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Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:26
por Liquid Snake
Nas surdinas do legislativo, legaliza-se o método contraceptivo esquerdista... O assassinato.


COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

PROJETO DE LEI Nº 1135/91



“Suprime o artigo 124 do Código Penal Brasileiro”.

Autores: Deputados Eduardo Jorge e Sandra Starling

Relatora: Deputada Jandira Feghali
I – RELATÓRIO



O Projeto de Lei nº 1135/91 de autoria dos Deputados Eduardo Jorge e Sandra Starling foi apresentado em 1991. Foram apensados à proposta inicial os seguintes projetos de lei:

1. PL 176/95, do Dep. José Genoíno, que “Dispõe sobre a opção da interrupção da gravidez”, permitindo a livre interrupção até 90 dias de gestação. Para realização basta reivindicação da gestante, sendo a rede pública é obrigada a realizar o aborto;

2. PL 3.280/92, do Dep. Luiz Moreira, que Autoriza a interrupção da gravidez até a 24ª semana nos casos previstos no projeto. A interrupção é autorizada até a 24ª semana quando o feto apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas e mentais. Basta o consentimento da gestante, cônjuge ou representante legal e da autorização de um médico que não seja o que realizará o aborto;

3. PL 1.174/91, dos Dep. Eduardo Jorge e Sandra Starling, que dá nova redação ao artigo 128 do Decreto Lei n.º 2848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal. Este projeto deixa de punir o aborto quando:

· gravidez determinar perigo de vida ou a saúde física e psíquica da gestante.

· constatada enfermidade grave e hereditária ou se moléstia ou intoxicação ou acidente sofrido pela gestante comprometer a saúde do nascituro.

· resulta de estupro (antecedido de consentimento da gestante)

· comprovado que a mulher estiver contaminada pelo vírus HIV.

· realizado mediante diagnóstico por escrito.



O projeto estabelece, ainda, que:

· em casos de dúvida sobre o parecer, uma comissão multiprofissional da Unidade de saúde será chamada e deverá apresentar parecer em 05 dias;

· deverá ser realizado no máximo 07 dias após a apresentação do diagnóstico ou parecer da comissão;

· será realizada pelo SUS;

· fica assegurado ao médico direito de se escusar do abortamento.



4. PL 1.956/96, da Dep. Marta Suplicy, que autoriza a interrupção da gravidez nos casos que menciona. Pela proposta fica autorizada a interrupção da gravidez quando o produto da concepção não apresentar condições de sobrevida em decorrência de malformação incompatível com a vida ou doença degenerativa incurável, ou quando for constatada por meio científico impossibilidade de vida extra-uterina. Para realização do procedimento basta o consentimento da gestante ou representante legal.

5. PL 2.929/97, do Dep. Wigberto Tartuce, que permite às mulheres estupradas por parentes a interrupção da gravidez.

6. PL 4.703/98, do Dep. Francisco Silva, e o 7. PL 4.917/01, do Dep. Givaldo Garimbão, que procuram tipificar o aborto, como crime hediondo. O projeto assegura ao médico a possibilidade de se escusar do abortamento por razões de consciência de acordo com o Código de Ética Médica.

8. PL 7.235/02, do Dep. Severino Cavalcanti, que revoga o art. 128 do Decreto-Lei n.º 2848, de 07 de dezembro de 1940, Código Penal.

9. PL 1.459/03, do Dep. Severino Cavalcanti, que acrescenta um parágrafo ao artigo 126 do Código Penal.

10. PL 3.744/04, do Dep. Coronel Alves, que dá nova redação ao art. 128 do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, Código Penal, incluindo a possibilidade de se recorrer ao aborto no caso de gravidez resultante de estupro ou atentado violento ao pudor.

11. PL 4.304/04, do Dep. Eduardo Valverde, que despenaliza a interrupção de gravidez, em condições específicas:

· Quando há risco de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;

· No caso de nascituro virá a sofrer de forma incurável, de grave doença congênita e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez;

· A gravidez seja resultado de violência sexual, podendo ser realizada nas primeiras 16 semanas;

O projeto prevê ainda que os profissionais de saúde têm o direito de invocar objeção de consciência e se recusar a efetuar o procedimento.

12. PL 4.834/05, dos Deputados Luciana Genro e Dr. Pinotti, acresentando inciso ao artigo 128 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, autorizando a realização de aborto na situação da gravidez com feto anencéfalo.

13. PL 5.166/05, do Deputado Takayama, estabece penas para os casos antecipação terapêutica de parto de feto anencefálico ou inviável.

