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Monges copistas

Enviado: 14 Mai 2007, 17:04
por CEFAS
Quando copiar era um estímulo intelectual

Era a biblioteca, e não a igreja, o local mais provável de encontrar um monge copista na Europa medieval. Copiando às vezes para fugir do tédio, eles acabaram preservando a cultura ocidental.
Por Pierre Riché

Não há nada de original em pensar que, no princípio da vida monástica, os monges eram copistas e leitores assíduos. Se no século V eles copiavam manuscritos, era para escapar da ociosidade e para ganhar o sustento. Cultivavam essa atividade, mas também fabricavam pães, ou outros objetos de artesanato. Contentavam-se com um único livro, a Bíblia, cujas passagens aprendiam e sabiam de cor, sobretudo os salmos. A palavra bibliotheca foi empregada para designar os diferentes livros da Bíblia. A regra de São Bento (480-540), à qual sua ordem religiosa (conventos beneditinos), era submetida, menciona apenas o estudo das Escrituras.

Um outro italiano, Cassiodoro (490-581), fundou um mosteiro para organizar o estudo de textos religiosos e profanos. Antigo ministro do imperador bizantino Teodorico, Cassiodoro converteu-se à vida religiosa em meados do século VI e, após criar um mosteiro em uma das suas propriedades na Calábria, decidiu recopiar uma grande parte das obras latinas. No livro As instituições, fez uma espécie de catálogo analítico de sua biblioteca, e o elogio dos copistas: "Ao reler as escrituras, eles enriquecem sua inteligência, multiplicam os preceitos do Senhor, por meio das suas transcrições. Feliz aplicação, estudo digno de louvor: pregar pelo trabalho das mãos, abrir e dar seus dedos às línguas, levar silenciosamente a vida eterna aos homens, combater as sugestões do diabo pela pena e pela tinta...". Depois da morte de Cassiodoro, uma parte dos seus livros religiosos foi transferida para a biblioteca de Latrão, sede do bispado de Roma. De lá, muitos acabaram na Inglaterra.

O Renascimento carolíngio foi gestado nos mosteiros da Gaula no sul da França], a partir do final do século VII. Com efeito, os monges de Luxeuil fizeram os manuscritos com uma nova escritura, tal como podemos ver no Lectionnaire - Lecionário - de Luxeuil. Os escribas, que recopiavam os livros vindos de Roma, aperfeiçoaram a escritura, ancestral da Carolina, a escrita caligráfica surgida na Europa entre os séculos VIII e IX, que originou a distinção de maiúsculas e minúsculas nas modernas escritas européias. Nas margens do Loire (a cerca de 200 km de Paris), as abadias de Saint-Martin-de-Tours e de Fleury (hoje Saint-Benoît-sur-Loire) possuíam ateliês de escritura já ativos. Nas margens do Sena, os mosteiros de Saint-Denis e Saint-Wandrille participaram igualmente dessa produção de manuscritos em miniaturas, mais bem escritos e, até mesmo, mais bem adornados.

Desse modo, assim que Carlos Magno restaurou as escolas e os scriptoria em todo o reino [leia mais no dossiê "Carlos Magno, a espada e a fé", História Viva, ed. 22], ele investiu no trabalho dos mosteiros. Em sua célebre Admoestação geral, coleção de antigos cantos eclesiásticos, trechos da missa e responsórios, ele insiste em que cada clérigo e cada monge deveria aprender a gramática, o cálculo, o canto e as notas tironianas. E especifica que o trabalho dos escribas não seria confiado a jovens, mas a homens de idade adulta, de modo que os missais, os evangeliários e os livros de salmos não tivessem nenhum erro. A partir de então, a nova escrita iria se impor em todos os scriptoria. Chamada de Carolina, por causa de Carlos Magno, ela se caracterizava pelo tamanho pequeno, bem legível e regular, que encontramos na escrita atual, desde que os primeiros impressores do século XV a escolheram entre muitas outras.

Jamais será excessivo insistir sobre o prodigioso trabalho dos scriptoria carolíngios. Milhares de manuscritos foram recopiados - quase oito mil foram conservados: as obras dos fundadores da Igreja, de gramáticos, poetas, prosadores. Graças aos copistas, uma grande parte da herança literária latina foi salva e preservada. Cícero, Virgílio, Tácito e muitos outros só se tornaram conhecidos pelo trabalho dos carolíngios.

Ao mesmo tempo, os escribas e os pintores fabricavam manuscritos de luxo. Na corte carolíngia, as bíblias, os evangeliários e os livros de salmos, ricamente adornados com iluminuras, eram depositados e preservados na capela real. Carlos, o Calvo, neto de Carlos Magno, foi um entusiasta dos belos manuscritos. Quando esteve em Roma para receber a coroa imperial das mãos do papa João VIII, levou de presente uma Bíblia magnífica.

As bíblias de Tours estão entre as mais belas editadas naquela época. Na Alemanha, os mosteiros de Saint-Gall, Reichenau e Fulda também possuíam equipes de escribas e de pintores.

Enquanto sob Carlos Magno os escribas recopiaram, sobretudo, obras religiosas, foi sob seus sucessores, Luís, o Pio, e Carlos, o Calvo, que ocorreu o que ficou conhecido como o "segundo Renascimento carolíngio", quando os autores profanos tiveram uma importância até então desconhecida, como os textos de César e Seutônio.

Nessa época, certos manuscritos eram sobrecarregados de sinais, chamados de "neumas", ou seja, notas musicais que permitem cantar o texto. Os monges as utilizavam para o canto a capela, mas também o faziam os alunos das escolas, para decorar os poemas dos salmos. A divisão do império carolíngio entre os netos de Carlos Magno - ocorrida na segunda metade do século IX - e as invasões normandas seguidas das húngaras complicaram a vida monástica. Mosteiros caíram nas mãos dos aristocratas laicos, ou foram arruinados pelos invasores. Muitos monges escaparam carregando relíquias e manuscritos para locais onde puderam se refugiar, sobretudo na região da Borgonha.

No começo do século X, foi fundado o mosteiro de Cluny (Borgonha), que se transformou no modelo das abadias reformadas, algumas décadas mais tarde. Outras reformas e reconstruções aconteceram em locais diversos, e a vida religiosa e o estudo renasceram nos mosteiros, em meados daquele século. As bibliotecas foram reconstituídas, e os scriptoria reativados. O século X caracterizou-se - pelo menos na sua segunda metade - por uma renovação intelectual e artística que prolongou o Renascimento carolíngio.

