Exegese dominical
Enviado: 11 Jun 2007, 10:14
Bem, amados em Cristo. O Domingo é, para nós, civilização construída sobre as estruturas da Cristandade o Dia do Senhor. Já, desde o século I, a Igreja reunia-se neste dia para a "fração do pão" e para ouvir a Palavra do Senhor.
A liturgia dominical comun tráz sempre duas leituras (geralmente uma do Novo e uma do Velho Testamento), um Salmo e um trecho do Evangelho. As leituras possuem sempre uma conexão entre si, mostrando que Jesus é o pleno cumprimento das promessas da Antiga Aliança e, mostrando-nos como a Igreja deve portar-se diante dessas realidades espirituais.
Ontem, em nossas igrejas, celebramos o X Domingo do tempo comum. O tempo comum é o tempo onde não há festas e solenidades. É precedido pelo tempo do Advento, que culmina com a festa do Natal, e interrompido pela Quaresma, que culmina na Ressurreição, com os três domingos pascais, Ascenção do Senhor, Pentecostes e Santíssima Trindade.
É entrecortado, ainda, por outras datas solenes.
Pois. No Domingo de ontem, tivemos as seguintes leituras bíblicas:
Primeira Leitura: 1º Reis 17, 17-24
17 Depois disso, ficou doente o filho dessa mulher, dona da casa, e a doença foi tão grave que ele acabou morrendo. 18 Então ela disse a Elias: «Não quero nada com você, homem de Deus. Será que você veio à minha casa para lembrar minhas culpas e provocar a morte do meu filho?» 19 Elias respondeu: «Dê-me o seu filho». Pegando o menino dos braços dela, Elias o levou até o quarto de cima, onde se achava hospedado e o deitou sobre a sua própria cama. 20 Depois chamou por Javé, dizendo: «Javé, meu Deus, queres castigar até essa viúva que me hospeda, fazendo o filho dela morrer?» 21 Então Elias estendeu-se três vezes sobre o menino e invocou a Javé: «Ó Javé, meu Deus, faze que este menino ressuscite!» 22 Javé atendeu à súplica de Elias, e o menino ressuscitou, tornando a viver. 23 Elias pegou o menino, o desceu do quarto de cima e o entregou à mãe dele, dizendo: «Olhe, seu filho está vivo». 24 A mulher respondeu a Elias: «Agora sei que você é um homem de Deus, e que de fato anuncia a palavra de Javé».
Salmo Responsorial(29/30)
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!
1. Eu vos exaltarei, Senhor, porque me livrastes, não permitistes que exultassem sobre mim meus inimigos. Senhor, meu Deus, clamei a vós e fui curado. Senhor, minha alma foi tirada por vós da habitação dos mortos; dentre os que descem para o túmulo, vós me salvastes. - R.
2. Ó vós, fiéis do Senhor, cantai sua glória, dai graças ao seu santo nome. Porque a sua indignação dura apenas um momento, enquanto sua benevolência é para toda a vida. Pela tarde, vem o pranto, mas, de manhã, volta a alegria. - R.
3. Ouvi-me, Senhor, e tende piedade de mim; Senhor, vinde em minha ajuda. Vós convertestes o meu pranto em prazer, tirastes minhas vestes de penitência e me cingistes de alegria. Assim, minha alma vos louvará sem calar jamais. Senhor, meu Deus, eu vos bendirei eternamente. - R.
Segunda Leitura: Gálatas 1, 11-19
11 Irmãos, eu declaro a vocês: o Evangelho por mim anunciado não é invenção humana. 12 E, além disso, não o recebi nem aprendi através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo. 13 Certamente vocês ouviram falar do que eu fazia quando estava no judaísmo. Sabem como eu perseguia com violência a Igreja de Deus e fazia de tudo para arrasá-la. 14 Eu superava no judaísmo a maior parte dos compatriotas da minha idade, e procurava seguir com todo o zelo as tradições dos meus antepassados.
15 Deus, porém, me escolheu antes de eu nascer e me chamou por sua graça. Quando ele resolveu 16 revelar em mim o seu Filho, para que eu o anunciasse entre os pagãos, não consultei a ninguém, 17 nem subi a Jerusalém para me encontrar com aqueles que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, fui para a Arábia, e depois voltei para Damasco. 18 Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Pedro, e fiquei com ele quinze dias. 19 Entretanto, não vi nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
Evangelho: Lucas 7, 11-17
11 Em seguida, Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com ele iam os discípulos e uma grande multidão. 12 Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela. 13 Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela, e lhe disse: «Não chore!» 14 Depois se aproximou, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse: «Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!» 15 O morto sentou-se, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16 Todos ficaram com muito medo, e glorificavam a Deus, dizendo: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.» 17 E a notícia do fato se espalhou pela Judéia inteira, e por toda a redondeza.
