Página 1 de 1

Livros ateístas lançados em português

Enviado: 11 Ago 2007, 14:37
por Fernando Silva
"O Globo" 11/08/07

Entre o delírio e a razão
Roberta Jansen

O biólogo Richard Dawkins, um dos mais proeminentes evolucionistas da atualidade, nunca foi homem de meias palavras. Figurinha fácil nos debates cada vez mais freqüentes nos Estados Unidos e na Europa sobre criacionismo, design inteligente, extremismo religioso e, claro, o papel da ciência nisso tudo, ele inflama qualquer discussão com sua defesa ferrenha do ateísmo, suas duras críticas às religiões e sua retórica nada disposta a concessões.

Ele já foi chamado de fanático, extremista, “o mais raivoso dos ateus” e chegou mesmo a ser comparado a Osama bin Laden. Mas nada parece intimidá-lo em sua cruzada em defesa da razão. Muito pelo contrário.

“Deus, um delírio” é o mais novo livro de Dawkins, que está sendo publicado no Brasil pela Companhia das Letras. Como se o título em si já não fosse suficiente, logo no início do livro ele se dirige diretamente ao leitor para deixar bem claro que não está nada disposto a adotar meios-tons: “Sei que você não acredita num senhor barbado sentado numa nuvem, então não percamos mais tempo com isso. Não estou atacando nenhuma versão específica de Deus ou deuses.

Estou atacando Deus, todos os deuses, toda e qualquer coisa que seja sobrenatural, que já foi e que ainda será inventada.” Lançando mão de muita ciência, seu inegável talento como escritor e grandes doses de humor, o biólogo constrói a tese de que Deus é uma impossibilidade completa porque sua existência não pode ser comprovada cientificamente. Sobretudo quando se parte da teoria da evolução das espécies, de Charles Darwin.

Crenças religiosas são irracionais, incompatíveis com a ciência
Segundo Dawkins, Deus não poderia ser um projetista do Universo, um criador original, como defendem alguns, porque “inteligências criativas, por terem evoluído, necessariamente chegam mais tarde ao Universo e, portanto, não podem ser responsáveis por projetá-lo”.

Com isso, concluiu, “Deus, no sentido da definição, é um delírio; e um delírio pernicioso.” O perigo está em qualquer grau de religiosidade, de acordo com o biólogo, e não apenas no que se convencionou chamar de extremismo.

Para Dawkins, ao postular que se deve acreditar sem provas, a religião é um sério entrave ao conhecimento científico.

Mais do que isso, ela incita, em sua análise, atos extremos, como atentados terroristas, ao pregar a obediência cega.

Por isso a religião não merece sequer respeito, diz ele, e provoca: “Se aceitarmos o princípio de que a fé religiosa deve ser respeitada simplesmente porque é fé religiosa, é difícil deixar de respeitar Osama bin Laden e os homens-bomba.”

Nada conciliatório, Dawkins não vê como ciência e religião possam coexistir, como tantos defendem diplomaticamente, mesmo cientistas ateus como ele. Segundo o evolucionista, as crenças religiosas são irracionais e, por isso mesmo, incompatíveis com a ciência.

— Elas não estão em esferas diferentes — disse, em entrevista ao GLOBO. — Toda religião que usa milagres para persuadir as pessoas, por exemplo, está violando princípios científicos. E acho que a idéia de uma inteligência sobrenatural nas raízes do Universo é uma idéia científica, embora errada. Dawkins não poupa nada nem ninguém.

Num dos capítulos mais polêmicos do livro, ele sustenta que a Bíblia não pode servir como base moral de nada porque “seus personagens”, para dizer o mínimo, não são bons exemplos de nada. Josué é comparado pelo biólogo a Hitler e a Saddam Hussein no episódio da destruição de Jericó.

E o Deus do Antigo Testamento, no trecho que mais enfureceu os religiosos, é descrito como um dos personagens mais desagradáveis da ficção: “ciumento, controlador mesquinho, injusto e intransigente, genocida étnico e vingativo, sedento de sangue, perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo.”