Os mosteiros que produziam manuscritos são numerosos. Entre eles, houve exemplos extraordinários. Na Alemanha, os otonianos foram os sucessores dos carolíngios - Oto I restaurou o Império germânico em 962 -, e o mosteiro de Saint-Gall foi o de maior prestígio. Centenas de manuscritos saíram do seu scriptorium, fosse para servir à biblioteca, da qual se conhece o catálogo, fosse para serem trocados por manuscritos de outras bibliotecas, particularmente a do mosteiro vizinho em Reicheneau, ou para serem vendidos. Ricos manuscritos, belamente adornados com iluminuras, foram executados nessas abadias. Na segunda metade do século X, muitas obras de luxo, destinadas à corte e ao bispo, foram escritas e pintadas em Reichenau.

No norte da Itália, a abadia de Bobbio, fundada pelos irlandeses no século VII, possuía a maior biblioteca do Ocidente. Um catálogo da época descreve 650 manuscritos. E foi o que entusiasmou um erudito de Reims, logo que foi nomeado abade de Bobbio em 982. No começo da sua formação, Gerbert d'Aurillac iniciou os estudos de teologia, ciências, aritmética e astronomia. Depois de uma temporada em Reims, ele foi para Bobbio.

Em sua correspondência, fala sobre os livros que encontrou, e de que modo comissionou a confecção de manuscritos. Ele exigiu do seu arcebispo permissão para recopiar obras provenientes de outras abadias. Hoje esta biblioteca só é conhecida em função de um inventário feito por um abade antes da peregrinação à Terra Santa. Além disso, Gerbert foi convidado por seu aluno, o imperador Oto I, a subir ao trono de São Pedro, sob o nome de papa Silvestre II (ano de 999), quando então legou uma parte dos seus livros à corte imperial, os quais ainda podem ser consultados na biblioteca do bispado de Bamberg (Baviera, Alemanha).

A Aquitânia, que vegetara desde a reconquista carolíngia em meados do século VIII, teve monges prósperos no século XI e tornou-se uma das cortes mais letradas e cultas da França. O abade Abbon do mosteiro Saint-Benoît-sur-Loire no ano 1000 e contemporâneo de Gebert tinha estreitas relações com a Inglaterra, com a qual fazia intercâmbios. Nos séculos X e XI, as abadias da Inglaterra eram tão ativas quanto as do continente. Em Canterbury e Winchester, escribas e pintores deixaram esplêndidos manuscritos litúrgicos.

Na segunda metade do século XI, as abadias se transformaram. A herança da cultura carolíngia cedeu espaço a uma outra cultura unicamente religiosa. Na França, em especial na abadia de Saint-Bernard de Clairvaux (abadia cisterciense), os manuscritos religiosos tiveram a prioridade, e os responsáveis pelas iluminuras foram restritos a uma ascese artística. A austeridade era de rigor: o ouro e as iniciais ornadas foram banidos. Em Paris, freqüentemente se contratava o trabalho de escribas fora do mosteiro. Nessa época, os fabricantes de livros apareceram nas cidades.

Até o final da Idade Média, cada mosteiro continuou a ter seu scriptorium. Mas o belo período da grandiosa produção de manuscritos havia terminado. Foram a escola episcopal, a biblioteca eclesiástica da cidade e, depois, no século XIII, as universidades que ficaram encarregadas de produzir os manuscritos.
Os escribas trabalhavam cercados do seu material: cartuchos de tinta, penas, raspadeiras, folhas de pergaminho. O pergaminho, fornecido pelo abade, era um material caro, que podia ser comprado, ou fornecido pelos membros do mosteiro. Quando uma solicitação de um manuscrito era feita ao scriptorium, o requerente podia enviar o pergaminho necessário, como podemos constatar na carta de Gerbert, dirigida ao abade de Saint-Julien-de-Tours.

O pergaminho era preparado previamente, a partir de pele de vitela ou de carneiro. Imersas num banho de cal durante alguns dias, essas peles eram espichadas e raspadas dos dois lados, depois cortadas e, eventualmente, tingidas numa cor púrpura para os manuscritos de luxo. Quando faltava pergaminho, era possível reutilizar as folhas já escritas de um manuscrito incompleto ou usado, raspando-se cuidadosamente sua superfície. Ao contrário do que se disse muitas vezes, os monges não substituíam de forma sistemática as obras profanas por textos religiosos. Graças a esses palimpsestos, posteriormente pôde-se descobrir textos antigos pela leitura de pergaminhos, com o auxílio de uma lâmpada de Wood, que emite raios ultravioletas.

Uma vez preparado, o pergaminho recebia um acabamento: uma grande folha podia ser recortada em quatro pedaços (de onde vem a expressão in quarto), ou em oito (de onde vem a expressão in octavo). Esses pedaços podiam ser encadernados em formatos pequenos, que continham um número maior de fólios. Mais tarde, o pergaminho foi apresentado em forma de rolo, como os antigos volumina, sobretudo para usos litúrgicos.

O escriba sentava-se num banco, os pés pousados sobre um escabelo. Colocava o pergaminho sobre os joelhos ou, ainda melhor, sobre uma escrivaninha. Na mão direita, segurava a pena que molhava no tinteiro. Ele podia ter uma raspadeira na mão esquerda. Um manuscrito de Bamberg mostra as etapas do trabalho do escriba em pequenos desenhos. Ele talhava a pena, escrevia seu rascunho numa tabuinha de cera. Essas tabuinhas sempre foram utilizadas na Idade Média, e se acompanhavam de estiletes de metal, que tinham uma ponta de um lado, e na outra uma parte achatada para apagar a escrita. No lugar da tabuinha de cera, o escriba podia usar um velho manuscrito ou, ainda melhor, escutar o ditado do leitor.

Antes de começar, o escriba experimentava a pena, ao traçar algumas letras do alfabeto nas margens, ou os primeiros versos de um salmo. Pode-se também encontrar reflexões pessoais do tipo: "Como o pergaminho é felpudo"; "Como está frio hoje"; "A lâmpada emite uma luz ruim"; ou, ainda, "Agora é a hora do almoço". Como o silêncio devia reinar no scriptorium, pode-se imaginar os escribas passando essas reflexões, uns para os outros.

O trabalho era difícil durante o inverno, sobretudo pela penumbra. Por causa do esforço de olhar fixamente os manuscritos, os monges poderiam ficar cegos. Aquele que ditava o texto, o dictator, o fazia com rapidez. Os monges tinham dificuldade de seguir o ditado.

Raramente o escriba trabalhava sozinho. A arrumação do mosteiro de Saint-Gall previa sete assentos no scriptorium. Apesar de os nomes não serem registrados, era muito fácil reconhecer a mudança da mão. A duração da execução de um livro variava segundo a habilidade dos copistas e os mais hábeis se vangloriavam de fazer um livro em dois dias ou de copiar 30 folhas por dia. Em geral, era preciso dois a três meses para copiar um manuscrito de dimensão média. Depois do manuscrito terminado, era necessário reler e corrigir os erros. Muitos escribas eram inexperientes, alguns quase analfabetos, e recopiavam os textos de uma maneira automática, sem compreender seu conteúdo. Aqueles que escreviam a partir do ditado acabavam usando uma ortografia fonética.

