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Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 14 Mai 2007, 18:49
por Azathoth
Vou citar aos poucos exemplos das centenas de adulterações explícitas sofridas intencionalmente e não-intencionalmente pelo Novo Testamento conforme descrito no livro Misquoting Jesus de Bart Ehrman, o qual o Benetton já divulgou em vários tópicos.
Um dos eventos do Novo Testamento mais conhecidos, sendo citado popularmente com frequência, é o episódio entre Jesus e a mulher adúltera.
Esse evento é descrito unicamente no Evangelho de João:
João 8:1-12
1 JESUS, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
2 E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
9 Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
10 E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
12 Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
Essa história possui vários detalhes curiosos; por exemplo, o que Jesus estava escrevendo no chão? A forma como Jesus respondeu aos fariseus também foi interessante, ele tanto não declarou que a mulher deveria sair impune pois isso seria uma violação da Lei Mosaica quanto ordenou que a mesma fosse apedrejada, o que não seria uma mensagem de amor e compaixão.
Ainda mais estranho é o fato de que de acordo com a Lei Mosaica, ambos os adúlteros deveriam ser punidos com apedrejamento, não somente a mulher. Onde está o companheiro de cama?
Os doze versículos já deixam bastante material interessante para discussão, mas não aquilo que é mais extraordinário; essa história simplesmente não é original do Evangelho de João. Como sabemos disso? Porque a mesma não existe nas cópias mais antigas e confiáveis do Evangelho de João que possuímos - foi uma adição posterior por copistas.
A evidência é ainda mais profunda; o estilo de escrita dessa narrativa é alienígena ao do resto do Evangelho de João, são utilizados de palavras e termos incomuns. Essa passagem simplesmente nunca fez parte do manuscrito original do Evangelho de João, por mais que sejam interessantes os valores morais que temos capacidade de resgatar da mesma.
Em outras cópias de manuscritos dos Evangelhos que não integraram o cânon, a mesma história já foi vista sendo adicionada curiosamente depois do Capítulo 21 de Lucas.
Historiadores do NT debatem sobre a razão da mesma ter sido adicionada posteriormente. Uma hipótese bem aceita é que o relato era circulado oralmente e considerado importante dentre as comunidades cristãs primitivas, o que levou à integração da mesma aos escritos sagrados.
Mas seja lá quem tenha escrito originalmente o caso de Jesus e da mulher adúltera na iminência de ser apedrejada, decididamente não foi João.
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 14 Mai 2007, 19:08
por Azathoth
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 14 Mai 2007, 21:20
por betossantana
Pôxa, Azatoth, logo essa passagem que é tão bonitinha e tão fashion!
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 07:33
por Xicao
A igreja já mentia de longa data.....
Uma igreja fundada na mentira, só pode mesmo existir devido aos trouxas que acreditam nele....
vede o que disseram que disseram que disseram que João escreveu que Jesus disse:
"Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira." Joao 8,44
A Igreja Católica não é de Deus, é do Diabo, que vive mentindo e ensinando mentiras........
é por isso que eles escreveram, editaram, aumentaram, tiraram partes da biblia.....
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 07:36
por Fernando Silva
O evangelho de Marcos originalmente terminava no túmulo vazio. As aparições de Jesus ressuscitado foram incluídas ao longo do século II.
CRONOLOGIA RESUMIDA DO SURGIMENTO DOS EVANGELHOS:
Há uma epístola apócrifa, denominada 1 Clemente, enviada de Roma aos
Coríntios no ano de 96 d.C., onde pela primeira vez Jesus é mencionado como
mestre e ensinamentos lhe são atribuídos. Várias passagens lembram o Sermão
da Montanha mas há outras que também lembram os evangelhos mas não são
atribuídas a ninguém ou então citam o Antigo Testamento. Ainda não há
menções a uma vida terrena nem sobre milagres ou João Batista. Mesmo quando
fala do julgamento e morte de Cristo, Clemente cita Isaías. Seu Jesus parece
ser algo que ele contruiu a partir das Escrituras.
Por volta do ano 107 d.C., nas 7 cartas escritas por Inácio, surgem as
primeiras menções a Herodes, Pôncio Pilatos e Maria. Há até um trecho sobre
a aparição de Jesus ressuscitado aos discípulos, mas ainda nada se diz dos
evangelhos ou que Jesus tivesse sido um mestre.