Vamos à exegese!
Na primeira leitura, encontramos o profeta Elias em atividade. Elias é o grande profeta de Israel. Junto com Moisés, forma o núcleo prático da fé judaica.
Elias vivera, antes desse episódio, próximo à região da Fenícia, da Rainha Jezebel. Jezebel cultuava vários deuses, e se aborrecia fortemente com a pregação de Elias, exortando ao Deus único de Israel.
Fizeram, então, uma aposta. Elias desafiaria, sozinho, os 100 sacerdotes de jezebel, cada um com seu holocausto, para ver qual era o deus verdadeiro.
Os sacerdotes de Jezebel prepararam o Holocausto, e então começaram a orar, com altos brados, rolando pelo chão e pedindo que seus deuses agissem. Fizeram isso durante toda a manhã, mas nada ocorreu.
Por fim, Elias foi, tomou a oferta, pôs sobre a lenha e invocou o nome do terrível Deus de Israel. Imagina-se que tenha feito a prece do Shemá Israel.
No mesmo instante, desceu fogo do céu, consumiu a oferta de Elias e matou os cem sacerdotes da rainha.
Jezebel ficou furiosa, e procurava matar Elias. Ele então, partiu e refugiou-se em terra estrangeira. Chegando em Serepta, foi acolhido por uma viúva pobre, que já nem tinha alimento suficiente para si e seu filho, mas alimentou Elias. Foi, então, abençoada e nada mais faltou em sua casa.
Em seguida, temos o trecho que encontramos na leitura do domingo. O filho da viúva adoece e morre. Ela, então, reclama com Elias, homem de Deus, que sobe com o garoto e invoca o nome do Senhor sobre ele, deitando-se três vezes (em alusão aos três dias que Jesus passaria na cova). Logo o menino voltou à vida.
Ora! No Evangelho encontramos Jesus voltando de Cafarnaum com seus discípulos, em direção a cidade de Naim. Jesus vem com a procissão da vida, mas dá de cara com a procissão da morte. Morte de um jovem, filho de viúva. Pela interpretação que os fariseus faziam da Lei, se a mulher perdera precocemente marido e filho, ficando sozinha, é porque era pecadora. Imaginem a dor da mãe, perdendo um filho e ainda recebendo a culpa por isso. Pior! O jovem que era carregado (não propiamente num caixão como diz a tradução, mas numa espécie de maca, enrolado no sudário) sequer poderia ser tocado, pois quem o fizesse ficaria impuro.
O texto fala que jesus teve compaixão da viúva. A compaixão (sofrer com) é o sentimento, por excelência, dos cristãos. Sentimento tão repudiado após o Renascimento, mas tão nobremente considerado durante a primavera da vida Européia.
Jesus mostra, ainda, com esse ato que é o mesmo Deus da antiga aliança. O Deus que tem compaixão do orfão e da viúva, e que defende pessoalmente a causa deles (como falei no tópico sobre o Paráclito).
Jesus então, tomado de compaixão, aproximou-se do cortejo e tocou o jovem.
Imaginemos a expressão de ira dos religiosos presentes: "a lei foi rasgada!" Provavelmente rasgariam as vestes e arrancariam a barba, não tivessem visto o desfecho do episódio. Jesus ordena e o jovem levanta-se da morte e põe-se a falar.
Alguém que estava morto, coloca-se a tagarelar... A primeira expressão do povo é de medo, mas logo em seguida começam a louvar a Deus: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.»
No original, a Palavra diz: "o Sol nascente veio visitar o seu povo". É de uma expressão poética sem par. E, não coincidentemente mas, providencialmente foi a mesma expressão usada por Simão quando Jesus, aos sete dias, foi apresentado no Templo: "o Sol nascente veio nos visitar". A expressão foi traduzida por Deus, porque este é o sentido direto.
Jesus, verdadeiramente, se compadece de nossas dores. Sofre conosco e continua sendo nosso alento para todas as horas.
Por isso o salmo proclama: "Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!". É o canto do jovem de Naim, é o canto do filho da viúva de Serepta. É o nosso canto, na certeza da vida eterna.
Em resposta a essa verdade, Paulo proclama que ele que participava do cortejo da morte, perseguindo cristãos, entra para o cortejo da vida, anunciando a verdade às nações. Para tal, apesar de ter entrado em contato com os apóstolos Pedro e Tiago, ele contou com a graça sobrenatural dada a ele pelo próprio Jesus.
Também nós somos chamados a entrar para o cortejo da vida, e proclamar: "O Deus da vida veio nos visitar! Exulta, Sião, alegrai-vos povos e nações!"
Amém! Marana-ta!