O chefe do ateliê revia o manuscrito. Um bom revisor corrigia a pontuação e a ortografia, sublinhava uma palavra incompreensível e marcava a margem com a palavra que julgava conveniente e adequada. Depois do término do manuscrito, se fosse um livro luxuoso de salmos ou um evangeliário encomendado por um bispo, ou por um príncipe, o pintor sucedia o escriba. Ele decorava as iniciais, enquadrava as páginas, pintava o que ficara em branco, segundo seu próprio talento ou segundo o estilo da escola onde fora formado. Temos então o manuscrito copiado, corrigido e ornamentado.

Em seguida, era necessário reunir as folhas, formar os cadernos para fazer um códice. Sobre o desenho já citado de Bamberg, pode-se ver o monge dobrar, costurar as folhas, cortar e depois preparar as encadernações. Desde a época carolíngia, a encadernação era utilizada para os livros valiosos, e era feita com peles de cervos. Assim, Carlos Magno autorizou os monges de um mosteiro francês a caçar cervos para criar um estoque do couro destinado à encadernação. A superfície lisa das encadernações era confiada a ourives, ou a artesãos que trabalhavam com marfim.




O Autor
Pierre Riché é professor emérito de História Medieval na Universidade de Paris X, Nanterre; publicou livros relacionados à História da cultura e da educação na idade média ocidental, entre eles, La Vier Quotidienne dans L´Empire Carolingien ( Paris, 1973)



Cópias a preço de ouro
Abaixo, uma carta de Gerbert d'Aurillac para o abade de Saint-Julien-de-Tours.

"Tendo considerado que a ciência moral e a ciência da língua não são separadas da filosofia, sempre misturei estudos de bem viver, e estudos de bem falar (...) para me preparar, jamais cessei de constituir uma biblioteca. E mesmo que recentemente em Roma, e em outras regiões da Itália, na Alemanha e também na Bélgica, eu tenha resgatado copistas e cópias de obras a preço de ouro, graças à ajuda benévola, e à solicitude dos meus amigos nessas províncias, do mesmo modo deixe-me vos pedir que seja assim no vosso mosteiro, e por vosso intermediário. No final das cartas nós vos indicaremos o que queremos copiar. Segundo vossas instruções, nós enviaremos o pergaminho para os copistas, e os fundos que serão necessários, sem esquecer não mais de vos indicar a nossa benevolência." (Extrato da carta 44.)



Um trabalho para a alma
O texto abaixo do scriptorium de Saint-Martin-de-Tours busca orientar o trabalho dos copistas.

"Que tomem lugar os que escrevem as palavras da lei santa, assim como os ensinamentos dos santos padres. Que eles não se permitam misturar suas tagarelices frívolas, com medo de que essa frivolidade não induza sua mão ao erro.

Que consigam textos corrigidos com cuidado, a fim de que a pena do pássaro siga certa pelo seu caminho. Que distingam as nuances dos sentidos das palavras, por membros e incisos, e que coloquem cada ponto em seu lugar, a fim de que o leitor não leia coisas falsas, ou talvez permaneça repentinamente interditado na igreja diante dos seus irmãos na religião.

De resto, deve-se fazer obra valiosa, e copiar os livros santos, e o escriba não será privado da sua própria recompensa. Mais do que cavar a videira, é bom copiar livros: lá se trabalha para a venda, aqui, para a alma. Do novo e do antigo, todo mestre poderá produzir em abundância, se ele ler os ensinamentos dos santos padres." (Alain, "Poème no 94".)



Um manuscrito no centro de mistério
O cotidiano dos copistas medievais é o cenário que o escritor italiano Umberto Eco escolheu para seu romance O nome da rosa (Difel), que viria a se transformar em filme de sucesso. A ação se passa num mosteiro em algum lugar no norte da Itália, no qual há uma imensa biblioteca com obras profanas e sagradas. E o enredo fala de uma série de crimes que, como se vê pelo desenrolar da história, estão de alguma forma ligados a esses livros. A reconstituição é perfeita e até o nome scriptorium é utilizado, embora as legendas do filme usem a palavra "escritório", que, apesar de ter derivado da primeira, não traduz o sentido específico, qual seja, o local onde trabalhavam os copistas.

Re.: Monges copistas

Enviado: 14 Mai 2007, 17:17
por Xicao
Leia o Livro abaixo....
Fica esperto manô.....
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http://www.livrosdeautoajuda.com.br/liv ... duto=62328


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Enviado: 14 Mai 2007, 17:22
por Azathoth
CEFAS... no século primeiro estima-se que apenas entre 10 a 15% da população era letrada.

Dentro do Cristianismo, que era uma religião predominantemente de classes mais baixas com sua pequena quota de intelectuais bem educados como Paulo, essa proporção caía ainda mais. O que parece paradoxal, porque ao contrário das religiões pagãs, o Cristianismo (e Judaísmo) eram "religiões do livro". Os escritos santos eram lidos em comunidade pelos poucos que sabiam ler.

Aliás, o significado de "alfabetizado" no Século I era bem diferente do significado dos dias de hoje, quando lemos e escrevemos com fluência; existiam pessoas que eram contratadas para ler livros e cartas mas que não sabiam escrever bem e existiam copistas que não sabiam ler bem e seu trabalho quase que era reduzido à "desenhar letras". Sabemos desse tipo de ineficiência analisando alguns tipos de erros de repetição comuns.

Não adianta você tentar proclamar a eficiência questionável dos copistas medievais quando o Novo Testamento já tinha sofrido 1 milênio de adulterações...

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 14 Mai 2007, 17:23
por CEFAS
Xicao escreveu:Leia o Livro abaixo....
Fica esperto manô.....
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http://www.livrosdeautoajuda.com.br/liv ... duto=62328


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


O que alhos têm a ver com bugalhos ?
Vc pode até acreditar que a Bíblia foi alterada, segundo as orientações deste seu autor sensacionalista.
Mas aqui o foco é "preservação de toda cultura ocidental, seja canonica ou pagã".

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 14 Mai 2007, 17:27
por Azathoth
CEFAS escreveu:O que alhos têm a ver com bugalhos ?
Vc pode até acreditar que a Bíblia foi alterada, segundo as orientações deste seu autor sensacionalista.
Mas aqui o foco é "preservação de toda cultura ocidental, seja canonica ou pagã".


O autor em questão, o doutor Bart Ehrman, não é nem um pouco "sensacionalista", é um dos maiores especialistas no Novo Testamento.

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 08:57
por CEFAS
Vcs continuam a distorcer o tópico.
O objetivo quando postei este texto era o de provar a importância dos monges copistas para a preservação de toda, repito, toda cultura ocidental escrita seja ela sagrada ou pagã.
Está comprovado.

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 09:15
por Xicao
Importancia dos monges plagiadores?

