Mamíferos modernos surgiram após o fim dos dinossauros
Enviado: 20 Jun 2007, 22:52
Ciência e Vida
20/06/2007 20:25:57
Mamíferos modernos surgiram após o fim dos dinossauros
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CHICAGO (Reuters), 20 de junho - A descoberta na Mongólia do fóssil de um mamífero primitivo deu novo impulso à tese de que os mamíferos modernos apareceram assim que os dinossauros sofreram sua dramática extinção, há cerca de 65 milhões de anos, disseram pesquisadores dos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Estudos recentes apontavam a aparição dos mamíferos modernos entre 140 e 80 milhões de anos atrás, muitos anos antes da colisão de um asteróide com a Terra que teria extinguido os dinossauros.
"O fóssil em si é a parte menos interessante da história cientificamente", disse John Wible, do Museu Carnegie de História Natural, em Pittsburgh, cuja pesquisa foi publicada na revista Nature.
Segundo ele, a descoberta do "Maelestes gobiensis", em 1997, levou a uma análise exaustiva dos registros fósseis que datam o surgimento dos mamíferos modernos no final do Cretáceo (que começou há 145 milhões de anos e terminou de repente 65 milhões de anos atrás).
Recentes estudos moleculares afirmam que os mamíferos modernos viviam já muitos antes de os dinossauros desaparecerem, no final do Cretáceo.
Os cientistas, porém, pretendiam descobrir detalhes daqueles primeiros mamíferos. "Queríamos testar se havia algum placentário no Cretáceo", disse Wible por telefone.
"Se as datas moleculares estão corretas, deveríamos encontrar coisas que parecem como os placentários modernos neste período, e não é assim", afirmou.
Ou seja, eles descobriram que nenhum daqueles primeiros mamíferos do Cretáceo tem parentesco com qualquer dos mamíferos placentários contemporâneos. "Eles são simplesmente becos sem saída, extintos", afirmou.
Mamíferos placentários - como cães, gatos, ratos, baleias, elefantes e humanos - parem seus filhotes após longas gestações. Das 5.416 espécies vivas de mamíferos, 5.080 são placentárias.
Os demais são marsupiais, como cangurus, que alimentam sua cria em bolsas, e os raríssimos monotremas, como o ornitorrinco, mamífero que põe ovos.
Wible disse que seu trabalho reforça a idéia de que a morte dos dinossauros criou uma oportunidade para um crescimento explosivo dos mamíferos modernos.
"Você tem todos esses nichos ecológicos que foram ocupados pelos dinossauros. Eles se extinguiram, e você tem enormes espaços abertos", explicou.
Toda essa análise começou com a descoberta do "Maelestes", um fóssil bastante completo, descoberto no deserto de Gobi (Mongólia) durante uma expedição conjunta da Academia Mongol de Ciências e do Museu Americano de História Natural.
Aquele roedor, um desses becos evolutivos sem saída, viveu 75 milhões de anos atrás, mais ao menos ao mesmo tempo em que os dinossauros velociraptor, oviraptor e protoceraptor.
Por Julie Steenhuysen
20/06/2007 20:25:57
Mamíferos modernos surgiram após o fim dos dinossauros
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CHICAGO (Reuters), 20 de junho - A descoberta na Mongólia do fóssil de um mamífero primitivo deu novo impulso à tese de que os mamíferos modernos apareceram assim que os dinossauros sofreram sua dramática extinção, há cerca de 65 milhões de anos, disseram pesquisadores dos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Estudos recentes apontavam a aparição dos mamíferos modernos entre 140 e 80 milhões de anos atrás, muitos anos antes da colisão de um asteróide com a Terra que teria extinguido os dinossauros.
"O fóssil em si é a parte menos interessante da história cientificamente", disse John Wible, do Museu Carnegie de História Natural, em Pittsburgh, cuja pesquisa foi publicada na revista Nature.
Segundo ele, a descoberta do "Maelestes gobiensis", em 1997, levou a uma análise exaustiva dos registros fósseis que datam o surgimento dos mamíferos modernos no final do Cretáceo (que começou há 145 milhões de anos e terminou de repente 65 milhões de anos atrás).
Recentes estudos moleculares afirmam que os mamíferos modernos viviam já muitos antes de os dinossauros desaparecerem, no final do Cretáceo.
Os cientistas, porém, pretendiam descobrir detalhes daqueles primeiros mamíferos. "Queríamos testar se havia algum placentário no Cretáceo", disse Wible por telefone.
"Se as datas moleculares estão corretas, deveríamos encontrar coisas que parecem como os placentários modernos neste período, e não é assim", afirmou.
Ou seja, eles descobriram que nenhum daqueles primeiros mamíferos do Cretáceo tem parentesco com qualquer dos mamíferos placentários contemporâneos. "Eles são simplesmente becos sem saída, extintos", afirmou.
Mamíferos placentários - como cães, gatos, ratos, baleias, elefantes e humanos - parem seus filhotes após longas gestações. Das 5.416 espécies vivas de mamíferos, 5.080 são placentárias.
Os demais são marsupiais, como cangurus, que alimentam sua cria em bolsas, e os raríssimos monotremas, como o ornitorrinco, mamífero que põe ovos.
Wible disse que seu trabalho reforça a idéia de que a morte dos dinossauros criou uma oportunidade para um crescimento explosivo dos mamíferos modernos.
"Você tem todos esses nichos ecológicos que foram ocupados pelos dinossauros. Eles se extinguiram, e você tem enormes espaços abertos", explicou.
Toda essa análise começou com a descoberta do "Maelestes", um fóssil bastante completo, descoberto no deserto de Gobi (Mongólia) durante uma expedição conjunta da Academia Mongol de Ciências e do Museu Americano de História Natural.
Aquele roedor, um desses becos evolutivos sem saída, viveu 75 milhões de anos atrás, mais ao menos ao mesmo tempo em que os dinossauros velociraptor, oviraptor e protoceraptor.
Por Julie Steenhuysen