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Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 20:33
por Apocaliptica
08/06/2007 - 09h09
UnB recua e aceita outro gêmeo nas cotas
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo
Após duas semanas, a UnB (Universidade de Brasília) recuou e decidiu que Alex Teixeira da Cunha, 18, poderá concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a negros e pardos.
O candidato ao curso de nutrição não constava na lista dos cotistas, embora o nome de seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato ao curso de educação física, estivesse lá.
A confusão foi provocada pelo método de avaliação dos cotistas pela universidade, que adota o sistema desde 2004.
Depois de se declararem pardos ou negros, os candidatos tiram uma foto na universidade. A fotografia é, então, avaliada por uma comissão, que julga se o candidato se enquadra nos requisitos para ser um cotista. A UnB não informa quem são nem quantos são esses jurados.
Foi esse júri que decidiu que Alan era negro, mas Alex, não. O irmão "branco" recorreu da decisão -possibilidade prevista no edital do vestibular- e, anteontem, apareceu na lista dos candidatos que tiveram seus recursos aprovados.
O problema dos dois, agora, é arranjar tempo para estudar para as provas, que acontecem nos próximos dias 16 e 17, devido às constantes entrevistas.
O pai dos irmãos, o bancário Ronaldo Teixeira da Cunha, 50, negro, dizia-se preocupado. "Saio para trabalhar e eles ficam o dia inteiro dando entrevistas. Depois, vocês têm que voltar para ver se eles passaram, né?"
Aos jornalistas, os irmãos afirmam ser a favor de cotas para alunos de baixa renda, mas contra o sistema para negros --"um ato de racismo", segundo Alan. Ainda assim, eles dizem ter feito a inscrição pelo sistema porque é menos concorrido e porque outros colegas de cursinho, "de pele mais clara", utilizaram o sistema.
Em nota divulgada anteontem, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, defendeu o sistema de cotas da universidade e rechaçou a acusação de que a comissão julgadora seja um "tribunal racial". Ele não descartou, porém, mudanças. "Sempre que a experiência indicar, esta instituição não se furtará a fazer aperfeiçoamentos necessários sobre quaisquer processos, inclusive os de seleção", diz a nota.
O caso de Alex e Alan não é inédito. Em 2005, Paula Renata e Paula Rejane Vidal, filhas de pai negro e mãe branca, concorriam aos mesmos cursos dos dois irmãos. Também gêmeas univitelinas, ficaram surpresas quando saiu a decisão considerando apenas Paula Renata aceita.
Assim como Alex, Paula Rejane recorreu e conseguiu concorrer ao vestibular como cotista. Passou em educação física, desistiu depois de três semestres e, hoje, cursa administração. Paula Renata estuda em uma universidade privada. Hoje, ela ainda busca entender o que fez a UnB considerá-la mais negra que a irmã. "Acho que foi porque, quando tiramos a foto, eu estava de cabelo preso e minha irmã de cabelo solto."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 2820.shtml
Não acho que eles sejam negros...mas é isso aí né.
Vejam as fotos aí e tirem as conclusões:
http://noticias.correioweb.com.br/mater ... %20Federal
Re: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 22:17
por André
Apocaliptica escreveu:08/06/2007 - 09h09
UnB recua e aceita outro gêmeo nas cotas
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo
Após duas semanas, a UnB (Universidade de Brasília) recuou e decidiu que Alex Teixeira da Cunha, 18, poderá concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a negros e pardos.
O candidato ao curso de nutrição não constava na lista dos cotistas, embora o nome de seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato ao curso de educação física, estivesse lá.
A confusão foi provocada pelo método de avaliação dos cotistas pela universidade, que adota o sistema desde 2004.
Depois de se declararem pardos ou negros, os candidatos tiram uma foto na universidade. A fotografia é, então, avaliada por uma comissão, que julga se o candidato se enquadra nos requisitos para ser um cotista. A UnB não informa quem são nem quantos são esses jurados.
Foi esse júri que decidiu que Alan era negro, mas Alex, não. O irmão "branco" recorreu da decisão -possibilidade prevista no edital do vestibular- e, anteontem, apareceu na lista dos candidatos que tiveram seus recursos aprovados.
O problema dos dois, agora, é arranjar tempo para estudar para as provas, que acontecem nos próximos dias 16 e 17, devido às constantes entrevistas.
O pai dos irmãos, o bancário Ronaldo Teixeira da Cunha, 50, negro, dizia-se preocupado. "Saio para trabalhar e eles ficam o dia inteiro dando entrevistas. Depois, vocês têm que voltar para ver se eles passaram, né?"
Aos jornalistas, os irmãos afirmam ser a favor de cotas para alunos de baixa renda, mas contra o sistema para negros --"um ato de racismo", segundo Alan. Ainda assim, eles dizem ter feito a inscrição pelo sistema porque é menos concorrido e porque outros colegas de cursinho, "de pele mais clara", utilizaram o sistema.