A importancia deles é que hora tá essa quizumba toda.... è igrejola abrindo para tudo quanté canto.....

Para que acreditar no que um padre esqueveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre escreveu plagiando o que outro padre escreveu mudando o que outro padre inventou....???????

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 09:29
por CEFAS
Pois é . E com todo esse plagio, as obras clássicas da Antiguidade foram preservadas.
Se é que vc acha isso importante. Talvez não, não é ?

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 09:41
por Benetton


CEFAS escreveu:Vcs continuam a distorcer o tópico.
O objetivo quando postei este texto era o de provar a importância dos monges copistas para a preservação de toda, repito, toda cultura ocidental escrita seja ela sagrada ou pagã.
Está comprovado.


A sua cara-de-pau em insistir nessa balela de que os copistas "preservaram" as escrituras não convenceriam nem o meu sobrinho de 8 anos.

Não adianta ficar copiando e colando textos enormes que não comprovam ABSOLUTAMENTE NADA.

Prefiro dar crédito a Pesquisadores de Universidades conceituadas, como Bart Ehrman que tem 30 anos de pesquisas acerca do Novo Testamento, é Chefe do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos e é considerado uma das maiores autoridades mundiais sobre a Bíblia e a vida de Jesus.

Já que você não se cansa de repetir balelas sobre os copistas, vou continuar repetindo a verdade sobre esses mesmo copistas, goste você ou não. Aí vai de novo a matéria sobre Bart Ehrman.

Ah, continue com a sua velha tática : Diga que Ehrman era um herege, um bobão e que ele não entendia nada das Escrituras e que só católicos é que entendem. :emoticon12:


Essa você vai ter que engolir, goste ou não :



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Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 09:49
por CEFAS
P... que pariu, vcs são burros ou o que ? Esqueçam a Bíblia. Este tópico não é sobre Bíblia ou supostas alterações.

O que os historiadores estão afirmando no texto ( que pelo jeito ninguém leu ) é que os monges foram os responsáveis pela preservação de todas as obras da Antiguidade que conhecemos ( filosofia, mitologia e etc.. ). Se não fosse por eles, muitas obras e autores que conhecemos ( incluindo Sócrates, Platão, Aristóteles ) teriam se perdido a muitos séculos.

Leiam o texto primeiro, preguiçosos..

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 09:55
por Tranca
CEFAS escreveu:Vcs continuam a distorcer o tópico.
O objetivo quando postei este texto era o de provar a importância dos monges copistas para a preservação de toda, repito, toda cultura ocidental escrita seja ela sagrada ou pagã.
Está comprovado.


Objetivo desnecessário, diga-se de passagem.

Até carecas sabem disso. Aliás, estão carecas de tanto saber.

O que pega é a questão da fidelidade aos escritos antigos, que era preterida em razão dos interesses da Santa Madre e até da estética.

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 10:04
por Xicao
ok, acredito CEFAS.
A Bíblia não foi e nunca será alterada... São os homens que ficam inventando coisas....

A Bíblia é a palavra pura e verdadeira e não tem como estar errada..... :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23:

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 10:08
por Benetton
CEFAS escreveu:P... que pariu, vcs são burros ou o que ? Esqueçam a Bíblia. Este tópico não é sobre Bíblia ou supostas alterações.

O que os historiadores estão afirmando no texto ( que pelo jeito ninguém leu ) é que os monges foram os responsáveis pela preservação de todas as obras da Antiguidade que conhecemos ( filosofia, mitologia e etc.. ). Se não fosse por eles, muitas obras e autores que conhecemos ( incluindo Sócrates, Platão, Aristóteles ) teriam se perdido a muitos séculos.

Leiam o texto primeiro, preguiçosos..

Quem tem dado mostras de burrice aguda aqui, não são os foristas veternanos.

Já que a sua burrice crônica não entendeu o recado, vou reunir um pouco mais de paciência e explicar o porquê do post :

Se esses honestíssimos copistas ADULTERRAM DESCARADAMENTE AS ESCRITURAS, que tipo de confiança se poderia ter em quaisquer outras obras que eles fizessem ???

Logo, tudo o que esses indivíduos copiaram, fossem escritos religiosos ou não, levaram a marca registrada dos seus próprios interesses. E já que muitos eram monges, suas cópias perdem totalmente a idoneidade, face à submissão ao clero medieval que impunha a sua própria cultura e interesses, de forma a preservar a hegemonia sobre a ignorância da maioria.


Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 10:31
por Sorrelfa
CEFAS escreveu:P... que pariu, vcs são burros ou o que ? Esqueçam a Bíblia. Este tópico não é sobre Bíblia ou supostas alterações.

O que os historiadores estão afirmando no texto ( que pelo jeito ninguém leu ) é que os monges foram os responsáveis pela preservação de todas as obras da Antiguidade que conhecemos ( filosofia, mitologia e etc.. ). Se não fosse por eles, muitas obras e autores que conhecemos ( incluindo Sócrates, Platão, Aristóteles ) teriam se perdido a muitos séculos.

Leiam o texto primeiro, preguiçosos..


Calma CEFAS não perca a "cabeça"... :emoticon8:

Você lê com dedicação o que todos aqui escrevem ?

obs: a igreja não preservou nada dos escritos de aristóteles.

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 10:51
por Xicao
de um site CRENTE.....

CEFAS, conheça um pouco mais de SUA igreja catolica.....
INQUISIÇÃO: SIGNIFICADO E OBJETIVO

Também chamada de Santo Ofício, INQUISIÇÃO era a designação dada a um tribunal eclesiástico, vigente na Idade Média e começos dos tempos modernos. Esse Tribunal, instituído pela Igreja Católica Romana, tinha por meta prioritária julgar e condenar os hereges. A palavra "herege" significa aquele que escolhe, que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. Então, todos os que se rebelavam contra a autoridade papal ou faziam qualquer espécie de crítica à Igreja de Roma eram considerados hereges.

INQUISIÇÃO é o ato de INQUIRIR: indagar, investigar, pesquisar, perguntar, interrogar judicialmente. Os hereges seriam os "irmãos separados", os "protestante", os "crentes", os "evangélicos" de hoje.

Em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Da Enciclopédia BARSA, vol 7, pags. 286-287 extraímos o seguinte: " Heresia, no sentido geral é uma atitude, crença ou doutrina, nascida de uma escolha pessoal, em oposição a um sistema comumente aceito e acatado. É uma opinião firmemente defendida contra uma doutrina estabelecida. A Igreja Católica, no seu Direito Canônico, estabelece uma distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento:

"Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO" (Direito Canônico 1.325, párag. 2).

