A Mulher e o Sagrado
Enviado: 29 Dez 2005, 14:49
A Mulher e o sagrado
Por Cristiane Leporace
*Inspirado em um texto de Mirian Leitão.
Conceber a alma da mulher hoje é deparar-se com um desafio obscuro. E mesmo passados tantos milhões de anos, ainda sofremos preconceitos no mercado de trabalho em que ainda existe muitos preconceitos em se ter uma mulher na presidência ou na direção de uma grande empresa, na religião então nem se fala. Ao longo dos séculos a mulher sofreu todo tipo de preconceito e porque não dizer perseguição: na idade média, quantas mulheres não foram queimadas na fogueira, por que eram consideradas bruxas. E certa feita, eu li que era também considerada bruxa a mulher que praticava sexo oral no homem e absorvia o líquido seminal, que era considerado a “alma” do homem.
Na Realidade muitas mulheres ainda estão alheias a sua habilidade natural dos sentidos de preservação da vida, do poder da premonição, da capacidade de transformação, da força natural que cada uma de nós possuímos, de gerir renovação, que protege e estabelece rumos naturais. E que somos capazes de criar metas de paz e felicidade. Muitas vezes desperdiçamos esta energia e focamos em coisas que não são em nada produtivas para nós mesmas.
Muitas mulheres infelizmente, estão ainda mergulhadas na sua própria indefinição do que elas tem como poder em suas mãos, estão pobres de metas transformadoras, e buscam nas próprias sensações meramente físicas , quase sempre sem entusiasmo ou com excesso do mesmo, o que encontraria na plenitude da sua própria essência, no seu poder do feminino, na busca de conhecer a si mesmo, sem criar expectativas ou dependência no outro. Não há nada de ruim em ser independente, de querer conquistar seu próprio espaço no mercado de trabalho, e de produzir tanto como um homem ou de também ser provedora juntamente com o mesmo, sem contudo perder o charme , a beleza e a femilinidade. Eu , adoro usar baton, adoro ser mulher, adoro ser feminina, adoro estar bonita, e não abro mão de prazeres que os outros podem achar fúteis como ir no salão de beleza e fazer academia e também não abro mão de ser independente financeiramente e de crescer na carreira que escolhi.
O Sagrado na mulher está em buscar a força que trazemos conosco, nossa intuição, nossa capacidade de nutrir e gerar vidas, de ter a sensibilidade para perceber nas pequenas coisas que os outros não percebem. A religião sob vários aspectos impediu e muito de que a mulher pudesse se desenvolver e de produzir. Segundo Mirian Leitão para São Tomáz de Aquino , era um homem incompleto. Para o Gênesis, foi extraída do homem e o induziu ao pecado (onde na minha opinião existe a controvérsia de que Adão poderia ter dito perfeitamente não para a mulher, como eu li em “O silêncio de Adão”, e no entanto ele, quando perguntando por Deus sobre o que tinha feito, disse a este: “Senhor, foi a mulher que me destes, ela me disse que o fruto era bom”, mas isso fica para outro texto). Para o Direito Romano, era uma imbecil, para a lei brasileira até meados do século XX uma incapaz. Para Freud, tinha complexo de castração. A maioria das religiões veta acesso da mulher ao Sacerdócio. O Alcorão recomenda que se bata na mulher desobediente. Para Paulo, mulher na igreja deveria ficar calada, e a mesma deveria usar véu. Há textos na internet que falam a respeito do espinho da carne de Paulo, e que ele não era nada fã das mulheres, ao que devo concordar.
E mesmo que ainda haja desigualdades como as atrocidades cometidas contra a mulher, imposições religiosas, armadilhas profissionais, é importante buscar no cotidiano desenvolver um auto-respeito e se fazendo respeitar em todos os níveis: sexual, profissional, religioso, pessoal.
“A construção da independência é permanente, exige atenção aos detalhes”, sem contudo perder a capacidade de ser cooperadora e parceira do homem. O pastor da igreja que freqüentei, quando celebra casamentos, tem sempre uma palavra comum a todas às cerimônias. E eu sempre guardo isto, porque é importante reter o que é bom: “Deus não tirou a costela do pé do homem para que a mulher lhe fosse subserviente, também não a tirou de um osso da cabeça para que a mulher não fosse maior do que ele, tirou exatamente do meio para que os dois pudessem caminhar lado a lado, para que a mulher lhe fosse por parceira e cooperadora para todos os fins”.
Eu, não sou feminista, e creio que mesmo agora longe do evangelho, algumas coisas devem sim ser levadas em consideração, ainda acho que o homem é o chefe da casa, mas a esposa é o esteio, e sua conselheira e ponto de apoio, a força que conduz e que traz a sensibilidade como está escrito em provérbios 31. A mulher deve ser bem tratada pelo homem, porque uma mulher que é bem tratada terá sempre prazer em cuidar de seu marido, seu namorado, e porque não dizer seu amigo. A mulher certamente vai continuar sendo segregada em muitas religiões e muitas coisas ainda não deixarão de existir. Mas como é bom poder por exemplo, participar de um fórum, onde somos poucas, é bem verdade, mas muitas de nós trazemos a inteligência, a sagacidade, o bom humor, a capacidade de debater assuntos muitas vezes sobre ciência, filosofia, artes, história com sensibilidade, discernimento, ponderação , sem perder o charme, o brilho e a femilinidade, é um grande desafio, porque podemos não saber tão profundamente sobre tantos assuntos, mas é maravilhoso ver que somos respeitadas, que o que postamos é levado em consideração, e para minha grande surpresa já levantou debates interessantes, onde eu com certeza, aprendi muito.