Em nota divulgada anteontem, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, defendeu o sistema de cotas da universidade e rechaçou a acusação de que a comissão julgadora seja um "tribunal racial". Ele não descartou, porém, mudanças. "Sempre que a experiência indicar, esta instituição não se furtará a fazer aperfeiçoamentos necessários sobre quaisquer processos, inclusive os de seleção", diz a nota.
O caso de Alex e Alan não é inédito. Em 2005, Paula Renata e Paula Rejane Vidal, filhas de pai negro e mãe branca, concorriam aos mesmos cursos dos dois irmãos. Também gêmeas univitelinas, ficaram surpresas quando saiu a decisão considerando apenas Paula Renata aceita.
Assim como Alex, Paula Rejane recorreu e conseguiu concorrer ao vestibular como cotista. Passou em educação física, desistiu depois de três semestres e, hoje, cursa administração. Paula Renata estuda em uma universidade privada. Hoje, ela ainda busca entender o que fez a UnB considerá-la mais negra que a irmã. "Acho que foi porque, quando tiramos a foto, eu estava de cabelo preso e minha irmã de cabelo solto."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 2820.shtmlNão acho que eles sejam negros...mas é isso aí né.
Vejam as fotos aí e tirem as conclusões:
http://noticias.correioweb.com.br/mater ... %20Federal
Isso é ilegal. Apenas autodeterminação pode ser válida, ninguém pode dizer por vc sua etnia, cor ou qualquer coisa dessa qualidade. Isso é racismo puro e simples.
Cotas se existirem, o que é discutível, devem ser baseados em critérios sócio econômicos, pois é lógicos que mesmo os melhores alunos de colégios públicos estão em desvantagem em relação aos de colégios particulares, devido ao que dinheiro permite em acesso a livros, informação, melhores professores, condições de estudo( não precisam trabalhar) e afins.
Cotas usando critérios raciais é um absurdo, e fiz o possível aqui na Ufba para não passar. Pelo menos conseguimos espaço para o que foi chamado de "brancos pobres" e outros que fugiam do perfil racial desejado. Insuficiente ao meu ver, mas é melhor que algo unicamente baseado em critérios raciais.
Enviado: 08 Jun 2007, 22:19
por cyrix
Eles apareceram na capa da Veja desta semana. Para mim eles são pardos... Por um instante pensei - do jeito que no Brasil as coisas são - que ficariam sem as cotas os dois.

Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 22:22
por RicardoVitor
À partir do momento em que as instituições oficialmente praticam crimes como o racismo, é sinal de que está tudo ruindo. Não falta muito para a derrota da democracia. O último a sair que feche a porta...
Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 22:39
por francioalmeida
[militante negro] Estamos apenas cobrando aquilo que vocês brancos tiraram de nós negro no passado. É questão de justiça! [militante negro]
Esse pessoal precisa de tratamento para aumenta a auto-estima.
E falando em vantagens em ser negro:
Jornal Nacional mostra o resultado estarrecedor de uma investigação no Recôncavo Baiano, em uma comunidade que está prestes a ser reconhecida oficialmente como remanescente de um quilombo.
São Francisco do Paraguaçu. Uma das 11 comunidades do Recôncavo Baiano reconhecidas como remanescentes de quilombos. O projeto foi encaminhado por um grupo de moradores que se declaram descendentes de escravos perseguidos e refugiados.
Os indícios de fraude estão no próprio pedido de reconhecimento. Nem os mais antigos sabem que um dia este lugar teria se chamado Freguesia do Iguape.
Eronildes tem 86 anos e viu o vilarejo nascer.
Repórter: aqui já existiu um quilombo?
Eronildes: não. Estou vendo falar nisso agora.
Repórter: algum parente seu foi escravo?
Eronildes: não, nem avó, nem bisavó, ninguém nunca foi escravo aqui.
O documento afirma também que as tradições africanas são mantidas aqui até hoje. Inclusive as danças, como o maculelê.
Repórter: como é que se dança o maculelê?
Pescador: nem sei o que é isso. Aqui em São Francisco não tem isso.
De acordo com o documento, os escravos teriam trabalhado na construção de um convento franciscano. Teriam trabalhado também em engenhos de cana-de-açúcar que não existem no vilarejo.
Para reforçar o pedido de reconhecimento, uma lista com 57 assinaturas foi anexada ao projeto. Assinaturas de pessoas que teriam se autodefinido descendentes de quilombolas. Quase todos os nomes que estão aqui são de pescadores. A grande maioria confirma que assinou o documento, mas para outra finalidade.
Foram assinaturas para um pedido de financiamento. Os pescadores queriam comprar embarcações novas.
“Essa assinatura aqui é minha: Alex da Cruz Santos. Eu assinei esse papel aqui pra vir o projeto da canoa pra gente. Ele usou o nome da gente, isso aqui é uma mentira”, diz um pescador.
Anselmo Ferreira é o líder dos moradores que se dizem descendentes de quilombolas. Ele coordenou o projeto que pediu o reconhecimento.
Repórter: todas as pessoas que assinam sabiam que era para o reconhecimento?
Anselmo: sabiam.
Repórter: não é o que elas falam.
Anselmo: sabiam, sim.
Repórter: isso é um abaixo assinado dos pescadores pedindo canoa.