Então, por esse raciocínio e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo são hereges e cismáticos porque negam muitas das "verdades" da fé católica, não se submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem Jesus Cristo como autoridade máxima da Igreja. De acordo com o que foi noticiado em janeiro/98 pelos jornais, a Igreja Católica Romana resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício ou Inquisição, colocando-os à disposição dos pesquisadores. Nesses arquivos constam 4.500 obras sob fatos e julgamentos de quatro séculos da Igreja Católica, conforme noticiado. A abertura desses processos é de muita valia para os pesquisadores, historiadores e interessados em conhecer um pouco mais do passado negro da Igreja de Roma. Nem por isso a humanidade deixou de conhecer as crueldades, as chacinas, o extermínio, as torturas que tiraram a vida de milhões de hereges. Os arquivos do Vaticano vão mostrar, certamente, com mais detalhes, como foram conduzidos os processos sumários e quais os métodos usados para obter confissões e retratações. Todavia, a guarda a sete chaves dessas informações não impediu que o mundo tomasse conhecimento dos crimes cometidos pelos tribunais inquisitórios. A História não pode ser apagada.

O INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES

Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens remontam ao século IV:

O herege espanhol Prisciliano foi condenado à morte pelos bispos espanhóis no ano de 1385; no século X muitos casos de execuções de hereges, na fogueira ou por estrangulamento; em 1198 o Papa Inocêncio III liderou uma cruzada contra os "ALBIGENSES" (hereges do sul da França), com execuções em massa; em 1229, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, sob a liderança do Papa Gregório IX; em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado "AD EXSTIRPANDA", em que vociferou: "os hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas". Este documento foi fundamental na execução do diabólico plano de exterminar os hereges. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão no caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. O "AD EXSTIRPANDA" foi renovado ou reforçado por vários papas, nos anos seguintes:

" Alexandre IV
" (1254-1261); Clemente IV (1265-1268), Nicolau IV
" (1288-1292); Bonifácio VIII (1294-1303) e outros.
" Inocêncio IV autorizou o uso da tortura.
OS MÉTODOS DE TORTURA

No seu "Livro das Sentenças da Inquisição" (Liber Sententiarum Inquisitionis) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), "um dos mais completos teóricos da Inquisição", descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro".

Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das "Botas Espanholas" para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a "roda do despedaçamento funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o "balcão de estiramento" era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o "esmaga cabeça" era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura. [clik aqui p/ ver esses instrumentos]

Com a promessa de irem diretamente para o Céu, sem passagem pelo purgatório, muitos homens eram exortados pelos inquisidores para guerrearem contra os hereges. No ano de 1209, em Beziers (França), 60 mil foram martirizados; dois anos depois, em Lauvau (França), o governador foi enforcado, sua mulher apedrejada e 400 pessoas queimadas vivas. A carnificina se espalhou por outras cidades e milhares foram mortos. Conta-se que num só dia 100.000 hereges foram vitimados. Depois de acusados, os hereges tinham pouca chance de sobrevivência. Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças.

O processo era sumário. Ou seja: rápido, sem formalidades, sem direito de defesa. Ao réu a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica Romana. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. A Igreja de Roma, sob o pretexto de que detinha as chaves dos céus e do inferno e poderes para livrar as almas do purgatório e perdoar pecados, pretendia ser UNIVERSAL, dominar as nações mediante pressão sob seus governantes e estabelecer seus domínios por todo o Planeta.

CRUELDADE E MATANÇA

A seguir, um relato sucinto do extermínio de hereges.

A matança dos valdenses -

Um dos primeiros grupos organizados a serem atormentados foram os valdenses. Valdenses eram chamados "os membros da seita, também chamada Pobres de Lião, fundada pelo mercador Pedro Valdo por volta de 1170, na França. Inspirada na pobreza evangélica, repudiava a riqueza da Igreja Católica". O grupo organizado por Pedro Valdo, um rico comerciante, cria que todos os homens tinham o direito de possuir a Bíblia traduzida na sua própria língua. Acreditavam, também, que a Bíblia era a autoridade final para a fé e para a vida. Os valdenses se vestiam com simplicidade - contrapondo-se à luxúria dos sacerdotes católicos - , ministravam a Ceia do Senhor e o Batismo, e ordenavam leigos para a pregação e ministração dos sacramentos. "O grupo tinha seu próprio clero, com bispos, sacerdotes e diáconos". Tal liberdade não era admitida pela Igreja Católica porque não havia submissão ao Papa e aos seus ensinos. Os valdenses possuíam a Bíblia traduzida na sua língua materna, o que facilitou a pregação da Palavra. Outros grupos sucumbiram diante das ameaças e castigos impostos pelos romanistas. Os valdenses, todavia, resistiram. Na escuridão das cavernas, cada versículo era copiado, lido e ensinado. Na Bíblia encontraram a Luz - uma luz forte que inunda corpo, alma e espírito... uma luz chamada Jesus. Os valdenses foram, certamente, os primeiros a se organizarem como igreja, formar seu próprio clero e enviar missionários para outras regiões na França e Itália. Tudo com muito sacrifício e sob implacável perseguição. Essa liberdade de ação motivou os líderes romanos a adotarem medidas duras contra a "seita". Uma bula papal classificou os valdenses como hereges e, como tal, condenados à morte. A única acusação contra eles era a de que "tinham uma aparência de piedade e santidade que seduzia as ovelhas do verdadeiro aprisco". Uma cruzada foi organizada contra esse povo santo. Como incentivo, a Igreja prometia perdão de todos os pecados aos que matassem um herege, "anulava todos os contratos feitos em favor deles (dos valdenses), proibia a toda a pessoa dar-lhe qualquer auxílio, e era permitido se apossar de suas propriedades por meio de violência". Não se sabe quantos valdenses morreram nas Cruzadas. Sabemos, portanto, que esses obstinados cristãos fincaram os alicerces da Reforma que viria séculos depois.

O Massacre De São Bartolomeu

Os católicos franceses apelidavam de "huguenotes" os protestantes. Uma designação depreciativa. Já fomos tratados de huguenotes, hereges, heréticos, protestantes, cristãos novos, irmãos separados, crentes, evangélicos, etc. No entanto, o Pai Celestial nos chama de FILHOS.

O massacre de São Bartolomeu ou a Noite de São Bartolomeu ficou conhecido como "a mais horrível entre as ações diabólicas de todos os séculos". Com a concordância do Papa Gregório XIII, o rei da França, Carlos IX, eliminou em poucos dias milhares de huguenotes. A matança iniciou-se na noite de 24.08.1572, em Paris, e se estendeu a todas as cidades onde se encontravam protestantes. Segundo o Livro "O Grande Conflito", foram martirizados cerca de setenta mil nesse massacre. "Quando a notícia do massacre chegou a Roma, a alegria do clero não teve limites. O cardeal de Lorena recompensou o mensageiro com mil coroas; o canhão de Santo Ângelo reboou em alegre salva; os sinos dobraram em todos os campanários; e o Papa Gregório XIII, acompanhado dos cardeais e outros dignitários eclesiásticos, foi, em longa procissão, à igreja de S.Luís, onde o cardeal de Lorena cantou o Te Deum. Um sacerdote falou "daquele dia tão cheio de felicidade e regozijo, em que o santíssimo padre recebeu a notícia e foi em aparato solene dar graças a Deus e a S.Luís".

