Por que o feio é feio?
Por que o feio é feio?
Por que gente feia é um problema? Por que nossa mente opta pelo belo? Porque os feios parecem sempre meio excluídos e sadicamente rejeitados? Por que existe um padrão agradável ao cérebro humano, e quem foge à ele causa reações que vão do desprezo à estranheza, passando pelo escárnio que redunda na chacota?
Experiências mostram claramente que há um conjunto de traços e cores na natureza toda que agrada à sensibilidade dos sentidos humanos. A visão capta estes estímulos e os transforma em sensação agradável ou não no cérebro. Em contrapartida, quanto mais se foge destas linhas, que seguem equações que exprimem alguns tipos de simetrias ou a quebra dela, mais desagradável e caótica se mostra para nós a imagem que vemos. Está estabelecida a noção de feiúra, contrária à beleza, que tanto fascina.
No ser humano, a simetria entre os dois lados do corpo, por exemplo, dita este padrão. Quanto mais simétrico, melhor. Mas não basta que seja simétrico, precisa ter um equilíbrio entre as linhas. No caso da face, o conjunto da obra - pretensamente divina - precisa ter sido concebido e forjado de forma que o resultado final mais se aproxime das linhas arredondadas, suaves e harmônicas que lembram ...um semblante de
bebê. Não é a toa que chamamos por adjetivos infantis aqueles rostos mais lindos que passam pela moda através das décadas.
Mas algumas coisas não mudam. Olhos mais amendoados e felinamente puxadinhos nos cantos são mais apreciados. Por isto chamamos aos dotados deste atributo de gatinha ou gatinho. Bocas mais carnudas são mais atraentes. Narizes pequenos, levemente arrebitados ou retilíneos, lembram o nariz de anjinhos.
E poderíamos assim descrever o rosto em detalhes, passando por queixos e orelhas, sem esquecer as nucas e as maçãs do rosto. A base da beleza é esta. Modas vêm e vão, estilos alternativos são criados na indústria da moda e por grupos de adolescentes que se insurgem e optam pelo estranho e pelo diferente ( nenhuma novidade para tal fase da vida).
A prova disto foi tirada numa pesquisa muito interessante.
Crianças muito pequenas, entre 3 meses e 1 ano, foram expostas a fotos ( uma foto a uma criança de cada vez ), mostrando tipos variados de seres humanos, de muito belos a muito feios ( se levarmos em conta nosso critério e conceito comumente percebido). A cada foto mostrada, eram observadas as reações dos bebês. Foram verificados sinais de alegria, fascinação, curiosidade, ansiedade, tranquilidade, medo e repulsa. Por vezes as crianças fixavam o olhar demonstrando prazer e em alguns casos, choravam ou simplesmente viravam o rosto.
Curiosamente, concluiu-se que os resultados demonstraram o mesmo gabarito que parece ser percebido pelos humanos mais velhos, quando já passaram a sofrer influência de informações externas.
O que significa dizer que a beleza como a conceituamos não é criada por nós, nem por uma indústria, nem por vontade de terceiros. Ela é sentida. E está marcada de alguma forma em nosso inconsciente. As variações sim, de cor de olhos, de penteados, de mais gordo ou mais magro, bronzeado ou braquinho, olhos azuis, verdes ou castanhos, cabelos ruivos...enfim...toda a diversidade das raças e misturas. Não cabe entrar no mérito aqui das exceções, como homens feios e sexies, mulheres exóticas e sensuais, que viraram mitos. Assim como também não questionam-se empatias ou antipatias pessoais. Adornos, acessórios, maquiagem e adereços também não estão em jogo aqui. Estamos falando da beleza que afeta aos nossos sentidos relacionados à estética pura.
Somos todos narcisistas. A beleza nos encanta à medida que mais se aproxima da imagem que temos de nós mesmos em nossa gênese, aquela coisinha pequena e fofa que fomos quando bebês. Queremos manter assim nossa espécie, acalentando nossa auto-imagem de beleza infantil projetada nos outros e na imagem refletida nos espelhos que parecem se reproduzir à nossa volta.
Mesmo sendo capazes de amar ao feio, buscamos nos parceiros potencialmente reprodutores, algo que transmita os gens que juntos mais se aproximam daquele ideal introjetado, provavelmente pela evolução, onde os mais saudáveis são aptos para encontrar novos parceiros, dando continuidade à "beleza" da espécie.
