Por que essa eficácia não fez os céticos refutarem os experimentos mediúnicos de forma convincente? Até agora nunca vi cético algum demonstrar os erros experimentais de Crookes e outros cientistas.
O que fazem apenas é jogar com dados subjetivos cuja verificação é impossível e nenhum elemento de prova se encontra. Então lá se diz que o Crookes era muito míope (mas essa miopia não o impediu de fazer brilhantes trabalhos científicos, nem antes, nem depois das pesquisas mediúnicas) e além disso outros também estavam envolvidos nas pesquisas (seriam todos muito míopes também?) e naquele tempo já havia óculos... Este é o nível das argumentações céticas que tenho visto. Por que devo levá-las a sério e achar que os mecanismos anti-dogmáticos estão funcionando neste caso?


francioalmeida escreveu:Uma das éticas científica é tentar achar uma explicação natural para o fenômeno. Atribuir místicismo a um experimento porque suas causas são desconhecidas é pseudociência.

A eficacia do método cientíco existe para evitar o erro do próprio cientista "bem intencionado", as experimentações subsequentes feitas por outros cientistas que servem para refutar um trabalho.

Não é interesse da ciência explicar fenômeno milagrosos, isso fica pra religião.

Como eu disse, só uns poucos que eram espíritas atribuíam causa espiritual aos fenômenos. Os outros apenas constatavam o fato e tentavam encontrar explicações naturais... que a bem da verdade não explicavam nada por inteiro. O meu ponto aqui é que os outros cientistas que poderiam fazer mais experimentos e assim evitar ou corrigir o erro dos predecessores NUNCA QUISERAM FAZÊ-LO. Apegam-se aos dogmas e fica por isso mesmo.

Botanico escreveu:
Nada de inédito? Pois bem, Faraday já tinha feito uns experimentos precários que usou para desqualificar o fenômeno das mesas girantes. Usando um tampo de madeira sobre uma pilha de papelões, e este conjunto se apoiava sobre uma mesa comum. O tampo se movia depois de algum tempo, mas a mesa ficava imóvel. Ele acreditou ter demonstrado assim que os movimentos das mesas girantes eram devidos à força muscular das pessoas que ficavam com seus dedos sobre o tampo destas. Com a pressão e o tempo, os dedos ficavam entorpecidos e assim as pessoas faziam os movimentos SEM PERCEBER. Ray Hyman, recentemente, acrescentou a esse BRILHANTE EXPERIMENTO a sua teoria de ação IDEOMOTORA e assim ficou tudo explicado como a coisa funcionava. Certo?

Quando foi fazer suas investigações, Hare também tinha ouvido falar deste experimento de Faraday e o achou perfeito. Repetiu o dito experimento, de forma mais aperfeiçoada: colocou sobre uma mesa uma chapa de zinco e esta ficava sobre esferas de cobre, o que tornava o movimento bem mais fácil e perceptível. Deveria ocorrer o mesmo que Faraday viu: movia-se a chapa de zinco, mas a mesa permaneceria imóvel. Só que deu zebra: a chapa ficou imóvel e a MESA ERA O QUE SE MOVIA. Em condições normais isso seria tecnicamente impossível. Mas Hare testemunhou isso.

Fez também outro experimento: o médium movia um disco sem indicações nenhumas e esse movimento era transmitido a outro disco, com letras fora de ordem alfabética e fora do alcance visual do médium, e dali saíam frases inteligíveis, que não se esperaria que uma pessoa normal pudesse fazer.

Você acha então que essas coisas NÃO SÃO NOVIDADES e que os sábios de Harvard fizeram muito bem em não dar a mínima? Acha que foi correta a postura desses sábios em ficar olhando para o próprio umbigo, enquanto pessoas de bem eram enganadas por esses espertalhões e se recusaram a dar uma ajuda ao ÚNICO sábio de então se mostrou insuficiente para desmascarar a fraude?

Só mesmo vocês céticos para achar que esses caras eram bons cientistas...



francioalmeida escreveu:Entendo sua mágoa com os cientistas de Harvard, eles não confirmaram e nem se deram o trabalho de avaliar sua crença cientificamente.

Mas não fique triste, não é interesse da ciência também explicar onde estão as cuecas roubados por Gnomos. Ninguem encontra essas cuecas. Isso é um fenômeno inexplicável!

