Religião é Veneno

E aí revenianos?

Um cidadão deve ter o direito de vender os seus órgãos?

Não deveria precisar.
Ninguem venderia um orgão pq "ah, to afim de trocar de carro. Esse ja tem dois anos e quero um zero."

Não! Isso seria muita baixesa exploratória do ser humano.
O que deveriam fazer é pagar uns vinte contos para incentivar a doação de sangue.
Aí não iria faltar ninguém e o banco de sangue ficaria sempre cheio.

Imenso risco se retirar um rim ou pulmão de um paciente e fazer ele viver plenamente sem eles depois... no caso de pacientes com morte cerebral, acho válido a família vender.

clara campos escreveu:E aí revenianos?

Um cidadão deve ter o direito de vender os seus órgãos?

Jamais, não se pode vender algo que deus lhe deu, só ele pode dispor ou pegar de volta.


Bem! Com essa tecnologia promissora das células-tronco, talvez num futuro não muito distante, a oferta de orgãos humanos fabricados para transplante poderá ficar inflacionada, teremos ofertas tentadoras. Aguardem!

Enquanto viva? Vender ,nem trocar, nem dar. Se eu me dispuser a ser doadora, e alguém no mundo precisar, mesmo que seja meu parente, eu analisaria o caso e decidiria se é hora ou não.

Depois de morta...bom...isto não é coisa que eu possa decidir pelos meus parentes.

Acho aceitável, mediante a aprovação ou veto de uma equipe multidisciplinar. Mas sem interferência da família. Deve ser um acordo entre pessoas vivas e lúcidas.

MAs precisa vender?

Lúcifer escreveu:Não! Isso seria muita baixesa exploratória do ser humano.
O que deveriam fazer é pagar uns vinte contos para incentivar a doação de sangue.
Aí não iria faltar ninguém e o banco de sangue ficaria sempre cheio.

Não querendo entrar no mérito da questão, mas o que isso tem a ver com exploração?

Não existe exploração a nível individual. O cerne da discussão aqui é um indivíduo utilizar como mercadoria uma parte de seu corpo, o que é muito diferente de tráfico de órgãos em que aconteça pressão de outros à essa prática.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
As pessoas poderiam hipotecar seus rins...

Parece interessante, ja que fornece a cada um um pequeno capital inicial.

Nunca pensei nesta modalidade de lidar com tais commodities.
Pensei em deixar em consignação em algum banco de órgãos. Abrir um negócio de leasing também poderia ser um bom investimento.
Ou um consórcio...

Um açougue talvez funcionasse melhor...

Ateu Tímido escreveu:Um açougue talvez funcionasse melhor...

Há a questão da compatibilidade e rejeição.

Eu acho que se liberasse a venda de orgãos para pacientes de morte cerebral, por exemplo, não iria incentivar a doação de orgãos. Os familiares se sentiriam constrangido em "vender" o ente querido, sem contar a preocupação que os familiares ficariam com os comentários do tipo: -Pô! Sugaram o "dito cujo" até o final...venderam até seu corpo.

Sei lá, acredito que vender os orgão de um parente é algo afetivo, é como vender um presente.

Ps: Uma pessoa consegue viver com um pulmão!? Quanto deve custar um pulmão?

francioalmeida escreveu:Eu acho que se liberasse a venda de orgãos para pacientes de morte cerebral, por exemplo, não iria incentivar a doação de orgãos.

Isso é uma faca de dois gumes francio... pois legalizar a venda de orgão, em teoria, daria uma freada no mercado negro de orgãos!

Dias atrás, um médico foi preso no aeroporto de Congonhas... por estar levando orgãos sem nenhuma autorização!

Eu sou a favor desse direito... mas é um assunto tão delicado quanto a legalização do aborto

Shanaista escreveu:

francioalmeida escreveu:Eu acho que se liberasse a venda de orgãos para pacientes de morte cerebral, por exemplo, não iria incentivar a doação de orgãos.

Isso é uma faca de dois gumes francio... pois legalizar a venda de orgão, em teoria, daria uma freada no mercado negro de orgãos!