Na época de Inácio foi escrita a Didaké (ou Didache), onde nada se fala dos
ensinamentos de Jesus e a oração do Pai Nosso é atribuída diretamente a
Deus. Nada de última ceia, morte e ressurreição. Deus é o mestre e Jesus
aparece apenas como filho de Deus e seu servo, cuja função é servir de canal
de comunicação entre Deus e os homens.
O nascimento de um Jesus terreno aparece pela primeira vez no texto
"Ascensão de Isaías", que data de 115 d.C. Mas a história é diferente. Jesus
nasce na casa de Maria e José em Belém, não numa mangedoura durante uma
viagem, e Maria só mais tarde descobre que seu filho era especial. Nada
sobre pastores, magos, Herodes e fuga para o Egito. Os evangelistas se
basearam nesta história mas cada um a modificou à sua maneira, mantendo em
comum apenas a referência a Belém, provavelmente por causa da profecia de
Malaquias sobre o nascimento lá de um futuro rei de Israel. A fuga para o
Egito, por exemplo, só existe num dos evangelhos. Em outro, Jesus volta
diretamente para casa e é apresentado no templo (NOTA 3).
A primeira referência a Pilatos numa epístola surge em 1 Timóteo 6:13, que
deve ter sido escrita por volta de 115 d.C., mas ela é tão omissa quanto ao
resto que acredita-se que esta seja uma inclusão posterior. 1
Tessalonicenses afirma que os judeus mataram Jesus mas há um consenso entre
os estudiosos da Bíblia sobre esta ser uma inclusão posterior também.
2 Pedro, escrita por volta de 120 d.C., fala na vinda futura de Jesus (não o
seu retorno) e seu autor cita profecias do AT, não uma promessa feita por
Jesus. No fim do capítulo 1, esta epístola menciona algo que lembra a
transfiguração de Jesus dos evangelhos mas o fato é apresentado como uma
amostra do que seria a vinda futura de Jesus e de seu poder. E a fonte, mais
uma vez, são as Escrituras, não um Jesus terreno.
Barnabás (120 d.C.) é mais uma coleção de tradições orais e lendas, sem
menção aos evangelhos ou Jesus de carne e osso, embora algumas passagens
lembrem seus ensinamentos e haja vagas referências a acontecimentos
históricos. Quando fala da paixão de Cristo, se baseia nas Escrituras.
Uma carta de Policarpo, bispo de Esmirna (130 d.C.) já está bem próxima dos
evangelhos em vários trechos mas ainda faz referência aos documentos acima,
não aos evangelistas.
Há escritos de Papias da época de Policarpo que se perderam mas são
mencionados por Eusébio e estes começam a fazer referência aos evangelhos.
Segundo Eusébio, Papias disse que um certo João disse que Marcos tinha sido
o intérprete de Pedro e registrou o que Pedro ainda se lembrava dos
ensinamentos do Senhor, aos pedaços e sem ordem. Ou seja, ainda não era um
evangelho narrativo.
Por volta de 140 d.C, o gnóstico Marcião usou trechos de uma versão prévia
do que viria a ser o evangelho de Lucas. Sabemos disto porque Tertuliano
condenou sua interpretação do texto anos mais tarde. A versão que Marcião
usou era diferente da atual, o que mostra que os evangelhos passaram por
várias revisões. E isto ocorreu provavelmente porque na época os evangelhos
não passavam de textos soltos de vários autores e ninguém os considerava
sagrados nem inalteráveis, apenas considerações pessoais sobre Jesus e seus
ensinamentos.
Na verdade, este processo de revisão pode ser visto ao longo dos 30 anos que
separam Marcos de João. Cada um é uma adaptação do anterior à realidade de
sua época. Um exemplo é o progressivo envolvimento dos judeus na condenação
de Jesus e a "desculpabilização" dos romanos.
Os evangelhos, aliás, nem tinham nomes. Justino, o Mártir, por volta de 150
d.C. ainda os chama apenas de "Memórias dos Apóstolos" e o que ele cita são
apenas ensinamentos soltos. Tais trechos divergem dos evangelhos atuais e
não há nada do evangelho de João.
A primeira menção que já foi encontrada aos 4 evangelistas é a de Ireneu,
bispo de Lyons, por volta de 180 d.C., onde ele comenta que deveria haver 4
evangelhos porque havia 4 ventos e 4 cantos da Terra.