Anselmo: então fizeram montagem.
Repórter: e quem fez a montagem?
Anselmo: não sei.
Montagem ou não, o pedido foi aceito pela Fundação Palmares, entidade ligada ao Ministério da Cultura. A certificação, documento indispensável para o processo de reconhecimento, foi assinada pelo historiador Ubiratan Castro, na época, presidente da fundação.
“Eu emiti a certidão por conta de que, pra mim, chegaram as declarações de pessoas que me procuraram em nome da comunidade com documentos assinados inclusive com impressão digital, declarando que eram de comunidade remanescente de quilombo, então não cabia a mim recusar o registro”, diz Ubiratan Castro, ex-presidente da Fundação Palmares.
Cabe ao Incra investigar se as informações do projeto são verdadeiras. A lei exige que as pesquisas históricas e antropológicas comprovem a existência do quilombo. No caso da comunidade de São Francisco, isso ainda não foi esclarecido, mas o processo já está em fase de conclusão.
“Quase 100% de indicação de que trata-se realmente de um território quilombola, de remanescentes. O Incra já tem isso comprovado”, diz José Vieira Leal, superintendente do Incra na Bahia.
Repórter: já tem no processo o relatório de comprovação histórica e antropológica?
José Vieira Leal: nós temos elementos fundiários, elementos processuais.
De acordo com o Incra, a área do quilombo é de 5 mil hectares. Terras de antigos proprietários como um senhor cuja fazenda da família foi comprada há 154 anos.
“As pessoas que se dizem quilombolas, vieram aqui pra São Francisco com seus descendentes tangidos pela seca que atingiu o sertão, na década de 30. Não eram escravos, a escravatura já tinha sido abolida”, diz o fazendeiro Ivo Santana.
Os últimos fragmentos de mata atlântica no Recôncavo Baiano estão na área a ser desapropriada.
Nenhuma fazenda foi indenizada até agora, mas algumas delas já estão sendo ocupadas. E como se pode notar, os descendentes de quilombolas, futuros proprietários da área, estão interessados mesmo é na madeira da mata atlântica.
É com a força do boi que as toras são transportadas até a estrada. Toda semana, dois caminhões saem carregados. O lavrador Pedro de Jesus dirige um dos caminhões.
Repórter: você é descendente de quilombola?
Pedro de Jesus: sou.
Repórter: você faz parte do grupo que ocupou essa fazenda?
Pedro de Jesus: sim.
Repórter: e essa madeira vocês estão tirando para vender onde?
Pedro de Jesus: eu não sei, só faço conduzir.
Repórter: mas você sabe que é proibido derrubar a mata atlântica.
Pedro de Jesus: com certeza.
Áreas de nascentes de rios estão sendo derrubadas. Uma reserva ecológica particular, reconhecida pelo Ibama, também está ameaçada. É o território do Olho de Fogo Rendado, pássaro exclusivo desta região do Nordeste.
"Esse animal precisa de áreas conservadas, preservadas para sobreviver”, diz o biólogo Sidney Sampaio.
O Olho de Fogo Rendado está na lista dos ameaçados de extinção. Se a reserva ecológica for desapropriada, o animal pode desaparecer do mapa, dizem os biólogos. Na Bahia, 450 comunidades já foram identificadas como remanescentes de quilombos. Destas, 212 já ganharam o reconhecimento do
http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1539615-3586-676535,00.html
Re: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 22:39
por Ateu Tímido
André escreveu:Apocaliptica escreveu:08/06/2007 - 09h09
UnB recua e aceita outro gêmeo nas cotas
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo
Após duas semanas, a UnB (Universidade de Brasília) recuou e decidiu que Alex Teixeira da Cunha, 18, poderá concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a negros e pardos.
O candidato ao curso de nutrição não constava na lista dos cotistas, embora o nome de seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato ao curso de educação física, estivesse lá.
A confusão foi provocada pelo método de avaliação dos cotistas pela universidade, que adota o sistema desde 2004.
Depois de se declararem pardos ou negros, os candidatos tiram uma foto na universidade. A fotografia é, então, avaliada por uma comissão, que julga se o candidato se enquadra nos requisitos para ser um cotista. A UnB não informa quem são nem quantos são esses jurados.
Foi esse júri que decidiu que Alan era negro, mas Alex, não. O irmão "branco" recorreu da decisão -possibilidade prevista no edital do vestibular- e, anteontem, apareceu na lista dos candidatos que tiveram seus recursos aprovados.
O problema dos dois, agora, é arranjar tempo para estudar para as provas, que acontecem nos próximos dias 16 e 17, devido às constantes entrevistas.
O pai dos irmãos, o bancário Ronaldo Teixeira da Cunha, 50, negro, dizia-se preocupado. "Saio para trabalhar e eles ficam o dia inteiro dando entrevistas. Depois, vocês têm que voltar para ver se eles passaram, né?"
Aos jornalistas, os irmãos afirmam ser a favor de cotas para alunos de baixa renda, mas contra o sistema para negros --"um ato de racismo", segundo Alan. Ainda assim, eles dizem ter feito a inscrição pelo sistema porque é menos concorrido e porque outros colegas de cursinho, "de pele mais clara", utilizaram o sistema.
