Religião é Veneno

09/08/2007
Enquanto a infra-estrutura brasileira continua em frangalhos, dezenas de países lançam programas de concessões e delegam grandes obras à iniciativa privada



Por Fabiane Stefano


A cada semana, aumentam as evidências de que o péssimo estado da infra-estrutura brasileira virou não apenas uma dor de cabeça para o cidadão mas também um freio ao desenvolvimento nacional. O mesmo país que busca participar mais ativamente da globalização não consegue escoar minimamente em ordem a produção em estradas e ferrovias, embarcá-la em portos com capacidade adequada nem sequer transportar as pessoas com segurança pelos ares. Enquanto o Brasil vive sua maior crise de infra-estrutura, operadoras de serviços e construtoras vislumbram oportunidades de investimento -- fora do país. Na sede da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), em São Paulo, os executivos da maior empresa brasileira de administração de estradas examinam exaustivamente mapas e editais internacionais. Eles procuram no exterior o que não têm encontrado aqui: novas concessões rodoviárias. Em julho, a CCR apresentou sua proposta para uma grande licitação no México. A empresa também foi pré-selecionada para participar de uma concorrência na República Dominicana. Independentemente dos resultados, os executivos da CCR já têm o que comemorar. Nas próximas semanas, uma equipe deverá assinar em Denver, nos Estados Unidos, o contrato de concessão da Northwest Parkway, primeira licitação rodoviária que uma empresa brasileira vence em território americano. Em parceria com a portuguesa Brisa, a CCR irá administrar por 99 anos os 18 quilômetros do anel viário que circunda a cidade. "É triste constatar que as empresas têm de ir para fora quando há tantas obras a ser feitas aqui no Brasil", diz Márcio Batista, vice-presidente da CCR.

Assim como a CCR, companhias como Odebrecht, Ecorodovias e OHL mostram um interesse cada vez maior em licitações no exterior. Essa busca virou quase uma obrigação, dada a falta de opções de negócios por aqui. Desde 1999, nenhum trecho de rodovia foi alvo de licitação -- mesmo sabendo que, da malha rodoviária de 150 000 quilômetros existentes no país, menos de 10 000 são operados pela iniciativa privada, não por coincidência os que estão em melhores condições. De acordo com a Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), outros 15 600 quilômetros poderiam ser transferidos para as empresas administrarem. Um estudo mais amplo da consultoria KPMG avalia em 80 bilhões de reais o potencial em parcerias público-privadas até 2011, envolvendo estradas, ferrovias, metrôs, portos e saneamento. Apesar dessas evidências, as concessões de estradas brasileiras andam a passos de tartaruga. Apenas sete trechos de rodovias federais e oito de estradas paulistas estão na lista para ser licitados. É muito pouco para um país com tamanha carência -- e quase nada ante a efervescência de novas obras verificada nos Estados Unidos, no México ou em países da América Central e da Europa. O Brasil vive um momento em que o governo não faz e também não deixa fazer. E talvez a única explicação para isso seja o fato de que a construção e a administração de estradas, aeroportos, portos, hidrelétricas e ferrovias confiram enorme poder político aos governos. É difícil abrir mão disso, mesmo com todos os indícios de colapso.

O DESAFIO DE MODERNIZAR a infra-estrutura hoje se coloca a todos os países. O longo ciclo de prosperidade da economia mundial se traduz em mais produção e comércio, exigindo mais e melhores estradas, portos e aeroportos -- obras que demoram a sair do papel em qualquer lugar do planeta. É isso que explica a onda de concessões à iniciativa privada. Muitos governantes já se renderam à realidade -- sem dinheiro privado, é impossível acompanhar a necessidade de investimentos em obras que, não raro, custam bilhões de dólares. "Mesmo os países mais ricos não conseguem acompanhar a demanda", diz Rafael Rossi, diretor da construtora portuguesa Mota-Engil, que no momento disputa sete projetos ao redor do mundo.

FONTE: Exame


- Pobre Brasil, até quando????

Abraços,

lamentável.

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

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- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Sicko estréia em 23 desse mês. Já exibi para turmas de medicina da Ufba hoje nas aulas de planejamento e política de saúde com ajuda de professores da UFBA. A resposta foi excelente.

Amanha tem mais.

Na luta por saúde como um direito de todos. Universal, garantida, e gratuita. Como parte dos direitos sociais que devemos expandir.