Dias atrás, um médico foi preso no aeroporto de Congonhas... por estar levando orgãos sem nenhuma autorização!

Eu sou a favor desse direito... mas é um assunto tão delicado quanto a legalização do aborto

Não sou contra a venda de orgãos só não vejo objetivo.

"freada no mercado negro" O mercado se adapta, se legalizassem a venda orgãos o "mercado negro" continuaria a existir, só que agora vendendo orgãos mais baratos ou piratas.

Tranca escreveu:

Eu não sou tão corajoso assim. Mas, se a minha filha quiser, depois de morto, pode até vender o meu corpo para estudante de medicina cutucar. E se alguma coisa ainda servir (espero que esteja tudo BEM usado) pode distribuir ou vender.

francioalmeida escreveu:"freada no mercado negro" O mercado se adapta, se legalizassem a venda orgãos o "mercado negro" continuaria a existir, só que agora vendendo orgãos mais baratos ou piratas.

Exato...

Hum... eu... hum... não sei... poucos crimes me arrepiam mais do que o homicídio com o fim de extrair órgãos da vítima, ou da venda ilegal de órgãos por profissionais de medicina, quer dizer, essa gente CUIDA DA NOSSA SAÚDE, e nas horas vagas VENDEM OS ÓRGÃOS DOS NOSSOS PARENTES??? Argh!!

Mas acredito eu que, pensando um pouco, concordaria em legalizar a venda, é como a questão do tráfico, não é somente a questão de que a proibição não consegue deter a atividade ilícita, é mais a questão de que o bem envolvido, nos dois casos a saúde individual, deve ser regido pelo arbítrio do seu titular, não do estado.

MASSSSSSS... isso ia aumentar o número de homicídios, as pessoas iam começar a dar um jeito pras pessoas mais próximas morrerem, principalmente se a família é pobre, pra poderem barganhar com seus despojos. Na situação atual, CREIO EU que os médicos que negociam com órgãos o fazem sem o conhecimento dos familiares do morto, a não ser que a família e os médicos estejam todos envolvidos na venda.

Um amigo meu certa vez comentou que a família de uma amiga dele COMPROU um órgão, acho que fígado, pro seu patriarca... obviamente oferecido pelos profissionais de saúde que estavam familiarizados com a progressiva piora das condições clínicas desse patriarca... mas o transplante não deu certo, foi feito mas ele morreu mesmo assim. Acho que nesses casos os únicos indivíduos puníveis são os que auferem lucro com o negócio, já que a família e o beneficiado estão encurralados entre a morte e o crime, e nessas hipóteses imagino que devam estar abrigados pela excludente de ilicitude da inexigibilidade de conduta adversa. Ou é excludente de culpabilidade? Uma merda dessa.

Tranca escreveu:

Não tem nada de segunda mão, não?

Fala aí se mexeu na quilometragem....olha lá!

betossantana escreveu:Um amigo meu certa vez comentou que a família de uma amiga dele COMPROU um órgão, acho que fígado, pro seu patriarca... obviamente oferecido pelos profissionais de saúde que estavam familiarizados com a progressiva piora das condições clínicas desse patriarca... mas o transplante não deu certo, foi feito mas ele morreu mesmo assim. Acho que nesses casos os únicos indivíduos puníveis são os que auferem lucro com o negócio, já que a família e o beneficiado estão encurralados entre a morte e o crime, e nessas hipóteses imagino que devam estar abrigados pela excludente de ilicitude da inexigibilidade de conduta adversa. Ou é excludente de culpabilidade? Uma merda dessa.

Não é doido isto? Ia ter gente querendo garantias, gente pedindo de volta, intermediários, concorrência, lista 2, caixa 2, fraude, corrupção....ah ia dar tudo na mesma. Acho que meter dinheiro no meio, dá confusão.

Em relação aos órgãos de outrém, ainda que familiares, eu sou completamente contra.

Em relação aos próprios, sou à partida contra (embora esteja aberta a argumentos e opiniões diferentes, desde que não sejam autistas) por recear que esse tipo de comércio sendo legalizado possa conduzir a abusos resultantes em danos irreparáveis.