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2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 14:11
por Aranha

Rosani Cunha, Secretária Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O Bolsa Família atende 11 milhões de famílias (46 milhões de pessoas) em todos os municípios brasileiros. Segundo Rosani, esse número é fixo desde 2006. Há substituição de famílias. A média mensal é de cerca de 100 mil famílias que saem e dão lugar a outras 100 mil famílias no programa.

Segundo Rosani, deixam o programa as famílias que atingem uma renda mensal acima de R$ 120.

O Presidente Lula anunciou que os benefícios do Bolsa Família vão sofrer uma recomposição de 18,25% e vão passar de R$ 62 para R$ 72 por mês. Isso significa um acréscimo de gastos de R$ 400 milhões. Rosani disse que o Bolsa Família foi criado em 2003 e nunca houve uma recomposição de valor.

Custo total do Bolsa Família para 2007, com a recomposição de 18,25%, é de R$ 9 bilhões. Esse valor representa menos de 0,3% do PIB.

“Vários estudos mostram isso. O Bolsa Família tem um impacto no PIB muito baixo, menos de 0,3% e uma grande contribuição para reduzir a desigualdade no país”, disse Rosani Cunha.

A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2005 mostra que 21% da queda da desigualdade social no Brasil se deu por causa do Bolsa Família.

“Isso é muito expressivo: 21% num programa que tem um impacto fiscal de menos de 0,3% do PIB. Não é a toa que a gente é acompanhado hoje pelo mundo inteiro”, disse Rosani.

Leia a íntegra da entrevista com Rosani Cunha:

Paulo Henrique Amorim – O governo anunciou, na verdade o presidente Lula anunciou numa solenidade em Fortaleza que os rendimentos do benefício do Bolsa Família vai aumentar 18,25%, vai passar de R$ 62 para R$ 72 por mês, isso significa um aumento, um acréscimo de gastos de R$ 400 milhões. Para discutir essa questão eu vou conversar com Rosani Cunha, secretária Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério de Desenvolvimento Social, dirigido pelo ministro Patrus Ananias. Rosani Cunha, como vai? Tudo bem?

Rosani Cunha – Tudo bem.

Paulo Henrique Amorim – Rosani Cunha, em primeiro lugar, de onde vem esses R$ 400 milhões?

Rosani Cunha – Na verdade não é nem o reajuste, é uma recomposição de valor do benefício do Bolsa Família. Ele foi criado em 2003 e nunca houve qualquer atualização de valor. O debate sobre esse assunto foi colocado desde o início do ano passado, quando nós também reajustamos a linha de pobreza que o programa considera, além de tudo, o Bolsa Família dá ao governo essa possibilidade de reajustar tanto a linha de pobreza como o valor do benefício.

Paulo Henrique Amorim – O que é linha de pobreza?

Rosani Cunha – O critério que nós utilizamos para selecionar as famílias do programa Bolsa Família.

Paulo Henrique Amorim – Até que limite superior a pessoa pode ter direito a Bolsa Família?

Rosani Cunha – O programa consegue benefícios pra famílias com até R$ 120 por pessoa da família por mês. Nós consideramos como extremamente pobres aquelas que têm até R$ 60 de renda e como pobres aquelas que têm entre R$ 60 e R$ 120. E como eu dizia, o debate da linha de pobreza do programa ele aconteceu no início ano passado junto com a proposta de recompor o valor do benefício do Bolsa Família. Então, já era um tema que o governo tinha pautado, que já existia uma discussão com a área econômica de previsão orçamentária, até porque os estudos vários mostram isso: o Bolsa Família tem um impacto no PIB muito baixo, de menos de 0,3% e uma grande contribuição para reduzir a desigualdade no país.

Paulo Henrique Amorim – Então deixa eu fazer algumas perguntas. Primeiro lugar: quantas famílias ou quantas pessoas se beneficiam hoje do Bolsa Família?

Rosani Cunha – Nós temos 11 milhões e 100 mil famílias no programa em todo o país, em todos os municípios brasileiros.

Paulo Henrique Amorim – Esse número tem aumentado ou esse número tem diminuído?