Mais dois livros sobre o mesmo assunto chegam ao Brasil
Os atos terroristas vistos a partir do 11 de Setembro e a descoberta, pelo mundo ocidental, dos extremistas islâmicos acirrou os debates sobre religião. Mas o ressurgimento, com toda força, do criacionismo e do design inteligente nos EUA também colocaram lenha na fogueira. Agora, parece ser a vez de os ateus se manifestarem. Além do livro de Dawkins, estão chegando ao Brasil “Tratado de ateologia” (Martins Fontes), de Michel Onfray, e “Deus não é grande” (em outubro, pela Ediouro), de Christopher Hitchens.

Re.: Livros ateístas lançados em português

Enviado: 11 Ago 2007, 14:41
por Fernando Silva
O GLOBO: As críticas ao seu livro foram bem ferozes. O senhor é chamado de fanático, de “o ateu mais raivoso do planeta”.
Alguns o comparam a Osama Bin Laden. Por outro lado, ninguém menciona o humor no seu livro, que é bastante presente.
Como o senhor vê isso?

RICHARD DAWKINS: Que bom você citar o humor! Ninguém parece ter notado mesmo.
Será que não leram o livro? Eu não sei como as pessoas podem fazer essas comparações. Bin Laden mata pessoas, eu só uso palavras. E nem sou um ateu tão raivoso assim. O problema é que normalmente, quando as pessoas falam sobre religião, acham que precisa haver todo um tom respeitoso. Então qualquer coisa que se diga soa raivosa.

Se eu estivesse falando de Bush (George W. Bush) com os mesmos termos, ninguém diria isso. Mas por que deveriam esperar que o tom (para falar sobre religião) fosse diferente?

 O senhor menciona no livro a frase de Robert Pirsig: “Quando uma pessoa delira, é insanidade; quando muitas deliram, é religião”. O senhor acha que Deus é um delírio, exatamente como fadas?

DAWKINS: Sim, eu acho. Não acharmos que os religiosos são insanos é apenas uma questão numérica. São muitos.
E poucas pessoas acreditam em fadas.

 O senhor compara alguns personagens bíblicos a Hitler e Saddam Hussein. O senhor realmente acha que essa comparação se aplica ou é uma forma de ser enfático, de provocar o debate?

DAWKINS: Não, acho que muitos desses personagens são piores do que Hitler e Saddam Hussein — não que eles sejam bons. Esses dois só parecem piores porque viveram nos tempos modernos e deveriam saber o que estavam fazendo.

 Conforme a ciência avança, resta cada vez menos espaço para Deus?

DAWKINS: Sim, acho que essa é a tendência. É para onde as coisas estão se encaminhando.

 O senhor já afirmou sobre os defensores do design inteligente que eles chamam sua ignorância sobre determinados assuntos de Deus. Eles não têm argumentos melhores?

DAWKINS: É exatamente isso.
Essa é a forma como eles argumentam.
Quando chegam a algo que não sabem explicar, dizem que foi Deus. Veja, às vezes não sabemos explicar mesmo. Mas não é nada lógico dizer “que foi Deus”.

 O senhor acha que a religião nos estimula a não tentar entender o mundo?

DAWKINS: Sim, claro.

 Quem não acredita na evolução é, necessariamente, ignorante?

DAWKINS: Acho que são ignorantes sim. Mas não podemos acusá-los disso. Nosso papel, como cientistas, é educar. Talvez não tenhamos sido muito eficazes em passar determinadas mensagens. Mas essas pessoas deveriam reconhecer que não sabem. Não subverter o jogo, fingindo que sabem. A ignorância não é crime. Mas passá-la para as crianças é.

 O senhor sempre se mostra muito preocupado com as crianças. Chega a dizer que é um abuso grave passar às crianças a religião dos pais. Não é natural que pais queiram transmitir seus valores aos filhos?

DAWKINS: Sim, passar valores é natural. Por isso gosto de usar a palavra rótulo. Rotular uma criança de católica, judia, muçulmana é perigoso. Veja, jamais usamos isso em outras áreas. Não falamos em crianças seculares humanistas.

 Há pessoas inteligentes, que estudam ciência e evolução e, ainda assim, acreditam em Deus. Francis Collins (diretor do projeto genoma humano) é um bom exemplo. Como o senhor explica isso?