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

Estatização da Vale JÁ!!!

Viva Morales!

Viva Chaves!!!

Fora Bush!!!

André escreveu:

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Caro André,

- Acho os sistemas canadense e francês fantásticos, mas não acredito em fórmulas, creio que não dariam certo aqui, pelo menos não dariam certo enquanto não higienizarmos a administração pública, pelo menos por enquanto acredito mais na privatização com algum resguardo para a baixa renda.

Abraços,

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

O Encosto merece mesmo!
Tudo indica que ele é um exemplar servidor do Estado brasileiro.

Ateu Tímido escreveu:

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

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- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

O Encosto merece mesmo!
Tudo indica que ele é um exemplar servidor do Estado brasileiro.

Abmael escreveu:

André escreveu:

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Caro André,

- Acho os sistemas canadense e francês fantásticos, mas não acredito em fórmulas, creio que não dariam certo aqui, pelo menos não dariam certo enquanto não higienizarmos a administração pública, pelo menos por enquanto acredito mais na privatização com algum resguardo para a baixa renda.

Abraços,

Caro Abmael,

Na Inglaterra criação do NHS aconteceu no pós-segunda guerra mundial, com um país arruinado. Usando o tão criticado método de Keyes, pessoas foram empregadas para ajudar os outros, seja educando, cuidando da saúde, construindo hospitais. "Se podemos empregar durante a guerra para fazer bombas, podemos empregar para fazer coisas úteis para todos". E assim com propostas do Labour Party principalmente o país se reergueu.

Não é por acaso que as críticas dos especialistas em SUS ao SUS não é para abolir o SUS, mas melhorar o SUS, expandi-lo, torna-lo de fato universal. Ainda 15 milhões não tem atendimento a saúde. Mas se pensarmos que a nação mais rica do mundo não assegura para 50 milhões, o SUS apesar de todos os pesares é uma iniciativa elogiável. Tanto que eu conheci Italianos, no congresso da Abrasco e pessoas de outros países que admiram o esforço e o projeto desses em um país com tanta desigualdade quanto o nosso.

Os ganhos secundários são gigantescos. E os EUA com seu sistema privado gasta em média mais, só que gasta mal, muito mal.

Pesquisa da Harvard comprova que a maior causa de falência familiar são as contas médicas. As matérias são apenas algumas que ilustram bem o que digo, estudo de anos, e que vem agora sendo publicados.

http://www.hms.harvard.edu/news/release ... stein.html

http://www.consumeraffairs.com/news04/2 ... study.html

O paradoxo.


"The paradox is that the costliest health system in the world performs so poorly. We waste one-third of every health care dollar on insurance bureaucracy and profits while two million people go bankrupt annually and we leave 45 million uninsured" said Dr. Quentin Young, national coordinator of Physicians for a National Health Program.

O sistema mais caro desperdiça dinheiro em burocracia e em incentivos para lucros, sendo que em todos os desenvolvidos ao universalizar e garantir eles economizam muito nisso. Fora que a relação é direta entre médico e paciente sem requisitar de intermediários, empresas seguradoras, toda uma burocracia desaparece.

Aqui no Brasil se quer ser desenvolvido, mesmo que num futuro distante, o caminho é o oposto do que vc disse. Tem que se progressivamente acabar com o conceito de saúde como mercadoria, e tratar como um direito de todo cidadão.

Sou contra Privatizações, na minha opinião, energia, saúde, educação e transportes deveriam ser controlados pelo Estado. A Vale, por exemplo, foi um exemplo triste... Ainda bem que haverá o plebiscito pela Reestatização da Vale.

André escreveu:

Abmael escreveu:

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emmmcri escreveu:

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- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Caro André,

- Acho os sistemas canadense e francês fantásticos, mas não acredito em fórmulas, creio que não dariam certo aqui, pelo menos não dariam certo enquanto não higienizarmos a administração pública, pelo menos por enquanto acredito mais na privatização com algum resguardo para a baixa renda.

Abraços,

Caro Abmael,

Na Inglaterra criação do NHS aconteceu no pós-segunda guerra mundial, com um país arruinado. Usando o tão criticado método de Keyes, pessoas foram empregadas para ajudar os outros, seja educando, cuidando da saúde, construindo hospitais. "Se podemos empregar durante a guerra para fazer bombas, podemos empregar para fazer coisas úteis para todos". E assim com propostas do Labour Party principalmente o país se reergueu.