14. PL 5.364/05, dos Deputados Luiz Bassuma e Ângela Guadagnin, pune o aborto praticado por médico se a gravidez resulta de estupro, independente do consentimento da gestante, ou quando incapaz, de seu representante legal.


II - VOTO DA RELATORA



A América Latina e o Caribe têm se destacado por ser uma região onde existem as maiores restrições à interrupção da gravidez. As leis punitivas desses países acabam levando as mulheres à clandestinidade, a realizar abortos em condições precárias e cujas complicações e seqüelas se transformam em um grave problema de saúde pública.

O aborto é responsável por uma em cada 8 mortes maternas, e o acesso a serviços de aborto seguro poderiam evitar entre 20 e 25% do meio milhão de mortes maternas que ocorrem anualmente nos países em desenvolvimento.

A taxa de mortalidade materna teve uma redução significativa em alguns países das Américas, quando o aborto começou a ser legalizado nessa região, no inicio da década de 1970. Um ano após a sua legalização em Nova Iorque (em 1971), a taxa de mortalidade materna havia diminuído 45%. Entre 1973 (quando o aborto foi legalizado em todo os EUA) e 1990, o número de mortes decorrentes do aborto diminuiu 10 vezes.

No restante das Américas onde a legislação foi flexibilizada os dados se repetem. Em Cuba houve uma redução de 60%. Lá o Estado assumiu a responsabilidade pelos serviços. Na Guiana, primeiro país da América do Sul a legalizar o aborto, ocorreu uma redução de 65% nas complicações decorrentes do aborto, que eram a terceira causa de hospitalização no país. O relatório final da Comissão tripartite instalada para revisar a legislação punitiva sobre a interrupção voluntária da gravidez reforça este argumento ao constatar:

“É bom ressaltar que, ao contrário do que acredita o senso comum, a descriminalização do abortamento e a normatização do atendimento não acarretam, a médio e longo prazo, um aumento no número desses procedimentos. Nos países em que a alteração da legislação já ocorreu, observou-se, isto sim, a redução das mortes maternas, mesmo com a manutenção das taxas médias de abortamento.

Na Suíça, por exemplo, onde o procedimento foi descriminalizado em 2001, os dados informam a ocorrência de taxas anuais de 8,4 (em 1996), 7,5 (em 2001), e 7,5 (em 2002) abortamentos por mil mulheres em idade fértil.

Se compararmos essas mesmas taxas em todo o mundo, encontraremos um grupo de países onde elas giram em torno de seis a oito (Holanda, Bélgica e Alemanha), um outro com índices entre trinta e seis e quarenta (Colômbia, Brasil e Chile) e ainda um outro com taxas que variam de sessenta e oito a oitenta e quatro (Rússia, Romênia e Vietnam). No primeiro grupo, as mulheres têm acesso ao abortamento legal, ao uso de contraceptivos e à educação sexual ampla. No segundo grupo, as mulheres só têm acesso ao uso de contraceptivos. E no terceiro grupo, elas só têm acesso ao abortamento legal.”

No Brasil a situação é outra. O país está entre os que apresentam as maiores restrições à interrupção voluntária da gravidez. Como conseqüência os dados são alarmantes. Segundo o Ministério da Saúde, em média 250 mil mulheres são internadas anualmente com complicações decorrentes de abortos clandestinos. Em 1991 o número de curetagens pós-abortamento, realizadas na rede pública de saúde, ultrapassou os 340 mil, sendo aproximadamente 20% desse total em adolescentes (10-19 anos). Somente em 1997 foram 240 mil internações de adolescentes para realização deste procedimento.

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/361368.htm

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:28
por Liquid Snake
Por que será que não fazem um referendo nesse caso do aborto?

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:35
por Aurelio Moraes
Eu sou a favor só em casos de estupro e anecefalia.
E tem que ficar provado que realmente houve estupro.
E não basta a mulher dizer que sofreu estupro e pronto, acabou. Deve-se fazer um exame médico e psicológico.

Enviado: 31 Dez 2005, 12:41
por Samael
Eu gostaria de saber qual é a relação entre esquerda e aborto, visto que a maioria dos idealizadores da causa costumam ser reacionários neo-malthusianos.

Quanto ao referendo, realmente seria interessante.

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:45
por user f.k.a. Cabeção

Eu sou a favor exatamente do contrário.

Uma lei sem abertura de precedentes, ou todo mundo pode abortar, a qualquer hora, ou ninguém pode abortar, a hora nenhuma, sob nenhuma circunstância.