A escala desta beleza ou feiúra oscila e a isto chamamos de gosto pessoal. Todavia até mesmo o gosto mais subsersivo se dobra à lógica ilógica daquela deusa ou príncipe que passa e arrebenta algo em nós, sugerindo quem sabe mesmo a presença divina, deixando-nos "bocabertamente" idiotizados.
A perfeição estética parece ser incessantemente buscada e exemplares belos são mais raros e mais cobiçados. Sinal de que não temos poder sobre nossos instintos, nem sobre nossos gens, e mesmo que o melhor bisturi consiga aprimorar algumas nuances, nunca conseguiremos saber quando seremos traídos pela genética. Ademais, precisamos estar preparados: a combinação das peças pode não resultar exatamente naquilo que desejávamos. É da vida.
Apo.
Experiências mostram claramente que há um conjunto de traços e cores na natureza toda que agrada à sensibilidade dos sentidos humanos. A visão capta estes estímulos e os transforma em sensação agradável ou não no cérebro. Em contrapartida, quanto mais se foge destas linhas, que seguem equações que exprimem alguns tipos de simetrias ou a quebra dela, mais desagradável e caótica se mostra para nós a imagem que vemos. Está estabelecida a noção de feiúra, contrária à beleza, que tanto fascina.
No ser humano, a simetria entre os dois lados do corpo, por exemplo, dita este padrão. Quanto mais simétrico, melhor. Mas não basta que seja simétrico, precisa ter um equilíbrio entre as linhas. No caso da face, o conjunto da obra - pretensamente divina - precisa ter sido concebido e forjado de forma que o resultado final mais se aproxime das linhas arredondadas, suaves e harmônicas que lembram ...um semblante de
bebê. Não é a toa que chamamos por adjetivos infantis aqueles rostos mais lindos que passam pela moda através das décadas.
Mas algumas coisas não mudam. Olhos mais amendoados e felinamente puxadinhos nos cantos são mais apreciados. Por isto chamamos aos dotados deste atributo de gatinha ou gatinho. Bocas mais carnudas são mais atraentes. Narizes pequenos, levemente arrebitados ou retilíneos, lembram o nariz de anjinhos.
E poderíamos assim descrever o rosto em detalhes, passando por queixos e orelhas, sem esquecer as nucas e as maçãs do rosto. A base da beleza é esta. Modas vêm e vão, estilos alternativos são criados na indústria da moda e por grupos de adolescentes que se insurgem e optam pelo estranho e pelo diferente ( nenhuma novidade para tal fase da vida).
A prova disto foi tirada numa pesquisa muito interessante.
Crianças muito pequenas, entre 3 meses e 1 ano, foram expostas a fotos ( uma foto a uma criança de cada vez ), mostrando tipos variados de seres humanos, de muito belos a muito feios ( se levarmos em conta nosso critério e conceito comumente percebido). A cada foto mostrada, eram observadas as reações dos bebês. Foram verificados sinais de alegria, fascinação, curiosidade, ansiedade, tranquilidade, medo e repulsa. Por vezes as crianças fixavam o olhar demonstrando prazer e em alguns casos, choravam ou simplesmente viravam o rosto.
Curiosamente, concluiu-se que os resultados demonstraram o mesmo gabarito que parece ser percebido pelos humanos mais velhos, quando já passaram a sofrer influência de informações externas.
O que significa dizer que a beleza como a conceituamos não é criada por nós, nem por uma indústria, nem por vontade de terceiros. Ela é sentida. E está marcada de alguma forma em nosso inconsciente. As variações sim, de cor de olhos, de penteados, de mais gordo ou mais magro, bronzeado ou braquinho, olhos azuis, verdes ou castanhos, cabelos ruivos...enfim...toda a diversidade das raças e misturas. Não cabe entrar no mérito aqui das exceções, como homens feios e sexies, mulheres exóticas e sensuais, que viraram mitos. Assim como também não questionam-se empatias ou antipatias pessoais. Adornos, acessórios, maquiagem e adereços também não estão em jogo aqui. Estamos falando da beleza que afeta aos nossos sentidos relacionados à estética pura.