Para comemorar e perpetuar na memória dos povos esse horrendo massacre, por ordem do Papa Gregório XIII foi cunhada uma moeda, onde se via a figura de um anjo com a espada numa mão e, na outra, uma cruz, diante de um grupo de horrorizados huguenotes. Nessa moeda comemorativa lia-se a seguinte inscrição: "UGONOTTORUM STANGES, 1572" ("A MATANÇA DOS HUGUENOTES, 1572"). Em seu livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA", o historiador e pesquisador cearense Jeovah Mendes, à pág. 238, assim registra a fatídica Noite de S.Bartolomeu: "Papa Gregório XIII (Ugo Buoncompagni) (1502-1585) - Em irreprimível ritmo acelerado recrudescia o ódio contra os protestantes em rumo de um trágico desfecho. O cardeal de Lorena, com a aprovação e bênção pontifícia de Gregório XIII, engendrou o mais horrível banho de sangue por motivos religiosos em toda a História da França ou de qualquer nação do mundo. Consumou-se o projeto assassino aos 24 de agosto de 1572, a inqualificável NOITE DE S.BARTOLOMEU, sendo nesse macabro festival de sangue, morto o impetérrito Coligny, mártir do Evangelho e honra de sua Pátria. Como troféu da bárbara carnificina, a cabeça de Coligny fora remetida ao "sumo pontífice" Gregório XIII (Maurício Lachatre, História dos Papas, vol. IV, pg. 68)".

O Massacre Dos Albigenses

Albigenses eram os nascidos na cidade de Albi, sul da França. Em 1198, por iniciativa do Papa Inocêncio III, foram instituídos "Os Inquisidores da Fé contra os Albigenses". Esses franceses foram considerados "hereges" porque seus ensinos doutrinários não se alinhavam com os da Igreja de Roma. O extermínio começou no ano de 1209 e se estendeu por 20 anos, quando milhares de albigenses pereceram. Fala-se em mais de 20.000 mortos, entre homens, mulheres e crianças.
O Massacre Da Espanha

Tomás de Torquemada (1420-1498), espanhol, padre dominicano, nomeado para cargo de grande-inquisidor pelo Papa Sisto IV, dirigiu as operações do Tribunal do Santo Ofício durante 14 anos. "Celebrizou-se por seu fanatismo religioso e crueldade". De mãos dadas com os reis católicos, promoveu a expulsão dos judeus da Espanha por édito real de 31.03.1492, tendo estes o prazo reduzido de quatro meses para se retirarem do país sem levar dinheiro, ouro ou prata. É acusado de haver condenado à fogueira 10.220 pessoas, e cerca de 100.000 foram encarceradas, banidas ou perderam haveres e fazendas. Tudo em nome da fé católica e da honra de Jesus Cristo.

O Massacre Dos Anabatistas

Grupo religioso iniciado na Inglaterra no século XVI, que defendia o batismo somente de pessoa adulta. Por autorização do Papa Pio V (1566-1572), cem mil foram exterminados.
O Massacre Em Portugal

Diante dos insistentes pedidos de D. João III, o Papa Paulo III introduziu, por bula de 1536, o Tribunal do Santo Ofício em Portugal. As perseguições foram de tal ordem que o comércio e a indústria na Espanha e em Portugal ficaram praticamente paralisados. "As execuções públicas eram conhecidas como autos-de-fé. No começo, funcionaram tribunais da Inquisição nas diversas dioceses de Portugal, mas no século XVI ficaram apenas os de Lisboa, Coimbra e Évora. Depois, somente o da capital do reino, presidido pelo inquisidor-geral. Até 1732, em Portugal, o número de sentenciados atingiu 23.068, dos quais 1.554 condenados à morte. Na torre do Tombo, em Lisboa, estão registrados mais de 36.000 processos". Daí porque os 4.500 processos constantes dos arquivos de terror do Vaticano - Os Arquivos do Santo Ofício - recentemente liberados aos pesquisadores, não contam toda a história da desumana Inquisição.

REFERÊNCIAS GERAIS SOBRE A INQUISIÇÃO

A Inquisição Em Cuba

Não havia parte nenhuma no mundo onde os protestantes ou hereges estivessem livres para o exercício de sua fé. Partindo da Europa, muitos procuraram refúgio nas Américas do Sul e Central, o "Novo Mundo". Mas para cá também vieram os inquisidores. A inquisição em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que, com requintes de maldade, eliminou setenta e cinco "hereges".
A Inquisição No Brasil

O padre Antônio Vieira (1608-1697), pregador missionário e diplomata, defensor dos indígenas, considerado a maior figura intelectual luso-brasileira do séc. 17 foi condenado por heresia pelo Santo Ofício, e mantido em prisão por cerca de dois anos. O brasileiro Antônio José da Silva, poeta e comediólogo, foi um dos supliciados em autos-da-fé. A Inquisição se instalou no Brasil em três ocasiões: Em 09.06.1591, na Bahia, por três anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na Bahia, em 1618. Há notícia de que no século XVIII Inquisição atuou no Brasil. Segundo o jornal "Mensageiro da Paz", número 1334, de maio/1998, "cento e trinta e nove "pessoas foram queimadas vivas, no Brasil, entre os anos de 1721 e 1777. Todos os que confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com os dados históricos, quase todos os cristãos-novos presos no Brasil pela Inquisição, durante o século 18, eram brasileiros natos e pertenciam a todas as camadas sociais. Praticamente a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos no século 18 era mulheres. Na Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à morte na fogueira em um processo julgado em Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante mais de dois séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos descendentes de judeus. Os que estavam nessa condição podiam ser punidos com a morte, confisco dos bens e na melhor das hipóteses ficavam impedidos de assumir cargos públicos". A matéria do Mensageiro da Paz foi assinada por Regina Coeli. Do livro "BABILÔNIA: A RELIGIÃO DOS MISTÉRIOS" de Ralph Woodrow - "As autoridades civis eram ordenadas pelos papas, sob pena de excomunhão, a executarem as sentenças legais que condenavam os hereges impenitentes ao poste. Deve-se notar que a excomunhão em si mesma não era uma coisa simples, pois, se a pessoa excomungada não se livrasse da excomunhão dentro de um ano, passava a ser considerada herética, e incorria em todas as penalidades que afetavam a heresia" (pág. 110). "A intolerância religiosa que incitou a Inquisição, causou guerras que envolveram cidades inteiras. Em 1209 a cidade de Beziers foi tomada por homens que tinham recebido a promessa do papa de que entrando na cruzada contra os hereges, eles (os assassinos), ao morrerem, passariam direto para o céu, desviando-se do purgatório. Reporta-se que sessenta mil, nesta cidade, pereceram pela espada. Em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras. Quatrocentas pessoas foram queimadas vivas em Lavaur. Os cruzados assistiram à missa solene pela manhã, em seguida passaram a tomar outras cidades da área. Neste cerco estima-se que cem mil albigenses (protestantes) caíram em um só dia. Seus corpos foram amontoados e queimados. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Se qualquer uma pulasse das janelas seria recebida na ponta de lanças. Mulheres foram ostensiva e dolorosamente violentadas. Crianças assassinadas diante de seus pais. Algumas pessoas eram lançadas de abismos ou arrancavam suas roupas e arrastavam-nas pelas ruas. Métodos semelhantes foram usados no massacre de Orange em 1562. O exército italiano, enviado pelo Papa Pio IV, recebeu ordem e matar homens, mulheres e crianças. A ordem foi seguida com terrível crueldade, sendo o povo exposto a vergonha e tortura indescritíveis. Dez mil huguenotes (protestantes) foram mortos no sangrento massacre em paris no "Dia de São Bartolomeu", em 1572". (págs. 113-114). Enciclopédia BARSA, vol. 8, pág. 30-31, edição 1977 Em 1229, no Concílio de Tolouse, criou-se oficialmente a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. A partir deste momento, e sobretudo com o trabalho dos frades dominicanos, foi-se precisando a legislação e jurisprudência da Inquisição. O processo era sumário. O acusado podia ignorar o nome do acusador. Mulheres, crianças e escravos podiam ser testemunhas na acusação, mas não na defesa. Num destes processos consta o nome de uma testemunha de dez anos e idade. O padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), um dos mais completos teóricos da Inquisição, enumerou, no seu Liber Sententiarum Inquisitionis ("Livro das Sentenças da Inquisição"), vários processos para a boa obtenção de confissões, inclusive pelo enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro."