Finalmente, acredita-se que os Atos tenham sido escritos pela igreja de Roma
em meados do segundo século para criar uma imagem mais favorável de Paulo,
que na época era apontado pelos gnósticos como seu líder (por se basear
apenas nas revelações recebidas diretamente de Deus e não através da Igreja,
ou seja, do Jesus terreno e dos apóstolos). As epístolas, pelo contrário,
mostram Paulo rejeitando a versão de Tiago e os outros, embora eles tivessem
convivido com Jesus.
No concílio de Nicéia (325 d.C.), houve uma primeira separação entre canônicos
e apócrifos. As lendas contam que os livros estavam sobre o altar e os apócrifos
caíram, ficando apenas os canônicos. Ou que os canônicos saíram voando e se
empilharam sozinhos sobre o altar. Ou que, estando a igreja completamente
fechada, uma pomba (o Espírito Santo) entrou e sussurrou ao ouvido de cada
bispo qual era o cânon.
Mas a primeira lista do Novo Testamento (com 27 livros) foi feita pelo bispo
Atanásio, em sua Carta da Páscoa de 367 d.C.. Esta lista foi reafirmada num
concílio em Roma em 382 e depois em concílios em Hippo (393) e Cartago
(397 e 419). Entretanto, tais concílios tiveram na época efeito apenas local,
persistindo as divergências dentro da Igreja Católica como um todo até o
concílio de Trento, em 1545, onde a discussão foi tão acalorada que chegou
a haver agressões físicas entre os participantes.
Re: Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente a
Enviado: 15 Mai 2007, 08:45
por Aranha
Fernando Silva escreveu:O evangelho de Marcos originalmente terminava no túmulo vazio. As aparições de Jesus ressuscitado foram incluídas ao longo do século II.
CRONOLOGIA RESUMIDA DO SURGIMENTO DOS EVANGELHOS:
Há uma epístola apócrifa, denominada 1 Clemente, enviada de Roma aos
Coríntios no ano de 96 d.C., onde pela primeira vez Jesus é mencionado como
mestre e ensinamentos lhe são atribuídos. Várias passagens lembram o Sermão
da Montanha mas há outras que também lembram os evangelhos mas não são
atribuídas a ninguém ou então citam o Antigo Testamento. Ainda não há
menções a uma vida terrena nem sobre milagres ou João Batista. Mesmo quando
fala do julgamento e morte de Cristo, Clemente cita Isaías. Seu Jesus parece
ser algo que ele contruiu a partir das Escrituras.
Por volta do ano 107 d.C., nas 7 cartas escritas por Inácio, surgem as
primeiras menções a Herodes, Pôncio Pilatos e Maria. Há até um trecho sobre
a aparição de Jesus ressuscitado aos discípulos, mas ainda nada se diz dos
evangelhos ou que Jesus tivesse sido um mestre.
Na época de Inácio foi escrita a Didaké (ou Didache), onde nada se fala dos
ensinamentos de Jesus e a oração do Pai Nosso é atribuída diretamente a
Deus. Nada de última ceia, morte e ressurreição. Deus é o mestre e Jesus
aparece apenas como filho de Deus e seu servo, cuja função é servir de canal
de comunicação entre Deus e os homens.
O nascimento de um Jesus terreno aparece pela primeira vez no texto
"Ascensão de Isaías", que data de 115 d.C. Mas a história é diferente. Jesus
nasce na casa de Maria e José em Belém, não numa mangedoura durante uma
viagem, e Maria só mais tarde descobre que seu filho era especial. Nada
sobre pastores, magos, Herodes e fuga para o Egito. Os evangelistas se
basearam nesta história mas cada um a modificou à sua maneira, mantendo em
comum apenas a referência a Belém, provavelmente por causa da profecia de
Malaquias sobre o nascimento lá de um futuro rei de Israel. A fuga para o
Egito, por exemplo, só existe num dos evangelhos. Em outro, Jesus volta
diretamente para casa e é apresentado no templo (NOTA 3).
A primeira referência a Pilatos numa epístola surge em 1 Timóteo 6:13, que
deve ter sido escrita por volta de 115 d.C., mas ela é tão omissa quanto ao
resto que acredita-se que esta seja uma inclusão posterior. 1
Tessalonicenses afirma que os judeus mataram Jesus mas há um consenso entre
os estudiosos da Bíblia sobre esta ser uma inclusão posterior também.