Somos todos narcisistas. A beleza nos encanta à medida que mais se aproxima da imagem que temos de nós mesmos em nossa gênese, aquela coisinha pequena e fofa que fomos quando bebês. Queremos manter assim nossa espécie, acalentando nossa auto-imagem de beleza infantil projetada nos outros e na imagem refletida nos espelhos que parecem se reproduzir à nossa volta.
Mesmo sendo capazes de amar ao feio, buscamos nos parceiros potencialmente reprodutores, algo que transmita os gens que juntos mais se aproximam daquele ideal introjetado, provavelmente pela evolução, onde os mais saudáveis são aptos para encontrar novos parceiros, dando continuidade à "beleza" da espécie.
A escala desta beleza ou feiúra oscila e a isto chamamos de gosto pessoal. Todavia até mesmo o gosto mais subsersivo se dobra à lógica ilógica daquela deusa ou príncipe que passa e arrebenta algo em nós, sugerindo quem sabe mesmo a presença divina, deixando-nos "bocabertamente" idiotizados.
A perfeição estética parece ser incessantemente buscada e exemplares belos são mais raros e mais cobiçados. Sinal de que não temos poder sobre nossos instintos, nem sobre nossos gens, e mesmo que o melhor bisturi consiga aprimorar algumas nuances, nunca conseguiremos saber quando seremos traídos pela genética. Ademais, precisamos estar preparados: a combinação das peças pode não resultar exatamente naquilo que desejávamos. É da vida.
Apo.
Editado pela última vez por Apocaliptica em 13 Jul 2007, 00:13, em um total de 1 vez.
Re.: Por que o feio é feio?
Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
Re: Re.: Por que o feio é feio?
Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
O que você pensa a respeito então Dimitri ?
Abraços.
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
Re: Re.: Por que o feio é feio?
Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
Ou você não entende nada de bebês ou está desfazendo de um trabalho científico simples que pode ser feito sob condições controladas, de forma muito simples.
Você acha que um bebê de 3 meses tem padrões estéticos definidos e influenciados pela mídia, por exemplo?
- francioalmeida
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Re.: Por que o feio é feio?
Eu não sei bem, mas beleza não é somente se "aproximar" dos rostinhos dos bêbes, pra nós talvez, mas o que dizer de belezas como os índios que usam o botoque (espécie de disco de madeira que estica os lábios). Eu acho que eles ficam bem longe das feições de bêbes, e acham bonito.
Re: Re.: Por que o feio é feio?
francioalmeida escreveu:Eu não sei bem, mas beleza não é somente se "aproximar" dos rostinhos dos bêbes, pra nós talvez, mas o que dizer de belezas como os índios que usam o botoque (espécie de disco de madeira que estica os lábios). Eu acho que eles ficam bem longe das feições de bêbes, e acham bonito.
Francio....leia TODO o textículo, please...

- AzraelOldschool
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Re: Re.: Por que o feio é feio?
Apocaliptica escreveu:Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
Ou você não entende nada de bebês ou está desfazendo de um trabalho científico simples que pode ser feito sob condições controladas, de forma muito simples.
Você acha que um bebê de 3 meses tem padrões estéticos definidos e influenciados pela mídia, por exemplo?
influenciados pelos telletubies oras uu,
ps: otimo texto
Maquiavel ñ disse nada q eu ja ñ soubesse uu,
Ubuntu então...
Ubuntu então...
Re.: Por que o feio é feio?
AzraelOldschool,
Nem pelos Teletubies...aqueles bichinhos horrendos eram então para resultar em coisa oposta.
Obrigada.
Nem pelos Teletubies...aqueles bichinhos horrendos eram então para resultar em coisa oposta.
Obrigada.
- Fedidovisk
- Mensagens: 3495
- Registrado em: 02 Mar 2007, 17:46
Re.: Por que o feio é feio?
Foi tu que escreveu Apo ?
Tipo... as exceções só são tudo...
Não acredito em um padrão de beleza pré-determinado no ser humano... talvez uma pré-disposição de massas... uma grande maioria achará X lindo, e X é o que se entende comunmente como belo, principalmente no que diz aos traços ocultos aí no texto... mas os que acham Y lindo, que são a minoria, de forma alguma vê beleza em X e vice-versa.
