Religião é Veneno

Os cultos da carga exemplificam no espaço de apenas alguns anos, a origem e evoluçao de uma religiao... e a rapidez com que nas religioes se perdem a realidade das personagens centrais na origem dessas religioes...

Link da Wikipedia... mas garanto a verdade aproximada do conteudo... pois tal confere com o que li em "The God Delusion" de Dawkins

Resumindo: Levem uma garrafa de coca cola a uma tribo isolada do resto do mundo. Sorriam e façam figura de bonzinhos aos tribais... façam figura altiva (se for possível salvem uma criançinha tribal de se afogar)... mandem vir uma Pisa pela Fed Express (garantam que a entrega da carga é feita ao olhos dos tribais) e dentro de alguns anos... surge toda uma mitologia onde a vossa pessoa é transformada em algo como um enviado de Deus com 3 metros de altura e uma auréola... e que um dia regressará... com a sagrada carga.

Isto parece caricatura mas aconteceu algo semelhante em diferentes ilhas da melanésia e nova guiné (e de forma independente).

Em "The God delusion" Dawkins descreve um diálogo entre um Ocidental que pergunta a um desses crentes de "cargo cults" porque razao acredita ele em algo tao absurdo como uma personagem mitica (Um Ocidental tremendo que trará a carga sagrada), que prometeu voltar... se já passou tanto tempo (desde a segunda guerra) e nada? Ao que o homenzito deu uma resposta de génio: "Vcs nao esperam por Jesus há 2000 anos?

Usuário deletado escreveu:Você faz parte da casta hierárquica da religião dawkinsiniana?

Nem por isso...

groucho escreveu:Resumindo: Levem uma garrafa de coca cola a uma tribo isolada do resto do mundo.

Mudando de assunto:
no filme "Os deuses devem estar loucos", uma garrafa de Coca-Cola é jogada de um avião e cai numa aldeia aborígene australiana. Os nativos acham que é presente dos deuses e passam a usá-la para um monte de coisas.
O problema é que, até então, a propriedade não era importante porque ninguém tinha nada que os outros não soubessem fazer também. Não fazia sentido cobiçar o que era dos outros.
A garrafa era diferente: ninguém sabia como fazer outra.
Gerou tanta discórdia que a tribo resolveu devolver o presente, levando-a até o fim do mundo e jogando-a fora (na verdade, um precipício).

A diferença entre selvagens seminus, no meio da floresta, gritando
"Uga buga!" para um ídolo tosco de barro, e uma missa solene em uma
catedral está apenas no aspecto estético e, talvez, na complexidade das
respectivas mitologias.

Fernando Silva escreveu:A diferença entre selvagens seminus, no meio da floresta, gritando
"Uga buga!" para um ídolo tosco de barro, e uma missa solene em uma
catedral está apenas no aspecto estético e, talvez, na complexidade das
respectivas mitologias.

No caso dos cargo cults... com a demora da chegada da carga e do mensageiro de Deus inventam-se desculpas. Á invenção de desculpas podemos chamar teologia. Com o tempo essa invenção torna-se mais complexa e sofisticada...

Gostei da minha definição: Teologia é a invenção de desculpas para justificar a promessa que está por cumprir...