Ao Eterno Amor
Como pode ser, um Deus tão grande - como Tu - vir nos visitar? Tu não olhaste a nossa condição, mas por amor,
só por amor, estás aqui Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia ao eterno amor.
Aleluia Deus de amor.
A liturgia dominical comun tráz sempre duas leituras (geralmente uma do Novo e uma do Velho Testamento), um Salmo e um trecho do Evangelho. As leituras possuem sempre uma conexão entre si, mostrando que Jesus é o pleno cumprimento das promessas da Antiga Aliança e, mostrando-nos como a Igreja deve portar-se diante dessas realidades espirituais.
Ontem, em nossas igrejas, celebramos o X Domingo do tempo comum. O tempo comum é o tempo onde não há festas e solenidades. É precedido pelo tempo do Advento, que culmina com a festa do Natal, e interrompido pela Quaresma, que culmina na Ressurreição, com os três domingos pascais, Ascenção do Senhor, Pentecostes e Santíssima Trindade.
É entrecortado, ainda, por outras datas solenes.
Pois. No Domingo de ontem, tivemos as seguintes leituras bíblicas:
Primeira Leitura: 1º Reis 17, 17-24
17 Depois disso, ficou doente o filho dessa mulher, dona da casa, e a doença foi tão grave que ele acabou morrendo. 18 Então ela disse a Elias: «Não quero nada com você, homem de Deus. Será que você veio à minha casa para lembrar minhas culpas e provocar a morte do meu filho?» 19 Elias respondeu: «Dê-me o seu filho». Pegando o menino dos braços dela, Elias o levou até o quarto de cima, onde se achava hospedado e o deitou sobre a sua própria cama. 20 Depois chamou por Javé, dizendo: «Javé, meu Deus, queres castigar até essa viúva que me hospeda, fazendo o filho dela morrer?» 21 Então Elias estendeu-se três vezes sobre o menino e invocou a Javé: «Ó Javé, meu Deus, faze que este menino ressuscite!» 22 Javé atendeu à súplica de Elias, e o menino ressuscitou, tornando a viver. 23 Elias pegou o menino, o desceu do quarto de cima e o entregou à mãe dele, dizendo: «Olhe, seu filho está vivo». 24 A mulher respondeu a Elias: «Agora sei que você é um homem de Deus, e que de fato anuncia a palavra de Javé».
Salmo Responsorial(29/30)
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!
1. Eu vos exaltarei, Senhor, porque me livrastes, não permitistes que exultassem sobre mim meus inimigos. Senhor, meu Deus, clamei a vós e fui curado. Senhor, minha alma foi tirada por vós da habitação dos mortos; dentre os que descem para o túmulo, vós me salvastes. - R.
2. Ó vós, fiéis do Senhor, cantai sua glória, dai graças ao seu santo nome. Porque a sua indignação dura apenas um momento, enquanto sua benevolência é para toda a vida. Pela tarde, vem o pranto, mas, de manhã, volta a alegria. - R.
3. Ouvi-me, Senhor, e tende piedade de mim; Senhor, vinde em minha ajuda. Vós convertestes o meu pranto em prazer, tirastes minhas vestes de penitência e me cingistes de alegria. Assim, minha alma vos louvará sem calar jamais. Senhor, meu Deus, eu vos bendirei eternamente. - R.
Segunda Leitura: Gálatas 1, 11-19
11 Irmãos, eu declaro a vocês: o Evangelho por mim anunciado não é invenção humana. 12 E, além disso, não o recebi nem aprendi através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo. 13 Certamente vocês ouviram falar do que eu fazia quando estava no judaísmo. Sabem como eu perseguia com violência a Igreja de Deus e fazia de tudo para arrasá-la. 14 Eu superava no judaísmo a maior parte dos compatriotas da minha idade, e procurava seguir com todo o zelo as tradições dos meus antepassados.
15 Deus, porém, me escolheu antes de eu nascer e me chamou por sua graça. Quando ele resolveu 16 revelar em mim o seu Filho, para que eu o anunciasse entre os pagãos, não consultei a ninguém, 17 nem subi a Jerusalém para me encontrar com aqueles que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, fui para a Arábia, e depois voltei para Damasco. 18 Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Pedro, e fiquei com ele quinze dias. 19 Entretanto, não vi nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
Evangelho: Lucas 7, 11-17
11 Em seguida, Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com ele iam os discípulos e uma grande multidão. 12 Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela. 13 Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela, e lhe disse: «Não chore!» 14 Depois se aproximou, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse: «Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!» 15 O morto sentou-se, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16 Todos ficaram com muito medo, e glorificavam a Deus, dizendo: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.» 17 E a notícia do fato se espalhou pela Judéia inteira, e por toda a redondeza.
Vamos à exegese!
Na primeira leitura, encontramos o profeta Elias em atividade. Elias é o grande profeta de Israel. Junto com Moisés, forma o núcleo prático da fé judaica.