Não é por acaso que as críticas dos especialistas em SUS ao SUS não é para abolir o SUS, mas melhorar o SUS, expandi-lo, torna-lo de fato universal. Ainda 15 milhões não tem atendimento a saúde. Mas se pensarmos que a nação mais rica do mundo não assegura para 50 milhões, o SUS apesar de todos os pesares é uma iniciativa elogiável. Tanto que eu conheci Italianos, no congresso da Abrasco e pessoas de outros países que admiram o esforço e o projeto desses em um país com tanta desigualdade quanto o nosso.

Os ganhos secundários são gigantescos. E os EUA com seu sistema privado gasta em média mais, só que gasta mal, muito mal.

Pesquisa da Harvard comprova que a maior causa de falência familiar são as contas médicas. As matérias são apenas algumas que ilustram bem o que digo, estudo de anos, e que vem agora sendo publicados.

http://www.hms.harvard.edu/news/release ... stein.html

http://www.consumeraffairs.com/news04/2 ... study.html

O paradoxo.


"The paradox is that the costliest health system in the world performs so poorly. We waste one-third of every health care dollar on insurance bureaucracy and profits while two million people go bankrupt annually and we leave 45 million uninsured" said Dr. Quentin Young, national coordinator of Physicians for a National Health Program.

O sistema mais caro desperdiça dinheiro em burocracia e em incentivos para lucros, sendo que em todos os desenvolvidos ao universalizar e garantir eles economizam muito nisso. Fora que a relação é direta entre médico e paciente sem requisitar de intermediários, empresas seguradoras, toda uma burocracia desaparece.

Aqui no Brasil se quer ser desenvolvido, mesmo que num futuro distante, o caminho é o oposto do que vc disse. Tem que se progressivamente acabar com o conceito de saúde como mercadoria, e tratar como um direito de todo cidadão.

Caro André,

- Conheço a elite do funcionalismo público que é indicada pelos grandes e pequenos caciques políticos, você nem imagina do que eles são capazes, roubar merenda escolar é fichinha prá eles, o escândalo das sanguessugas já deveria ter te provado que não há limite para o mau-caratismo desta gente.

- Colocar grana na mão deles prá saúde?!?!?!? - Só depois que as coisas mudarem, ou seja, depois do fim das indicações políticas, do fim do foro priviliegiado, da implantação de leis anti-corrupção com cadeia braba pros canalhas, da mudança das leis eleitorais, da reforma do judiciário.

- Enquanto nada disso ocorre, é melhor não colocar mais grana aí, só pra completar, o Ministério da Saúde é um dos mais podres.

Abraços,

Abmael escreveu:

André escreveu:

Abmael escreveu:

André escreveu:

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Caro André,

- Acho os sistemas canadense e francês fantásticos, mas não acredito em fórmulas, creio que não dariam certo aqui, pelo menos não dariam certo enquanto não higienizarmos a administração pública, pelo menos por enquanto acredito mais na privatização com algum resguardo para a baixa renda.

Abraços,

Caro Abmael,

Na Inglaterra criação do NHS aconteceu no pós-segunda guerra mundial, com um país arruinado. Usando o tão criticado método de Keyes, pessoas foram empregadas para ajudar os outros, seja educando, cuidando da saúde, construindo hospitais. "Se podemos empregar durante a guerra para fazer bombas, podemos empregar para fazer coisas úteis para todos". E assim com propostas do Labour Party principalmente o país se reergueu.

Não é por acaso que as críticas dos especialistas em SUS ao SUS não é para abolir o SUS, mas melhorar o SUS, expandi-lo, torna-lo de fato universal. Ainda 15 milhões não tem atendimento a saúde. Mas se pensarmos que a nação mais rica do mundo não assegura para 50 milhões, o SUS apesar de todos os pesares é uma iniciativa elogiável. Tanto que eu conheci Italianos, no congresso da Abrasco e pessoas de outros países que admiram o esforço e o projeto desses em um país com tanta desigualdade quanto o nosso.

Os ganhos secundários são gigantescos. E os EUA com seu sistema privado gasta em média mais, só que gasta mal, muito mal.

Pesquisa da Harvard comprova que a maior causa de falência familiar são as contas médicas. As matérias são apenas algumas que ilustram bem o que digo, estudo de anos, e que vem agora sendo publicados.

http://www.hms.harvard.edu/news/release ... stein.html

http://www.consumeraffairs.com/news04/2 ... study.html

O paradoxo.


