O ateísmo de Aleixo Belov
Enviado: 06 Mai 2007, 14:10
É engraçado como encontramos citações ateístas nos lugares mais inusitados. Aleixo Belov é um ucraniano, "naturalizado" baiano, velejador que tem a "mania" de dar voltas ao mundo em solitário, a bordo de seu veleiro (construído por ele mesmo) "Três Marias". Vejam a beleza de pensamento que encontrei em um dos livros dele:
"“Todo ser humano sente-se pequenino neste universo infinito e sem fronteiras. Ele não aceita, porém,. Estar só, como alguém abandonado à própria sorte nesta imensidão. Por isso o homem quer acreditar que alguém o olha, o observa, por ele se preocupa ou até mesmo ilumina seu caminho. O homem não aceita estar só desde o instante em que é cortado o cordão umbilical que o unia à mãe. Por isso mesmo, utilizando a imaginação, criou a religião: uma ponte, um cordão umbilical que o une ao cosmos. Une o ser finito ao universo infinito. A religião pretende construir esta ponte de ligação unicamente através da fé.
Existem na realidade outros métodos para construir esta ponte, para fazer esta ligação, como a ciência e a arte. Através do conhecimento científico vamos entendendo a natureza e as leis que regem o universo, vamo-nos integrando ao todo, ao infinito que nos cerca. O caminho da ciência, porém, é mais lento e demorado, um caminho longo. A construção desta ponte pela ciência, unindo o ser finito ao universo infinito, é um trabalho de toda a humanidade, que não sabemos quando começou e que provavelmente não terá fim.
Para os impacientes e apressados surgiu a alternativa do atalho, um caminho mais rápido oferecido pela religião. Basta ter fé e você está salvo. Um caminho místico e às vezes até mesmo mentiroso, de quem de uma só vez constrói a ponte: “Não estás só, alguém te observa, se preocupa por ti. Alguém te ama e ilumina o teu caminho”. Acreditando cegamente neste argumento caminha boa parte da humanidade, aos trancos e barrancos, tropeçando em completa escuridão enquanto aguardam a luz prometida.”
"“Todo ser humano sente-se pequenino neste universo infinito e sem fronteiras. Ele não aceita, porém,. Estar só, como alguém abandonado à própria sorte nesta imensidão. Por isso o homem quer acreditar que alguém o olha, o observa, por ele se preocupa ou até mesmo ilumina seu caminho. O homem não aceita estar só desde o instante em que é cortado o cordão umbilical que o unia à mãe. Por isso mesmo, utilizando a imaginação, criou a religião: uma ponte, um cordão umbilical que o une ao cosmos. Une o ser finito ao universo infinito. A religião pretende construir esta ponte de ligação unicamente através da fé.
Existem na realidade outros métodos para construir esta ponte, para fazer esta ligação, como a ciência e a arte. Através do conhecimento científico vamos entendendo a natureza e as leis que regem o universo, vamo-nos integrando ao todo, ao infinito que nos cerca. O caminho da ciência, porém, é mais lento e demorado, um caminho longo. A construção desta ponte pela ciência, unindo o ser finito ao universo infinito, é um trabalho de toda a humanidade, que não sabemos quando começou e que provavelmente não terá fim.
Para os impacientes e apressados surgiu a alternativa do atalho, um caminho mais rápido oferecido pela religião. Basta ter fé e você está salvo. Um caminho místico e às vezes até mesmo mentiroso, de quem de uma só vez constrói a ponte: “Não estás só, alguém te observa, se preocupa por ti. Alguém te ama e ilumina o teu caminho”. Acreditando cegamente neste argumento caminha boa parte da humanidade, aos trancos e barrancos, tropeçando em completa escuridão enquanto aguardam a luz prometida.”