Em nota divulgada anteontem, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, defendeu o sistema de cotas da universidade e rechaçou a acusação de que a comissão julgadora seja um "tribunal racial". Ele não descartou, porém, mudanças. "Sempre que a experiência indicar, esta instituição não se furtará a fazer aperfeiçoamentos necessários sobre quaisquer processos, inclusive os de seleção", diz a nota.
O caso de Alex e Alan não é inédito. Em 2005, Paula Renata e Paula Rejane Vidal, filhas de pai negro e mãe branca, concorriam aos mesmos cursos dos dois irmãos. Também gêmeas univitelinas, ficaram surpresas quando saiu a decisão considerando apenas Paula Renata aceita.
Assim como Alex, Paula Rejane recorreu e conseguiu concorrer ao vestibular como cotista. Passou em educação física, desistiu depois de três semestres e, hoje, cursa administração. Paula Renata estuda em uma universidade privada. Hoje, ela ainda busca entender o que fez a UnB considerá-la mais negra que a irmã. "Acho que foi porque, quando tiramos a foto, eu estava de cabelo preso e minha irmã de cabelo solto."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 2820.shtmlNão acho que eles sejam negros...mas é isso aí né.
Vejam as fotos aí e tirem as conclusões:
http://noticias.correioweb.com.br/mater ... %20Federal
Isso é ilegal. Apenas autodeterminação pode ser válida, ninguém pode dizer por vc sua etnia, cor ou qualquer coisa dessa qualidade. Isso é racismo puro e simples.
Cotas se existirem, o que é discutível, devem ser baseados em critérios sócio econômicos, pois é lógicos que mesmo os melhores alunos de colégios públicos estão em desvantagem em relação aos de colégios particulares, devido ao que dinheiro permite em acesso a livros, informação, melhores professores, condições de estudo( não precisam trabalhar) e afins.
Cotas usando critérios raciais é um absurdo, e fiz o possível aqui na Ufba para não passar. Pelo menos conseguimos espaço para o que foi chamado de "brancos pobres" e outros que fugiam do perfil racial desejado. Insuficiente ao meu ver, mas é melhor que algo unicamente baseado em critérios raciais.
André, a "autodeterminação" é uma via aberta à picaretagem. Já a "avaliação" se abre perigosamente para o racismo. Essa foi sempre a principal razão de eu ser contra as cotas. Ou vão permitir que qualquer um se considere negro, sem ter sofrido discriminação que o justifique, fraudando explicitamente a finalidade das cotas, ou podem começar a pensar em testes de DNA e nos métodos que o regime do apartheid sul-africano usava para detectar "sangue negro" em alguém.
Continuo pensando que a aplicação do sistema de cotas só é posssível numa sociedade segregacionista, onde quem não é "percebido" como negro, jamais se diria negro por uma vaga de universidade.
Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 22:52
por o anátema
[simpatizante da militância racista que acha que não é racista]
Ser negro não é uma coisa apenas de pele, de aparência, ou mesmo de descendência. É também um estado de espírito, como você se sente por dentro. Tem muito negro que na verdade é branco e muito branquelo azedo que é na verdade muito mais negro do que alguns "negros".
[/simpatizante da militância racista que acha que não é racista]
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 08 Jun 2007, 23:15
por Apocaliptica
o anátema escreveu:[simpatizante da militância racista que acha que não é racista]
Ser negro não é uma coisa apenas de pele, de aparência, ou mesmo de descendência. É também um estado de espírito, como você se sente por dentro. Tem muito negro que na verdade é branco e muito branquelo azedo que é na verdade muito mais negro do que alguns "negros".
[/simpatizante da militância racista que acha que não é racista]
Pois é. Quero minha vaga nas cotas.
Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 23:18
por RicardoVitor
Tenho pele mais escura do que os dois juntos, e já fui chamado de "burguesinho branco" por um dos integrantes da idiotnazia cotista da USP.
Re: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 23:18
por André
Ateu Tímido escreveu:
André, a "autodeterminação" é uma via aberta à picaretagem. Já a "avaliação" se abre perigosamente para o racismo. Essa foi sempre a principal razão de eu ser contra as cotas. Ou vão permitir que qualquer um se considere negro, sem ter sofrido discriminação que o justifique, fraudando explicitamente a finalidade das cotas, ou podem começar a pensar em testes de DNA e nos métodos que o regime do apartheid sul-africano usava para detectar "sangue negro" em alguém.
Continuo pensando que a aplicação do sistema de cotas só é posssível numa sociedade segregacionista, onde quem não é "percebido" como negro, jamais se diria negro por uma vaga de universidade.
Concordo. Mas considero autodeterminação o único válido. Sim pode haver picaretagem, mas ai é o individuo que é desonesto, muito pior é o Estado legitimar racismo.