Rosani Cunha – Não, esse número é fixo desde junho do ano passado. Tem havido substituição de famílias. Algumas famílias entram, outras famílias saem. A média mensal é de cerca de 100 mil famílias que entram em função da saída de outras 100 mil famílias. Essas 11 milhões e 100 mil famílias é uma estimativa de famílias pobres no Brasil feitas a partir de dados da PNAD de 2004 a partir de uma metodologia desenvolvida pelo Ipea e pelo IBGE.

Paulo Henrique Amorim – E isso atinge quantas pessoas?

Rosani Cunha – Nós temos em torno, uma média de 4,2 pessoas por família. Então, a gente está falando de 46 milhões de pessoas.

Paulo Henrique Amorim – E o custo total do programa qual é?

Rosani Cunha – O custo total no ano de 2007, com essa recomposição de valor, vai ser de R$ 9 bilhões.

Paulo Henrique Amorim – Outra coisa, qual é o critério para as pessoas saírem do programa?

Rosani Cunha – Bom, nós consideramos como critério a renda, a operação da renda da família. Se ela passa a receber mais de R$ 120 ela sai do programa. E aí até é bom perguntar isso porque quando eu disse que nós temos 11 milhões e 100 mil famílias sem aumento, na verdade, já saíram do programa 1 milhão e 800 mil famílias desde o início do Bolsa Família. Saíram ou porque alteraram a renda legitimamente ou também por mecanismos de controle que o ministério implementou.

Paulo Henrique Amorim – Entendi. Agora, você falou que o Bolsa Família começou no ano de 2003. O presidente Fernando Henrique Cardoso publicou no domingo passado nos jornais “O Estado de São Paulo” e “O Globo” um artigo em que assume a paternidade do Bolsa Família. Quem é que é o pai do Bolsa Família? É o presidente Lula ou o presidente Fernando Henrique?

Rosani Cunha – Olha, o Bolsa Família tem na sua origem diferentes experiências. E eu acho que isso é muito bom até porque eu posso dizer que o povo brasileiro construiu o programa como Bolsa Família. Nós fizemos o programa Bolsa Escola em Campinas, que é o mais antigo surgiu ainda na década de 80, tivemos o Bolsa Escola depois em Brasília, vários programas municipais, tivemos o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, portanto, o que eu acho que o que está por trás do Bolsa Família é uma série de experiências e eu acho que é importante que a gente entenda programas de transferência de renda como estratégia para reduzir pobreza e desigualdade e que tem que se assumida como política de Estado. E acho isso está muito claro no Bolsa Família. É um programa que tem que ser aperfeiçoado...

Paulo Henrique Amorim – Ou seja, o Bolsa Família é uma consolidação de diferentes programas de transferência de renda que também já havia no passado. É isso?

Rosani Cunha – Mais do que consolidação eu acho ele traz avanços a esse programa.

Paulo Henrique Amorim – Quais avanços?

Rosani Cunha – O grande avanço, por exemplo, é trabalhar com toda a família. O programa Bolsa Escola, por exemplo, trabalhava apenas com três crianças da família. Se tivesse uma quarta criança no trabalho infantil, a família não respondia por isso porque se as três estivessem na escola, tudo ok. Pro Bolsa Família toda a família tem responsabilidade, toda a família tem direito de usar esse programa, essa eu diria que é uma das inovações. Tem os critérios de seleção, tivemos mudanças acho que muito grande no cadastro único, mas eu diria que o Bolsa Família ele é uma consolidação, sim, de uma estratégia, de transferir renda, com avanços nessa estratégia.

Paulo Henrique Amorim – Outra crítica do presidente Fernando Henrique, é uma crítica muito comum entre analistas de tendência conservadora, é dizer que o Bolsa Família eterniza o assistencialismo, não estimula o trabalho – e é uma crítica que se fez também no passado a programas de transferência de renda que havia nos Estado Unidos –, ele vicia o trabalhador, vicia as famílias no subsídio e não estimula a busca do trabalho. Como responder a essa acusação?

