Religião é Veneno

Richard Dawkins em "The God delusion"

"Nós podemos facilmente imaginar a existencia de uma deidade como puro espirito, não uma propriedade emergente de matéria complexa mas existindo de forma independente da matéria"

Este comentário é a propósito da nossa tendencia natural para o dualismo.

Mas eu aproveito isto para refutar o grande argumento de Dawkins

Mas primeiro preciso dizer que o que Dawkins se propõe fazer é refutar um Deus sobrenatural. O seu argumento é que um Deus capaz de criar um universo complicado, com formas de vida incrivelmente complexas, capaz de responder ás orações de bilhões e bilhoes, sustentando a cada momento a criação, etc... deve ser ele próprio incrivelmente complexo. E explicar a complexidade do mundo com um Deus complexo é redobrar o mistério. Ora, um simples raciocinio estatístico mostra que Deus deve ser tão improvavel ao ponto de ser quase certo que não existe. Portanto Dawkins, através de um raciocinio estatístico (e não lógico), coloca a existencia de Deus como uma questão científica.

Porém...

A estatística, supostamente, é um instrumento ao serviço do naturalismo. Categorias como complexo e simples são definiveis em termos naturalistas. A teoria das probabilidade faz sentido neste contexto. Mas sobrenatural significa além da natureza. Ou até o oposto dela... porque se é natural a gravidade puxar... num mundo sobrenatural ela poderia empurrar para cima (é apenas um exemplo). Ora aplicar os mesmos conceitos (simples e complexo) a dois conceitos que nada tem a ver um com um outro é errado.

Ou seja Dawkins está epistemologicamente equivocado... digo eu.

E agora ateus dawkinistas??????

Luís Marcão sempre aparece com um tópico desses.

E ninguém corresponde ao desafio Brack broke mountain...

probabilidade e deus é como nega-maluca e mostarda.

Let me think for a while escreveu:probabilidade e deus é como nega-maluca e mostarda.

Não cheguei no ponto...

Let me think for a while escreveu:probabilidade e deus é como nega-maluca e mostarda.

É a base do argumento de Dawkins. Ele diz que Deus é o derradeiro Boeing 747.

Mas caraca, será que eu derrotei mesmo Dawkins?

O Dawkins erra ao supor alguma probabilidade, o correto é a impossibilidade.

Trige escreveu:Richard Dawkins em "The God delusion"

"Nós podemos facilmente imaginar a existencia de uma deidade como puro espirito, não uma propriedade emergente de matéria complexa mas existindo de forma independente da matéria"

Este comentário é a propósito da nossa tendencia natural para o dualismo.

Mas eu aproveito isto para refutar o grande argumento de Dawkins

Mas primeiro preciso dizer que o que Dawkins se propõe fazer é refutar um Deus sobrenatural. O seu argumento é que um Deus capaz de criar um universo complicado, com formas de vida incrivelmente complexas, capaz de responder ás orações de bilhões e bilhoes, sustentando a cada momento a criação, etc... deve ser ele próprio incrivelmente complexo. E explicar a complexidade do mundo com um Deus complexo é redobrar o mistério. Ora, um simples raciocinio estatístico mostra que Deus deve ser tão improvavel ao ponto de ser quase certo que não existe. Portanto Dawkins, através de um raciocinio estatístico (e não lógico), coloca a existencia de Deus como uma questão científica.

Porém...

A estatística, supostamente, é um instrumento ao serviço do naturalismo. Categorias como complexo e simples são definiveis em termos naturalistas. A teoria das probabilidade faz sentido neste contexto. Mas sobrenatural significa além da natureza. Ou até o oposto dela... porque se é natural a gravidade puxar... num mundo sobrenatural ela poderia empurrar para cima (é apenas um exemplo). Ora aplicar os mesmos conceitos (simples e complexo) a dois conceitos que nada tem a ver um com um outro é errado.

Ou seja Dawkins está epistemologicamente equivocado... digo eu.

Há uma maneira probabilística de definir milagre. Posto amanhã...

Adrianoped escreveu:O Dawkins erra ao supor alguma probabilidade, o correto é a impossibilidade.

Isso ainda piora as coisas para os ateus- monistas-materialistas-naturalistas- dawkinistas...

Poe escreveu:

Adrianoped escreveu:O Dawkins erra ao supor alguma probabilidade, o correto é a impossibilidade.

Isso ainda piora as coisas para os ateus- monistas-materialistas-naturalistas- dawkinistas...

Piora para quem considera a possibilidade da existência, mas apenas por ser uma opinião contrária.

o absolutismo não faz parte do pensamento científico... e em lógica não se pode desprovar em absoluto, por exemplo, Deus. Então quem diz que Deus é impossível faz uma escolha pessoal... subjectiva e objectivamente irrelevante.

Se Dawkins usa o Darwinismo para estimar a improbabilidade de Deus, então ele é mais um adepto do Darwinismo Metafísico, assim como foi Ernst Haeckel.Não se trata de um pensamento dominante na comunidade científica, e sinceramente acho que seria melhor para ele deixar sua metafísica fora da ciência, já que (ainda) é um bom divulgador dela.

Poe escreveu:o absolutismo não faz parte do pensamento científico... e em lógica não se pode desprovar em absoluto, por exemplo, Deus. Então quem diz que Deus é impossível faz uma escolha pessoal... subjectiva e objectivamente irrelevante.

A impossibilidade da existência de deus é uma verdade relativa, e passível de ser refutada com a hipótese da existência de deus ser comprovada.

Huxley escreveu:Se Dawkins usa o Darwinismo para estimar a improbabilidade de Deus, então ele é mais um adepto do Darwinismo Metafísico, assim como foi Ernst Haeckel.Não se trata de um pensamento dominante na comunidade científica, e sinceramente acho que seria melhor para ele deixar sua metafísica fora da ciência, já que (ainda) é um bom divulgador dela.

Não é o pensamento de Karl Popper ao estabelecer o critério de demarcação da ciência:

Para Popper, as teorias científicas são invenções, construções humanas. “As teorias podem ser vistas como livres criações da nossa mente, o resultado de uma intuição quase poética, da tentativa de compreender intuitivamente as leis da natureza” . O processo de criação de uma teoria pode envolver aspectos não-racionais; a maginação, a criatividade, a especulação usualmente desempenham papel importante.
Inclusive a metafísica pode servir de fonte. “Não há ‘fontes últimas’ do conhecimento. Toda fonte, todas as sugestões são bem-vindas; e todas as fontes e sugestões estão abertas ao exame crítico” .

http://www.if.ufrgs.br/~lang/POPPER.pdf