Por Cristiane Leporace
*Inspirado em um texto de Mirian Leitão.
Conceber a alma da mulher hoje é deparar-se com um desafio obscuro. E mesmo passados tantos milhões de anos, ainda sofremos preconceitos no mercado de trabalho em que ainda existe muitos preconceitos em se ter uma mulher na presidência ou na direção de uma grande empresa, na religião então nem se fala. Ao longo dos séculos a mulher sofreu todo tipo de preconceito e porque não dizer perseguição: na idade média, quantas mulheres não foram queimadas na fogueira, por que eram consideradas bruxas. E certa feita, eu li que era também considerada bruxa a mulher que praticava sexo oral no homem e absorvia o líquido seminal, que era considerado a “alma” do homem.
Na Realidade muitas mulheres ainda estão alheias a sua habilidade natural dos sentidos de preservação da vida, do poder da premonição, da capacidade de transformação, da força natural que cada uma de nós possuímos, de gerir renovação, que protege e estabelece rumos naturais. E que somos capazes de criar metas de paz e felicidade. Muitas vezes desperdiçamos esta energia e focamos em coisas que não são em nada produtivas para nós mesmas.
Muitas mulheres infelizmente, estão ainda mergulhadas na sua própria indefinição do que elas tem como poder em suas mãos, estão pobres de metas transformadoras, e buscam nas próprias sensações meramente físicas , quase sempre sem entusiasmo ou com excesso do mesmo, o que encontraria na plenitude da sua própria essência, no seu poder do feminino, na busca de conhecer a si mesmo, sem criar expectativas ou dependência no outro. Não há nada de ruim em ser independente, de querer conquistar seu próprio espaço no mercado de trabalho, e de produzir tanto como um homem ou de também ser provedora juntamente com o mesmo, sem contudo perder o charme , a beleza e a femilinidade. Eu , adoro usar baton, adoro ser mulher, adoro ser feminina, adoro estar bonita, e não abro mão de prazeres que os outros podem achar fúteis como ir no salão de beleza e fazer academia e também não abro mão de ser independente financeiramente e de crescer na carreira que escolhi.
O Sagrado na mulher está em buscar a força que trazemos conosco, nossa intuição, nossa capacidade de nutrir e gerar vidas, de ter a sensibilidade para perceber nas pequenas coisas que os outros não percebem. A religião sob vários aspectos impediu e muito de que a mulher pudesse se desenvolver e de produzir. Segundo Mirian Leitão para São Tomáz de Aquino , era um homem incompleto. Para o Gênesis, foi extraída do homem e o induziu ao pecado (onde na minha opinião existe a controvérsia de que Adão poderia ter dito perfeitamente não para a mulher, como eu li em “O silêncio de Adão”, e no entanto ele, quando perguntando por Deus sobre o que tinha feito, disse a este: “Senhor, foi a mulher que me destes, ela me disse que o fruto era bom”, mas isso fica para outro texto). Para o Direito Romano, era uma imbecil, para a lei brasileira até meados do século XX uma incapaz. Para Freud, tinha complexo de castração. A maioria das religiões veta acesso da mulher ao Sacerdócio. O Alcorão recomenda que se bata na mulher desobediente. Para Paulo, mulher na igreja deveria ficar calada, e a mesma deveria usar véu. Há textos na internet que falam a respeito do espinho da carne de Paulo, e que ele não era nada fã das mulheres, ao que devo concordar.
E mesmo que ainda haja desigualdades como as atrocidades cometidas contra a mulher, imposições religiosas, armadilhas profissionais, é importante buscar no cotidiano desenvolver um auto-respeito e se fazendo respeitar em todos os níveis: sexual, profissional, religioso, pessoal.
“A construção da independência é permanente, exige atenção aos detalhes”, sem contudo perder a capacidade de ser cooperadora e parceira do homem. O pastor da igreja que freqüentei, quando celebra casamentos, tem sempre uma palavra comum a todas às cerimônias. E eu sempre guardo isto, porque é importante reter o que é bom: “Deus não tirou a costela do pé do homem para que a mulher lhe fosse subserviente, também não a tirou de um osso da cabeça para que a mulher não fosse maior do que ele, tirou exatamente do meio para que os dois pudessem caminhar lado a lado, para que a mulher lhe fosse por parceira e cooperadora para todos os fins”.
Eu, não sou feminista, e creio que mesmo agora longe do evangelho, algumas coisas devem sim ser levadas em consideração, ainda acho que o homem é o chefe da casa, mas a esposa é o esteio, e sua conselheira e ponto de apoio, a força que conduz e que traz a sensibilidade como está escrito em provérbios 31. A mulher deve ser bem tratada pelo homem, porque uma mulher que é bem tratada terá sempre prazer em cuidar de seu marido, seu namorado, e porque não dizer seu amigo. A mulher certamente vai continuar sendo segregada em muitas religiões e muitas coisas ainda não deixarão de existir. Mas como é bom poder por exemplo, participar de um fórum, onde somos poucas, é bem verdade, mas muitas de nós trazemos a inteligência, a sagacidade, o bom humor, a capacidade de debater assuntos muitas vezes sobre ciência, filosofia, artes, história com sensibilidade, discernimento, ponderação , sem perder o charme, o brilho e a femilinidade, é um grande desafio, porque podemos não saber tão profundamente sobre tantos assuntos, mas é maravilhoso ver que somos respeitadas, que o que postamos é levado em consideração, e para minha grande surpresa já levantou debates interessantes, onde eu com certeza, aprendi muito.