Detalhe para mim não deve haver qualquer tipo de cota, ou sistema que use raça como parâmetro especialmente quando se fala do setor público. No setor privado o que deve haver é fiscalização do arbítrio do contratador, pois se ele for racista e somente contratar brancos, ou negros, deve ser punido, e a empresa ser obrigada a ter uma certa diversidade mínima, tb de gênero. Essa fiscalização, ou órgãos, para aonde denuncias desse tipo forem encaminhadas, é apenas para evitar o racismo em outros lugares.
Quando se promove discriminação racial, enquanto um critério, e se aceita por uma alteração nas leis, as tais ações afirmativas, ai lenhou tudo. Noções de justiça, e igualmente jurídica foram pela janela. Critérios socioeconômicos, de igualdade, se usados com moderação e estudos, ai sim teriam meu apoio.
Enviado: 08 Jun 2007, 23:25
por Apocaliptica
cyrix escreveu:Eles apareceram na capa da Veja desta semana. Para mim eles são pardos... Por um instante pensei - do jeito que no Brasil as coisas são - que ficariam sem as cotas os dois.

Nem são negros. São filhos de negro com branco. Aí começa o problema. Que parte deles é merecedora do benefício? Metade?
Sim, a branca não é...
Além do mais, duvido que antes disto eles se considerassem negros.
Re: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 08 Jun 2007, 23:34
por Apocaliptica
André escreveu:Apocaliptica escreveu:08/06/2007 - 09h09
UnB recua e aceita outro gêmeo nas cotas
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo
Após duas semanas, a UnB (Universidade de Brasília) recuou e decidiu que Alex Teixeira da Cunha, 18, poderá concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a negros e pardos.
O candidato ao curso de nutrição não constava na lista dos cotistas, embora o nome de seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato ao curso de educação física, estivesse lá.
A confusão foi provocada pelo método de avaliação dos cotistas pela universidade, que adota o sistema desde 2004.
Depois de se declararem pardos ou negros, os candidatos tiram uma foto na universidade. A fotografia é, então, avaliada por uma comissão, que julga se o candidato se enquadra nos requisitos para ser um cotista. A UnB não informa quem são nem quantos são esses jurados.
Foi esse júri que decidiu que Alan era negro, mas Alex, não. O irmão "branco" recorreu da decisão -possibilidade prevista no edital do vestibular- e, anteontem, apareceu na lista dos candidatos que tiveram seus recursos aprovados.
O problema dos dois, agora, é arranjar tempo para estudar para as provas, que acontecem nos próximos dias 16 e 17, devido às constantes entrevistas.
O pai dos irmãos, o bancário Ronaldo Teixeira da Cunha, 50, negro, dizia-se preocupado. "Saio para trabalhar e eles ficam o dia inteiro dando entrevistas. Depois, vocês têm que voltar para ver se eles passaram, né?"
Aos jornalistas, os irmãos afirmam ser a favor de cotas para alunos de baixa renda, mas contra o sistema para negros --"um ato de racismo", segundo Alan. Ainda assim, eles dizem ter feito a inscrição pelo sistema porque é menos concorrido e porque outros colegas de cursinho, "de pele mais clara", utilizaram o sistema.
Em nota divulgada anteontem, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, defendeu o sistema de cotas da universidade e rechaçou a acusação de que a comissão julgadora seja um "tribunal racial". Ele não descartou, porém, mudanças. "Sempre que a experiência indicar, esta instituição não se furtará a fazer aperfeiçoamentos necessários sobre quaisquer processos, inclusive os de seleção", diz a nota.
O caso de Alex e Alan não é inédito. Em 2005, Paula Renata e Paula Rejane Vidal, filhas de pai negro e mãe branca, concorriam aos mesmos cursos dos dois irmãos. Também gêmeas univitelinas, ficaram surpresas quando saiu a decisão considerando apenas Paula Renata aceita.
Assim como Alex, Paula Rejane recorreu e conseguiu concorrer ao vestibular como cotista. Passou em educação física, desistiu depois de três semestres e, hoje, cursa administração. Paula Renata estuda em uma universidade privada. Hoje, ela ainda busca entender o que fez a UnB considerá-la mais negra que a irmã. "Acho que foi porque, quando tiramos a foto, eu estava de cabelo preso e minha irmã de cabelo solto."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 2820.shtmlNão acho que eles sejam negros...mas é isso aí né.
Vejam as fotos aí e tirem as conclusões:
http://noticias.correioweb.com.br/mater ... %20Federal
Isso é ilegal. Apenas autodeterminação pode ser válida, ninguém pode dizer por vc sua etnia, cor ou qualquer coisa dessa qualidade. Isso é racismo puro e simples.
Cotas se existirem, o que é discutível, devem ser baseados em critérios sócio econômicos, pois é lógicos que mesmo os melhores alunos de colégios públicos estão em desvantagem em relação aos de colégios particulares, devido ao que dinheiro permite em acesso a livros, informação, melhores professores, condições de estudo( não precisam trabalhar) e afins.
Cotas usando critérios raciais é um absurdo, e fiz o possível aqui na Ufba para não passar. Pelo menos conseguimos espaço para o que foi chamado de "brancos pobres" e outros que fugiam do perfil racial desejado. Insuficiente ao meu ver, mas é melhor que algo unicamente baseado em critérios raciais.
