Religião é Veneno

Depois de umas férias ( em parte forçadas, em parte já desejadas, por conta do meu luto ), eis-me aqui como uma reles mortal.

Uma pensatinha para vocês:

23/07/2007

Elites

Em 1994, o escritor e crítico cultural norte-americano William Henry 3º (morto aos 50 um ano depois) lançou nos EUA "In Defense of Elitism" (Em Defesa do Elitismo), um livro deliberadamente provocativo que fez um bom barulho na "nação mais igualitária do mundo", como a América gostaria de ser.

Em resumo, Henry argumentava que na luta perpétua entre o igualitarismo e o elitismo, o primeiro vinha ganhando de lavada nas últimas décadas nos EUA.

De maneira provocativa, dizia que não estava defendendo nenhuma elite específica, mas a "idéia de excelência", que ele julgava ter sido abandonada ao longo do caminho em busca de uma "sociedade mais igual".

"Algumas idéias são melhores do que outras. Alguns valores, mais duradouros. Alguns legados, mais universais", escreveu Henry. Se autodefinindo como um "antiquado meritocratra", afirmava que a sociedade americana de seu tempo vinha "gastando mais tempo e energia para consolar perdedores do que para incentivar vencedores".

Uma máxima do livro, comparando uns e outros: "Não é a mesma coisa conseguir colocar um homem na Lua ou apenas ser capaz de andar com um osso enfiado no nariz...".

Não sei o que Henry diria de nossas elites, principalmente a política, nos últimos tempos. A "elite" petista no comando desse governo é um glorioso desastre como exemplo, idéia de excelência e valores, sem falar em falta de educação e sensibilidade.

Encastelado em seu "sucesso" econômico atual, o governo parece ter perdido a noção da realidade, o bom senso. É patético assistir assessores especiais da Presidência e ministros fazendo gestos obscenos ou usando expressões ridículas enquanto milhares sofrem (e centenas morrem) na tal crise aérea que não tem mais fim.

O PT sempre se arvorou de ser um partido correto, o mais ético da cena nacional, até a crise do mensalão acabar com essa lorota.

Depois da limpa inicial, dos Delúbios endinheirados e Silvinhos corrompidos por carrões usados, sobrou agora, no comando, talvez "a melhor elite" do PT.

É o que temos. Só falta o osso no nariz.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pens ... 4420.shtml

Nem estou aí para mensagens, Bruno. Nunca estive. Tolice de alguns aqui perderem tempo com este tipo de imaginário.

Obrigada pelas boas vindas. Foram umas férias legais.

Beijos!

Oi Apo. Seja bem vinda, de volta. Eita confusão estranha.

Sobre o pensamento eu acho que já falei por aqui se não ai vai.

Elites existem várias e de diferentes tipos. A citada elite política, infelizmente, lamentavelmente, em diversos níveis não é digna de nota.

A elite intelectual, por exemplo, pode ser fundamental, e o é, para produção do conhecimento, claro que pode cometer equívocos terríveis, mas tem papel importante.

A elite econômica tb tem seu papel, embora sua influencia no poder público seja perigosa, especialmente quando transforma o Estado em um balcão de trocas.

A busca por excelência, pelo conhecimento, pelo continuo aprimoramento é fundamental. Ninguém deve ter compromisso com o erro, ou com mediocridade. Almejar mais, e buscar, obviamente deve ser incentivado.

Quando falo em maior igualdade econômica sinto que sou profundamente mal compreendido, espero que não propositalmente ( ou talvez eu seja simplesmente ineficaz em transmitir). A busca por igualdade econômica, não é um abandono da busca por excelência, nem muito menos um afastamento das individualidades e heterogeneidade tão fantástica nos seres humanos. È apenas que diante de tanta produção, todos terem acesso as necessidades básicas garantidas, assim como oportunidades, se não iguais, digamos justas, para conquistar da sua forma, seu espaço na sociedade.

Mais ainda produção é fundamental, e para isso ambição claro que respeitando princípios éticos, consideração com a vida humana, assim como com a natureza, é fundamental. Logo a busca pela excelência em ciência, tecnologia é de grande valor, assim como repartir seus benefícios e aprofunda-los para todos seres humanos se convertendo em benefícios para esses vivam melhor, igualmente fundamental. Pois muitas vezes a produção aumenta, mas seu acesso, e retorno em benefícios, é por demais restrito.