Porque qualquer precedente aberto estará relativizando a vida humana, o que derruba os argumentos de um ou de outro lado, logo, deve-se decidir: vida fetal é ou não vida humana.

Se sim, nada de abortos. Se não, aborto em qualquer caso. Aberturas e precedentes estariam sujeitos a diversas manipulações e discussões infrutíferas, além de longos processos judiciais custosos.

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:51
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu sou a favor exatamente do contrário.

Uma lei sem abertura de precedentes, ou todo mundo pode abortar, a qualquer hora, ou ninguém pode abortar, a hora nenhuma, sob nenhuma circunstância.

Porque qualquer precedente aberto estará relativizando a vida humana, o que derruba os argumentos de um ou de outro lado, logo, deve-se decidir: vida fetal é ou não vida humana.

Se sim, nada de abortos. Se não, aborto em qualquer caso. Aberturas e precedentes estariam sujeitos a diversas manipulações e discussões infrutíferas, além de longos processos judiciais custosos.


Essa sua opinião também se refere à legalização do aborto para gestantes no sexto ou sétimo mês de gravidez?

Enviado: 31 Dez 2005, 12:52
por Liquid Snake
Samael escreveu:Eu gostaria de saber qual é a relação entre esquerda e aborto, visto que a maioria dos idealizadores da causa costumam ser reacionários neo-malthusianos.

Quanto ao referendo, realmente seria interessante.


Autores: Deputado Eduardo Jorge e Sandra Starling. PT/SP (PT/MG).

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:54
por Aurelio Moraes
E se deputados da direita votarem a favor, eles serão esquerdistas?

Enviado: 31 Dez 2005, 12:54
por Samael
Liquid Snake escreveu:
Samael escreveu:Eu gostaria de saber qual é a relação entre esquerda e aborto, visto que a maioria dos idealizadores da causa costumam ser reacionários neo-malthusianos.

Quanto ao referendo, realmente seria interessante.


Autores: Deputado Eduardo Jorge e Sandra Starling. PT/SP (PT/MG).


O que demonstra apenas que o aborto, atualmente, está mais longe de ser uma posição de ideologia política e mais reflete ideários morais individuais.

Além do quê, mesmo que assim refletisse, chamar o PT atual de "partido de esquerda" seria uma licença poética sem tamanho...

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 12:59
por user f.k.a. Cabeção
Samael escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu sou a favor exatamente do contrário.

Uma lei sem abertura de precedentes, ou todo mundo pode abortar, a qualquer hora, ou ninguém pode abortar, a hora nenhuma, sob nenhuma circunstância.

Porque qualquer precedente aberto estará relativizando a vida humana, o que derruba os argumentos de um ou de outro lado, logo, deve-se decidir: vida fetal é ou não vida humana.

Se sim, nada de abortos. Se não, aborto em qualquer caso. Aberturas e precedentes estariam sujeitos a diversas manipulações e discussões infrutíferas, além de longos processos judiciais custosos.


Essa sua opinião também se refere à legalização do aborto para gestantes no sexto ou sétimo mês de gravidez?



Sim. A diferença é que nenhuma gravidez indesejada chegaria num estágio tão avançado, e mesmo que chegasse, o aborto no estágio fetal seria a opção ao abandono em latas de lixo. Mesmo assim, haveria o médico que não recomendaria abortar, e vários outros fatores.

Mas a lei deve ser clara, a permissão do aborto equivale ao rebaixamento da vida fetal ou embrionária a um estágio não-humano, ou pré-humano, sob qualquer circunstância. Se um aborto de um feto oriundo de um estupro é permitido, deve ser também o daquele oriundo da relação consentida pela mãe, pois em si os dois fetos são tão "inocentes", se forem humanos, e só poderiam ser executados caso a condição de não-humanos aplicasse a ambos, e não ao oriundo de um estupro.

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:01
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu sou a favor exatamente do contrário.

Uma lei sem abertura de precedentes, ou todo mundo pode abortar, a qualquer hora, ou ninguém pode abortar, a hora nenhuma, sob nenhuma circunstância.

Porque qualquer precedente aberto estará relativizando a vida humana, o que derruba os argumentos de um ou de outro lado, logo, deve-se decidir: vida fetal é ou não vida humana.

Se sim, nada de abortos. Se não, aborto em qualquer caso. Aberturas e precedentes estariam sujeitos a diversas manipulações e discussões infrutíferas, além de longos processos judiciais custosos.


