Religião é Veneno

Restaurante popular fecha em junho
ROBERTA PSCHICHHOLZ/ Vale do Sinos/Casa Zero Hora




Arroz, feijão, massa, molho com salsicha, salada de repolho com cenoura.

O cardápio é uma das opções da refeição gratuita que alimenta diariamente cerca de 120 crianças e adultos do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, desde 2001. Um almoço solidário que pode acabar na virada do mês.

O restaurante popular terá de fechar porque a organização não-governamental Comida UrGente precisa entregar o ginásio à Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O espaço, antes alugado pela prefeitura, foi requisitado pelo pároco, para que sirva a outros projetos sociais. O almoço gratuito - única refeição do dia para muitos dos freqüentadores - deverá ser encerrado em 1º de junho.

- Não teremos mais como assumir um aluguel - argumenta a presidente da ONG, Rosane Melo da Silva, que atende cerca de 540 pessoas em outras duas unidades.

As pessoas alimentadas no restaurante ganham até R$ 60 por mês e moram em uma das regiões mais pobres e violentas do município. E se assustam com o futuro.

- Não sei o que vou fazer para alimentar meus cinco filhos. Nos finais de semana, quando o restaurante não funciona, já é uma dificuldade. Vou ter de contar com a ajuda dos parentes - projeta a faxineira Nair Machado, 37 anos.

O pároco Fernando José Bondan diz que pretende incentivar no local projetos que ajudem as famílias a buscar seu próprio sustento.

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que não tem obrigação de auxiliar a ONG, por se tratar de uma organização sem vínculo com o município.


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Olha...uma faxineira jamais deveria ter 5 filhos e muito menos achar que alguém precisa alimentá-los de graça. Uma coisa não se justifica pela outra. Tenho asco à choradeiras. E o padre, não vem ao caso se está sendo honesto ou não, pelo seu argumento, tem razão.

Criancinhas carentes passarão fome:



Padre pretende usar espaço para "outras atividades comunitarias":



Criancinhas carentes passarão fome:

eles deveriam é disseminar o uso de preservativos.... seria o primeiro passo acertado por essa igreja acostumada a escravidão....

Apocaliptica escreveu:Olha...uma faxineira jamais deveria ter 5 filhos e muito menos achar que alguém precisa alimentá-los de graça. Uma coisa não se justifica pela outra. Tenho asco à choradeiras. E o padre, não vem ao caso se está sendo honesto ou não, pelo seu argumento, tem razão.

Oh, minha linda, onde está aquela empatia tão admirável?

As pessoas não fazem um planejamento detalhado sobre a quantidade de filhos que vão ter e como deverão obter ajuda para criá-los quando a coisa apertar. Simplesmente acontece.

Por que ela não enxerga o mesmo que você? Por que falta à faxineira o discernimento e bom senso que te são abundantes? É esse discernimento apurado que te permite tomar decisões melhores, fazer escolhas mais acertadas, evitar situações que levam ao desastre. Por que ela é diferente? O que a impede de ser tão coerente?

Você sempre poderá responder essas perguntas com tantos argumentos quantos a mente humana for capaz de conceber. Mas a realidade que essas pessoas vivem, e que a maioria de nós desconhece, continuará exatamente a mesma. Os valores que balizam o teu julgamento não existem no mundo deles. Julgar, aliás, é uma das coisas mais difíceis e mais inadequadas ao ser humano. Comparo-o a colocar uma arma de fogo nas mãos de uma criança.

Por favor, não tome isso como uma posição religiosa ou filosófica, ou uma tentativa de ser politicamente correto. Eu seria diferente, se pudesse. E exatamente porque eu sou azul e você é cor-de-rosa é que eu aceito que a faxineira seja vermelha. Essa faxineira vermelha não sabe se tem culpa, se é que tem!, de seus filhos estarem chorando de fome. E mesmo a admissão de culpa não diminuirá o sofrimento dessa mãe.

O padre, ah, esse é muito mais esclarecido. Tão esclarecido que se sente capaz de ensinar essas pessoas a pescar, negando-lhes o peixe. Você tem razão, é uma coisa boa. Se todos puderem aprender a obter seu próprio sustento, o mundo ficará muito melhor. Eu jamais seria louco de me opor a essa verdade.

Mas por que esse padre esclarecido e preparado não procurou um outro local para iniciar sua valorosa luta? Por que ele teve que desalojar quem se importava e fazia algo a respeito? Por que ele não compreende que, mesmo que suas orientações milagrosas possam surtir 100% de efeito, isso não se dará em uma semana? Aposto que nem em um mês. Enquanto os pais e as mães estiverem aprendendo a corrigir seus erros, os seus filhos estarão em casa, com as roupas rasgadas cada dia mais frouxas.

Essas crianças não tem culpa e nenhum argumento, por mais racional e inteligente que seja, me fará pensar diferente. Tenho consciência que estou sendo intransigente e inflexível – o que eu tanto combato –, mas, desta vez, sinto-me incapaz de dar um passo em outra direção.