"The paradox is that the costliest health system in the world performs so poorly. We waste one-third of every health care dollar on insurance bureaucracy and profits while two million people go bankrupt annually and we leave 45 million uninsured" said Dr. Quentin Young, national coordinator of Physicians for a National Health Program.

O sistema mais caro desperdiça dinheiro em burocracia e em incentivos para lucros, sendo que em todos os desenvolvidos ao universalizar e garantir eles economizam muito nisso. Fora que a relação é direta entre médico e paciente sem requisitar de intermediários, empresas seguradoras, toda uma burocracia desaparece.

Aqui no Brasil se quer ser desenvolvido, mesmo que num futuro distante, o caminho é o oposto do que vc disse. Tem que se progressivamente acabar com o conceito de saúde como mercadoria, e tratar como um direito de todo cidadão.

Caro André,

- Conheço a elite do funcionalismo público que é indicada pelos grandes e pequenos caciques políticos, você nem imagina do que eles são capazes, roubar merenda escolar é fichinha prá eles, o escândalo das sanguessugas já deveria ter te provado que não há limite para o mau-caratismo desta gente.

- Colocar grana na mão deles prá saúde?!?!?!? - Só depois que as coisas mudarem, ou seja, depois do fim das indicações políticas, do fim do foro priviliegiado, da implantação de leis anti-corrupção com cadeia braba pros canalhas, da mudança das leis eleitorais, da reforma do judiciário.

- Enquanto nada disso ocorre, é melhor não colocar mais grana aí, só pra completar, o Ministério da Saúde é um dos mais podres.

Abraços,

Sou favorável a tudo que vc disse(Acabar com cargos por indicação....), e tb acho que isso antecede a expansão por verba destinada a direitos sociais em um mundo ideal.

Para combater corrupção além de leis que levam a cadeia braba, a administração tem que ser mais aberta e democrática. É melhor forma de combater, quando se reponde a mais gente e mais gente fiscaliza o que se faz.

Agora cuidado com generalizar, conheço pessoalmente funcionários públicos, professores Universitários. E muitos dos que estão na área, são pessoas honestas, com a vida dedicada a causa pública. Claro existem os corruptos, mas dizer que são todos eu levo pro pessoal, tenho parentes, amigos, que lutam contra isso e por um SUS melhor a maior parte da vida adulta deles.

Porém defender uma coisa não exclui a outra. No meu modo de ver a reforma política, e no sistema, democratizando o poder, e o transferindo para a população, e não uma elite política-economica, é a condição necessária para todas as transformações outras.

Alias foi assim na Inglaterra e França, muito protesto, mobilização, e luta para direitos sociais serem expandidos.

André escreveu:

Abmael escreveu:

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emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Caro André,

- Acho os sistemas canadense e francês fantásticos, mas não acredito em fórmulas, creio que não dariam certo aqui, pelo menos não dariam certo enquanto não higienizarmos a administração pública, pelo menos por enquanto acredito mais na privatização com algum resguardo para a baixa renda.

Abraços,

Caro Abmael,

Na Inglaterra criação do NHS aconteceu no pós-segunda guerra mundial, com um país arruinado. Usando o tão criticado método de Keyes, pessoas foram empregadas para ajudar os outros, seja educando, cuidando da saúde, construindo hospitais. "Se podemos empregar durante a guerra para fazer bombas, podemos empregar para fazer coisas úteis para todos". E assim com propostas do Labour Party principalmente o país se reergueu.

Não é por acaso que as críticas dos especialistas em SUS ao SUS não é para abolir o SUS, mas melhorar o SUS, expandi-lo, torna-lo de fato universal. Ainda 15 milhões não tem atendimento a saúde. Mas se pensarmos que a nação mais rica do mundo não assegura para 50 milhões, o SUS apesar de todos os pesares é uma iniciativa elogiável. Tanto que eu conheci Italianos, no congresso da Abrasco e pessoas de outros países que admiram o esforço e o projeto desses em um país com tanta desigualdade quanto o nosso.

Os ganhos secundários são gigantescos. E os EUA com seu sistema privado gasta em média mais, só que gasta mal, muito mal.

Pesquisa da Harvard comprova que a maior causa de falência familiar são as contas médicas. As matérias são apenas algumas que ilustram bem o que digo, estudo de anos, e que vem agora sendo publicados.

http://www.hms.harvard.edu/news/release ... stein.html

http://www.consumeraffairs.com/news04/2 ... study.html

O paradoxo.