Rosani Cunha – Bom, eu te dei o número que eu acho que é bastante expressivo: quase 2 milhões de pessoas saíram do programa já desde a sua origem. Então, a melhor resposta é justamente esse número. O Bolsa Família na verdade trabalha com três perspectivas. Ele trabalha com alívio da pobreza, de maneira imediata e, por isso, transfere renda, e eu acho que ninguém hoje critica essa estratégica, ela garante segurança alimentar nutricional, enfim, está reduzindo a desigualdade, a pobreza, várias instituições de pesquisa, organismos de cooperação multilateral atestam isso. Está bem focalizado. Mas esse é um eixo do programa. O segundo, ele tem perspectiva de médio prazo, pra reduzir pobreza entre as gerações. E é basicamente pelo atendimento em saúde, pela freqüência escolar que nós acompanhamos. Então, só como exemplo, alguns costumam dizer que com o Bolsa Escola a gente acompanhava a freqüência. Com o Bolsa Família, não. Na verdade, com o Bolsa Escola, o máximo que nós tivemos de freqüência acompanhada foi por escola e não por aluno individualmente, chegando a ter 19% das escolas tomando freqüência. Isso já em 2003. Hoje nós acompanhamos individualmente a freqüência com mais de 90% das escolas...

Paulo Henrique Amorim – Vocês acompanham a freqüência de cada aluno?

Rosani Cunha – Individualmente. A gente chega a saber o motivo da não freqüência. Tem criança que não vai à escola por situação de abuso sexual, de violência doméstica, de trabalho infantil. Essas pra gente são famílias de risco e que precisa de estratégias de acompanhamento individual. Mas, enfim, esse é o Bolsa Família na perspectiva de médio prazo, ao investir em redução de pobreza entre gerações. E o terceiro eixo é a sua integração com diferentes políticas pra desenvolver... Nós temos uma série de ações. Temos trabalho com economia solidária, com incubadoras produtivas, temos estratégias de capacitação profissional, geração de trabalho e renda. Eu vou te dar um exemplo: eu estou agora no Ceará e ontem eu visitei algumas cidades aqui no interior do Ceará. É que hoje estamos trabalhando junto com o bloco do Nordeste com microcrédito orientado para famílias do Bolsa Família. Então, é uma experiência, mais do que o microcrédito genericamente, nós estamos organizando grupos de famílias, dando apoio com agentes de crédito, dando assistência técnica, enfim, então, acho que tem aí uma série de políticas que trabalham com essas famílias, mas também, e é preciso admitir, tem famílias que estão numa situação de tal vulnerabilidade, de tal exclusão que elas não vão sair do programa no curto prazo. Tem famílias que nós estamos apoiando as estratégias de alfabetização de adultos. Então, o tempo das famílias são diferentes, ma eu acho que as estratégias do governo são complexas. É preciso coordenar as políticas para chegar até elas, mas estão sendo bastante efetivas.

Paulo Henrique Amorim – O que você já sabe sobre o trabalho do Bolsa Família de 2003 pra cá com relação a três questões. Uma, índices de saúde das pessoas, algum indicador sobre se as crianças estão sendo de fato, efetivamente sendo vacinadas e cuidadas. Outro é a melhoria no rendimento escolar e terceiro no comportamento do índice de Gini, que mede a desigualdade de renda do Brasil. Vocês tem alguma medida disso aí?

Rosani Cunha – Vou responder os três.

Paulo Henrique Amorim – Vamos por partes, como dizia o esquartejador.

Rosani Cunha – Vamos por partes. O primeiro, saúde. Nós temos algumas pesquisas que mostram em especial o impacto do programa pra reduzir desnutrição infantil. E as pesquisas que mostram o impacto pra reduzir a situação de insegurança alimentar de maneira geral, mas eu vou citar uma. Nós tivemos a chamada nutricional com 15 mil crianças no semi-árido o final de 2005. E nós percebemos que as crianças que estão no programa Bolsa Família elas têm três vezes menos desnutrição infantil a partir dos seis meses de idade, que é quando elas começam a deixar o aleitamento materno... três vezes menos desnutrição do que as crianças que não estão no programa. Então, eu vou citar um exemplo: tem estudos que nós fazemos para acompanhar, também temos uma avaliação de redução de internação por desnutrição em crianças também na região Nordeste. Então, enfim, a questão da saúde é basicamente o impacto que o programa tem em relação ao acesso à alimentação e a garantia do direito humano à alimentação adequada. Em relação à escola, eu acho que o principal resultado que temos acompanhado e precisamos aprofundar o estudo sobre ele é a redução da evasão escolar. As crianças que estão no programa, a história delas, assim, das suas famílias, é de deixarem a escola muito cedo. Em média as crianças pobres abandonam a escola de maneira definitiva com 13 anos de idade. Isso tem um impacto na pobreza do país para várias gerações. E nós temos avaliações que mostram que as crianças do programa elas têm evadido menos, elas permanecem mais na escola do que quando não estavam no programa.

