Empresas privadas começam a abandonar a terceirização
Enviado: 11 Jul 2007, 10:01
Por RELATÓRIO RH - 19/12/2006
A iniciativa de algumas empresas em reverter o processo de terceirização e passar a contratar novamente funcionários para atividades que estavam ...
A iniciativa de algumas empresas em reverter o processo de terceirização e passar a contratar novamente funcionários para atividades que estavam terceirizadas é um alerta de que a febre da terceirização está passando. O tema foi assunto de matéria no caderno Boa Chance do jornal O Globo deste último domingo cujo conteúdo transcrevemos em parte para você.
A terceirização foi a tônica durante boa parte dos anos 90 até os dias de hoje. Terceirizar os serviços e atividades que não faziam parte da atividade fim da empresa era tido como uma estratégia extremamente vantajosa. O problema é que a principal vantagem que as empresas desejavam era exclusivamente a redução de custos. A história de que a terceirização colaborava para o aumento da produtividade, uma vez que os serviços e atividades terceirizadas passavam a ser realizadas por empresas especialistas, permitindo à contratante focar seus esforços na atividade fim, fazia parte apenas do discurso, mas não da prática.
Na prática, a maioria das empresas buscava cortar custos. Por isso, cometeram um erro grave: contratar pelo preço!
O que se viu foi uma precarização do trabalho e perda de qualidade. Diversas grandes companhias contrataram terceirizados sem o mínimo de critérios. Vários absurdos foram registrados como a utilização até de mão-de-obra escrava por parte das prestadoras de serviços. O resultado está sendo uma atuação intensa do Ministério Público para identificar práticas consideradas ilícitas, imputando pesadas multas aos infratores.
O processo em que as empresas contratam de volta seus terceirizados está sendo batizado de "primeirização". Entre as empresas que vem optando por essa estratégia estão TAM, Vale do Rio Doce, Telemar e Ampla.
As empresas evitam falar abertamente sobre o assunto, temendo pressões dos sindicatos por contratações. A Telemar informa que está estudando a melhor forma de realizar o processo e a Vale do Rio Doce diz que já está selecionando as áreas em que fará a mudança.
A Ampla optou por designar funcionários de seu quadro para estreitar a relação dos terceiros com a companhia. Com esse objetivo, a empresa passou a permitir que os terceirizados participem de eventos internos da companhia, descontos em clubes e academias, além de dar preferência em processos seletivos.
Na TAM, 5,5 mil prestadores de serviço serão efetivados até abril. Por incrível que pareça, a empresa informa que o processo deverá representar uma economia de R$ 85 milhões anuais.
- Não é que a terceirização tenha dado errado. Tanto que ainda contratamos serviços de limpeza e segurança. Entre prós e contras, concluímos que sairíamos ganhando se contratássemos as pessoas. Em um ano, sentiremos os resultados - diz o diretor de Gestão de Pessoas da companhia Roberto Hobeika.
Segundo o procurador do Ministério Público do Trabalho Rodrigo Carelli a primeirização é uma tendência em resposta ao risco das ações judiciais.
- As companhias têm sofrido derrotas na Justiça por repassarem tarefas que fazem parte da atividade-fim. Além disso, tem-se comprovado que algumas terceirizam apenas para cortar custos, o que além de ser proibido, reduz a eficiência.
Carelli cita outras empresas que estão optando pela primeirização: Petrobras e Caixa Econômica Federal. A Petrobras é uma das que responde a uma série de ações do MPT relacionadas a falta de segurança dos terceirizados.
A iniciativa de algumas empresas em reverter o processo de terceirização e passar a contratar novamente funcionários para atividades que estavam ...
A iniciativa de algumas empresas em reverter o processo de terceirização e passar a contratar novamente funcionários para atividades que estavam terceirizadas é um alerta de que a febre da terceirização está passando. O tema foi assunto de matéria no caderno Boa Chance do jornal O Globo deste último domingo cujo conteúdo transcrevemos em parte para você.
A terceirização foi a tônica durante boa parte dos anos 90 até os dias de hoje. Terceirizar os serviços e atividades que não faziam parte da atividade fim da empresa era tido como uma estratégia extremamente vantajosa. O problema é que a principal vantagem que as empresas desejavam era exclusivamente a redução de custos. A história de que a terceirização colaborava para o aumento da produtividade, uma vez que os serviços e atividades terceirizadas passavam a ser realizadas por empresas especialistas, permitindo à contratante focar seus esforços na atividade fim, fazia parte apenas do discurso, mas não da prática.
Na prática, a maioria das empresas buscava cortar custos. Por isso, cometeram um erro grave: contratar pelo preço!
O que se viu foi uma precarização do trabalho e perda de qualidade. Diversas grandes companhias contrataram terceirizados sem o mínimo de critérios. Vários absurdos foram registrados como a utilização até de mão-de-obra escrava por parte das prestadoras de serviços. O resultado está sendo uma atuação intensa do Ministério Público para identificar práticas consideradas ilícitas, imputando pesadas multas aos infratores.
O processo em que as empresas contratam de volta seus terceirizados está sendo batizado de "primeirização". Entre as empresas que vem optando por essa estratégia estão TAM, Vale do Rio Doce, Telemar e Ampla.
As empresas evitam falar abertamente sobre o assunto, temendo pressões dos sindicatos por contratações. A Telemar informa que está estudando a melhor forma de realizar o processo e a Vale do Rio Doce diz que já está selecionando as áreas em que fará a mudança.
A Ampla optou por designar funcionários de seu quadro para estreitar a relação dos terceiros com a companhia. Com esse objetivo, a empresa passou a permitir que os terceirizados participem de eventos internos da companhia, descontos em clubes e academias, além de dar preferência em processos seletivos.
Na TAM, 5,5 mil prestadores de serviço serão efetivados até abril. Por incrível que pareça, a empresa informa que o processo deverá representar uma economia de R$ 85 milhões anuais.
- Não é que a terceirização tenha dado errado. Tanto que ainda contratamos serviços de limpeza e segurança. Entre prós e contras, concluímos que sairíamos ganhando se contratássemos as pessoas. Em um ano, sentiremos os resultados - diz o diretor de Gestão de Pessoas da companhia Roberto Hobeika.
Segundo o procurador do Ministério Público do Trabalho Rodrigo Carelli a primeirização é uma tendência em resposta ao risco das ações judiciais.
- As companhias têm sofrido derrotas na Justiça por repassarem tarefas que fazem parte da atividade-fim. Além disso, tem-se comprovado que algumas terceirizam apenas para cortar custos, o que além de ser proibido, reduz a eficiência.
Carelli cita outras empresas que estão optando pela primeirização: Petrobras e Caixa Econômica Federal. A Petrobras é uma das que responde a uma série de ações do MPT relacionadas a falta de segurança dos terceirizados.