"The paradox is that the costliest health system in the world performs so poorly. We waste one-third of every health care dollar on insurance bureaucracy and profits while two million people go bankrupt annually and we leave 45 million uninsured" said Dr. Quentin Young, national coordinator of Physicians for a National Health Program.

O sistema mais caro desperdiça dinheiro em burocracia e em incentivos para lucros, sendo que em todos os desenvolvidos ao universalizar e garantir eles economizam muito nisso. Fora que a relação é direta entre médico e paciente sem requisitar de intermediários, empresas seguradoras, toda uma burocracia desaparece.

Aqui no Brasil se quer ser desenvolvido, mesmo que num futuro distante, o caminho é o oposto do que vc disse. Tem que se progressivamente acabar com o conceito de saúde como mercadoria, e tratar como um direito de todo cidadão.

Caro André,

- Conheço a elite do funcionalismo público que é indicada pelos grandes e pequenos caciques políticos, você nem imagina do que eles são capazes, roubar merenda escolar é fichinha prá eles, o escândalo das sanguessugas já deveria ter te provado que não há limite para o mau-caratismo desta gente.

- Colocar grana na mão deles prá saúde?!?!?!? - Só depois que as coisas mudarem, ou seja, depois do fim das indicações políticas, do fim do foro priviliegiado, da implantação de leis anti-corrupção com cadeia braba pros canalhas, da mudança das leis eleitorais, da reforma do judiciário.

- Enquanto nada disso ocorre, é melhor não colocar mais grana aí, só pra completar, o Ministério da Saúde é um dos mais podres.

Abraços,

Sou favorável a tudo que vc disse, e tb acho que isso antecede a expansão por verba destinada a direitos sociais em um mundo ideal.

Agora cuidado com generalizar, conheço pessoalmente funcionários públicos, professores Universitários. E muitos dos que estão na área, são pessoas honestas, com a vida dedicada a causa pública. Claro existem os corruptos, mas dizer que são todos eu levo pro pessoal, tenho parentes, amigos, que lutam contra isso e por um SUS melhor a maior parte da vida adulta deles.

Porém defender uma coisa não exclui a outra. No meu modo de ver a reforma política, e no sistema, democratizando o poder, e o transferindo para a população, e não uma elite política-economica, é a condição necessária para todas as transformações outras.

Alias foi assim na Inglaterra e França, muito protesto, mobilização, e luta para direitos sociais serem expandidos.

- Releia, eu não generalizei, eu mesmo sou empregado público e sou honesto.

- Isto não se resolverá facilmente, se é que se resolverá um dia, não sou otimista neste caso.

Abraços,

Abmael escreveu:
- Releia, eu não generalizei, eu mesmo sou empregado público e sou honesto.

- Isto não se resolverá facilmente, se é que se resolverá um dia, não sou otimista neste caso.

Abraços,

1-Ok.

2-Tb não sou otimista, mas não é por isso que vou defender algo que considero nitidamente muito pior, que é se tratar saúde como mercadoria. Sendo que para caminhar nos direitos sociais, uma administração mais radicalmente democrática, aberta, que limita gastos onde deve, e expande onde precisa, é essencial.

O que consideramos melhor precisa ser defendido, se nem nós defendermos ai o pessimismo vira uma profecia auto realizável, que nós mesmos contribuímos para que ela se mantenha verdadeira.

André escreveu:

Abmael escreveu:
- Releia, eu não generalizei, eu mesmo sou empregado público e sou honesto.

- Isto não se resolverá facilmente, se é que se resolverá um dia, não sou otimista neste caso.

Abraços,

1-Ok.

2-Tb não sou otimista, mas não é por isso que vou defender algo que considero nitidamente muito pior, que é se tratar saúde como mercadoria. Sendo que para caminhar nos direitos sociais, uma administração mais radicalmente democrática, aberta, que limita gastos onde deve, e expande onde precisa, é essencial.

O que consideramos melhor precisa ser defendido, se nem nós defendermos ai o pessimismo vira uma profecia auto realizável, que nós mesmos contribuímos para que ela se mantenha verdadeira.