Paulo Henrique Amorim – E esse número passou para quanto, Rosani?

Rosani Cunha – Desculpa, eu não te escutei.

Paulo Henrique Amorim – Esse número passou de 13 anos para quantos anos.

Rosani Cunha – Não, eu estou dizendo que as nossas séries históricas elas tendem a deixar a escola a partir dos 13 anos. O que nós estamos começando a observar é que elas permanecem mais na escola, eu não tenho um dado definitivo para te passar, com que idade elas estão saindo para te passar, mas os dados que nós temos a partir da PNAD, com estudos que o IPEA tem feito, nesse caso específico foi com Ricardo Pães de Barros, de começar a perceber uma tendência de permanência das crianças na escola. Também tem uma pesquisa do nosso Ministério com o Cedeplar que também mostra a mesma coisa, que as crianças têm permanecido mais o que acaba também, algumas vezes, fazendo com que aquela criança que antes saiam no início do ano e não saem mais ela foi ser reprovada, então a gente sabe também que é importante articular o atendimento à família, o compromisso da família de manter o seu filho na escola e acompanhar o seu filho com uma educação de qualidade que dê conta de atender as demandas da criança. Então, mas o dado objetivo é que as crianças que nós temos elas estão ficando mais na escola.

Paulo Henrique Amorim – E o chamado Coeficiente de Gini que o professor Ricardo Paes de Barros conhece tão bem?

Rosani Cunha – Acho que Gini acaba sendo o melhor indicador para que a gente possa acompanhar a desigualdade no país.

Paulo Henrique Amorim – Desigualdade da renda.

Rosani Cunha – O que nós estamos vendo é que o país está reduzindo a desigualdade de maneira muito consistente. Todos os anos a PNAD tem mostrado isso, nós percebemos, ainda somos um país muito desigual, eu acho que isso a gente precisa assumir. Mas nós temos reduzido um pouco a cada ano e também o IPEA, que tem sido um grande parceiro nosso, até porque têm vários pesquisadores, alguma independência, eles fizeram uma avaliação de qual contribuição o Bolsa Família deu nessa redução da desigualdade, monitorar os efeitos do Bolsa Família.

Paulo Henrique Amorim – E qual foi?

Rosani Cunha – E eles fizeram a avaliação de que aquela desigualdade, 21% dela a transferência de renda via Bolsa Família, isso é muito expressivo. 21% num programa que tem impacto fiscal de menos de, em torno de 0,3% do PIB. Tanto é que hoje a gente é acompanhado pelo mundo inteiro, vários países têm buscado trabalhar com o Brasil.

Paulo Henrique Amorim – Está muito bom. E esse dado de 21% derivado do programa Bolsa Família é um dado de quando, PNAD de quando?

Rosani Cunha – É a PNAD de 2005. A PNAD de 2006 sai no final desse ano, agora. Então nós esperamos, inclusive, aprofundar esses resultados. Por isso que recompor o valor do benefício é tão importante, ele mantém o poder de compra da família, mantém o acesso ao alimento, mas também é uma forma de que o Brasil continue essa redução da desigualdade porque eu acho que tem que ser compromisso de vários governos, da sociedade como um todo.

Paulo Henrique Amorim – Olha, Rosani, nós vamos aqui no nosso site vamos transformar isso num arquivo de áudio, num arquivo de texto e eu sugiro que depois que você tiver esse arquivo de texto você envie a Fundação Fernando Henrique Cardoso.

Rosani Cunha - ... Bom, eu não quero entrar nessa polêmica.

Paulo Henrique Amorim – Está bom.

Rosani Cunha – acho que...

