Segunda deserção no Pan expõe drama do esporte cubano
Enviado: 20 Jul 2007, 09:24
Por Esteban Israel
HAVANA (Reuters) - Quando a seleção cubana de beisebol regressou no ano passado dos Estados Unidos com uma medalha de prata, o governo disse que a verdadeira vitória foi que nem um só membro da delegação havia ficado para trás.
"Não há dúvida de que a vitória mais importante foi o regresso à pátria de todos os integrantes da delegação, apesar das ofertas e pressões para tentar nos desestabilizar", disse em março de 2006 Angel Iglesias, chefe da delegação cubana no Clássico Mundial de Beisebol.
http://br.today.reuters.com/news/newsAr ... ived=False
O discurso já não funciona nos Jogos Pan-Americanos do Rio, onde nos últimos sete dias desertaram um jogador de handebol e um treinador de ginástica.
Cuba, onde o esporte amador é uma política oficial do regime comunista, enviou 470 atletas ao Rio, com média etária de 23 anos. Para 70 por cento deles, é a estréia internacional.
Cada vez que competem no exterior, os esportistas são tentados por polpudos contratos ou simplesmente pela idéia de um futuro profissional. Um forte dispositivo de segurança costuma acompanhá-los.
"A tentação é grande e o risco também, sobretudo quando são mandados quase 500 atletas. Mas não é novidade, e o esporte cubano acaba se sobrepondo", disse Miguel, um aposentado no bairro de El Vedado, em Havana.
Segundo disse na quinta-feira uma fonte da Organização Desportiva Pan-Americana, a última baixa foi um treinador de ginástica que sumiu da concentração cubana sem deixar rastro.
Dois dias antes do início oficial dos Jogos, o jogador de handebol Rafael D'Acosta Capote, de 19 anos, deixou a delegação e viajou de táxi até o ABC paulista, onde tinha um amigo.
"Aqui terei mais oportunidades profissionais que em Cuba", disse ele posteriormente à TV Globo, já com a camisa de um clube local com o qual espera fechar contrato.
Quatro dias depois de iniciados os Jogos, Cuba está em segundo lugar no quadro de medalhas.
(Com reportagem adicional de Nelson Acosta, no Rio de Janeiro)
HAVANA (Reuters) - Quando a seleção cubana de beisebol regressou no ano passado dos Estados Unidos com uma medalha de prata, o governo disse que a verdadeira vitória foi que nem um só membro da delegação havia ficado para trás.
"Não há dúvida de que a vitória mais importante foi o regresso à pátria de todos os integrantes da delegação, apesar das ofertas e pressões para tentar nos desestabilizar", disse em março de 2006 Angel Iglesias, chefe da delegação cubana no Clássico Mundial de Beisebol.
http://br.today.reuters.com/news/newsAr ... ived=False
O discurso já não funciona nos Jogos Pan-Americanos do Rio, onde nos últimos sete dias desertaram um jogador de handebol e um treinador de ginástica.
Cuba, onde o esporte amador é uma política oficial do regime comunista, enviou 470 atletas ao Rio, com média etária de 23 anos. Para 70 por cento deles, é a estréia internacional.
Cada vez que competem no exterior, os esportistas são tentados por polpudos contratos ou simplesmente pela idéia de um futuro profissional. Um forte dispositivo de segurança costuma acompanhá-los.
"A tentação é grande e o risco também, sobretudo quando são mandados quase 500 atletas. Mas não é novidade, e o esporte cubano acaba se sobrepondo", disse Miguel, um aposentado no bairro de El Vedado, em Havana.
Segundo disse na quinta-feira uma fonte da Organização Desportiva Pan-Americana, a última baixa foi um treinador de ginástica que sumiu da concentração cubana sem deixar rastro.
Dois dias antes do início oficial dos Jogos, o jogador de handebol Rafael D'Acosta Capote, de 19 anos, deixou a delegação e viajou de táxi até o ABC paulista, onde tinha um amigo.
"Aqui terei mais oportunidades profissionais que em Cuba", disse ele posteriormente à TV Globo, já com a camisa de um clube local com o qual espera fechar contrato.
Quatro dias depois de iniciados os Jogos, Cuba está em segundo lugar no quadro de medalhas.
(Com reportagem adicional de Nelson Acosta, no Rio de Janeiro)