- O melhor no caso do Canadá pode não ser o melhor no nosso caso, os planos de saúde estão se desenvolvendo bem por aqui, a medida que a massa salarial crescer o cada um ou cada empresa fará seu plano prá fugir das filas, creio que assim o SUS diminuirá, pode ser uma fórmula que ao menos funcione.

- Desculpe André, mas não consigo ver burocratas honestos e certinhos administrando hospitais modelos em busca da excelência por estas bandas, é muito mais fácil vizualizar empresas fazendo isso prá ganhar dinheiro.

Abraços,

Abmael escreveu:

André escreveu:

Abmael escreveu:
- Releia, eu não generalizei, eu mesmo sou empregado público e sou honesto.

- Isto não se resolverá facilmente, se é que se resolverá um dia, não sou otimista neste caso.

Abraços,

1-Ok.

2-Tb não sou otimista, mas não é por isso que vou defender algo que considero nitidamente muito pior, que é se tratar saúde como mercadoria. Sendo que para caminhar nos direitos sociais, uma administração mais radicalmente democrática, aberta, que limita gastos onde deve, e expande onde precisa, é essencial.

O que consideramos melhor precisa ser defendido, se nem nós defendermos ai o pessimismo vira uma profecia auto realizável, que nós mesmos contribuímos para que ela se mantenha verdadeira.

- O melhor no caso do Canadá pode não ser o melhor no nosso caso, os planos de saúde estão se desenvolvendo bem por aqui, a medida que a massa salarial crescer o cada um ou cada empresa fará seu plano prá fugir das filas, creio que assim o SUS diminuirá, pode ser uma fórmula que ao menos funcione.

- Desculpe André, mas não consigo ver burocratas honestos e certinhos administrando hospitais modelos em busca da excelência por estas bandas, é muito mais fácil vizualizar empresas fazendo isso prá ganhar dinheiro.

Abraços,

Desculpe, mas a burocracia privada no setor de saúde é maior devido a presença privada. Sistemas públicos tem menos, e exemplos disso como o do sistema ingles não faltam.

Sendo que a busca de lucros significa procurar negar cobertura e eu conheço pessoalmente casos assim.

Para lucrar o interesse das seguradoras é arrumar uma forma de não pagar.

Talvez depois de ver Sicko, ler estudos como os que publiquei de Harvard sobre o sistema americano, entenda que lucros e saúde é uma combinação mórbida com efeitos fatais. Quem empresas para maximizar lucros vão procurar negar cobertura quando as pessoas mais precisam, e vamos caminhar como os EUA para que contas médicas sejam a causa numero um de falência familiar, como é lá.

Alias como os estudos feitos em Harvard demonstram. Vc leu?

A respeito de indicações não-políticas:
Nos tempos dos militares, as indicações eram feitas em geral à revelia dos interesses políticos. Os ministros e secretários eram indicados sob critérios tecnocráticos. Os políticos reclamavam muito dos "tecnocratas insensíveis". Só para ter uma idéia, quando se decidiu pelas eleições diretas em capitais de estados, o Sarney esteve reunido com os políticos do seu partido (PDS) em Belo Horizonte e queria saber o que se poderia fazer para o partido vencer as eleições na capital mineira. O que lhe disseram era que o maior problema de Belo Horizonte era o Arrudas. Se resolvessem essa tremenda dor de cabeça que havia ali na cidade, então o PDS podia ganhar com folga.
O Sarney então ficou percorrendo as repartições públicas de BH, à procura do terrível tecnocrata Dr Arrudas e tentar convencer o cara a ser mais "sensível". Ah! A propósito, o tal Arrudas é o córrego que percorre a cidade até o Rio das Velhas. As enchentes desse córrego deixavam os belorizontinos malucos...

De qualquer forma, essas indicações tecnocráticas em nada foram melhores. As estatais faziam sedes luxuosas, gastavam sem nenhum controle e não havia cobranças. O burro do Figueiredo disse quando as contas já há tempos não fechavam mais:
_ As estatais têm que economizar!
E as estatais estouravam os orçamentos numa boa. A reação do Figueiredo:
_ (Chuffi, chuffi) Eu estou (Chuffi, chuffi) profundamente magoado (Chuffi, chuffi) porque eu mandei as estatais economizarem (Chuffi, chuffi) e as estatais não me obedecem!

O cara nunca se mancou de que presidente não fica magoado. Presidente age.