DAWKINS: Há muitos que se definem como religiosos no sentido que Einstein dá ao termo.
Deus como uma referência para os grandes mistérios do Universo. Não necessariamente um Deus cristão. Collins acha que Deus aparece através da evolução. Eu acho que há uma contradição nisso, mas muitos não pensam assim.

 Por que religião e ciência não podem coexistir? Elas não pertencem a esferas diversas?

DAWKINS: Muitos dizem isso, mas eu discordo. Não acho que estejam em esferas diferentes.
Toda religião que usa milagres para persuadir as pessoas, por exemplo, está violando princípios científicos.
E acho que a idéia de uma inteligência sobrenatural nas raízes do Universo é uma idéia científica, embora errada.

 Por que Deus não seria o grande projetista do Universo?

DAWKINS: Se ele fosse o projetista de cada uma das criaturas vivas isso seria contra a evolução, e nós sabemos que a evolução é verdadeira. Como criador do universo, surge outro problema: quem teria criado Deus? Ele teria que ter evoluído a partir de algo.

 Sim, mas o senhor argumenta como cientista. E é claro que os religiosos não vão aceitar esse argumento porque a existência de Deus seria algo sobrenatural.

DAWKINS: Claro, mas não podemos permitir que esse tipo de raciocínio prossiga.

 A idéia de Deus traz conforto e consolo para muita gente.
A idéia de ter uma outra vida depois dessa também. O que há de errado nisso?

DAWKINS: O que é confortável não é necessariamente verdadeiro.
Eu me preocupo com a verdade. Não vamos misturar as coisas.

 Ainda assim, a religião é um traço universal, presente em todas as culturas. E muitos evolucionistas dizem que ela trouxe alguma vantagem à espécie ou teria se perdido no processo da seleção natural.
O senhor concorda?

DAWKINS: Não a religião exatamente. Mas tudo no cérebro é produto da seleção natural.
Algo que nos ajudou a sobreviver.
Talvez seja a tendência a obedecer a autoridades, por exemplo. Esse traço pode ter nos ajudado a sobreviver.

 O homem poderia viver sem religião? Rituais são aspectos importantes também em todas as culturas.

DAWKINS: No caso dos rituais, não acho que seja um problema. Poderíamos ter música, retórica, outras coisas que não religião. Mas a necessidade de conforto é um problema.
Possivelmente o homem não poderia viver sem religião. Mas individualmente isso já ocorre, muitos fazem.

Trecho de “Deus, um delírio”, de Richard Dawkins ("The God delusion")

“A MAIS ANTIGA DAS TRÊS religiões abraâmicas, e a clara ancestral das outras duas, é o judaísmo: originalmente um culto tribal a um Deus único e desagradável, que tinha uma obsessão mórbida por restrições sexuais, pelo cheiro de carne queimada, por sua superioridade em relação aos deuses rivais e pelo exclusivismo de sua tribo desértica escolhida.” (...) “É difícil acreditar que a saúde saia ganhando com o estado semi-permanente de culpa mórbida de que sofre um católico.” (...) “Se Deus se comunicasse com seres humanos, esse fato não estaria, de jeito nenhum, fora do âmbito da ciência.

Deus aparece, vindo de onde quer que fiquem seus domínios sobrenaturais, e aterrissa no nosso mundo, onde suas mensagens podem ser interceptadas por cérebros humanos — e esse fenômeno não tem nada a ver com ciência? Um Deus que é capaz de enviar sinais inteligíveis a milhões de pessoas simultaneamente, e de receber mensagens de todas elas, não pode ser, seja o que seja, simples. Isso é que é banda larga!”

Re.: Livros ateístas lançados em português

Enviado: 11 Ago 2007, 14:43
por Fernando Silva
Extremismo anti-religioso
 Os ataques de 11 de Setembro desencadearam nos EUA, e em menor escala na Europa, uma onda de extremismo anti-religioso. Autores que se denominam antiteístas e apresentam-se como herdeiros da tradição iluminista tentam convencer seus leitores de que a crença religiosa corresponde a uma etapa primitiva do desenvolvimento da Humanidade.

Alguns arriscam até cômputos dos benefícios e prejuízos ligados à religião, numa tentativa de provar que, no fim das contas, simplesmente não vale a pena acreditar em Deus.

