Onda de invasão de universitários chega à UFRGS
Enviado: 06 Jun 2007, 07:46
Militantes do P-Sol e do PSTU deram apoio ostensivo à invasão, o que evidencia uma certa diferença com relação ao episódio da USP, onde as ações são coordenadas por grupos que se dizem alheios a partidos, com tendência anárquica.
Na manhã de ontem estudantes transformaram em cozinha campeira o salão de entrada do prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Vindos da Faculdade de Educação, os alunos trancaram a Avenida Paulo Gama, invadiram o saguão, montaram três barracas, espalharam colchonetes pelo chão e prepararam um arroz de carreteiro, em fogareiros improvisados. Prometem ficar por tempo indeterminado, em solidariedade a seus colegas da Universidade de São Paulo (USP), que ocupam a reitoria há 35 dias. Querem também ver atendidas sete reivindicações, das quais seis são específicas da UFRGS.
Foi uma articulação simultânea com a de alunos da Universidade Federal de Pelotas (UFpel), que invadiram a reitoria daquela universidade na mesma manhã. Cada um dos movimentos tem pautas específicas, mas dois fatores os unem: o apoio à invasão na USP e o posicionamento contrário à Reforma Universitária proposta pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os alunos refutam projetos que "condicionam as pesquisas universitárias às necessidades do empresariado".
Militantes do P-Sol e do PSTU deram apoio ostensivo à invasão, o que evidencia uma certa diferença com relação ao episódio da USP, onde as ações são coordenadas por grupos que se dizem alheios a partidos, com tendência anárquica. Os líderes do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS garantem, apesar de partidos estarem solidários, que o movimento é suprapartidário.
Reitor diz que reivindicações já estão sendo atendidas
Alguns funcionários da UFRGS - que estão em greve - manifestaram apoio aos alunos. Eles e os professores tiveram livre acesso ao prédio, mas a imprensa foi mantida afastada do saguão. O reitor José Carlos Hennemann conseguiu trabalhar normalmente, porque seu gabinete não foi ocupado. À tarde, ele recebeu uma comissão de quatro representantes dos alunos.
Hennemann adiantou que vários pedidos dos estudantes estão a caminho de serem atendidos, como a transferência do Instituto de Artes para um novo prédio e a construção de um restaurante universitário na Escola Superior de Educação Física. O reitor prometeu que os guardas universitários não reprimiriam os manifestantes, a menos que ocorresse algum ato de vandalismo. Não está descartada uma greve dos 22 mil alunos da universidade.
( humberto.trezzi@zerohora.com.br )
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Na manhã de ontem estudantes transformaram em cozinha campeira o salão de entrada do prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Vindos da Faculdade de Educação, os alunos trancaram a Avenida Paulo Gama, invadiram o saguão, montaram três barracas, espalharam colchonetes pelo chão e prepararam um arroz de carreteiro, em fogareiros improvisados. Prometem ficar por tempo indeterminado, em solidariedade a seus colegas da Universidade de São Paulo (USP), que ocupam a reitoria há 35 dias. Querem também ver atendidas sete reivindicações, das quais seis são específicas da UFRGS.
Foi uma articulação simultânea com a de alunos da Universidade Federal de Pelotas (UFpel), que invadiram a reitoria daquela universidade na mesma manhã. Cada um dos movimentos tem pautas específicas, mas dois fatores os unem: o apoio à invasão na USP e o posicionamento contrário à Reforma Universitária proposta pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os alunos refutam projetos que "condicionam as pesquisas universitárias às necessidades do empresariado".
Militantes do P-Sol e do PSTU deram apoio ostensivo à invasão, o que evidencia uma certa diferença com relação ao episódio da USP, onde as ações são coordenadas por grupos que se dizem alheios a partidos, com tendência anárquica. Os líderes do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS garantem, apesar de partidos estarem solidários, que o movimento é suprapartidário.
Reitor diz que reivindicações já estão sendo atendidas
Alguns funcionários da UFRGS - que estão em greve - manifestaram apoio aos alunos. Eles e os professores tiveram livre acesso ao prédio, mas a imprensa foi mantida afastada do saguão. O reitor José Carlos Hennemann conseguiu trabalhar normalmente, porque seu gabinete não foi ocupado. À tarde, ele recebeu uma comissão de quatro representantes dos alunos.
Hennemann adiantou que vários pedidos dos estudantes estão a caminho de serem atendidos, como a transferência do Instituto de Artes para um novo prédio e a construção de um restaurante universitário na Escola Superior de Educação Física. O reitor prometeu que os guardas universitários não reprimiriam os manifestantes, a menos que ocorresse algum ato de vandalismo. Não está descartada uma greve dos 22 mil alunos da universidade.
( humberto.trezzi@zerohora.com.br )