Se existe determinação de etnia é preconceito? Por quê? é apenas determinar, como se determina sexo e idade. Autodeterminação é que está errado. Ainda mais neste país, quem é negro aqui? Como se determina isto?
Claro que o quesito deveria ser condição sócio econômica e não cor da pele.
Uma pena que isto tenha passado.
Re: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 09 Jun 2007, 00:11
por André
Apocaliptica escreveu:André escreveu:Apocaliptica escreveu:08/06/2007 - 09h09
UnB recua e aceita outro gêmeo nas cotas
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo
Após duas semanas, a UnB (Universidade de Brasília) recuou e decidiu que Alex Teixeira da Cunha, 18, poderá concorrer ao vestibular para o primeiro semestre de 2007 dentro da cota de 20% reservada a negros e pardos.
O candidato ao curso de nutrição não constava na lista dos cotistas, embora o nome de seu irmão gêmeo univitelino, Alan, candidato ao curso de educação física, estivesse lá.
A confusão foi provocada pelo método de avaliação dos cotistas pela universidade, que adota o sistema desde 2004.
Depois de se declararem pardos ou negros, os candidatos tiram uma foto na universidade. A fotografia é, então, avaliada por uma comissão, que julga se o candidato se enquadra nos requisitos para ser um cotista. A UnB não informa quem são nem quantos são esses jurados.
Foi esse júri que decidiu que Alan era negro, mas Alex, não. O irmão "branco" recorreu da decisão -possibilidade prevista no edital do vestibular- e, anteontem, apareceu na lista dos candidatos que tiveram seus recursos aprovados.
O problema dos dois, agora, é arranjar tempo para estudar para as provas, que acontecem nos próximos dias 16 e 17, devido às constantes entrevistas.
O pai dos irmãos, o bancário Ronaldo Teixeira da Cunha, 50, negro, dizia-se preocupado. "Saio para trabalhar e eles ficam o dia inteiro dando entrevistas. Depois, vocês têm que voltar para ver se eles passaram, né?"
Aos jornalistas, os irmãos afirmam ser a favor de cotas para alunos de baixa renda, mas contra o sistema para negros --"um ato de racismo", segundo Alan. Ainda assim, eles dizem ter feito a inscrição pelo sistema porque é menos concorrido e porque outros colegas de cursinho, "de pele mais clara", utilizaram o sistema.
Em nota divulgada anteontem, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, defendeu o sistema de cotas da universidade e rechaçou a acusação de que a comissão julgadora seja um "tribunal racial". Ele não descartou, porém, mudanças. "Sempre que a experiência indicar, esta instituição não se furtará a fazer aperfeiçoamentos necessários sobre quaisquer processos, inclusive os de seleção", diz a nota.
O caso de Alex e Alan não é inédito. Em 2005, Paula Renata e Paula Rejane Vidal, filhas de pai negro e mãe branca, concorriam aos mesmos cursos dos dois irmãos. Também gêmeas univitelinas, ficaram surpresas quando saiu a decisão considerando apenas Paula Renata aceita.
Assim como Alex, Paula Rejane recorreu e conseguiu concorrer ao vestibular como cotista. Passou em educação física, desistiu depois de três semestres e, hoje, cursa administração. Paula Renata estuda em uma universidade privada. Hoje, ela ainda busca entender o que fez a UnB considerá-la mais negra que a irmã. "Acho que foi porque, quando tiramos a foto, eu estava de cabelo preso e minha irmã de cabelo solto."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 2820.shtmlNão acho que eles sejam negros...mas é isso aí né.
Vejam as fotos aí e tirem as conclusões:
http://noticias.correioweb.com.br/mater ... %20Federal
Isso é ilegal. Apenas autodeterminação pode ser válida, ninguém pode dizer por vc sua etnia, cor ou qualquer coisa dessa qualidade. Isso é racismo puro e simples.
Cotas se existirem, o que é discutível, devem ser baseados em critérios sócio econômicos, pois é lógicos que mesmo os melhores alunos de colégios públicos estão em desvantagem em relação aos de colégios particulares, devido ao que dinheiro permite em acesso a livros, informação, melhores professores, condições de estudo( não precisam trabalhar) e afins.
Cotas usando critérios raciais é um absurdo, e fiz o possível aqui na Ufba para não passar. Pelo menos conseguimos espaço para o que foi chamado de "brancos pobres" e outros que fugiam do perfil racial desejado. Insuficiente ao meu ver, mas é melhor que algo unicamente baseado em critérios raciais.
Se existe determinação de etnia é preconceito? Por quê? é apenas determinar, como se determina sexo e idade. Autodeterminação é que está errado. Ainda mais neste país, quem é negro aqui? Como se determina isto?
Claro que o quesito deveria ser condição sócio econômica e não cor da pele.
Uma pena que isto tenha passado.
Se alguém determina por vc e isso significa privilegio é racismo configurado.
Sexo e idade são diferentes.(Podem ser mais facilmente determinados) Etnia tem componentes culturais e biológicos. Eu sou socialmente branco, mas sou de família mestiça. O que vai valer o fenótipo ou o genótipo? Vai ter exame de DNA? Sabe-se que exame de DNA somente mostra como isso é ridículo.