Essa sua opinião também se refere à legalização do aborto para gestantes no sexto ou sétimo mês de gravidez?



Sim. A diferença é que nenhuma gravidez indesejada chegaria num estágio tão avançado, e mesmo que chegasse, o aborto no estágio fetal seria a opção ao abandono em latas de lixo. Mesmo assim, haveria o médico que não recomendaria abortar, e vários outros fatores.

Mas a lei deve ser clara, a permissão do aborto equivale ao rebaixamento da vida fetal ou embrionária a um estágio não-humano, ou pré-humano, sob qualquer circunstância. Se um aborto de um feto oriundo de um estupro é permitido, deve ser também o daquele oriundo da relação consentida pela mãe, pois em si os dois fetos são tão "inocentes", se forem humanos, e só poderiam ser executados caso a condição de não-humanos aplicasse a ambos, e não ao oriundo de um estupro.


Quanto à questão do estupro eu concordo, pois não há como se relativizar. Mas quanto à questão do tempo de gravidez eu discordo totalmente, visto que você já sabe bem onde eu considero começar o que eu possa chamar de "vida humana"...

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:07
por user f.k.a. Cabeção
Qualquer critério para o começo da "vida humana" seria arbitrário ou dependente de cada caso, e não está claro porque um outro critério qualquer seria melhor do que o mais óbvio de todos, que é o momento do parto. Até porque os tempos de desenvolvimento de cada feto seriam diferentes, não existe uma clara definição de consciência, ou de qualquer outro critéro "exclusivamente humano" que venha a determinar o tempo exato da transição entre vida celular, embrionária e vida humana, logo, sujeitar a lei a esse tipo de arbitrariedade é sim relativizar e abrir precedentes para processos custosos e protestos de ambos os lados, não resolvendo absolutamente nada.

Enviado: 31 Dez 2005, 13:09
por Fabricio Fleck
Já houve, aqui no fórum, algum caso inverso, isto é, um ateu que se converteu à alguma religião?

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:11
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:Qualquer critério para o começo da "vida humana" seria arbitrário ou dependente de cada caso, e não está claro porque um outro critério qualquer seria melhor do que o mais óbvio de todos, que é o momento do parto. Até porque os tempos de desenvolvimento de cada feto seriam diferentes, não existe uma clara definição de consciência, ou de qualquer outro critéro "exclusivamente humano" que venha a determinar o tempo exato da transição entre vida celular, embrionária e vida humana, logo, sujeitar a lei a esse tipo de arbitrariedade é sim relativizar e abrir precedentes para processos custosos e protestos de ambos os lados, não resolvendo absolutamente nada.


Cabeça, é redundância dizer que meu critério é arbitrário. Eu mesmo já assumi isto inúmeras vezes. E o seu critério não é menos. Não vejo porquê o momento do parto seja referencial ao início da vida. Referencial senão simbólico, isso sim!

Agora, como eu já cansei de te dizer, ideologia por ideologia, fico com a minha. Neste caso, arbitrariedade por arbitrariedade, fico com a minha da mesma forma. Ou seja, a que melhor obedece aos meus critérios morais.

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:18
por Liquid Snake
user f.k.a. Cabeção escreveu:Qualquer critério para o começo da "vida humana" seria arbitrário ou dependente de cada caso, e não está claro porque um outro critério qualquer seria melhor do que o mais óbvio de todos, que é o momento do parto. Até porque os tempos de desenvolvimento de cada feto seriam diferentes, não existe uma clara definição de consciência, ou de qualquer outro critéro "exclusivamente humano" que venha a determinar o tempo exato da transição entre vida celular, embrionária e vida humana, logo, sujeitar a lei a esse tipo de arbitrariedade é sim relativizar e abrir precedentes para processos custosos e protestos de ambos os lados, não resolvendo absolutamente nada.


Alguns insistem em relativizar a Ciência... :emoticon6:

Em Ciência, sabemos que o critério para o início da vida humana É bem definido: a fecundação. O zigoto é o primeiro estágio da vida humana. Não há NENHUMA dúvida disso, em Ciência.

A discussão deve se basear na escolha entre se matar um ser humano ou não.

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:20
por user f.k.a. Cabeção

Veja que não estou propondo nada, estou apenas colocando que o estabelecimento de critérios para o aborto é abertura de precendetes e relativização da vida, quando entendemos fetos como seres humanos. Por isso defendo qualquer postura clara de negação ou de liberação. Nada de circunstancial e relativo, porque, cada caso é um caso, e a falta de clareza poderia tornar tudo muito custoso e pouco eficiente, além de gerar um debate interminável e nada producente.