Do livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA, DE CAIM A SADDAM HUSSEIN, do cearense Jeovah Mendes, edição 1997, págs 249-250.

"Em toda a sua calamitosa história, a Igreja Católica nada mais tem feito que perseguir o homem, sob o sofisma de agir em nome de Deus. Vejamos os morticínios que ela levou a efeito: As cruzadas à Terra Santa custaram à humanidade o sacrifício de dois milhões de vítimas; de Leão X a Clemente IX (papas) os sanguinários agentes do catolicismo, que dominavam a França, a Holanda, a Alemanha, a Flandes e a Inglaterra, realizaram a tenebrosa São Bartolomeu, de que já falamos, degolando, massacrando, queimando mais de dois milhões de infiéis, enquanto a Companhia de Jesus, obra do abominável Inácio de Loyola, cometia as maiores atrocidades, chegando mesmo a envenenar o Papa Clemente XIV. O seu agente S. Francisco Xavier, em missão no Japão, imolava cerca de quatrocentos mil nipônicos; as cruzadas levadas a efeito entre os indígenas da América, segundo Las Casas, bispo espanhol e testemunha ocular de perseguição e autos-de-fé, sacrificaram doze milhões de seres em holocausto ao seu Deus; a guerra religiosa que se seguiu ao suplício do Padre João Huss e Jerônimo de Praga, contou mais de cento e cinqüenta mil vidas imoladas à Igreja Romana; no século XIV, o grande Cisma do Ocidente cobriu a Europa de cadáveres, dado que nada menos de cinqüenta mil vidas foram o preço cobrado pela ira papal; as cruzadas levadas a efeito a partir de Gregório VII (papa), roubaram à Europa cerca de trezentos mil homens, assassinados com requintes de selvageria; nas terras do Báltico, os frades cavaleiros, além de uma devastação e pilhagem completa, ainda sacrificaram mais de cem mil vidas; a imperatriz Teodora, dando cumprimento a uma penitência imposta pelo seu confessor, fez massacrar cento e vinte mil maniqueus, no ano de 845; as disputas religiosas entre iconoclastas e iconólatras devastaram muitas províncias, resultando ainda no sacrifício de mais de sessenta mil cristãos degolados e queimados. A Santa Inquisição, na sua longa e tenebrosa jornada, levou aos mais horrorosos suplícios, inclusive às fogueiras, algumas centenas de milhares de pobres desgraçados; segundo o Barão d´Holbach, a Igreja Católica Romana, pelos seus papas, bispos e padres, é a responsável pelo sacrifício de cerca de dez milhões de vidas. Que mais é preciso dizer"?
:emoticon13:

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 10:55
por Xicao
Do livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA, DE CAIM A SADDAM HUSSEIN, do cearense Jeovah Mendes, edição 1997, págs 249-250.

"Em toda a sua calamitosa história, a Igreja Católica nada mais tem feito que perseguir o homem, sob o sofisma de agir em nome de Deus. Vejamos os morticínios que ela levou a efeito: As cruzadas à Terra Santa custaram à humanidade o sacrifício de dois milhões de vítimas; de Leão X a Clemente IX (papas) os sanguinários agentes do catolicismo, que dominavam a França, a Holanda, a Alemanha, a Flandes e a Inglaterra, realizaram a tenebrosa São Bartolomeu, de que já falamos, degolando, massacrando, queimando mais de dois milhões de infiéis, enquanto a Companhia de Jesus, obra do abominável Inácio de Loyola, cometia as maiores atrocidades, chegando mesmo a envenenar o Papa Clemente XIV. O seu agente S. Francisco Xavier, em missão no Japão, imolava cerca de quatrocentos mil nipônicos; as cruzadas levadas a efeito entre os indígenas da América, segundo Las Casas, bispo espanhol e testemunha ocular de perseguição e autos-de-fé, sacrificaram doze milhões de seres em holocausto ao seu Deus; a guerra religiosa que se seguiu ao suplício do Padre João Huss e Jerônimo de Praga, contou mais de cento e cinqüenta mil vidas imoladas à Igreja Romana; no século XIV, o grande Cisma do Ocidente cobriu a Europa de cadáveres, dado que nada menos de cinqüenta mil vidas foram o preço cobrado pela ira papal; as cruzadas levadas a efeito a partir de Gregório VII (papa), roubaram à Europa cerca de trezentos mil homens, assassinados com requintes de selvageria; nas terras do Báltico, os frades cavaleiros, além de uma devastação e pilhagem completa, ainda sacrificaram mais de cem mil vidas; a imperatriz Teodora, dando cumprimento a uma penitência imposta pelo seu confessor, fez massacrar cento e vinte mil maniqueus, no ano de 845; as disputas religiosas entre iconoclastas e iconólatras devastaram muitas províncias, resultando ainda no sacrifício de mais de sessenta mil cristãos degolados e queimados. A Santa Inquisição, na sua longa e tenebrosa jornada, levou aos mais horrorosos suplícios, inclusive às fogueiras, algumas centenas de milhares de pobres desgraçados; segundo o Barão d´Holbach, a Igreja Católica Romana, pelos seus papas, bispos e padres, é a responsável pelo sacrifício de cerca de dez milhões de vidas. Que mais é preciso dizer"?