Isso porque esta beleza esta muito relacionada ao período histórico... pode-se idealizar uma mulher por exemplo, vamo dizer um homem pra você não ficar chateada
, este, todos concordam que em qualquer época em qualquer lugar, ainda que distante, todos não exitarão em dizer que é o belo, mas este, pertence a uma época, que para ela não faz-se possível o feio no seu belo. Mas eu não me espantaria nenhum um pouco, um homem, ops, uma mulher da idade média achar horrorosos os rostos dos atuais. Também poderia haver quem pensasse o contrário naquela época, mas seria minoria.
Esse detalhe sútil que dizes poder ser encontrado em qualquer momento... é só o que da forma ao rosto humano.
Óbvio você já deve ter ouvido falar do numero de ouro, áureo se não me engano, há meu ver, ele só da padrão ao rosto humano, o que vem depois aí sim é a beleza, e a beleza é a exceção.
Em algum lugar, em alguma época... um monte de ninfas me esperam para meu deleite... lá serei padrão de beleza...!
Tipo... as exceções só são tudo...
Não acredito em um padrão de beleza pré-determinado no ser humano... talvez uma pré-disposição de massas... uma grande maioria achará X lindo, e X é o que se entende comunmente como belo, principalmente no que diz aos traços ocultos aí no texto... mas os que acham Y lindo, que são a minoria, de forma alguma vê beleza em X e vice-versa.
Isso porque esta beleza esta muito relacionada ao período histórico... pode-se idealizar uma mulher por exemplo, vamo dizer um homem pra você não ficar chateada

Esse detalhe sútil que dizes poder ser encontrado em qualquer momento... é só o que da forma ao rosto humano.
Óbvio você já deve ter ouvido falar do numero de ouro, áureo se não me engano, há meu ver, ele só da padrão ao rosto humano, o que vem depois aí sim é a beleza, e a beleza é a exceção.
Em algum lugar, em alguma época... um monte de ninfas me esperam para meu deleite... lá serei padrão de beleza...!

- AzraelOldschool
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- Registrado em: 10 Jul 2007, 22:43
- Localização: São Paulo - int.
Re: Re.: Por que o feio é feio?
Apocaliptica escreveu:AzraelOldschool,
Nem pelos Teletubies...aqueles bichinhos horrendos eram então para resultar em coisa oposta.
Obrigada.
após uma sessão de teletubies... qualquer outra coisa mostrada p/ a criança, que não fosse aquela bizarrice a faria sorrir. mostrando assim que houve influência externa.

Maquiavel ñ disse nada q eu ja ñ soubesse uu,
Ubuntu então...
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Re: Re.: Por que o feio é feio?
francioalmeida escreveu:Eu não sei bem, mas beleza não é somente se "aproximar" dos rostinhos dos bêbes, pra nós talvez, mas o que dizer de belezas como os índios que usam o botoque (espécie de disco de madeira que estica os lábios). Eu acho que eles ficam bem longe das feições de bêbes, e acham bonito.
mas eles podem esticar a beiçola por outros motivos sem ser estéticos. uma provação
Acho que a beleza está atrelada ao nosso conceito de jovialidade, mais algumas coisas características de cada sexo. maxilares grandes para os homens, cintura mais fina que os quadris nas mulheres, coisas desse gênero, e por último a simetria em si.
só não sei se esse nosso senso estético natural pode se prender a detalhes como narizes, ou lábios. por exemplo, é sabido que a raça negra possui um nariz digamos um pouco mais achatado, não vejo como a evolução moldaria o nosso senso estético para preferir narizes finos.
Re.: Por que o feio é feio?
Putz. Acho bebês feios e sem graça. Só cagam, berram e dormem. Tem gente que gosta e acha lindo...
Começa a ter graça a partir dos 4 anos que começam a mostrar sinais de inteligência e adaptação. Fora isso, cachorros são muito mais bonitinhos...
...e úteis.
Começa a ter graça a partir dos 4 anos que começam a mostrar sinais de inteligência e adaptação. Fora isso, cachorros são muito mais bonitinhos...
...e úteis.

"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Por que o feio é feio?
Apocaliptica escreveu:Por que gente feia é um problema? Por que nossa mente opta pelo belo? Porque os feios parecem sempre meio excluídos e sadicamente rejeitados? Por que existe um padrão agradável ao cérebro humano, e quem foge à ele causa reações que vão do desprezo à estranheza, passando pelo escárnio que redunda na chacota?