A defesa de uma maior igualdade, como a entendo, é relativa, assim como a liberdade. E de forma plenas e justas, apenas quando uma encontra a outra, é que se viabilizam. Em síntese liberdade não existe de fato para todos, se uns poucos tem quase tudo, e a maioria quase nada, e muitas vezes nem o básico, assim como igualdade não existe se o sistema não permite liberdade de pensamento, de escolhas, de transito de idéias, e de decisão sobre seus rumos, tanto no plano individual como coletivo. Uma sem a outra é incompleta e incapaz de realizar os seus mais profundos propósitos.

Fala Apo!!! Bem VINDA NOVAMENTE E ZERADA!!!

Se A Najma sumir... e parece que sumiu, nossas teorias terão se confirmado...

O geito burguês e elitista de dizer :

Bienvenue !!!!


Agora... se o Aurélio entrar... e a Apo e Najma sumir O.O ...

eu chuto o balde...

Bem revinda, Apo...

To postando rapidinho ANTES que as teorias ganhem mais força... Apesar de que não é de todo má idéia a gente ser confundida uma com a outra.

Beijos

Sim, André. Mas precisamos pensar com os pés no chão. É como eu sempre te digo. Só existe necessidade de ampliar uma democracia quando ela está a meio pau. Democracia é democracia e não interessa em que sistema esteja. Quando você fala em ampliar, eu posso levar para 2 lados: um deles me diz que não existia realmente uma democracia, e a outra é que seja um socialismo sem ditadura.

Quando uma produção aumenta, ela não aumentou por nada, ou seria burrice acumular excedente. Dar de presente o excedente também não é digno e pode afundar os esforços do produtor, o que gerará gastos e demissões pelo lado dele. Não é assim tão simples acusar a elite produtora, aumentando seus impostos e carga tributária em geral, diminuir sua margem de lucro e colocar todo o sistema em risco, fazendo com que insumos não possam mais ser adquiridos, fornecedores não possam mais ser pagos, trabalhadores virem escravos , iniciativas sejam engavetadas, novas idéias e desenvolvimento de produtos sejam abandonados e os produtos básicos sumam das prateleiras, como bem sabemos que aconteceu no leste europeu.

Não existe mágica. Mas no Brasil, para que um Canadá ou uma Suécia se instalem, só com muito boa vontade do Espírito Santo. Nem assim. Não há mérito por aqui.

Najma escreveu:Bem revinda, Apo...

To postando rapidinho ANTES que as teorias ganhem mais força... Apesar de que não é de todo má idéia a gente ser confundida uma com a outra.

Beijos

HUAHUHAUHAUH

Gente boba demais! Fiquemos as duas!

manoelmac escreveu:Fala Apo!!! Bem VINDA NOVAMENTE E ZERADA!!!

Oi, guri! Zerada é bom, uma plástica e tal!

fala Apo. achei que o guest tinha feito mais alguma coisa além de roubado a sua conta


bem-vinda

Bem Apocalíptica, vou ficar mandando MP...

SickBoy escreveu:fala Apo. achei que o guest tinha feito mais alguma coisa além de roubado a sua conta


bem-vinda

Saudades minhas, Sick? Hum...

O guest não me eliminou por completo...apenas tirei umas férias que a moderação sabia que estavam meio programadas mesmo. Ele só atalhou para mim.

Voltei para incomodar um pouquinho mais...

Apo escreveu:Sim, André. Mas precisamos pensar com os pés no chão. É como eu sempre te digo. Só existe necessidade de ampliar uma democracia quando ela está a meio pau. Democracia é democracia e não interessa em que sistema esteja. Quando você fala em ampliar, eu posso levar para 2 lados: um deles me diz que não existia realmente uma democracia, e a outra é que seja um socialismo sem ditadura.

Quando uma produção aumenta, ela não aumentou por nada, ou seria burrice acumular excedente. Dar de presente o excedente também não é digno e pode afundar os esforços do produtor, o que gerará gastos e demissões pelo lado dele. Não é assim tão simples acusar a elite produtora, aumentando seus impostos e carga tributária em geral, diminuir sua margem de lucro e colocar todo o sistema em risco, fazendo com que insumos não possam mais ser adquiridos, fornecedores não possam mais ser pagos, trabalhadores virem escravos , iniciativas sejam engavetadas, novas idéias e desenvolvimento de produtos sejam abandonados e os produtos básicos sumam das prateleiras, como bem sabemos que aconteceu no leste europeu.

Não existe mágica. Mas no Brasil, para que um Canadá ou uma Suécia se instalem, só com muito boa vontade do Espírito Santo. Nem assim. Não há mérito por aqui.

Os impostos são bem altos nos Estados de bem-estar e assim eles conseguem fornecer serviços de qualidade de educação e saúde, além de programas sociais. E eles produzem, só que na Suécia, por exemplo, já implantando responsabilidade ecológica na produção.