A minha crença nada tem a ver com isso (O Espiritismo nem existia ainda!) e sim mantenho o meu questionamento à postura científica (ou falta dela) dos carcomidos de Harvard. Se um Zé Ninguém se apresenta em Harvard com umas compilações de fenômenos absurdos e os velhos carcomidos se recusam a vê-las, eu entendo. Mas Hare era considerado o segundo maior cientista americano na sua época. Por que o pessoal de Harvard tomou assim essa atitude tão antipática, sem nem ao menos querer ver nada da coisa? Dúvida nunca foi obstáculo ao progresso da Ciência; incredulidade, sim.

Bem, parece-me que você está ficando sem argumentos e já resolveu partir para o deboche e querer introduzir na conversa coisas que nada tem a ver (fadas, cuecas e duendes). Minha falta de apreço com o pessoal cético começa com coisas assim. Elas já perderam a graça para mim.


Botanico escreveu:Já dei uns exemplos do que Hare viu e estou no aguardo de você me demonstrar que nada disso era novidade no meio científico. E sem querer ser chato: um padre ou um pastor dizer que viu o Cristo em pessoa descer na sua igreja e falar belas palavras é algo que eu compreendo que não queira a comunidade científica ir investigar. Agora cientistas do calibre de Crookes, Richet, e outros que tinha alto conceito na comunidade científica afirmarem que fizeram EXPERIMENTOS e obtiveram resultados, já seria algo de fazer com que seus colegas pensassem um pouco. E se os médiuns estavam ali, disponíveis, então já seria o caso de eles repetirem os experimentos e tirarem suas próprias conclusões. Agora tirar conclusões com base apenas em especulações já me parece leviandade.

Por isso não considero os argumentos deles.


francioalmeida escreveu:Você não considera as alegações de padres e pastores porque eles não dividem a sua crença e muito menos a confirma.

Como os taís "experimentos" seduzem sua fé, você os colocar num patamar superior.

Sinceramente, desisto!

Bem, estou aguardando você me apresentar os trabalhos científicos feitos com os padres e pastores e suas alegações de fé e já disse que os experimentos feitos pelos cientistas com relação à mediunidade NADA TINHAM A VER COM FÉ. Claro, você não pode saber pois nunca estudou o assunto.
Botanico escreveu:Se você não conhece os trabalhos mediúnicos deles, como sabe então que estão errados e que suas conclusões se basearam num falso ceticismo?


francioalmeida escreveu:Você está certo, existe vários trabalhos que não conheço e muito deles, infelizmente eu condeno.

Dentre eles os trabalhos de beatificação feito pela igreja católica com sua "ciência" para confirmar os três milagres do candidato a santo.

Vou rever minha "seleção"!

Bem, está difícil essa conversa, pois estou falando em trabalhos feitos POR CIENTISTAS e você simplesmente que forçar a barra e introduzir coisas que nunca foram objeto de investigação da Ciência. Uma pena.

Botanico escreveu:
Bem, já dei um exemplo das coisas estranhas. É o suficiente para você concluir que o trabalho era imbecil? E para os mais de 200 outros cientistas que fizeram pesquisas mediúnicas, seriam também o mesmo caso?


francioalmeida escreveu:200 imbecis! Melhorou?

Eu só gostaria que o atestado de imbecilidade viesse por conta de comprovada incompetência científica nos campos em que esses cientistas atuavam e não por conta de uma postura preconceituosa da comunidade científica.

Botanico escreveu:
Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez.


francioalmeida escreveu:Ainda bem que tem cientista pra tudo. Não me prestaria para tanta leseira, prefiro investigar fadas.

[color=#ffff00] Gosto não se discute; lamenta-se

Botanico escreveu: Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.


francioalmeida escreveu:Estou pasmo lendo isso vindo de um homem da ciência.

Quando eu estava na 4º série fiz experimento para verificar que o ar tinha peso, (aquele com um balão cheio e outro vázio numa braço de balança). Devo ter atrasado a ciência, poderia ter só lido o meu livro e pronto.

Seu pensamento é algo parecido com a religião que só ler um livro sagrado e pronto, a verdade foi dita.

Não me sinto a vontade em debater esse seu pensamento, prefiro desistir!