Experiências mostram claramente que há um conjunto de traços e cores na natureza toda que agrada à sensibilidade dos sentidos humanos. A visão capta estes estímulos e os transforma em sensação agradável ou não no cérebro. Em contrapartida, quanto mais se foge destas linhas, que seguem equações que exprimem alguns tipos de simetrias ou a quebra dela, mais desagradável e caótica se mostra para nós a imagem que vemos. Está estabelecida a noção de feiúra, contrária à beleza, que tanto fascina.
No ser humano, a simetria entre os dois lados do corpo, por exemplo, dita este padrão. Quanto mais simétrico, melhor. Mas não basta que seja simétrico, precisa ter um equilíbrio entre as linhas. No caso da face, o conjunto da obra - pretensamente divina - precisa ter sido concebido e forjado de forma que o resultado final mais se aproxime das linhas arredondadas, suaves e harmônicas que lembram ...um semblante de
bebê. Não é a toa que chamamos por adjetivos infantis aqueles rostos mais lindos que passam pela moda através das décadas.
Mas algumas coisas não mudam. Olhos mais amendoados e felinamente puxadinhos nos cantos são mais apreciados. Por isto chamamos aos dotados deste atributo de gatinha ou gatinho. Bocas mais carnudas são mais atraentes. Narizes pequenos, levemente arrebitados ou retilíneos, lembram o nariz de anjinhos.
E poderíamos assim descrever o rosto em detalhes, passando por queixos e orelhas, sem esquecer as nucas e as maçãs do rosto. A base da beleza é esta. Modas vêm e vão, estilos alternativos são criados na indústria da moda e por grupos de adolescentes que se insurgem e optam pelo estranho e pelo diferente ( nenhuma novidade para tal fase da vida).
A prova disto foi tirada numa pesquisa muito interessante.
Crianças muito pequenas, entre 3 meses e 1 ano, foram expostas a fotos ( uma foto a uma criança de cada vez ), mostrando tipos variados de seres humanos, de muito belos a muito feios ( se levarmos em conta nosso critério e conceito comumente percebido). A cada foto mostrada, eram observadas as reações dos bebês. Foram verificados sinais de alegria, fascinação, curiosidade, ansiedade, tranquilidade, medo e repulsa. Por vezes as crianças fixavam o olhar demonstrando prazer e em alguns casos, choravam ou simplesmente viravam o rosto.
Curiosamente, concluiu-se que os resultados demonstraram o mesmo gabarito que parece ser percebido pelos humanos mais velhos, quando já passaram a sofrer influência de informações externas.
O que significa dizer que a beleza como a conceituamos não é criada por nós, nem por uma indústria, nem por vontade de terceiros. Ela é sentida. E está marcada de alguma forma em nosso inconsciente. As variações sim, de cor de olhos, de penteados, de mais gordo ou mais magro, bronzeado ou braquinho, olhos azuis, verdes ou castanhos, cabelos ruivos...enfim...toda a diversidade das raças e misturas. Não cabe entrar no mérito aqui das exceções, como homens feios e sexies, mulheres exóticas e sensuais, que viraram mitos. Assim como também não questionam-se empatias ou antipatias pessoais. Adornos, acessórios, maquiagem e adereços também não estão em jogo aqui. Estamos falando da beleza que afeta aos nossos sentidos relacionados à estética pura.
Somos todos narcisistas. A beleza nos encanta à medida que mais se aproxima da imagem que temos de nós mesmos em nossa gênese, aquela coisinha pequena e fofa que fomos quando bebês. Queremos manter assim nossa espécie, acalentando nossa auto-imagem de beleza infantil projetada nos outros e na imagem refletida nos espelhos que parecem se reproduzir à nossa volta.
Mesmo sendo capazes de amar ao feio, buscamos nos parceiros potencialmente reprodutores, algo que transmita os gens que juntos mais se aproximam daquele ideal introjetado, provavelmente pela evolução, onde os mais saudáveis são aptos para encontrar novos parceiros, dando continuidade à "beleza" da espécie.