Que mais é preciso dizer sobre a Igreja Católica Apostólica Romana????

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 11:53
por CEFAS
Só isso de mal vc sabe da Igreja ? E quanto a Lucrécia Bórgia, prática de incesto e etc ?
Vc está mal informado.

A Igreja Católica Apostólica Romana é uma instituição de 2000 anos. Incomparavelmente mais antiga que qualquer outra.
Naturalmente, almejando poder, muita gente sem qualidade se apossou do trono de Pedro ao longo dos séculos. Isso não é novidade alguma já que a Igreja, apesar de Santa, é formada por homens pecadores.

O grande João Paulo II chegou a se desculpar pelos erros da Igreja.

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 11:58
por Azathoth
CEFAS escreveu:A Igreja Católica Apostólica Romana é uma instituição de 2000 anos. Incomparavelmente mais antiga que qualquer outra.


Está a fim de um Ad antiquitatem?

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:10
por Xicao
Azathoth escreveu:
CEFAS escreveu:A Igreja Católica Apostólica Romana é uma instituição de 2000 anos. Incomparavelmente mais antiga que qualquer outra.


Está a fim de um Ad antiquitatem?


Estude, cara, e descobrirás que a Igreja Católica começou em Nicéia, quando foi instituída a FÉ UNIVERSAL e as demais FÉS foram excomungadas.....(Todos os outros Cristianismos foram banidos para ressurgir alguns só na reforma protestante...)

Isto se deu em 325 EC (era comum), ou seja, 2007 - 325 = 1682 anos

A igreja catolica tem 1682 anos, e o Estado do Vaticano só tem uns 80 anos, com o Tratado de Ladrão, ops, Tratado de Latrão, onde o sanguinário Mussolini deu aqueles acres de terra para a igreja catolica ser independente do Governo.

Estude sobre o Concílio de Nicéia e o que ocorreu lá, que vai que até lá Jesus não era Deus, não se guardava o domingo, natal, pascoa, etc, e que tudo foi criado naquela data, inclusive os evangelhos foram separados pelo Padrófilo Atanásio que disse que deveriam fazer parte da 'bíblia' ou 'coleçao de livros santos' e os demais evangelhos, milhares deles, foram queimados com o nascimento da igreja catolica.....

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:16
por Xicao
Á partir de Nicéia os monges passaram a copiar conforme a corrente dominante mandava, e assim foram mudando os textos sagrados até o advento da reforma, que brecou esse embuste, mas caiu no mesmo embuste de confiar nos escritos dos padrecos mais antigos..... :emoticon13:

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:28
por Benetton


CEFAS escreveu:
A Igreja Católica Apostólica Romana é uma instituição de 2000 anos. Incomparavelmente mais antiga que qualquer outra.


Mais uma falácia descarada.

Todos sabem que foi o Imperador Constantino quem fundou essa seita de luxo chamada católica. E isso ocorreu em 325, no Concílio de Nicéia. Antes disso, os Cristãos só se reuniam às escondidas em casas e catacumbas e, se fossem pegos, eram jogados aos leões.

Portanto, essa igrejola tem no máximo 1.682 anos, e não 2.000 anos, como orgulhosa e vaidosamente os fanáticos chatólicos dizem, para passar a idéia de ela "teria" sido fundada por Cristo.

Mesmo que Santo Inácio de Antioquia, no século I, tenha utilizado pela primeira vez o termo "católica", a igreja não existia como entidade constituída.

Há que se ressaltar que, igreja naquela época não era a igreja que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra «Igreja», no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente «assembleia de convocados», neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus, ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemos pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja por exemplo, a epístola aos Romanos (16, 5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklêsia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Aquila e Priscila, ou a epístola a Filémon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklêsia que se reunia em casa do dito Filémon; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por «sinagoga».

Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja católica enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nícéia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de 300 anos após a morte de Cristo.


Quanto à passagem exaustivamente usada na Bíblia para justificar Pedro como fundador da Igreja, temos incontáveis interpretações : "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18). Existe inúmeras controvérsias sobre o real significado dessa passagem. Possuo interpretações de várias correntes e muitas apontam a Cristo como a verdadeira pedra de fundação. Resumindo :


Quando Cristo falou “...esta pedra...” não estava se referindo a Pedro, mas sim à anterior declaração de Pedro a respeito de Jesus – “Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo”. Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). No grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto pedra ou rocha é petra, do gênero feminino. O que Cristo disse: “Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra (feminino) eu edificarei a minha igreja.”


“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posto como cabeça de esquina” (At 4.11).




Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:31
por Fernando Silva
CEFAS escreveu:Vcs continuam a distorcer o tópico.
O objetivo quando postei este texto era o de provar a importância dos monges copistas para a preservação de toda, repito, toda cultura ocidental escrita seja ela sagrada ou pagã.
Está comprovado.

Não está, pelo contrário. O que a ICAR preservou foi só uma parte da cultura antiga, aquela que não contrariava suas crenças. O resto, ela tentou destruir.

Você exagera a importância da ICAR e ignora que o mundo é enorme e havia outros povos cuidando de manter essa cultura viva, como gregos e árabes, por exemplo.

Que mania que têm os cristãos de achar que sua religião é o centro do mundo, que a Bíblia é o livro mais importante de todos e que toda a humanidade gira em torno deles...

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:35
por Fernando Silva
Benetton escreveu:Quanto à passagem exaustivamente usada na Bíblia para justificar Pedro como fundador da Igreja, temos incontáveis interpretações : "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18).

Curiosamente, havia um deus chamado Petra nas religiões antigas, que era o guardião das chaves do céu, além de uma pedra considerada sagrada e também denominada Petra.

Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:37
por O ENCOSTO
Só para deixar registrado:

Kardecistas defendem que a Biblia sofreu modificações porque os textos de hoje não falam de reencarnação.

O mesmo fazem os maometanos. Eles acreditam que em algum lugar era falado de Maomé e do maometanismo.

Os cristãos modificaram os ensinamentos de cristo e só por isso não citam reencarnação, karma ou maomé, respectivamente.

Re: Re.: Monges copistas

Enviado: 15 Mai 2007, 12:39
por O ENCOSTO
Fernando Silva escreveu:
Benetton escreveu:Quanto à passagem exaustivamente usada na Bíblia para justificar Pedro como fundador da Igreja, temos incontáveis interpretações : "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18).

Curiosamente, havia um deus chamado Petra nas religiões antigas, que era o guardião das chaves do céu, além de uma pedra considerada sagrada e também denominada Petra.


Os evangelicos literalistas acreditam também que Pedro é a pedra fundamental. Oque eles não acreditam é que Jesus tenha criado o papado.