E quanto a reformas políticas e acabar com essas leis absurdas que só favorecem os corruptos, bem...
O único partido que ainda exibe algum grau de honestidade de seus membros por aqui é o tal de PSOL (talvez o PSTu eventualmente). O problema que esses caras não entusiasmam os eleitores e não é pra menos: o grande sonho de seus caciques e membros proeminentes é um dia ir à Inglaterra, com a última edição em português do Capital e pedir a Karl Marx que autografe a obra. Alguém aqui poderia dizer:
_ Mas o Marx morreu há mais de 100 anos!
E a minha resposta é:
_ Eu sei disso, mas o pessoal de esquerda aqui do Brasil sabe?

O resultado é que uma "revolução" que lembre um pouco os cara-pintadas dos tempos do Collor é pouco provável. O PT mostrou-se tão corrupto quanto todos os outros anteriores... E esses anteriores são PSDB e DEM... Alguém aqui acredita que esses atuais oposicionistas fariam alguma reforma política contra seus interesses?

Abmael escreveu:- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Dizem que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo e que o segundo melhor é uma empresa de petróleo mal administrada.
No Brasil, a Vale, que explora um minério com um valor agregado baixíssimo, já está dando mais lucro que a Petrobras.

heilel ben-shachar escreveu:Sou contra Privatizações, na minha opinião, energia, saúde, educação e transportes deveriam ser controlados pelo Estado. A Vale, por exemplo, foi um exemplo triste... Ainda bem que haverá o plebiscito pela Reestatização da Vale.

Multiplicar a produção várias vezes e investir os bilhões que o Estado não tinha é triste?
Acabar com um cabide de empregos é triste?
Acabar com cargos usados em negociações políticas, como está sendo feito agora com Furnas, é triste?
Que tal olharmos a eficiência e esquecermos ideologias nacionalistas improdutivas?
Será que é melhor produzir a própria comida e passar fome ou comer bem com outros produzindo?

O que há de triste na Vale? Sem usar chavões nacionalistas obtusos?

Ateu Tímido escreveu:

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

O Encosto merece mesmo!
Tudo indica que ele é um exemplar servidor do Estado brasileiro.

Trabalho cumprindo metas. Tudo para garantir que A SUA EMPRESA DE PETROLEO continue dando a VOCÊ, gratuitamente, todo o combustivel que você precisar.

Afinal, o petroleo é seu e de todos os brasileiros.

Se não fosse pelo MEU TRABALHO, você já estaria pagando mais de R$2,00 pelo litro.

A proposito, digo que trabalho na petrobras porque o fofoqueiro do Niels, certa vez, fofoqueou isso para alguém.

Fernando Silva escreveu:

heilel ben-shachar escreveu:Sou contra Privatizações, na minha opinião, energia, saúde, educação e transportes deveriam ser controlados pelo Estado. A Vale, por exemplo, foi um exemplo triste... Ainda bem que haverá o plebiscito pela Reestatização da Vale.

Multiplicar a produção várias vezes e investir os bilhões que o Estado não tinha é triste?
Acabar com um cabide de empregos é triste?
Acabar com cargos usados em negociações políticas, como está sendo feito agora com Furnas, é triste?
Que tal olharmos a eficiência e esquecermos ideologias nacionalistas improdutivas?
Será que é melhor produzir a própria comida e passar fome ou comer bem com outros produzindo?

O que há de triste na Vale? Sem usar chavões nacionalistas obtusos?

Oquê há de triste?

O governo arrecada impostos gerados pela Vale. Isso é muito triste.

Abmael escreveu:

André escreveu:

Abmael escreveu:

emmmcri escreveu:

Usuário deletado escreveu:NÉU-LIBERAIZ MALVADUS! DEVOLVAM A CONTA DO ABIMAEL!

- Sou a favor de todas as privatizações, com exceção da CAIXA e da PETROBRÁS (Por causa do meu amigão ENCOSTO)...

Abraços,

Inclusive da saúde?

Caro André,

- Acho os sistemas canadense e francês fantásticos, mas não acredito em fórmulas, creio que não dariam certo aqui, pelo menos não dariam certo enquanto não higienizarmos a administração pública, pelo menos por enquanto acredito mais na privatização com algum resguardo para a baixa renda.

Abraços,

Eu continuo apostando no sistema de Monaco.

Com corridas de F1 pelas ruas e tudo mais.

Isso pode dar muito certo no Brasil

Acho que o governo deveria estatizar os hipermercados. Depois ele privatizaria e ficaria todo mundo feliz.