Elias vivera, antes desse episódio, próximo à região da Fenícia, da Rainha Jezebel. Jezebel cultuava vários deuses, e se aborrecia fortemente com a pregação de Elias, exortando ao Deus único de Israel.
Fizeram, então, uma aposta. Elias desafiaria, sozinho, os 100 sacerdotes de jezebel, cada um com seu holocausto, para ver qual era o deus verdadeiro.
Os sacerdotes de Jezebel prepararam o Holocausto, e então começaram a orar, com altos brados, rolando pelo chão e pedindo que seus deuses agissem. Fizeram isso durante toda a manhã, mas nada ocorreu.
Por fim, Elias foi, tomou a oferta, pôs sobre a lenha e invocou o nome do terrível Deus de Israel. Imagina-se que tenha feito a prece do Shemá Israel.
No mesmo instante, desceu fogo do céu, consumiu a oferta de Elias e matou os cem sacerdotes da rainha.
Jezebel ficou furiosa, e procurava matar Elias. Ele então, partiu e refugiou-se em terra estrangeira. Chegando em Serepta, foi acolhido por uma viúva pobre, que já nem tinha alimento suficiente para si e seu filho, mas alimentou Elias. Foi, então, abençoada e nada mais faltou em sua casa.
Em seguida, temos o trecho que encontramos na leitura do domingo. O filho da viúva adoece e morre. Ela, então, reclama com Elias, homem de Deus, que sobe com o garoto e invoca o nome do Senhor sobre ele, deitando-se três vezes (em alusão aos três dias que Jesus passaria na cova). Logo o menino voltou à vida.
Ora! No Evangelho encontramos Jesus voltando de Cafarnaum com seus discípulos, em direção a cidade de Naim. Jesus vem com a procissão da vida, mas dá de cara com a procissão da morte. Morte de um jovem, filho de viúva. Pela interpretação que os fariseus faziam da Lei, se a mulher perdera precocemente marido e filho, ficando sozinha, é porque era pecadora. Imaginem a dor da mãe, perdendo um filho e ainda recebendo a culpa por isso. Pior! O jovem que era carregado (não propiamente num caixão como diz a tradução, mas numa espécie de maca, enrolado no sudário) sequer poderia ser tocado, pois quem o fizesse ficaria impuro.
O texto fala que jesus teve compaixão da viúva. A compaixão (sofrer com) é o sentimento, por excelência, dos cristãos. Sentimento tão repudiado após o Renascimento, mas tão nobremente considerado durante a primavera da vida Européia.
Jesus mostra, ainda, com esse ato que é o mesmo Deus da antiga aliança. O Deus que tem compaixão do orfão e da viúva, e que defende pessoalmente a causa deles (como falei no tópico sobre o Paráclito).
Jesus então, tomado de compaixão, aproximou-se do cortejo e tocou o jovem.
Imaginemos a expressão de ira dos religiosos presentes: "a lei foi rasgada!" Provavelmente rasgariam as vestes e arrancariam a barba, não tivessem visto o desfecho do episódio. Jesus ordena e o jovem levanta-se da morte e põe-se a falar.
Alguém que estava morto, coloca-se a tagarelar... A primeira expressão do povo é de medo, mas logo em seguida começam a louvar a Deus: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.»
No original, a Palavra diz: "o Sol nascente veio visitar o seu povo". É de uma expressão poética sem par. E, não coincidentemente mas, providencialmente foi a mesma expressão usada por Simão quando Jesus, aos sete dias, foi apresentado no Templo: "o Sol nascente veio nos visitar". A expressão foi traduzida por Deus, porque este é o sentido direto.
Jesus, verdadeiramente, se compadece de nossas dores. Sofre conosco e continua sendo nosso alento para todas as horas.
Por isso o salmo proclama: "Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!". É o canto do jovem de Naim, é o canto do filho da viúva de Serepta. É o nosso canto, na certeza da vida eterna.
Em resposta a essa verdade, Paulo proclama que ele que participava do cortejo da morte, perseguindo cristãos, entra para o cortejo da vida, anunciando a verdade às nações. Para tal, apesar de ter entrado em contato com os apóstolos Pedro e Tiago, ele contou com a graça sobrenatural dada a ele pelo próprio Jesus.
Também nós somos chamados a entrar para o cortejo da vida, e proclamar: "O Deus da vida veio nos visitar! Exulta, Sião, alegrai-vos povos e nações!"
Amém! Marana-ta!
Ao Eterno Amor
Como pode ser, um Deus tão grande - como Tu - vir nos visitar? Tu não olhaste a nossa condição, mas por amor,
só por amor, estás aqui Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia ao eterno amor.
Aleluia Deus de amor.