Muitos aqui, por falta de argumento melhor, me acusam de querer fazer caridade com o dinheiro dos outros. Eu nunca propus isso, e nem deveria me surpreender com essa habitual distorção. Mas agora, neste caso em particular, ninguém estava sendo incomodado. Nossas sagradas rotinas não foram afetadas pela ação do punhado de pessoas que empreendia esse trabalho. E esse padre destruiu isso.

Talvez possamos dizer a essas crianças porquê elas não vão comer amanhã. Talvez o padre lúcido e esclarecido possa substituir o prato de comida por palavras coerentes.

Perdoe-me, mas eu não concordo.

A gente vê tantas notícias de padres comendo criancinhas que quando há uma em que o padre não quer que as criancinhas comam, dá até um alívio.

Endosso as linhas do Avatar.

Louvável a iniciativa do padre, mas não precisava acabar com um projeto que impedia que a criançada fosse pedir na rua e aprender a delinqüir.

Sem dramas... há males que vem pra bem!

O padre bem sabe que ao fechar essa porta... o bondoso e amavel deus abrira muitas outras pra elas, com direito a sobremesa inclusive!

Deve ser mais um pedófilo.

emmmcri escreveu:Deve ser mais um pedófilo.

Não necessariamente.

O que eu acho é que padre não tem visão empresarial.

Se fosse um pastor o envolvido na história, por meio de sua igreja, ele se associaria à ONG, desenvolvendo no mesmo espaço algum projeto social visando a melhoria de renda das famílias das crianças.

Com isso, o pastor economizaria no aluguel, comeria de graça, ajudaria no aumento de renda das famílias necessitadas, que agradecidas e convertidas em novos-crentes, tornar-se-iam bons dizimistas.

Sem contar que as crianças destas famílias seriam uma espécie investimento em dízimos futuros.

Por isso é que a ICAR está perdendo a terreno para as igrejas evangélicas nesse país.

Pobre ICAR.

Até quando?

Avatar escreveu:

Apocaliptica escreveu:Olha...uma faxineira jamais deveria ter 5 filhos e muito menos achar que alguém precisa alimentá-los de graça. Uma coisa não se justifica pela outra. Tenho asco à choradeiras. E o padre, não vem ao caso se está sendo honesto ou não, pelo seu argumento, tem razão.

Oh, minha linda, onde está aquela empatia tão admirável?

As pessoas não fazem um planejamento detalhado sobre a quantidade de filhos que vão ter e como deverão obter ajuda para criá-los quando a coisa apertar. Simplesmente acontece.

Por que ela não enxerga o mesmo que você? Por que falta à faxineira o discernimento e bom senso que te são abundantes? É esse discernimento apurado que te permite tomar decisões melhores, fazer escolhas mais acertadas, evitar situações que levam ao desastre. Por que ela é diferente? O que a impede de ser tão coerente?

Você sempre poderá responder essas perguntas com tantos argumentos quantos a mente humana for capaz de conceber. Mas a realidade que essas pessoas vivem, e que a maioria de nós desconhece, continuará exatamente a mesma. Os valores que balizam o teu julgamento não existem no mundo deles. Julgar, aliás, é uma das coisas mais difíceis e mais inadequadas ao ser humano. Comparo-o a colocar uma arma de fogo nas mãos de uma criança.

Por favor, não tome isso como uma posição religiosa ou filosófica, ou uma tentativa de ser politicamente correto. Eu seria diferente, se pudesse. E exatamente porque eu sou azul e você é cor-de-rosa é que eu aceito que a faxineira seja vermelha. Essa faxineira vermelha não sabe se tem culpa, se é que tem!, de seus filhos estarem chorando de fome. E mesmo a admissão de culpa não diminuirá o sofrimento dessa mãe.

O padre, ah, esse é muito mais esclarecido. Tão esclarecido que se sente capaz de ensinar essas pessoas a pescar, negando-lhes o peixe. Você tem razão, é uma coisa boa. Se todos puderem aprender a obter seu próprio sustento, o mundo ficará muito melhor. Eu jamais seria louco de me opor a essa verdade.

Mas por que esse padre esclarecido e preparado não procurou um outro local para iniciar sua valorosa luta? Por que ele teve que desalojar quem se importava e fazia algo a respeito? Por que ele não compreende que, mesmo que suas orientações milagrosas possam surtir 100% de efeito, isso não se dará em uma semana? Aposto que nem em um mês. Enquanto os pais e as mães estiverem aprendendo a corrigir seus erros, os seus filhos estarão em casa, com as roupas rasgadas cada dia mais frouxas.

Essas crianças não tem culpa e nenhum argumento, por mais racional e inteligente que seja, me fará pensar diferente. Tenho consciência que estou sendo intransigente e inflexível – o que eu tanto combato –, mas, desta vez, sinto-me incapaz de dar um passo em outra direção.