Meu caro, eu sou pago pelo contribuinte e se mando um projeto científico em busca de financiamento pelos órgãos de fomento, exige-se que sejam PESQUISAS INÉDITAS, ou seja, eu não posso apresentar um projeto que simplesmente repete alguma pesquisa JÁ FEITA. Entendeu? O cientista quer fazer coisas novas e não repetir coisas velhas. Repetições só são feitas quando há possibilidade de ganho ou fama... E aí as fraudes são pegas com mais facilidade. O jovem alemão que trabalhava nos Laboratórios Bell fraudou seus trabalhos; cientistas outros tentavam repetir o que ele divulgou, mas falhavam sempre. E repetiam por que? Porque ele fazia pesquisa em um campo que poderia dar retorno financeiro.

Mas em se tratando de pesquisa básica, isso não acontece geralmente. E não queira comparar o seu experimento escolar com pesquisas caras, pagas pelo contribuinte. Realmente noto em você uma grande incapacidade de entender o funcionamento da ciência. Mas entre os céticos isso parece ser um pecado comum...


Botanico escreveu:O que faço é ler os trabalhos científicos passados e, ao fazer os meus experimentos, buscando novidades, verifico se o que disseram antes se confirma com dados paralelos que obtenho.


francioalmeida escreveu:E essa lambança funciona?

Sua fé é maior que sua curiosidade científica a ponto de não deixar você vericar experimentos anteriores, simplesmente te deixa a mercê de relatos contraditórios?

Suponho que sua área seja botânica!... Ainda bem!

Sim, a lambança funciona. Então digamos que o padre Joaquim da Silva Tavares, que descreveu várias galhas de Mata Atlântica, tenha lá entre as doze publicações que fez a descrição de duas galhas que estou pesquisando. O que vou fazer? Vou pesquisar a estrutura anatômica, a distribuição dos compostos químicos e a ontogenia dessas duas galhas. De quebra, faço também a descrição morfológica mais detalhada e com recursos mais modernos. Mas a minha obrigação de ética científica determina que eu cite o Tavares e seus trabalhos e diga: meus dados corroboram as descrições feitas pelo padre.

Mas veja bem: eu fiz UMA NOVA ABORDAGEM E BUSQUEI NOVOS DADOS A RESPEITO DAQUELAS DUAS GALHAS. Não fiz apenas uma "repetição" do que Tavares fez. Entendeu? Se eu quisesse fazer só uma coletânea descritiva, então poderia me limitar a um resumo dos trabalhos de Tavares e já estaria de boa medida. Sacou?

Com relação aos trabalhos mediúnicos, o que faço é apenas verificar se estão de acordo com um mínimo método científico aceitável. Se precauções foram tomadas, etc e tal. Mas não é a minha área, nem tenho interesse em fazer pesquisas neste campo. Por isso limito-me a leituras. Já você prefere ler sobre fadas, certo?


Botanico escreveu:Então se leio o relatório de Crookes sobre experimentos que fez com tal e qual médium, o que me interessa é saber onde a coisa foi feita, que precauções foram tomadas para impedir fraudes, que outros estavam presentes, que resultados foram obtidos, etc e tal.


francioalmeida escreveu:É bom mesmo parar por aí, pois senão podes se decepcionar.

Onde e por que eu me decepcionaria?

Botanico escreveu:O que eu esperaria dos céticos se fossem gente séria? Que analisassem esse relatório e mostrassem que tais e quais pontos estão falhos ou mal explicados e que dariam uma margem de erro que invalidaria o experimento. Só que isso eu não vi até hoje. O que vi foi uma jogada exatamente ao estilo de padres e pastores que tenho lido quando se metem a criticar o Espiritismo.


francioalmeida escreveu:Qualquer semelhança não é mera coincidência: "Todos contra a sua fé."

Um padre já me falou isso também, que minha posição era parecida com as do evangélicos para criticar o catolicismo.

Já disse que não se trata de fé, pois esta faltava aos cientistas que investigaram a coisa. O que me interessa é que os céticos analisassem os relatórios e apontassem os erros e falhas. Se não fazem isso, então como vou saber onde os cientistas estavam errados?

