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Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou
Enviado: 15 Ago 2007, 18:28
por Ilovefoxes
O cristianismo se baseia no princípio do sentimento de culpa.
A história de Jesus é a de um homem que sofreu e morreu por nós, logo devemos confiar nele e adorá-lo.
O momento onde as pessoas estão mais fracas é quando tem o sentimento de culpa, e é por isso que o cristianismo e adoração a Jesus vingou: transformar as pessoas em cordeiros sem dono, e depois manipulá-las.
Como podem ver, por trás de uma das histórias que mais comovem as pessoas, há uma das táticas mais nojentas que existem.
Re.: Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou
Enviado: 15 Ago 2007, 19:51
por Acauan
Por que o cristianismo vingou?
Postado originalmente em 24/2/2003 19:23:59
Por Acauan
Os religiosos cristãos responderão que vingou porque tinha que vingar, uma vez que Jesus era o Messias, filho de Deus, nada mais óbvio do que a religião por ele lançada tenha sobrevivido e se expandido universalmente.
Esta resposta é insatisfatória por um motivo básico, dentre outros possíveis.
Jesus de Nazaré em pessoa converteu muito pouca gente. Na palestina onde ele viveu e pregou, os judeus continuaram judeus. Atribuir o sucesso do cristianismo ao testemunho dos milagres ou outros eventos divinos atribuídos ao nazareno esbarra neste fato.
A tradição confere a Pedro e Paulo a iniciativa de levar a mensagem de seu mestre ao coração do Império Romano. Roma convertida - Império convertido, cristianismo vitorioso.
Mas por que os romanos se converteram ao cristianismo?
Pedro e Paulo, por mais convincentes que fossem, eram dotados de recursos mínimos e disputavam espaço com muitos concorrentes que tinham tanta certeza de estarem pregando a verdadeira fé quanto os proselitistas cristãos.
O fato é que Pedro e Paulo conseguiram. Roma se tornou cristã, o Império Romano se tornou cristão e o Ocidente se tornou cristão - mas de novo, por quê?
O cristianismo primitivo era muito diferente do conhecido hoje, desprovido do requinte teológico que lhe foi conferido ao longo de dois milênios.
Assim, a pregação de Pedro e Paulo deveria soar como tolices simplórias e piegas nos ouvidos dos romanos instruídos na tradição dos clássicos gregos e da poesia de Virgílio.
Se é difícil supor que um romano culto desse atenção a pregadores judeus que falavam da divindade de seu rabino morto, é muito possível aceitar que tal resistência não ocorreu entre as camadas pobres e incultas da população romana livre (lembrando que parcela significativa dos habitantes de Roma era composta de escravos, que não possuíam qualquer identidade política, social ou religiosa).
Pobres e incultos eram numerosos na Roma Imperial, mas pouco influentes para mudar os destinos da Cidade Eterna exceto por uma característica: Era nesta população pobre e inculta que Roma recrutava seus legionários, se a mensagem cristã penetrasse entre os soldados, ela seria levada diretamente para todo o corpo das legiões do Império.
Quando a voz do cristãos passou a ser ouvida não mais das catacumbas, mas dos acampamentos militares, tornou-se claro que o sucesso do cristianismo seria questão de tempo.
É certo que muitos fatores contribuíram para que o cristianismo chegasse à condição de religião oficial de Roma. A própria e tão falada decadência dos valores romanos abriram uma brecha por onde a mensagem de Pedro e Paulo - mais do que a de Jesus - pode penetrar.
Mas é interessante considerar que os mesmos legionários que crucificaram Cristo foram, tempos depois, os personagens decisivos para consolidar a religião que ele criou e levá-la à posição que possui hoje no mundo ocidental.
Enviado: 15 Ago 2007, 19:57
por Acauan
Triunfo da Vontade*
Postado originalmente em 8/8/2003 17:51:39
por Acauan
Quando uma vontade muito forte encontra muitas vontades fracas, surge um novo líder;
Quando uma crença muito forte encontra muitas crenças fracas, surge uma nova fé;
Quando estes dois encontros ocorrem simultaneamente, surge uma nova religião.
ACAUAN DOS TUPIS
Cristianismo e Islamismo nasceram e se desenvolveram em ambientes históricos e sociais muito diferentes, mas a consolidação de ambos como religiões hegemônicas em seus respectivos mundos deve-se em grande parte a pontos que têm em comum:
a) O surgimento de uma liderança carismática;
b) A fragmentação e fraqueza das religiões até então dominantes;
c) A obstinada decisão dos seguidores da nova religião de propagá-la pelo mundo.
Os cristãos primitivos possivelmente eram vistos pelos romanos cultos como um grupo exótico e insignificante. Os Patrícios deveriam considerar loucura a decisão fanática deles de conquistar o Império Romano e promover a chegada do dia em que mesmo César se ajoelharia diante de seu obscuro líder, um infame qualquer que foi crucificado nas províncias do oriente.
Séculos depois da chegada do cristianismo a Roma, na península arábica, um auto-proclamado profeta e seus seguidores, uns poucos parentes e pessoas próximas, iniciam sua jornada para destruir a idolatria e implantar o monoteísmo entre os árabes. Expulsos de sua cidade natal, refugiam-se em outra, centenas de quilômetros distante, decididos a converter seus anfitriões à sua nova religião e retornar triunfantes à sua terra de origem para convertê-la também.
O final destas duas histórias é conhecido, as várias explicações de como o contexto histórico-social favoreceu estes desfechos também.
O problema é que é fácil para um historiador, centenas e centenas de anos depois, analisar o contexto histórico e concluir que ele era favorável.
Outra coisa é alguém com uma idéia considerada maluca pela maioria, juntar meia dúzia de gatos pingados, desafiar um sistema incomensuravelmente mais forte do que eles e sair vitorioso.
Quem quiser achar que Deus deu uma mãozinha que ache, mas se ele favoreceu igualmente Cristianismo e Islamismo, deve ter algum tipo de distúrbio dissociativo da identidade, já que estas doutrinas são excludentes entre si.
Seja lá o que for, no centro dos acontecimentos que decidiram os rumos de duas civilizações estava a vontade dos protagonistas. Homens que ignoraram todos os sinais de que sua missão era fadada ao fracasso, desafiaram a História e construíram um destino considerado impossível.
Ironicamente, da vitória das grandes religiões destaca-se não o triunfo da vontade de Deus, e sim o triunfo da vontade humana.
* n.A. (nota do Acauan): "TRIUNFO DA VONTADE" é o título do filme de Leni Riefenstahl, que documentou o encontro do Partido Nacional-Socialista, em Nuremberg, em 1934.
Execrado como propaganda nazista, o filme até hoje pode ser visto como um assustador alerta de como uma vontade poderosa consegue manipular as massas, para o bem, ou como no caso daqueles retratados por Leni, para o mais sinistro dos males.
Re.: Porque o cristianismo e a adoração a Jesus vingou
Enviado: 15 Ago 2007, 20:35
por DIG
[cristão]O vingar do cristianismo é a prova de que Deus existe![/cristão]