Muitos aqui, por falta de argumento melhor, me acusam de querer fazer caridade com o dinheiro dos outros. Eu nunca propus isso, e nem deveria me surpreender com essa habitual distorção. Mas agora, neste caso em particular, ninguém estava sendo incomodado. Nossas sagradas rotinas não foram afetadas pela ação do punhado de pessoas que empreendia esse trabalho. E esse padre destruiu isso.

Talvez possamos dizer a essas crianças porquê elas não vão comer amanhã. Talvez o padre lúcido e esclarecido possa substituir o prato de comida por palavras coerentes.

Perdoe-me, mas eu não concordo.

Concordo com tudo mesmo. Mas não concordo com mais uma disseminação que vitimiza e premia a irresponsabilidade e a falta de planejamento familiar.Não tenho empatia por este choro em nome dos filhos que elas colocam no mundo e falam que Deus mandou. Porque se cobra não só do padre que os sustente, mas de toda a sociedade. Eu não sustento filhos mandados "por Deus".
Faltam dados na notícia para saber mais detalhes das intenções reais do padr. E nem sei porque não podem juntar as duas iniciativas no mesmo lugar.

O padre pode estar errado, mas uasr as crinças como escudo ideológico também está.

Adorei o texto, Avatar.

Tranca escreveu:

emmmcri escreveu:Deve ser mais um pedófilo.

Não necessariamente.

O que eu acho é que padre não tem visão empresarial.

Se fosse um pastor o envolvido na história, por meio de sua igreja, ele se associaria à ONG, desenvolvendo no mesmo espaço algum projeto social visando a melhoria de renda das famílias das crianças.

Com isso, o pastor economizaria no aluguel, comeria de graça, ajudaria no aumento de renda das famílias necessitadas, que agradecidas e convertidas em novos-crentes, tornar-se-iam bons dizimistas.

Sem contar que as crianças destas famílias seriam uma espécie investimento em dízimos futuros.

Por isso é que a ICAR está perdendo a terreno para as igrejas evangélicas nesse país.

Pobre ICAR.

Até quando?

É isto. Sou é contra tomar uma posição que critica um lado , vitimizando o outro.
Evidente que o certo seria juntar as coisas. Mas faltam dados, e a notícia parece tendenciosa.

Apocaliptica escreveu:Faltam dados na notícia para saber mais detalhes

Querida, é exatamente esse o ponto. Não há informações suficientes. E NUNCA haverá informações suficientes em qualquer relato que te chegar aos ouvidos, por mais eloqüentes e prolixos que possam ser. A realidade de cada um não cabe em uma descrição minuciosa. Somos muito mais complexos, influenciáveis e vulneráveis do que os conceitos intelectuais possam abarcar. Urge que aprendamos a evitar o julgamento. Somos vítimas de nossa própria cegueira. Se eu não sou capaz de compreender essa gente, como posso esperar que eles compreendam os princípios fundamentais da sociedade perfeita que eu vislumbro?

Avatar escreveu:

Apocaliptica escreveu:Faltam dados na notícia para saber mais detalhes

Querida, é exatamente esse o ponto. Não há informações suficientes. E NUNCA haverá informações suficientes em qualquer relato que te chegar aos ouvidos, por mais eloqüentes e prolixos que possam ser. A realidade de cada um não cabe em uma descrição minuciosa. Somos muito mais complexos, influenciáveis e vulneráveis do que os conceitos intelectuais possam abarcar. Urge que aprendamos a evitar o julgamento. Somos vítimas de nossa própria cegueira. Se eu não sou capaz de compreender essa gente, como posso esperar que eles compreendam os princípios fundamentais da sociedade perfeita que eu vislumbro?

Não estou falando dos pobres, estou falando da notícia, dos demais fatos que compõe a decisão do padre, dos responsáveis pelo programa, se houve tentativa de negociação, por que motivo eles não vão para outro lugar, de quem é o local ( da Igreja ou do padre pessoa físca). Faltam dados. Deram atenção ao fato das crianças ficarem sem comida por culpa do padre. Notícia rasa.Estou falando de jornalismo.

Apocaliptica escreveu:Não estou falando dos pobres, estou falando da notícia, dos demais fatos que compõe a decisão do padre, dos responsáveis pelo programa, se houve tentativa de negociação, por que motivo eles não vão para outro lugar, de quem é o local ( da Igreja ou do padre pessoa físca). Faltam dados. Deram atenção ao fato das crianças ficarem sem comida por culpa do padre. Notícia rasa.Estou falando de jornalismo.

Ainda bem que eu defendi minha falibilidade. Agora eu te entendi.

Avatar escreveu:

Apocaliptica escreveu:Não estou falando dos pobres, estou falando da notícia, dos demais fatos que compõe a decisão do padre, dos responsáveis pelo programa, se houve tentativa de negociação, por que motivo eles não vão para outro lugar, de quem é o local ( da Igreja ou do padre pessoa físca). Faltam dados. Deram atenção ao fato das crianças ficarem sem comida por culpa do padre. Notícia rasa.Estou falando de jornalismo.

Ainda bem que eu defendi minha falibilidade. Agora eu te entendi.