O socialismo é diabólico
Enviado: 25 Mai 2007, 17:49
Julio Severo escreveu:O socialismo é diabólico
Walter Williams
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O que é o socialismo? Perdemos a oportunidade se dizemos que é uma agenda dos esquerdistas radicais e dos democratas. De acordo com a doutrina marxista, o socialismo é um estágio da sociedade, entre o capitalismo e o comunismo, onde a propriedade privada e o controle sobre a propriedade são eliminados. A essência do socialismo é o enfraquecimento e a total abolição dos direitos à propriedade privada.
Os ataques à propriedade privada incluem, mas não são limitados a, o confisco da propriedade legal de uma pessoa e dá-la a outra a quem não pertence. Quando tal ato é feito por um indivíduo, chamamos de roubo. Quando é feito pelo governo, utilizamos eufemismos: transferência ou redistribuição de renda. Não são só os esquerdistas radicais e os democratas que reivindicam e admiram o socialismo, mas os extremistas de direita e os republicanos também.
Os republicanos e os extremistas de direita são a favor da tomada dos ganhos de um cidadão e dá-los para fazendeiros, banqueiros, companhias aéreas e outras empresas que estão falindo. Os democratas e os esquerdistas radicais são a favor da tomada dos ganhos de um cidadão e dá-los para pessoas pobres, cidades e artistas. Ambos os grupos concordam em tomar os ganhos de um cidadão e dá-los para outro; a única diferença é quem vai receber. Esse tipo de atividade do Congresso constitui ao menos dois terços do orçamento federal.
Independente do propósito, tal conduta é moralmente errada. É uma forma reduzida de escravidão. Afinal, qual é a essência da escravidão? É a utilização forçada de uma pessoa para servir os propósitos de outra. Quando o Congresso, mediante suas leis de imposto, toma os ganhos de uma pessoa e vira em direção contrária para dá-los para outra pessoa na forma de drogas medicamente receitadas, previdência social, tíquetes de alimento, subsídios a fazendas e auxílios de emergência para companhias aéreas, está utilizando, por força, uma pessoa para servir os propósitos de outra.
A questão moral sobressai com total nitidez quando reconhecemos que os programas de gastos sociais aprovados no Congresso não representam legisladores que utilizam dinheiro do próprio bolso. Além disso, não podemos supor que o dinheiro está vindo do nada. O fato de que o governo não tem recursos próprios nos obriga a reconhecer que o único jeito de o governo dar um único dólar a um cidadão é primeiramente tirando — com intimidações, ameaças e coerção — esse dólar de outro cidadão.
Alguns poderiam responder que tudo isso é resultado do processo democrático e é legal. A questão da legalidade não é o que dirige um povo que possui princípios morais. Há muitas coisas neste mundo que já foram, ou ainda são, legais, porém são claramente imorais. A escravidão era legal. Mas só por que a lei permitia, então a escravidão era moralmente certa? O apartheid da África do Sul, a perseguição nazista aos judeus e as matanças ordenadas por Stálin e Mao Tse Tung eram legais, mas só por isso eram moralmente certas?
Será que, moralmente, dá para defender a tomada da propriedade que um cidadão possui por justo direito e dá-la a outro a quem não pertence? É por isso que o socialismo é diabólico: utiliza meios diabólicos (coerção) para realizar o que é considerado como bom propósito (ajudar as pessoas). Podemos também notar o fato de que um ato que é inerentemente diabólico não se torna moralmente certo só porque o consenso da maioria o aprova.
Os argumentos contra esse tipo de roubo legalizado são interpretados como se fossem argumentos contra a assistência às pessoas em necessidade. A caridade é um instinto nobre, porém o roubo — legal ou ilegal — é desprezível. Ou, para explicar de outro modo: É um ato nobre e digno de elogio quando alguém utiliza seu próprio dinheiro para ajudar outra pessoa. Contudo, pegar o dinheiro dos outros para ajudar as pessoas é algo desprezível e digno de condenação.
Para nós que somos cristãos, deve-se ver como pecado a atitude do socialismo e dos governos que acham que devem ajudar os outros tomando, através da cobrança de impostos, o dinheiro das pessoas.
Quando Deus deu a Moisés o mandamento “Não furtarás”, tenho certeza de que Ele não quis dizer que tu não deves furtar, a menos que haja o voto da maioria. E tenho certeza de que se você perguntasse a Deus se é certo receber uma propriedade roubada, Ele também consideraria isso pecado.
Dr. Walter E. Williams é um americano negro, professor de economia na Universidade George Mason em Fairfax, Va, EUA.
Traduzido e adaptado, com a devida permissão do autor, por Julio Severo: http://www.juliosevero.com.br
Fonte: http://www.wnd.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=39677