2 Pedro, escrita por volta de 120 d.C., fala na vinda futura de Jesus (não o
seu retorno) e seu autor cita profecias do AT, não uma promessa feita por
Jesus. No fim do capítulo 1, esta epístola menciona algo que lembra a
transfiguração de Jesus dos evangelhos mas o fato é apresentado como uma
amostra do que seria a vinda futura de Jesus e de seu poder. E a fonte, mais
uma vez, são as Escrituras, não um Jesus terreno.
Barnabás (120 d.C.) é mais uma coleção de tradições orais e lendas, sem
menção aos evangelhos ou Jesus de carne e osso, embora algumas passagens
lembrem seus ensinamentos e haja vagas referências a acontecimentos
históricos. Quando fala da paixão de Cristo, se baseia nas Escrituras.
Uma carta de Policarpo, bispo de Esmirna (130 d.C.) já está bem próxima dos
evangelhos em vários trechos mas ainda faz referência aos documentos acima,
não aos evangelistas.
Há escritos de Papias da época de Policarpo que se perderam mas são
mencionados por Eusébio e estes começam a fazer referência aos evangelhos.
Segundo Eusébio, Papias disse que um certo João disse que Marcos tinha sido
o intérprete de Pedro e registrou o que Pedro ainda se lembrava dos
ensinamentos do Senhor, aos pedaços e sem ordem. Ou seja, ainda não era um
evangelho narrativo.
Por volta de 140 d.C, o gnóstico Marcião usou trechos de uma versão prévia
do que viria a ser o evangelho de Lucas. Sabemos disto porque Tertuliano
condenou sua interpretação do texto anos mais tarde. A versão que Marcião
usou era diferente da atual, o que mostra que os evangelhos passaram por
várias revisões. E isto ocorreu provavelmente porque na época os evangelhos
não passavam de textos soltos de vários autores e ninguém os considerava
sagrados nem inalteráveis, apenas considerações pessoais sobre Jesus e seus
ensinamentos.
Na verdade, este processo de revisão pode ser visto ao longo dos 30 anos que
separam Marcos de João. Cada um é uma adaptação do anterior à realidade de
sua época. Um exemplo é o progressivo envolvimento dos judeus na condenação
de Jesus e a "desculpabilização" dos romanos.
Os evangelhos, aliás, nem tinham nomes. Justino, o Mártir, por volta de 150
d.C. ainda os chama apenas de "Memórias dos Apóstolos" e o que ele cita são
apenas ensinamentos soltos. Tais trechos divergem dos evangelhos atuais e
não há nada do evangelho de João.
A primeira menção que já foi encontrada aos 4 evangelistas é a de Ireneu,
bispo de Lyons, por volta de 180 d.C., onde ele comenta que deveria haver 4
evangelhos porque havia 4 ventos e 4 cantos da Terra.
Finalmente, acredita-se que os Atos tenham sido escritos pela igreja de Roma
em meados do segundo século para criar uma imagem mais favorável de Paulo,
que na época era apontado pelos gnósticos como seu líder (por se basear
apenas nas revelações recebidas diretamente de Deus e não através da Igreja,
ou seja, do Jesus terreno e dos apóstolos). As epístolas, pelo contrário,
mostram Paulo rejeitando a versão de Tiago e os outros, embora eles tivessem
convivido com Jesus.
No concílio de Nicéia (325 d.C.), houve uma primeira separação entre canônicos
e apócrifos. As lendas contam que os livros estavam sobre o altar e os apócrifos
caíram, ficando apenas os canônicos. Ou que os canônicos saíram voando e se
empilharam sozinhos sobre o altar. Ou que, estando a igreja completamente
fechada, uma pomba (o Espírito Santo) entrou e sussurrou ao ouvido de cada
bispo qual era o cânon.
Mas a primeira lista do Novo Testamento (com 27 livros) foi feita pelo bispo
Atanásio, em sua Carta da Páscoa de 367 d.C.. Esta lista foi reafirmada num
concílio em Roma em 382 e depois em concílios em Hippo (393) e Cartago
(397 e 419). Entretanto, tais concílios tiveram na época efeito apenas local,
persistindo as divergências dentro da Igreja Católica como um todo até o
concílio de Trento, em 1545, onde a discussão foi tão acalorada que chegou
a haver agressões físicas entre os participantes.