Paulo Henrique Amorim – Não, não, foi uma provocação de alta intensidade você não precisa comentar.

Rosani Cunha – Eu acho que o Bolsa Família tem que ser apropriado pela sociedade brasileira...

Paulo Henrique Amorim – Todo mundo quer ser pai do Bolsa Família hoje, esse é que é o ponto. O Fernando Henrique, a Dona Ruth, o Cristóvão Buarque, todo mundo quer ser pai no Bolsa Família.

Rosani Cunha – E eu acho que todo mundo contribuiu um pouquinho, mas não tem um pai exclusivo. Na minha terra a gente diz que filho feio não tem pai. Então esse é um filho bonito e a sociedade brasileira tem que se apropriar dele.


FONTE: Conversa Afiada

Abraços,
[/b]

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 14:18
por Led Zeppelin
O problema não são os gastos, mas a forma como eles são feitos. Esmolas? Por que não arrumam um emprego pro cara? Tipo pintar rodapé de calçada... qualquer coisa... foda sustentar essas pessoas dessa maneira.

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 15:16
por Johnny
Led Zeppelin escreveu:O problema não são os gastos, mas a forma como eles são feitos. Esmolas? Por que não arrumam um emprego pro cara? Tipo pintar rodapé de calçada... qualquer coisa... foda sustentar essas pessoas dessa maneira.


E os que não saber fazer nada? Prefiro dar do meu bolso 10 reais por mês para não ter um futuro drogado, bandido do que ficar de braços cruzados botando a culpa no governo. Se eu não tenho a capacidade de fazer alguma coisa, eu tento ajudar quem tem. Eu não sei andar de porta em porta pedindo ajuda para uma familia que o pai morreu no trabalho e não tinha seguro mas posso colaborar de alguma forma. Mas não colaboro com esmolas de jeito nenhum porque pedinte é pedinte e nunca será nada além disso. Já algumas (muitas) familias não tem condições de se defender do capitalismo pois as mudanças são rápidas e ninguém está nem aí se o cara era clicheiro e hoje as impressões são por offset ou laser com computadores tomando o lugar dos artistas manuais. Ainda bem que AINDA não tem impressoras de quadro à óleo, senão minha familia estava FU.

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 15:30
por Aranha
Led Zeppelin escreveu:O problema não são os gastos, mas a forma como eles são feitos. Esmolas? Por que não arrumam um emprego pro cara? Tipo pintar rodapé de calçada... qualquer coisa... foda sustentar essas pessoas dessa maneira.



Eles dão justamente porque:

- Não conseguem dar emprego pro cara;
- O cara é incapaz para os empregos disponíveis;
- O cara é um merda que não não serve prá porra nenhuma e ainda tem filho.

Abraços,

Enviado: 05 Jul 2007, 15:54
por Led Zeppelin
É possível alguém que não saiba ou não possa aprender a pintar um rodapé de calçada!? Tem base!? Não, me conte se tem base!

Um cara que caso não saiba, não tenha a capacidade de aprender a pintar um rodapé de calçada deve é ser internado num desses hospitais pra doentes mentais.

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 15:55
por osemnoção
Abmael escreveu:
Led Zeppelin escreveu:O problema não são os gastos, mas a forma como eles são feitos. Esmolas? Por que não arrumam um emprego pro cara? Tipo pintar rodapé de calçada... qualquer coisa... foda sustentar essas pessoas dessa maneira.



Eles dão justamente porque:

- Não conseguem dar emprego pro cara;
- O cara é incapaz para os empregos disponíveis;
- é um merda que não não serve prá porra nenhuma e ainda tem filho.
O cara
Abraços,


O cara ñ serve prá porra nehuma ?
Caracas quem é assim ?
A culpa é do cara ?

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 15:59
por manoelmac
Abmael escreveu:
Led Zeppelin escreveu:O problema não são os gastos, mas a forma como eles são feitos. Esmolas? Por que não arrumam um emprego pro cara? Tipo pintar rodapé de calçada... qualquer coisa... foda sustentar essas pessoas dessa maneira.



Eles dão justamente porque:

- Não conseguem dar emprego pro cara;
- O cara é incapaz para os empregos disponíveis;
- O cara é um merda que não não serve prá porra nenhuma e ainda tem filho.