 TRATADO: Lançado no Brasil pela Martins Fontes, o “Tratado de ateologia” de Michel Onfray vendeu 200 mil cópias na França. O livro lista atrocidades cometidas em nome das crenças religiosas monoteístas, e aponta as inúmeras contradições e incongruências em seus ensinamentos. “Enquanto a crença indispõe com a imanência, portanto com o eu, o ateísmo reconcilia com a terra, outro nome da vida”, escreve.

 CRUZADO ATEU: O jornalista britânico Christopher Hitchens talvez seja o mais influente dos antiteístas contemporâneos. Em “God is not great” (“Deus não é grande”, que sairá no Brasil pela Ediouro em outubro), há semanas na lista de mais vendidos do “New York Times”, ele apresenta as crenças religiosas como o maior entrave e ameaça ao desenvolvimento pacífico da Humanidade. Umtrotskista na juventude, Hitchens gosta de dizer que “não vale a pena olhar para um mapa do mundo onde não haja lugar para a utopia”, uma citação de Oscar Wilde.

Para ele, um mundo governado apenas pela razão seria o paraíso terrestre. Se após os horrores comunistas boa parte da esquerda reconheceu um potencial genocida em suas ambições de reforma social, Hitchens permanece um entusiasta da reengenharia social, mesmo que violenta, como mostra seu recente apoio à invasão do Iraque.

(Miguel Conde)

Re.: Livros ateístas lançados em português

Enviado: 11 Ago 2007, 14:47
por Fernando Silva
Um artigo sobre Francis Collins. Seus argumentos são bem fraquinhos...

O biólogo que aceitou Deus

O grupo que defende a coexistência entre ciência e fé tem no biólogo Francis S. Collins um de seus maiores expoentes. O diretor do Projeto Genoma Humano não só acredita em Deus, como, a exemplo de Richard Dawkins, escreveu um livro para defender suas idéias. No recém-lançado no Brasil “A linguagem de Deus — Um cientista apresenta evidências de que ele existe” (Editora Gente), Collins sustenta que há, sim, uma base racional para a existência do Criador e que as descobertas científicas aproximam o homem de Deus.

Collins está longe de ser um obscurantista, facilmente combatido por homens como Dawkins. Ele não renega a Teoria da Evolução de Charles Darwin. Mais do que isso, ele apresenta sérias críticas ao criacionismo e ao design inteligente — justamente por negligenciarem o evolucionismo. O cientista defende a “evolução teísta”, segundo a qual a seleção natural foi a ferramenta escolhida por Deus para criar os homens.

“Eu vejo a mão de Deus no mecanismo da evolução”, afirmou, em entrevista ao “The Times” pouco antes do lançamento de seu livro. “Se Deus escolheu criar os seres humanos à sua imagem e decidiu que o mecanismo da evolução era uma forma elegante de alcançar tal objetivo, quem somos nós para dizer que não pode ser dessa forma?”

Collins defende ainda as pesquisas com células-tronco embrionárias, um tema muito espinhoso para os religiosos porque implica a destruição de embriões. Em nenhum momento ele permite que a sua religiosidade interfira em suas crenças científicas. E vê a aparente necessidade de uma guerra entre ciência e religião como “uma das maiores tragédias do nosso tempo”.

“Em minha opinião, não há conflito entre ser um cientista que age com severidade e uma pessoa que crê num Deus que tem um interesse pessoal em cada um de nós”, escreveu em seu livro. “O domínio da ciência está em explorar a natureza. O domínio de Deus encontra-se no mundo espiritual, um campo que não é possível esquadrinhar com os instrumentos e a linguagem da ciência.”

Para o biólogo, não há nada de contraditório entre o que ciência já revelou e a existência do Criador. Na verdade, defende ele em seu livro, a hipótese de Deus soluciona questões problemáticas sobre o que veio antes do Big Bang, a explosão que deu origem ao universo. Soluciona também um dos grandes enigmas para os cientistas contemporâneos: o fato de todo o cosmos ser detalhadamente acertado para permitir o surgimento do homem.