Botanico escreveu:Como exemplo, eu cito o Massimo Polidoro. No experimento que Crookes fez com Eva Fay, ele fala de "dois convidados que eram mais céticos que o anfitrião (Crookes) e que então fizeram um teste para mostrar que colocando-se um lenço úmido entre as manivelas do galvanômetro, isso fechava o circuito e permitiria à médium se libertar e fazer o que bem entendesse. Então eles sugeriram que as manivelas fossem colocadas mais distantes, além do comprimento de um lenço (mas nem imaginaram que a médium poderia vir com um pedaço de pano maior...)". Quando li este argumento, fiquei imaginando que de fato Crookes e seus colegas tinha cometido um erro experimental.

Então li o relatório de Crookes e ficou bem claro que ao fazerem o teste com o lenço úmido ficou demonstrada a impossibilidade de fraude por esse recurso. Antes de mais nada, todas as tentativas de se colocar o lenço ficavam denunciadas pela oscilação da escala e além disso, era preciso que a resistência elétrica fosse a mesma do corpo humano e os colegas de Crookes só conseguiram isso depois de VÁRIAS tentativas e ainda assim com Crookes dizendo a eles o valor da medida. Quer dizer: era impossível que, na bamba, a médium viesse com um pano úmido e colocasse nas manivelas do galvanômetro sem que isso fosse percebido e que, milagrosamente, reproduzisse o mesmo valor da resistência de um corpo humano.

Só que o bambambam cético do Massimo Polidoro não nos conta esses detalhes. Ao contrário, quer fazer parecer que o truque era simples e facílimo de ser feito. E que Crookes e seus colegas "mais céticos", apesar de pensarem no truque, não tiveram a competência e capacidade de evitar que ele fosse feito se a médium quisesse.

Entende por que não levo a comunidade cética a sério?[/color]


francioalmeida escreveu:Entendo. Contrariam suas expectativas e esfaleram sua fé!

Está com algum problema de leitura? Eu mostrei a falta de honestidade de um crítico cético a um experimento de Crookes e você vem falar que isso esfacelou a minha fé? Ora, eu jamais botei fé neste pessoal cético assim que me deparei com a falta de argumentação convincente. Portanto, este caso apenas FORTALECEU A MINHA FÉ na falta de competência do pessoal cético. As minhas espectativas... Bem, antes mesmo de ler essa pataquada do Polidoro, as minhas espectativas sobre a seriedade e competência do pessoal cético já tinham ido para a bosta. O caso aí foi só mais um prego no caixão da superioridade intelectual cética.

Botanico escreveu:Mas não tenho como levar a sério a comunidade cética, especialmente quando descubro que céticos mentem em defesa da fé cética.


francioalmeida escreveu:Os céticos não gostam de "fantasmas", procuram explicações naturais.

Nada contra. Eu também gosto de explicações naturais... mas é preciso que essas explicações de fato expliquem a coisa. Se a explicação natural começa a ficar implausível demais, então de que adianta?

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betossantana
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por betossantana »

Botanico escreveu:Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez. Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.


Rídículo, e onde foi parar a REPLICAÇÃÃÃÃÃÃOOOOO????
É um problema espiritual, chupe pau!

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Botanico
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Re: Da "Ciência" Espírita

Mensagem por Botanico »

betossantana escreveu:
Botanico escreveu:Isso eu já decidi, meu caro. Li sobre o assunto, coisa que ao que parece você nunca fez. Às vezes me perguntam se eu também fiz experimentos neste campo. Não, eu não fiz. Mas não preciso. Ciência tem passado; tem história. Os cientistas não ficam repetindo trabalhos científicos uns dos outros para se certificarem de que seus colegas passados disseram a verdade, pois se assim o fosse, a ciência não sairia do lugar.


Rídículo, e onde foi parar a REPLICAÇÃÃÃÃÃÃOOOOO????


Replicação se faz quando há dúvidas, ou quando a pesquisa pode gerar retorno econômico, etc e tal. No caso da mediunidade, VÁRIOS CIENTISTAS REPLICARAM EXPERIMENTOS COM OS MÉDIUNS e chegaram A RESULTADOS SEMELHANTES... mas estranhamente, a comunidade cética, QUE NUNCA REPLICOU COISA ALGUMA, julga-se a única capaz de se pronunciar a respeito cientificamente...

Trancado