Abraços,


:emoticon8:

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 16:12
por Apocaliptica
Uma pessoa que não é capaz de porra nenhuma, devia ser internada e esterilizada.

E duvido que alguma família queira comprovar renda de 120 reais para parar de receber a esmola. Até parece que estamos num mundo puro, cheio de boas intenções, onde as pessoas abrem mão de alguma coisa porque 120 reais já uma renda bem interessante.... :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23:

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 16:23
por Johnny
Apocaliptica escreveu:Uma pessoa que não é capaz de porra nenhuma, devia ser internada e esterilizada.

E duvido que alguma família queira comprovar renda de 120 reais para parar de receber a esmola. Até parece que estamos num mundo puro, cheio de boas intenções, onde as pessoas abrem mão de alguma coisa porque 120 reais já uma renda bem interessante.... :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23:


Utopia genérica. Nenhum politico é idiota para fazer isso. O que move trilhões de reais nas contas públicas é por causa destes miseráveis. É o que dá voto. Se acabar com eles, vão tirar voto de quem? Dos inteligentes? Me poupem...

Parem de achar que pobre é pobre, burro e tem filhos porque quer. Eles são marionetes manipuladas (e bem manipuladas) pelas classes dominantes (religiões, políticos e etc...) e quem acha que é teoria da conspiração que me provem o contrário.

abraços

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 16:27
por Apocaliptica
Não acho nada espefíco. Acredito que tem safado e tem inocente.
Claro que tudo funciona em conjunto e é muito bem orquestrado. O que me irrita é este tipo de notícia.

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 16:36
por Johnny
Mas Apo, calma. Entra presidente e sai presidente e essa gente só aumenta. Porque? Se bem que não vi ninguém aqui elogiando o programa de incentivo do governo ao controle de natalidade. Só porque é do atual governo?

Abraços

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 16:55
por Apocaliptica
Johnny escreveu:Mas Apo, calma. Entra presidente e sai presidente e essa gente só aumenta. Porque? Se bem que não vi ninguém aqui elogiando o programa de incentivo do governo ao controle de natalidade. Só porque é do atual governo?

Abraços


Tô calma... :emoticon16:
Na verdade estou concordando contigo. Claro que só aumenta, eles aumentam porque a mentalidade de fundo é a mesma. O que muda é a quantidade de muletas em que eles se apóiam para continuar a se reproduzir. Governo algum tem coragem de mexer realmente na estrutura dos problemas. Quando faz, é mal feito.
Quanto a programa de incentivo ao controle da natalidade, papo furado do governo só não adianta...as mensagens são sempre dúbias. Eles falam uma coisa por um lado e agem contraditoriamente por outro. Precisariam adotar um posição firme, mas não vão se incomodar com preceitos religiosos e nem perder votos de quem quer ter filhos.
E também não vi o teor da campanha de incentivo...não posso falar muito.

Bjs

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 05 Jul 2007, 16:58
por Dimítri
Esse troço aí é mais um incentivo ao crescimento demográfico desenfreado. :emoticon9:

Enviado: 05 Jul 2007, 17:42
por Aranha
Led Zeppelin escreveu:É possível alguém que não saiba ou não possa aprender a pintar um rodapé de calçada!? Tem base!? Não, me conte se tem base!


- Tem quem Não sabe, não quer aprender e tem raiva de quem sabe.

Led Zeppelin escreveu:Um cara que caso não saiba, não tenha a capacidade de aprender a pintar um rodapé de calçada deve é ser internado num desses hospitais pra doentes mentais.


- É bem mais barato pagar p Bolsa-Família prá ele.

Abraços,

Enviado: 05 Jul 2007, 18:09
por zencem
Paulo Henrique Amorim – Todo mundo quer ser pai do Bolsa Família hoje, esse é que é o ponto. O Fernando Henrique, a Dona Ruth, o Cristóvão Buarque, todo mundo quer ser pai no Bolsa Família.


Finalmente, o Governo do PT encontrou um Arnaldo Jabor da sua altura.

Melhor do que isto, só comprando o Canal Livre, pra ter uma entrevista ao estilo Silas Malafaia.

Isso não engana nem o zé povinho do Fomiséria.