A sociedade não deve se ocupar ou dar privilégios com base em nada disso, e cada individuo deve ter liberdade de se autodefinir. Dar o poder de outros te definirem é um equivoco ao meu ver. Veja o caso que vc publicou, é bizonho ter uma tal banca de juizes que define se o cara é negro ou não. Para não dizer que deveria ser ilegal, se não é o que tenho minhas dúvidas.
Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 09 Jun 2007, 11:26
por Fernando Silva
Para efeito de cotas, a etnia deveria ser definida pela aparência, independente do DNA, já que é pela aparência que as pessoa são julgadas (e pré-julgadas).
O ideal é que fosse determinado até que ponto a pessoa foi prejudicada por parecer negra, o que poderia variar de lugar para lugar. Teria que ser uma coisa objetiva, não ideológica. Acho tudo meio utópico.
Claro, isto poderia levar a um movimento dos prejudicados por serem baixinhos, feios, gordos etc.
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 11:30
por Fernando Silva
Jornal Nacional mostra o resultado estarrecedor de uma investigação no Recôncavo Baiano, em uma comunidade que está prestes a ser reconhecida oficialmente como remanescente de um quilombo.
No Rio, está acontecendo a mesma coisa com a Restinga da Marambaia. O que hoje é uma reserva ecológica corre o risco de ser destruído e transformado em um favelão.
Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 09 Jun 2007, 11:57
por Aranha
- Acho que esse regime de cotas raciais tem mais a ver com uma busca de legitimização do estado do que com compensações para indivíduos.
Abraços,
P.S.: Não que eu seja a favor.
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 12:15
por Fernando Silva
Abmael escreveu:- Acho que esse regime de cotas raciais tem mais a ver com uma busca de legitimização do estado do que com compensações para indivíduos.
Abraços,
P.S.: Não que eu seja a favor.
É a ideologia do "coitadismo", em que as pessoas preferem culpar aos outros pelos próprios problemas, se fazer de vítimas, exigir direitos que não têm.
Para tal, quando conveniente, reescrevem a história para que confirme suas alegações.
Enviado: 09 Jun 2007, 17:13
por o anátema
Apocaliptica escreveu:cyrix escreveu:Eles apareceram na capa da Veja desta semana. Para mim eles são pardos... Por um instante pensei - do jeito que no Brasil as coisas são - que ficariam sem as cotas os dois.

Nem são negros. São filhos de negro com branco. Aí começa o problema. Que parte deles é merecedora do benefício? Metade?
Sim, a branca não é...
Além do mais, duvido que antes disto eles se considerassem negros.
Tem que dividir o benefício de acordo com a genealogia: 100% negros ganham benefício máximo, se há algum ancestral branco no passado vai se reduzindo os benefícios proporcionalmente.
Mas talvez fosse adequado também tentar avaliar a proporção de genes tipicamente negros e brancos, se em expressão, são dominantes ou recessivos...
...logo deveremos também implementar cotas para negros em ônibus, o seu lugar especial dentro deles, tal como para idosos e gestantes, conforme um estudante da UniPalmares fez a comparação (defendendo-a, por mais incrível que possa soar).
E Rosa Park se revira no túmulo...

Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 09 Jun 2007, 18:25
por Apocaliptica
Ridículo, ridículo! Cirquinho filantropo-demagógico-político de merda!
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 22:03
por André
Fernando Silva escreveu:Para efeito de cotas, a etnia deveria ser definida pela aparência, independente do DNA, já que é pela aparência que as pessoa são julgadas (e pré-julgadas).
O ideal é que fosse determinado até que ponto a pessoa foi prejudicada por parecer negra, o que poderia variar de lugar para lugar. Teria que ser uma coisa objetiva, não ideológica. Acho tudo meio utópico.
Claro, isto poderia levar a um movimento dos prejudicados por serem baixinhos, feios, gordos etc.
Mesmo isso acho muito subjetivo. Para mim qualquer critério "Racial" ta errado. Se existir, o que já disse é discutível, deve ser sócio econômico, para absorver os melhores alunos de escolas públicas.
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 22:21
por Ateu Tímido
André escreveu:Fernando Silva escreveu:Para efeito de cotas, a etnia deveria ser definida pela aparência, independente do DNA, já que é pela aparência que as pessoa são julgadas (e pré-julgadas).
O ideal é que fosse determinado até que ponto a pessoa foi prejudicada por parecer negra, o que poderia variar de lugar para lugar. Teria que ser uma coisa objetiva, não ideológica. Acho tudo meio utópico.
Claro, isto poderia levar a um movimento dos prejudicados por serem baixinhos, feios, gordos etc.
Mesmo isso acho muito subjetivo. Para mim qualquer critério "Racial" ta errado. Se existir, o que já disse é discutível, deve ser sócio econômico, para absorver os melhores alunos de escolas públicas.
Essa seria a proposta "menos pior", mas sempre se correria o risco do subjetivismo. Avaliando assim, os gêmeos do caso popderiam ser "separados" de novo, se avaliados por pessoas diferentes, ou em locais diferentes.