A escala desta beleza ou feiúra oscila e a isto chamamos de gosto pessoal. Todavia até mesmo o gosto mais subsersivo se dobra à lógica ilógica daquela deusa ou príncipe que passa e arrebenta algo em nós, sugerindo quem sabe mesmo a presença divina, deixando-nos "bocabertamente" idiotizados.
A perfeição estética parece ser incessantemente buscada e exemplares belos são mais raros e mais cobiçados. Sinal de que não temos poder sobre nossos instintos, nem sobre nossos gens, e mesmo que o melhor bisturi consiga aprimorar algumas nuances, nunca conseguiremos saber quando seremos traídos pela genética. Ademais, precisamos estar preparados: a combinação das peças pode não resultar exatamente naquilo que desejávamos. É da vida.
Apo.
Apô, já fizeram testes com mulheres e chegaram a conclusão que traços fortes também são sinais de beleza. Existe a beleza "delicada" com feições finas e arredondadas a uma beleza com desenhos mais retos e brutos:
Daryl Hanna, por exemplo, tem um maxilar mais quadrado e uma boca dom desenho mais "reto", ao contrário de Nicole Kidman, que é bem mais delicada. Se formos levar em consideração as feições de "bebês", deveríamos achar a Bjork a coisa mais linda do mundo, no entando ela não é...
Eu não acredito em Padrão de beleza não, mesmo pq, tem se fossemos levar isso em consideração, muita gente que conheço nunca se casariam!...

Manoel Machado Henriques
"...A razão de um povo inteiro, leva tempo a construir..."
(Pedro Ayres Magalhães - As Brumas do Futuro)
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Re: Re.: Por que o feio é feio?
Johnny escreveu:Putz. Acho bebês feios e sem graça. Só cagam, berram e dormem. Tem gente que gosta e acha lindo...
Começa a ter graça a partir dos 4 anos que começam a mostrar sinais de inteligência e adaptação. Fora isso, cachorros são muito mais bonitinhos...
...e úteis.



Concordo.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
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Re.: Por que o feio é feio?
Quanto ao texto eu concordo com a maioria. Não acho que as pessoas já nascem com um padrão de beleza pré-definido na mente. Coisa sem lógica.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
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Re.: Por que o feio é feio?
Velhos também.
Crianças são bonitinhas.
Crianças são bonitinhas.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re: Re.: Por que o feio é feio?
emmmcri escreveu:Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
O que você pensa a respeito então Dimitri ?
Abraços.
Que não há um padrão de beleza pré-definido.
PS.: Abraços

Editado pela última vez por Dimítri em 13 Jul 2007, 14:03, em um total de 1 vez.
Re: Re.: Por que o feio é feio?
Apocaliptica escreveu:Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
Ou você não entende nada de bebês ou está desfazendo de um trabalho científico simples que pode ser feito sob condições controladas, de forma muito simples.
Você acha que um bebê de 3 meses tem padrões estéticos definidos e influenciados pela mídia, por exemplo?
Um bebê de 3 meses criado na sociedade moderna é igual a um bebê de 3 meses criado "ao natural"? Por exemplo, se um bebê fosse criado na floresta por um grupo de chimpanzés, seria igual (aos 3 meses) a um criado em POA?
Re.: Por que o feio é feio?
Na minha visão é o seguinte: a pessoa é feia porque quer.
Ela não tem um rosto bonito? Por que não cortar o cabelo? Por que não ter um bom perfume? Por que não começar a praticar esportes e deixar um corpo bonito? Por que não comprar um livro e aprender sobre algo? Por que não viver a vida intensamente dando um foda-se nesse padrão da sociedade de feio e bonito? Por que não começar a trabalhar nas atitudes ao invés de se preocupar com o que as pessoas pensam?
A sociedade vive de esteriotipos e muitas vezes os feios não se encaixam nelas, eles devem procurar algo para que logo de primeira eles recebam uma boa visão.
Ela não tem um rosto bonito? Por que não cortar o cabelo? Por que não ter um bom perfume? Por que não começar a praticar esportes e deixar um corpo bonito? Por que não comprar um livro e aprender sobre algo? Por que não viver a vida intensamente dando um foda-se nesse padrão da sociedade de feio e bonito? Por que não começar a trabalhar nas atitudes ao invés de se preocupar com o que as pessoas pensam?