O Lula não precisa de propaganda:

Basta o mundo não ficar, financeiramente, pior do que já foi.

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 06:27
por Johnny
Gente, calma lá. Conheço muita gente desempregada que fazia trabalho braçal e hoje vive muito mal. Vocês estão colocando pedinte, vagabundo, parasita e desempregado tudo no mesmo balaio. Tem muito mais gente que não tem condições porque não tem mais emprego naquela área do que outra coisa. Ah, mas quem manda fazer filho? O governo manda, a sociedade manda, a igreja manda. Querem acabar com o problema, acabem com a origem. Se o cara é camelô é bandido, se recebe bolsa familia é bandido...Que saco!

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 07:12
por Fernando Silva
Johnny escreveu:Se o cara é camelô é bandido, se recebe bolsa familia é bandido...Que saco!

Saco é a gente sustentar os filhos dos outros sem ter tido nem mesmo o prazer na hora de fazê-los.

Saco é ainda ter que dar graças porque assim eles não ficam por aí roubando ou vendendo drogas (mas ... será que não?).

Saco é a gente, que rala o dia todo, economiza para ter uma reserva quando a coisa aperta, que não tem filhos ou tem poucos, ter que assumir a culpa por existir gente que faz justamente o contrário e não está nem aí.

Saco é a gente pagar uma fortuna em impostos e não ver o retorno em nosso benefício porque tudo foi gasto em demagogia ou para sustentar os que não ralaram como nós, supostamente porque não tiveram chance.

Enviado: 06 Jul 2007, 07:55
por Aranha
zencem escreveu:
Paulo Henrique Amorim – Todo mundo quer ser pai do Bolsa Família hoje, esse é que é o ponto. O Fernando Henrique, a Dona Ruth, o Cristóvão Buarque, todo mundo quer ser pai no Bolsa Família.


Finalmente, o Governo do PT encontrou um Arnaldo Jabor da sua altura.

Melhor do que isto, só comprando o Canal Livre, pra ter uma entrevista ao estilo Silas Malafaia.

Isso não engana nem o zé povinho do Fomiséria.

O Lula não precisa de propaganda:

Basta o mundo não ficar, financeiramente, pior do que já foi.



- Vivem postando porcaria do Mídia sem Máscara aqui, isso aí é café pequeno... :emoticon12: :emoticon12:

Abraços,

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 09:21
por aknatom
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Se o cara é camelô é bandido, se recebe bolsa familia é bandido...Que saco!

Saco é a gente sustentar os filhos dos outros sem ter tido nem mesmo o prazer na hora de fazê-los.

Saco é ainda ter que dar graças porque assim eles não ficam por aí roubando ou vendendo drogas (mas ... será que não?).

Saco é a gente, que rala o dia todo, economiza para ter uma reserva quando a coisa aperta, que não tem filhos ou tem poucos, ter que assumir a culpa por existir gente que faz justamente o contrário e não está nem aí.

Saco é a gente pagar uma fortuna em impostos e não ver o retorno em nosso benefício porque tudo foi gasto em demagogia ou para sustentar os que não ralaram como nós, supostamente porque não tiveram chance.


É Frnando, só se mudar do seu bairro não vai adiantar muito... vc precisava se mudar d planeta no mínimo. Cite um país que tem uma experiência de capitalismo puro e impiedoso, onde não se usou nenhum mecanismo de transferência de renda e que é um sucesso econômico, por gentileza.
Sempre existe melhorias a se fazer, isso é óbvio, nenhum programa depois do Coller tem o objetivo de ser a "bala mágica", mas mecanismos de transferência de renda são necessários e suas melhorias também.

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 12:38
por Fernando Silva
aknatom escreveu:Sempre existe melhorias a se fazer, isso é óbvio, nenhum programa depois do Coller tem o objetivo de ser a "bala mágica", mas mecanismos de transferência de renda são necessários e suas melhorias também.

Transferência de renda tem que ser como transfusão de sangue: para emergências.

Aqui, as pessoas se acomodam e querem viver da demagogia.
Aliás, não só aqui. Na Inglaterra, há gente que vive na rua só para não perder o auxílio que recebe por não ter casa.
Na França, já houve até passeata de desempregados profissionais exigindo aumento do salário desemprego.