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 22:46
por André
Ateu Tímido escreveu:André escreveu:Fernando Silva escreveu:Para efeito de cotas, a etnia deveria ser definida pela aparência, independente do DNA, já que é pela aparência que as pessoa são julgadas (e pré-julgadas).
O ideal é que fosse determinado até que ponto a pessoa foi prejudicada por parecer negra, o que poderia variar de lugar para lugar. Teria que ser uma coisa objetiva, não ideológica. Acho tudo meio utópico.
Claro, isto poderia levar a um movimento dos prejudicados por serem baixinhos, feios, gordos etc.
Mesmo isso acho muito subjetivo. Para mim qualquer critério "Racial" ta errado. Se existir, o que já disse é discutível, deve ser sócio econômico, para absorver os melhores alunos de escolas públicas.
Essa seria a proposta "menos pior", mas sempre se correria o risco do subjetivismo. Avaliando assim, os gêmeos do caso popderiam ser "separados" de novo, se avaliados por pessoas diferentes, ou em locais diferentes.
Não é tão subjetivo. Mínimo de 8 anos em colégio público. Qualquer um, de qualquer etnia, estaria dentro cumprindo apenas isso.
E para driblar isso somente cometendo fraude.
Ai vc vai dizer que os ricos vão colocar os filhos em colégios públicos. Bem os ricos com certeza não. A classe média talvez, e mesmo assim nem todos.
Ótimo, pois a classe media vai pressionar para os colégios melhorarem(Se seus filhos estudam lá), e mesmo colégios públicos tem numero de vagas. Com a universalização são os pobres que não podem ficar sem colégio publico. Os da classe media que entrarem, e estudarem tanto tempo lá, teriam o mesmo direito a "cotas".
Pq para mim o diferencial está na qualidade dos colégios, e no acesso a livros, e informação,e como essa ultima parte fica difícil legislar seria necessário criar limites tendo como base imposto de renda. Poderia e somente em casos extremos se observaria o imposto de renda, e poderia se criar um limite para evitar que a classe media alta matriculasse e pagasse tb aulas particulares, mas isso para mim nem é prioridade.
Não acredito que tanta gente da classe media iria apenas por isso colocar seus filhos em escolas publicas e os que fizessem, que pressionassem para os colégios melhorarem. Em casos claros de esquema, poderia se recorrer ao imposto de renda.
Fora que a cota não seria tão grande, e seria para todos de colégios públicos, que estudaram comprovadamente em colégios públicos por 8 anos ou mais. Apenas no caso de denuncias, se examinaria quem estaria se aproveitando do sistema. Muito mais simples e justo do que avaliar a cor. E muito menos subjetivo, não tem nem comparação.
Os irmãos, se são de colégio publico, é simplesmente impossível, que fossem separados por esse critério deveras mais simples.
Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade...
Enviado: 09 Jun 2007, 23:07
por Apocaliptica
ué...8 anos em colégio publico daria direito a este benefício? Por quê? As Universidades não teriam espaço prá todo mundo. Tem é que melhorar o padrão de ensino nestes 8 anos! E passem os melhores! Não há vagas nem mercado de trabalho para tudo isto, não!
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 23:21
por André
Apocaliptica escreveu:ué...8 anos em colégio publico daria direito a este benefício? Por quê? As Universidades não teriam espaço prá todo mundo. Tem é que melhorar o padrão de ensino nestes 8 anos! E passem os melhores! Não há vagas nem mercado de trabalho para tudo isto, não!
Claro que o padrão tem que melhorar.
Claro que tem que se expandir vagas.
Mas ter cotas tipo 20 por cento das vagas reservadas para os melhores alunos de colégios públicos, em universidades publicas, ou 30 por cento. Seria uma forma de incluir os melhores entre aqueles que tem menos condições.
Isso se tiver cotas. Para mim seria o melhor sistema.O melhor mesmo seria não ter, mas se é para ter esse seria o melhor, pelo menos para mim.
Re: Re.: Das cotas para negros...Parece piada, mas é verdade
Enviado: 09 Jun 2007, 23:27
por Apocaliptica
André escreveu:Apocaliptica escreveu:ué...8 anos em colégio publico daria direito a este benefício? Por quê? As Universidades não teriam espaço prá todo mundo. Tem é que melhorar o padrão de ensino nestes 8 anos! E passem os melhores! Não há vagas nem mercado de trabalho para tudo isto, não!
Claro que o padrão tem que melhorar.
Claro que tem que se expandir vagas.
Mas ter cotas tipo 20 por cento das vagas reservadas para os melhores alunos de colégios públicos, em universidades publicas, ou 30 por cento. Seria uma forma de incluir os melhores entre aqueles que tem menos condições.
Isso se tiver cotas. Para mim seria o melhor sistema.O melhor mesmo seria não ter, mas se é para ter esse seria o melhor, pelo menos para mim.
Se eles forem os melhores não precisam de cotas. Esses já passam. Então que tenham bolsa, o que já acontece.
Ou seja, esta conversa de cotas é circular e sem sentido.