Caro Fernando,
- Faltou a fonte.
Abraços,
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 09:06
por Xicao
quote menos, para não ficar muito extenso...
Por favor coloquem algo como
Fulano disse.
Blablabla......... .... (...) Blabla
assim não fica muito extenso o tópico.....

Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 12:06
por Azathoth
Up.
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 12:25
por Azathoth
Manuscritos mais antigos onde a passagem não é encontrada:
- Papiro P75 do Século II d.C. ou III d.c.
- Papiro P66 do Século III d.C
- Codex Vaticanus do Século IV d.C.
- Codex Sinaiticus do Século IV d.C.
O manuscrito sobrevivente mais antigo que possuímos com essa interpolação é o Codex Bezae do Século V d.C. ou VI d.C.
Re: Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente a
Enviado: 15 Mai 2007, 12:48
por Fernando Silva
Abmael escreveu:Caro Fernando,
- Faltou a fonte.
Abraços,
O texto é meu, com base neste livro:
THE JESUS PUZZLE
por Earl Doherty
http://www.humanists.net/jesuspuzzle/home.htm
http://pages.ca.inter.net/~oblio/home.htm
O texto completo está aqui:
http://fernandosilva.multiply.com/journal/item/10
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 16:19
por Azathoth
Up.
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 19:48
por Apocaliptica
NadaSei some e aparece CEFAS....
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 19:56
por Apocaliptica
Muito melhor. Pelo menos era pervertido.

Enviado: 15 Mai 2007, 20:10
por docdeoz
Mateus 5:14 Vós <5210> sois <2075> (5748) a luz <5457> do mundo <2889>. Não <3756> se pode <1410> (5736) esconder <2928> (5650) a cidade <4172> edificada <2749> (5740) sobre <1883> um monte <3735>;
João 8:12 De novo <3825>, lhes <846> falava <2980> (5656) Jesus <2424>, dizendo <3004> (5723): Eu <1473> sou <1510> (5748) a luz <5457> do mundo <2889>; quem me <1698> segue <190> (5723) não <3364> andará <4043> (5692) nas <1722> trevas <4653>; pelo contrário <235>, terá <2192> (5692) a luz <5457> da vida <2222>.
João 9:5 Enquanto <3752> estou <5600> (5753) no <1722> mundo <2889>, sou <1510> (5748) a luz <5457> do mundo <2889>.
Mateus 5:14 Vós <5210> sois <2075> (5748) a luz <5457> do mundo <2889>. Não <3756> se pode <1410> (5736) esconder <2928> (5650) a cidade <4172> edificada <2749> (5740) sobre <1883> um monte <3735>;
João 8:12 De novo <3825>, lhes <846> falava <2980> (5656) Jesus <2424>, dizendo <3004> (5723): Eu <1473> sou <1510> (5748) a luz <5457> do mundo <2889>; quem me <1698> segue <190> (5723) não <3364> andará <4043> (5692) nas <1722> trevas <4653>; pelo contrário <235>, terá <2192> (5692) a luz <5457> da vida <2222>.
João 9:5 Enquanto <3752> estou <5600> (5753) no <1722> mundo <2889>, sou <1510> (5748) a luz <5457> do mundo <2889>.
2889 kosmov kosmos
provavelmente da raiz de 2865; TDNT-3:868,459; n m
1) uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
2) ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ‘as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. #1Pe 3.3
3) mundo, universo
4) o círculo da terra, a terra
5) os habitantes da terra, homens, a família humana
6) a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
7) afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
7a) totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
8) qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
8a) os gentios em contraste com os judeus (#Rm 11.12 etc)
8b) dos crentes unicamente, #Jo 1.29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47 #1Co 4.9; 2Co 5.19
5457 fwv phos
de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT-9:310,1293; n n
1) luz
1a) luz
1a1) emitida por uma lâmpada
1a2) um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
1b) qualquer coisa que emite luz
1b1) estrela
1b2) fogo porque brilha e espalha luz
1b3) lâmpada ou tocha
1c) luz, i.e, brilho
1c1) de uma lâmpada
2) metáf.
2a) Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
2b) da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
2c) aquilo que está exposto \a vista de todos, abertamente, publicamente
2d) razão, mente
2d1) o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual
Comparada com Mateus esse grego não parece estranho....