O dinheiro dos impostos tem que ser usado para melhorar a infraestrutura, a segurança, a saúde, a educação, mas nada disto é feito no Brasil.

O tal do PAC, tão falado, até agora só liberou dinheiro para gastos com pessoal (mais gente contratada, em novos ministérios, ganhando mais ainda).

Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 14:07
por Led Zeppelin
Abmael,

- Tem quem Não sabe, não quer aprender e tem raiva de quem sabe.


Gente assim deve apanhar até aprender.

- É bem mais barato pagar p Bolsa-Família prá ele.


Mas não é mais certo.

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 14:09
por Apocaliptica
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Se o cara é camelô é bandido, se recebe bolsa familia é bandido...Que saco!

Saco é a gente sustentar os filhos dos outros sem ter tido nem mesmo o prazer na hora de fazê-los.

Saco é ainda ter que dar graças porque assim eles não ficam por aí roubando ou vendendo drogas (mas ... será que não?).

Saco é a gente, que rala o dia todo, economiza para ter uma reserva quando a coisa aperta, que não tem filhos ou tem poucos, ter que assumir a culpa por existir gente que faz justamente o contrário e não está nem aí.

Saco é a gente pagar uma fortuna em impostos e não ver o retorno em nosso benefício porque tudo foi gasto em demagogia ou para sustentar os que não ralaram como nós, supostamente porque não tiveram chance.


Totalmente endossado.

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 14:16
por Sorrelfa
Apocaliptica escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Se o cara é camelô é bandido, se recebe bolsa familia é bandido...Que saco!

Saco é a gente sustentar os filhos dos outros sem ter tido nem mesmo o prazer na hora de fazê-los.

Saco é ainda ter que dar graças porque assim eles não ficam por aí roubando ou vendendo drogas (mas ... será que não?).

Saco é a gente, que rala o dia todo, economiza para ter uma reserva quando a coisa aperta, que não tem filhos ou tem poucos, ter que assumir a culpa por existir gente que faz justamente o contrário e não está nem aí.

Saco é a gente pagar uma fortuna em impostos e não ver o retorno em nosso benefício porque tudo foi gasto em demagogia ou para sustentar os que não ralaram como nós, supostamente porque não tiveram chance.


Totalmente endossado.


Mas lembrem-se que estes são vitimas do sistema...
Eles não tem culpa de serem alienados pela sociedade consumista, e explorados, pelas elites...




:emoticon19: :emoticon19:

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 14:27
por Aranha
Led Zeppelin escreveu:Abmael,

- Tem quem Não sabe, não quer aprender e tem raiva de quem sabe.


Gente assim deve apanhar até aprender.



- Isso sempre existiu e sempre vai existir, ficar putinho querendo dar porrada não adianta nada, com o Bolsa-Família pelo menos tenta-se salvar o filho do bosta de ser um outro peso morto.

Led Zeppelin escreveu:
- É bem mais barato pagar p Bolsa-Família prá ele.


Mas não é mais certo.


- As alternativas que você apresentou são inviáveis em um estado democrático de direito, por mais que você ache certo.

Abraços,

Re: Re.: 2 MILHÕES DE FAMÍLIAS JÁ SAÍRAM DO BOLSA FAMÍLIA

Enviado: 06 Jul 2007, 14:31
por Led Zeppelin
Abmael escreveu:
Led Zeppelin escreveu:Abmael,

- Tem quem Não sabe, não quer aprender e tem raiva de quem sabe.


Gente assim deve apanhar até aprender.



- Isso sempre existiu e sempre vai existir, ficar putinho querendo dar porrada não adianta nada, com o Bolsa-Família pelo menos tenta-se salvar o filho do bosta de ser um outro peso morto.

Led Zeppelin escreveu:
- É bem mais barato pagar p Bolsa-Família prá ele.


Mas não é mais certo.


- As alternativas que você apresentou são inviáveis em um estado democrático de direito, por mais que você ache certo.

Abraços,


Pegar meu dinheiro e dar pra malandro é muito viável né? Ótimo. Isso é que é um autêntico Estado democrático de direito. Viva a política de Robin Wood!