Fernando Silva escreveu:As pessoas não são iguais. Sequer nascem iguais. Igualdade, só perante a lei. Direitos? A partir de um conjunto de direitos básicos com que se nasce, a gente conquista e a gente perde. Com o tempo, ficamos diferentes em capacidade e direitos.
Não somos clones.
Forçar a igualdade é levar à mediocridade, à falta de criatividade.
Minha utopia é um regime que garanta o mínimo para todos viverem com dignidade e dê condições para que cada um possa conquistar algo mais, em proporção a seus esforços.
Minha utopia é igual a sua, e é isso que venho defendendo.
Por isso digo que não sou compreendido.
A defesa da igualdade não é nem a defesa que abre mão da busca pela excelência, nem da defesa de desconsiderar a heterogeneidade humana, se fosse seria de fato uma bobagem. Mas não é nesses termos, é em termos relativos, assim como o é a defesa da liberdade.
A liberdade não é total, não se tem liberdade para matar, roubar,as leis limitam, assim o é com a defesa da igualdade, é igualdade maior relativa, no sentido de garantir a todos, se distribuindo melhor a riqueza, atendendo as necessidades básicas, e o quanto melhor oferecendo a todos chances de ir além disso.(Em essência não difere da sua utopia).
Claro que penso que o básico, o quanto for possível deve ser aumentado, mas a ajuda, a partir de determinado ponto deve ter um contra parte, ou seja, certa ajuda deve exigir retorno, para não acomodar os indivíduos. Exemplo o Estado financia cursos profissionalizantes, dando a chance para muitos, mas aqueles que faltam, que não se aplicam devem perder lugar para outros. A ajuda não pode ser incondicional, aquela que fornece o passo além das condições básicas.