A sociedade vive de esteriotipos e muitas vezes os feios não se encaixam nelas, eles devem procurar algo para que logo de primeira eles recebam uma boa visão.
Re.: Por que o feio é feio?
Vamos embelezar estas pessoas gente...



"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Re.: Por que o feio é feio?
Johnny escreveu:Vamos embelezar estas pessoas gente...
Não é por nada não, mas eles optam por um estilo que é totalmente repudiado.
O primeiro cara poderia emagrecer e começar a praticar esportes, pode mudar os ternos para ternos ingleses e começar a mudar o corte para algo mais legal.
O segundo poderia mudar as roupas e parar de ser idiota e assumir postura de homem e não de um velho que parece uma criança.
Isso não é nenhuma merda de descrição de moda, mas é ter bom senso.
Re: Re.: Por que o feio é feio?
A
Apo, não entendo muito de bebês nem de testes científicos. Mas creio que já aos três meses de vida o bebê é capaz de comparar a imagem de outros seres humanos com a da mãe e do pai, que à essa altura se encontra armazenada, introjetada ou capturada - não sei qual o termo mais adequado -pela sua
memória visual. A partir daí tudo o que diferir daquele padrão será rejeitado como 'normal'.
Agora com relação ao julgamento que fazemos, depois de adultos, para a escolha do parceiro, as feições que mais nos atraem, o padrão de beleza dominante em nosso meio, a busca pela herança genética mais próxima do padrão que julgamos o ideal, etc, etc, etc, concordo plenamente com sua opinião.
Ví essa semana uma matéria focalizando as mulheres-girafa de uma tribo asiática. Chega a dar "gastura"(gostou do termo? É mineirês castiço). No entanto, chamados a opinar sobre a beleza das mesmas, seus maridos e pretendentes se mostraram
positivamente impressionados. Vai entender!!!
[quote]
Apocaliptica escreveu:Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
Ou você não entende nada de bebês ou está desfazendo de um trabalho científico simples que pode ser feito sob condições controladas, de forma muito simples.
Você acha que um bebê de 3 meses tem padrões estéticos definidos e influenciados pela mídia, por exemplo?
Apo, não entendo muito de bebês nem de testes científicos. Mas creio que já aos três meses de vida o bebê é capaz de comparar a imagem de outros seres humanos com a da mãe e do pai, que à essa altura se encontra armazenada, introjetada ou capturada - não sei qual o termo mais adequado -pela sua
memória visual. A partir daí tudo o que diferir daquele padrão será rejeitado como 'normal'.
Agora com relação ao julgamento que fazemos, depois de adultos, para a escolha do parceiro, as feições que mais nos atraem, o padrão de beleza dominante em nosso meio, a busca pela herança genética mais próxima do padrão que julgamos o ideal, etc, etc, etc, concordo plenamente com sua opinião.
Ví essa semana uma matéria focalizando as mulheres-girafa de uma tribo asiática. Chega a dar "gastura"(gostou do termo? É mineirês castiço). No entanto, chamados a opinar sobre a beleza das mesmas, seus maridos e pretendentes se mostraram
positivamente impressionados. Vai entender!!!
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Quando durmo mantenho minhas dúvidas no piloto automático
Re.: Por que o feio é feio?
Claro. E o rosto tipo "tiro de cartucheira" iria inflar e ficar parecendo pétalas de rosas...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Re.: Por que o feio é feio?
Apocaliptica escreveu:Dimítri escreveu:Parece aquele papo de crente de que "todos acreditamos em Deus" desde o nascimento.
A pesquisa com os bebês até teria alguma validade, se estes não fossem criados num ambiente social. (se fossem, logo após o nascimento, entregues à vida selvagem e, só então, se aplicasse os procedimentos de pesquisa). 3 meses a 1 ano já é "muito tempo" pra se adquirir influência externa.
Ou você não entende nada de bebês ou está desfazendo de um trabalho científico simples que pode ser feito sob condições controladas, de forma muito simples.
Você acha que um bebê de 3 meses tem padrões estéticos definidos e influenciados pela mídia, por exemplo?
Talvez as pessoas consideradas feias demonstrem algum tipo de reação inconsciente que pode ser captada pelos bebês... Nesse caso as pessoas feias trariam o viés...
(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653
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