Sobre cambistas.
Enviado: 19 Jun 2007, 20:00
Não é de hoje que os atravessadores chamados cambistas fazem seu serviço adrenalinado às portas de estádios, ginásios e casas de espetáculos, notadamente os de grande proporções e mais populares. Seguindo a lógica da lei da oferta e da procura, organizaram-se como categoria ( tal qual os flanelinhas ), a fim de "facilitar" a vida dos que não conseguiram adquirir seus ingressos por um motivo ou outro nas bilheterias convencionais.
Na hora que bate a vontade, a assistência quer ver o seu ídolo, que aplaudir e quer guardar na memória, nem que para isto cometa o pecadinho de inflacionar o mercado e dar guarida à máfia do sobretaxamento.
A princípio poderíamos pensar que não se pode proibir alguém de adquirir um ingresso ou 2 e, por motivos pessoais, repassá-los, negociando livremente com quem julgar melhor pagador, ou simplesmente dá-lo de presente.
A questão muda de figura, quando se cria um mercado paralelo , através de intermediários que, de antemão, têm acesso à compra de um grande número de ingressos pelo preço tido como valor de partida e os recoloca à venda, por um preço muito superior ao valor inicial, considerando-se que o mercado regula o preço pelo valor atribuído ao bem em questão , ou seja, ingressos.
Agindo desta forma, em grandes eventos de procura certa e garantida, uma parte considerável é subtraída da bilheteria oficial antes ( sabe-se lá como e a que preços), impedindo assim que os compradores tenham acesso a eles pelo preço que valem genuinamente.
O cambista paga pelo risco de "entupir" com o estoque de ingressos, por isto são tão agressivos na oferta dos mesmos nos pontos irregulares de venda. Irregulares? Foi-se o tempo em que isto era imoral.
Faz anos que eles são aceitos e fazem parte do circo, assim como o indefectível cheiro de churrasquinho de gato.
A Internet abriu uma nova possibilidade para esta modalidade de atravessamento. Os ingressos são negociados em sites do tipo e-bay por preços vultosos, e ainda recebem lances como em leilões. A coisa se profissionalizou.
Não sei se todos sabem, para quando um espetáculo é contratado, principalmente os internacionais, o preço acertado no contrato já é pago antecipadamente, ou pelo menos uma grande parte dele. O valor dos cachês é líquido e certo, aconteça o que acontecer, lote a casa ou fique às moscas.
Desta forma, imagino que o valor dos ingressos seja majorado para cobrir custos vários que envolvem a organização e mais o lucro, que ninguém é palhaço nem bobo. Sem contar que existe legislação sobre a meia-entrada para estudantes, fazendo assim com que os ingressos ditos "inteiro" tenham que cobrir o "prejuízo" do outro lado.
Agora imaginem , quando a este valor é adicionado o lucro aferido pelo intermediário...
Bem, atualmente chega-se à praticar preços majorados em 200% ou mais pelos ingressos nas mãos dos cambistas.
Ouvi falar que existe legislação que institucionaliza a atividade do cambista, permitindo que ele venda por até 20% a mais o valor cobrado pela bilheteria. Claro que isto não é cumprido e eles fazem o que querem.
Gostaria de saber o que pensam a respeito disto e se procede a informação de que esta lei existe.
Obs: vermelhinhos inimigos da Lei de Mercado, contenham um pouco sua adrenalina. Estamos vivendo num país capitalista certo? Fato posto, discutamos a questão realisticamente.
Na hora que bate a vontade, a assistência quer ver o seu ídolo, que aplaudir e quer guardar na memória, nem que para isto cometa o pecadinho de inflacionar o mercado e dar guarida à máfia do sobretaxamento.
A princípio poderíamos pensar que não se pode proibir alguém de adquirir um ingresso ou 2 e, por motivos pessoais, repassá-los, negociando livremente com quem julgar melhor pagador, ou simplesmente dá-lo de presente.
A questão muda de figura, quando se cria um mercado paralelo , através de intermediários que, de antemão, têm acesso à compra de um grande número de ingressos pelo preço tido como valor de partida e os recoloca à venda, por um preço muito superior ao valor inicial, considerando-se que o mercado regula o preço pelo valor atribuído ao bem em questão , ou seja, ingressos.
Agindo desta forma, em grandes eventos de procura certa e garantida, uma parte considerável é subtraída da bilheteria oficial antes ( sabe-se lá como e a que preços), impedindo assim que os compradores tenham acesso a eles pelo preço que valem genuinamente.
O cambista paga pelo risco de "entupir" com o estoque de ingressos, por isto são tão agressivos na oferta dos mesmos nos pontos irregulares de venda. Irregulares? Foi-se o tempo em que isto era imoral.
Faz anos que eles são aceitos e fazem parte do circo, assim como o indefectível cheiro de churrasquinho de gato.
A Internet abriu uma nova possibilidade para esta modalidade de atravessamento. Os ingressos são negociados em sites do tipo e-bay por preços vultosos, e ainda recebem lances como em leilões. A coisa se profissionalizou.
Não sei se todos sabem, para quando um espetáculo é contratado, principalmente os internacionais, o preço acertado no contrato já é pago antecipadamente, ou pelo menos uma grande parte dele. O valor dos cachês é líquido e certo, aconteça o que acontecer, lote a casa ou fique às moscas.
Desta forma, imagino que o valor dos ingressos seja majorado para cobrir custos vários que envolvem a organização e mais o lucro, que ninguém é palhaço nem bobo. Sem contar que existe legislação sobre a meia-entrada para estudantes, fazendo assim com que os ingressos ditos "inteiro" tenham que cobrir o "prejuízo" do outro lado.
Agora imaginem , quando a este valor é adicionado o lucro aferido pelo intermediário...
Bem, atualmente chega-se à praticar preços majorados em 200% ou mais pelos ingressos nas mãos dos cambistas.
Ouvi falar que existe legislação que institucionaliza a atividade do cambista, permitindo que ele venda por até 20% a mais o valor cobrado pela bilheteria. Claro que isto não é cumprido e eles fazem o que querem.
Gostaria de saber o que pensam a respeito disto e se procede a informação de que esta lei existe.
Obs: vermelhinhos inimigos da Lei de Mercado, contenham um pouco sua adrenalina. Estamos vivendo num país capitalista certo? Fato posto, discutamos a questão realisticamente.