O especialista em genética era um ateu convicto até os 27 anos de idade. Suas idéias começaram a mudar ao conviver com doentes terminais. Foi a força que a fé aparentemente dava a esses pacientes que o impulsionou a começar a estudar religião. (Roberta Jansen)

Re: Re.: Livros ateístas lançados em português

Enviado: 11 Ago 2007, 16:58
por docdeoz
Fernando Silva escreveu:Um artigo sobre Francis Collins. Seus argumentos são bem fraquinhos...

O biólogo que aceitou Deus

O grupo que defende a coexistência entre ciência e fé tem no biólogo Francis S. Collins um de seus maiores expoentes. O diretor do Projeto Genoma Humano não só acredita em Deus, como, a exemplo de Richard Dawkins, escreveu um livro para defender suas idéias. No recém-lançado no Brasil “A linguagem de Deus — Um cientista apresenta evidências de que ele existe” (Editora Gente), Collins sustenta que há, sim, uma base racional para a existência do Criador e que as descobertas científicas aproximam o homem de Deus.

Collins está longe de ser um obscurantista, facilmente combatido por homens como Dawkins. Ele não renega a Teoria da Evolução de Charles Darwin. Mais do que isso, ele apresenta sérias críticas ao criacionismo e ao design inteligente — justamente por negligenciarem o evolucionismo. O cientista defende a “evolução teísta”, segundo a qual a seleção natural foi a ferramenta escolhida por Deus para criar os homens.

“Eu vejo a mão de Deus no mecanismo da evolução”, afirmou, em entrevista ao “The Times” pouco antes do lançamento de seu livro. “Se Deus escolheu criar os seres humanos à sua imagem e decidiu que o mecanismo da evolução era uma forma elegante de alcançar tal objetivo, quem somos nós para dizer que não pode ser dessa forma?”

Collins defende ainda as pesquisas com células-tronco embrionárias, um tema muito espinhoso para os religiosos porque implica a destruição de embriões. Em nenhum momento ele permite que a sua religiosidade interfira em suas crenças científicas. E vê a aparente necessidade de uma guerra entre ciência e religião como “uma das maiores tragédias do nosso tempo”.

“Em minha opinião, não há conflito entre ser um cientista que age com severidade e uma pessoa que crê num Deus que tem um interesse pessoal em cada um de nós”, escreveu em seu livro. “O domínio da ciência está em explorar a natureza. O domínio de Deus encontra-se no mundo espiritual, um campo que não é possível esquadrinhar com os instrumentos e a linguagem da ciência.”

Para o biólogo, não há nada de contraditório entre o que ciência já revelou e a existência do Criador. Na verdade, defende ele em seu livro, a hipótese de Deus soluciona questões problemáticas sobre o que veio antes do Big Bang, a explosão que deu origem ao universo. Soluciona também um dos grandes enigmas para os cientistas contemporâneos: o fato de todo o cosmos ser detalhadamente acertado para permitir o surgimento do homem.

O especialista em genética era um ateu convicto até os 27 anos de idade. Suas idéias começaram a mudar ao conviver com doentes terminais. Foi a força que a fé aparentemente dava a esses pacientes que o impulsionou a começar a estudar religião. (Roberta Jansen)


Eu li o livro a Linguagem de Deus de Francis Collins e também estou lendo o contra o Método de Feyerabend. Segundo este último, uma teoria só pode ser lançada se houver algumas distorções dos dados empíricos, como o caso da luneta de Galileu... Esta distorcia os fatos e era refutada a olho nu...

Veja um exemplo da iconoclastia Evolucionista tirada do Full Hand de Stephen Jay Gould (repeteco...):

http://docdeoz.multiply.com/photos/hi-r ... o%2F9%2F19

http://docdeoz.multiply.com/photos/hi-r ... to%2F9%2F3

Até parece que tudo está nas camadinhas direitinho... Distorção pura dos dados empíricos.

O clube cético mandou um artigo que corrobora esta imagem nada iconoclasta (não lembro o endereço), esta é similar, também do Full Hand:

http://docdeoz.multiply.com/photos/hi-r ... to%2F9%2F4

O que o Dawkins vai dizer sobre isso??? Nada... Ele vai dizer que demora séculos para uma teoria ser corroborada...

E sobre o que os monoteístas fizeram em termos de atrocidade, esqueceram dos ateus (ou materialistas) que mudaram o mundo I e II????