Aqui no Brasil, além da industrialização tardia, dependência externa, e subdesenvolvimento, a corrupção impede que caminhemos para isso. E a melhor forma de combater a corrupção e um sistema mais justo, é ao meu ver, um sistema mais aberto, e menos centralizado. A corrupção é mais fácil quanto mais centralizado, e autoritário for o sistema, pois se responde a menos gente. A ampliação é em grande medida essa abertura, que é ao meu ver, a melhor forma de se aproximar ética da política, alias eu não vejo outra, pois como dizia Lincoln "Se desejas conhecer o caráter de homem dê-lhe poder". Pois bem poder, sem controle, está demonstrado que a maioria dos que o buscam, carecem no caráter.

Agora se vc acha que isso é disseminado, eu já lhe disse, não penso assim, mas se for, não existe qualquer solução em curto prazo, pois o caráter das pessoas, é algo que não se muda rapidamente. Porém ainda acho que a maioria é trabalhadora, honesta, e anseia o melhor ao semelhante. Não tenho certeza, mas na dúvida prefiro acreditar nisso.

Precisamos caminhar, ter idéias e implementar, uma reforma política é o mais urgente, sem ela, qualquer projeto, de qualquer natureza, afundará no meio de disputas personalistas e esquemas de corrupção. Uma das grandes vitórias de vários países desenvolvidos é que os políticos perderam o poder de arbitro nas grandes questões.

Estamos em uma encruzilhada, eu vou pelo caminho dos que querem mudanças pela via democrática, existem aqueles que estão satisfeitos (especialmente os que se autocompletam com o sistema atual) ou que estão sem idéias acham que nada vai dar certo por isso somente criticam sem propor, e ainda aqueles que defendem mudanças por vias autoritárias e elitistas.

Espero que os políticos percam mesmo o poder de arbitrar. Mas parece que aqui é deste poder que as massas se alimentam...infelizmente.

Fedidovisk escreveu:Se A Najma sumir... e parece que sumiu, nossas teorias terão se confirmado...

O geito burguês e elitista de dizer :

Bienvenue !!!!


Agora... se o Aurélio entrar... e a Apo e Najma sumir O.O ...

eu chuto o balde...

Nossa...que viagem.

Grata...se eu sumir eu aviso que só uma das facetas vai se retirar.

Grata!

Apo escreveu:Espero que os políticos percam mesmo o poder de arbitrar. Mas parece que aqui é deste poder que as massas se alimentam...infelizmente.

Realmente.Eu não nutro ilusões sobre a viabilidade, considero em termos de probabilidades bem improvável qualquer mudança para melhor no curto e no médio prazo.

Mas eu vou na máxima, não pq eles são podres que eu vou ser, não é pq está distante que vou deixar de defender o que eu acredito seja melhor.

No entanto a muito tempo descobri que convicção mesmo que aberta para mudanças é mais testada quando somos minorias. E aqui no fórum sabemos bem disso, nós dessa maioria no fórum, mas minoria na sociedade, de descrentes no sobrenatural, de ateus e agnósticos. Já vi que tem gente que esconde de familiares sua descrença, já pensei até em dizer que precisamos sair do armário, e assumirmos sem grosseria ,nem arrogância, nossa descrença no sobrenatural.

Eu como nunca escondi minhas convicções, colecionei adversários tanto na esquerda autoritária, como na direita, mas entre os bons de caráter e capazes de respeitar a diferença, fiz amigos dos mais diferentes posturas religiosas, políticas, e até sexuais. Esses são jóias raras, e devemos guardar e cuidar, pois não são fáceis de achar.

Adeus Najma. Foi bom ter revisto você...

Brm vinda Apo.

As pessoas não são iguais. Sequer nascem iguais. Igualdade, só perante a lei. Direitos? A partir de um conjunto de direitos básicos com que se nasce, a gente conquista e a gente perde. Com o tempo, ficamos diferentes em capacidade e direitos.
Não somos clones.

Forçar a igualdade é levar à mediocridade, à falta de criatividade.

Minha utopia é um regime que garanta o mínimo para todos viverem com dignidade e dê condições para que cada um possa conquistar algo mais, em proporção a seus esforços.

Ah não!!! Bogus até da Apo???

Cartão Azul!!!

Jeanioz escreveu:Ah não!!! Bogus até da Apo???

Cartão Azul!!!

Quieto Niels!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Apo escreveu:Depois de umas férias ( em parte forçadas, em parte já desejadas, por conta do meu luto ), eis-me aqui como uma reles mortal.

Quem é essa Apo

Eu, ué...oie.

Moderadora que volta zerada e sem privilégios de moderadora. Só aqui...



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