Saudosismo mantém vendas de agulhas de toca-discos
Enviado: 22 Abr 2007, 01:42
21/04/2007 - 11h39 - Atualizado em 21/04/2007 - 19h12
Empresa paulista fabrica 500 mil agulhas todos os anos.
-Executivo reclama da concorrência chinesa-
Quando surgiram os primeiros CDs, na década de 1980, os discos de vinil tiveram sua morte anunciada. Com eles, estavam predestinados à extinção os toca-discos e seus componentes. Mas não foi o que aconteceu.
A concorrência fez a participação de mercado dos LPs cair drasticamente, mas, graças aos fãs do "bolachão", a paulista LeSon fabrica cerca de 500 mil agulhas para toca-discos por ano. "Foram vendidos milhões de 'três em um' (aparelhos de som com rádio, CD e LP) e as pessoas têm carinho", diz Celso Taques Bittencourt, diretor operacional da empresa, única fabricante das agulhas no Brasil.
"É meio uma coisa de colecionador mesmo", diz o advogado Dino De Piccoli. "Mantenho o hábito (de ouvir discos de vinil) por saudosismo".
Sonar sub-aquático
Bittencourt é neto do fundador da empresa, Mario Alvim, que iniciou a produção de agulhas para toca discos em 1952. A empresa, na verdade, teve início com o desenvolvimento de sonares para a Marinha durante a II Guerra Mundial, pelo tio de Bittencourt. Os sonares, segundo ele, têm o mesmo princípio da cápsula fonocaptora – peça do toca-discos onde fica a agulha. "Depois da guerra, ele e meu avô fundaram a empresa para produzir as cápsulas", diz o executivo.
Meio século depois, as agulhas representam menos de 2% do faturamento da empresa. O grosso do rendimento vem da fabricação de microfones e tweeters (tipo de auto-falante de dimensão reduzida), que são exportados.
A redução do mercado acarretou o encolhimento do quadro de funcionários. Segundo Bittencourt, a empresa já teve mais de 500 empregados produzindo as cápsulas. Hoje, são 150. Ele reclama da concorrência chinesa: "A China tem produtos de baixíssimo custo, mas qualidade duvidosa. Por isso, produto barato a gente não faz mais".
http://g1.globo.com/Noticias/Negocios/0,,MUL24905-5600-1466,00.html
Empresa paulista fabrica 500 mil agulhas todos os anos.
-Executivo reclama da concorrência chinesa-
Quando surgiram os primeiros CDs, na década de 1980, os discos de vinil tiveram sua morte anunciada. Com eles, estavam predestinados à extinção os toca-discos e seus componentes. Mas não foi o que aconteceu.
A concorrência fez a participação de mercado dos LPs cair drasticamente, mas, graças aos fãs do "bolachão", a paulista LeSon fabrica cerca de 500 mil agulhas para toca-discos por ano. "Foram vendidos milhões de 'três em um' (aparelhos de som com rádio, CD e LP) e as pessoas têm carinho", diz Celso Taques Bittencourt, diretor operacional da empresa, única fabricante das agulhas no Brasil.
"É meio uma coisa de colecionador mesmo", diz o advogado Dino De Piccoli. "Mantenho o hábito (de ouvir discos de vinil) por saudosismo".
Sonar sub-aquático
Bittencourt é neto do fundador da empresa, Mario Alvim, que iniciou a produção de agulhas para toca discos em 1952. A empresa, na verdade, teve início com o desenvolvimento de sonares para a Marinha durante a II Guerra Mundial, pelo tio de Bittencourt. Os sonares, segundo ele, têm o mesmo princípio da cápsula fonocaptora – peça do toca-discos onde fica a agulha. "Depois da guerra, ele e meu avô fundaram a empresa para produzir as cápsulas", diz o executivo.
Meio século depois, as agulhas representam menos de 2% do faturamento da empresa. O grosso do rendimento vem da fabricação de microfones e tweeters (tipo de auto-falante de dimensão reduzida), que são exportados.
A redução do mercado acarretou o encolhimento do quadro de funcionários. Segundo Bittencourt, a empresa já teve mais de 500 empregados produzindo as cápsulas. Hoje, são 150. Ele reclama da concorrência chinesa: "A China tem produtos de baixíssimo custo, mas qualidade duvidosa. Por isso, produto barato a gente não faz mais".
http://g1.globo.com/Noticias/Negocios/0,,MUL24905-5600-1466,00.html