Re: Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente a
Enviado: 15 Mai 2007, 20:58
por DIG
Usuário deletado escreveu:Nadasei era melhor que o CEFAS.
Endosso.
Até o Docdeoz é mais produtivo

.
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 15 Mai 2007, 21:04
por docdeoz
1 (IGNT) ihsouv <2424> de <1161> eporeuyh <4198> (5675) eiv <1519> to <3588> orov <3735> twn <3588> elaiwn <1636>
Joh 8:1 ιησους2424 N-NSM δε1161 CONJ επορευθη4198 V-AOI-3S εις1519 PREP το3588 T-ASN ορος3735 N-ASN των3588 T-GPF ελαιων1636 N-GPF
Joh 8:1 ᾿Ιησοῦς δὲ ἐπορεύθη εἰς τὸ ὄρος τῶν ἐλαιῶν·
Você notaram alteração

Re: Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente a
Enviado: 15 Mai 2007, 21:06
por docdeoz
DIG escreveu:Usuário deletado escreveu:Nadasei era melhor que o CEFAS.
Endosso.
Até o Docdeoz é mais produtivo

.
Ei, como o avatar de vocês é
enormee do meu reclamaram... Qual é???
Re.: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 16 Mai 2007, 19:11
por Azathoth
Up.
Re: Passagens bíblicas não tão inspiradas divinamente assim
Enviado: 01 Out 2010, 09:12
por Fernando Silva
Um site com 10 páginas explicando as origens dos livros da Bíblia, com links para muitos outros sites correlatos.
http://biblianua.vilabol.uol.com.br/index.htm APRESENTAÇÃOHá uma história de Hans Christian Andersen onde um Rei encomenda caríssimas roupas invisíveis prometidas por astutos alfaiates por crer nas palavras deles, até descobrir que não eram roupas invisíveis. O Rei estava nú.
Esse é um breve resumo com uma visão diferente e imparcial da Bíblia, sem máscaras, sem maquiagem e sem fantasias.
Sabemos que nem todos tem tanta fé e se culpam inocentemente por isso. Se você é uma dessas pessoas eu o convido a investigação.
Só para começar, eis dois exemplos (Papirus Rylands e Codex Sinaiticus) :

Papirus Rylands P 52Longe de ser o manuscrito original, o que você vê ao lado são duas imagens de frente e verso de tudo que sobrou do evangelho mais antigo que existe recopiado de cópias. Tem data aproximada de 125 a 150 d.e.C. Pertence ao livro de João 18: 31-33. (Interrogatório de Pilatos).
Quando você desconfiar que alguma igreja na Antiguidade adulterou a Bíblia, saiba que não há originais a serem analisados .
A importância desse fragmento é datada da metade do segundo século ou do segundo século e é conhecido como o mais antigo fragmento do Novo Testamento EM QUALQUER LINGUAGEM !
E ninguém pode desconfiar que os outros manuscritos posteriores foram adulterados ?

Este outro é uma reprodução do Codex Sinaiticus, a Bíblia completa com Novo e Velho testamento mais antiga já encontrada .
Você não encontrará nela a tão temida frase "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."Condenado a quê, se não existe o capítulo final de Marcos no Codex Sinaiticus ? Muitos estudiosos que analisaram o capítulo final reconhecem que o capítulo final de Marcos foi copiado de outros textos .
ÍNDICEHISTÓRIA, MITOLOGIA E ARQUEOLOGIA - O VELHO TESTAMENTO Origens de alguns textos bíblicos.
- ARQUEOLOGIA
- ANTES DOS EVANGELHOS O período do Império Grego e sua influência sobre os povos conquistados com sua cultura filosófica e teológica.
- O NOVO TESTAMENTO A história influenciando a criação da história de Jesus.
- REIS MAGOS A influência do Mazdaísmo nos textos bíblicos.
LEITURAS DOS EVANGELHOS - LIVRO "Q" As mensagens do Sermão das Montanhas influênciadas pela filosófica Grega.
- PROFECIAS Profecias e passagens da Bíblia com alguns comentários.
- MANUSCRITOS Como o erro de Copistas na Antiguidade influenciam a Teologia defendida por algumas religiões Cristãs como a questão da Trindade e a do Deus encarnado".
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- ESTELA DE MESHA ou Estela Moabita Texto em Português