Religião é Veneno

Claro, claro. Temos alguns antropólogos malucos que defendem o determinismo cultural. Agora temos uns geneticistas malucos que defendem o determinismo biológico.

Ãhn, bem, bem...

A celeuma do "paradoxo" Tostines estendendo-se ao rincão biológico...

Genes existem porque deus fez assim ou deuses existem porque os genes existem? E tudo pode ser tão simples... genes existem porque existem e deus bíblico nasceu de uma necessidade hierárquica humana, ponto.

A reportagem é boa, leiam.
A frase está totalmente fora de contexto.

O tal gene, isolado por Hamer e sua equipe no Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, é identificado pela sigla vmat2. Ele estaria envolvido no transporte de uma classe de mensageiros químicos do cérebro conhecidos como monoaminas, do qual o mais famoso é a serotonina, a molécula do bem-estar. O ecstasy, o Prozac e outras drogas influenciam o humor alterando os níveis de serotonina no sistema nervoso.

Acho interessantíssimo, já que faz parte de uma pesquisa pessoal, que o ceticismo e o ateísmo brotam espontaneamente quando se faz uso de certas drogas para depressão. A explicaçào pode estar aí: sem a necessidade da fé na transcendência, o cérebro não evoca mais a imagem de um deus e da imortalidade da alma como recursos para o bem estar mental... interessante.

Mas continua valendo: deus é fruto de uma necessidade cultural e possivelmente bioquímica.

Najma escreveu:

O tal gene, isolado por Hamer e sua equipe no Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, é identificado pela sigla vmat2. Ele estaria envolvido no transporte de uma classe de mensageiros químicos do cérebro conhecidos como monoaminas, do qual o mais famoso é a serotonina, a molécula do bem-estar. O ecstasy, o Prozac e outras drogas influenciam o humor alterando os níveis de serotonina no sistema nervoso.

Acho interessantíssimo, já que faz parte de uma pesquisa pessoal, que o ceticismo e o ateísmo brotam espontaneamente quando se faz uso de certas drogas para depressão. A explicaçào pode estar aí: sem a necessidade da fé na transcendência, o cérebro não evoca mais a imagem de um deus e da imortalidade da alma como recursos para o bem estar mental... interessante.

Mas continua valendo: deus é fruto de uma necessidade cultural e possivelmente bioquímica.

Ou entao a Bioquímica é uma antena que Deus usa para que se lembrem dele. A ciencia continua a nao poder dizer nada sobre Deus. Nem convém. Cada macaco no seu galho.

Quando o cérebro está sintonizado para Deus o diabo anda longe...

Não se deve considerar uma predisposição para espiritualidade como um comportamento rigorosamente inevitável. Mas acho que a espiritualidade é algo bem primitivo no sentido de "essência" do termo, e o fato de ser universal não é mero acaso.

Acho que o medo da morte é uma vantagem adaptativa para qualquer ser vivo consciente por razões óbvias. E mesmo animais domésticos como cães e gatos demonstram respeito pelos seus mortos; eles sentem falta de entes queridos. E babuínos se não me falha a memória chegam a enterrar cadáveres de desconhecidos quando os encontram em ambiente selvagem. Rituais funerários humanos sofisticados existem há mais de 1 milhão de anos com o Homo erectus.

A experiência religiosa é genuína e já foi muito estudada por neurofisiologistas. Isso eu possivelmente julgo ser um produto colateral da evolução, assim como a liberação grande de endorfinas em morte iminente. Inúmeras culturas souberam se aproveitar do poder dos estados alterados de consciência para suas manifestações artísticas e religiosas.

Para as particularidades mais específicas da religião, não sei até que ponto interessam e são apropriadas explicações evolutivas; o Senhor dos Exércitos por exemplo é considerado por muitos como a epítome da figura paterna, podemos ficar só na sociologia e antropologia tradicionais para estudar esses aspectos. A maioria dos argumentos de teologia natural de que existe um "grande projetista" devem-se muito provavelmente ao fato de que somos projetistas que foram projetados pela seleção natural para fazer analogias e buscar padrão naquilo que conhecemos.

Senhor dos exércitos:

Eu discordo do determinismo genético.Acredito que a idéia de Deus, venha do meme mesmo, como diria Daniel Dennett.Vocês já perceberam que os tipos de deuses variam conforme a herança dos pais?Mas obviamente você nunca verá,por exemplo, um muçulmano dizendo que adotou a religião por causa da influência dos pais.

Mas o que está em pauta é se a espiritualidade é que possui grandes predisposições genéticas. As particularidades de cada religião surgem por evolução cultural.

raios, quando posteisobre o tema, ninguém viu

Só porque você é maometano.

De novo isso? Bobagem...

Isso deve ter a ver com a nossa predisposição ao mítico, como uma vez Renato Sabattini explicou no Programa do Jô.