Enviado: 31 Dez 2005, 13:22
por Liquid Snake
Não há possibilidade de dúvida quanto ao início da vida humana; diz especialista

Entrevista com Dra Elizabeth Kipman Cerqueira

SÃO PAULO, domingo, 27 de março de 2005 (ZENIT.org).- «Temos que ter claro que não há possibilidade de dúvida quanto ao início da vida humana. As questões como se apresentam nos meios de comunicação apenas confundem ou diminuem o impacto de se propor a interrupção ou manipulação de uma vida humana», afirma uma especialista.

Nesta entrevista concedida a Zenit, Dra Elizabeth Kipman Cerqueira --médica ginecologista; especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, interior de São Paulo--, explica o conceito de início da vida humana e discute questões referentes a pesquisas com células-tronco embrionárias.



--A Lei de Biossegurança, aprovada no Brasil dia 2 de março passado, permite a pesquisa com embriões humanos. Nesse contexto, muito se discutiu sobre o conceito de vida humana, especialmente em sua fase inicial. Muitos cientistas afirmam que o zigoto (gameta feminino depois de fecundado) não passa de um emaranhado de células. Outros dizem que o “ser humano” se constituiria apenas após o zigoto atingir 14 dias, quando se dão os primeiros sinais de aparição do sistema nervoso. Há um conceito claro e universal de início da vida humana?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Os tratados de Medicina continuam afirmando que o início da vida humana acontece no momento da união do óvulo e do espermatozóide. Mesmo grandes defensores do direito irrestrito da mulher ao aborto concordam com esta afirmativa. Por exemplo, Peter Singer, filósofo e professor, defensor do “direito ao aborto”, ao ser perguntado: “Para o senhor, quando começa a vida?”, respondeu: “Eu não tenho dúvida de que a vida começa na concepção”. (ALIÁS Estado de S.P, 23/01/2005 J3). Temos que ter claro que não há possibilidade de dúvida quanto ao início da vida humana. As questões como se apresentam nos meios de comunicação apenas confundem ou diminuem o impacto de se propor a interrupção ou manipulação de uma vida humana.



--Afirma-se que os embriões congelados há mais de três anos (os quais a nova lei brasileira permite que sejam utilizados em pesquisas) seriam inevitavelmente descartados. Isso é verdade?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Esta afirmativa vem de uma avaliação de % de possibilidades de sucesso de gestação caso estes embriões fossem implantados. Como a % de sucesso vai diminuindo com o tempo, usa-se delimitar este prazo. Entretanto, a literatura mundial tem publicado casos de crianças que nasceram perfeitas ao serem implantadas em útero, mesmo após terem sido congeladas por mais de 3 anos quando eram embriões. O problema é o próprio processo da fecundação “in vitro” e todas as suas conseqüências, inclusive a “sobra” de embriões que são congelados. É vida humana congelada que pode ou não vir a se desenvolver. Este argumento usado para liberar as experiências com os embriões é enganoso. Poderíamos comparar com uma afirmativa totalmente sem ética do tipo: “Experiências científicas levam à morte clínica pessoas adultas. Vamos usar os seus órgãos para transplante e acabar de matá-las, porque não voltarão a viver, sem nos importar com as experiências que provocaram as mortes”.



--«A extração de células-tronco embrionárias movida por interesses de pesquisa não conduz a êxitos em experimentos e causa diretamente a morte dos embriões», diz a doutora Claudia Navarini, professora da Faculdade de Bioética do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma). Por que então tanto interesse em pesquisar com embriões e não com células adultas?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Diversas situações se somam. Entre elas: a) Pessoas que acham que tudo deve ser permitido à Ciência e nada pode bloquear uma possível descoberta; o próprio ímpeto de pesquisa não poderia ser interrompido; b) Cientistas que desejam “ficar à frente” de outros países na vanguarda do progresso científico e aspiram ao recebimento de verbas para pesquisa; c) Pessoas que têm interesse econômico e social em se “desfazer” dos embriões congelados que exigem um custo para serem mantidos (sem ou com possível lucro de venda); d) Pessoas que se convenceram que estas células podem trazer a cura para doenças terríveis e incuráveis o que, para eles, por compaixão, diminuiria a gravidade de se usar a vida humana; e) Pessoas que lutam por prestígio político e usam situações para chamar a atenção da população; f) Pessoas que usam questões como estas em que o aborto e a eliminação de vida humana são camufladas, para conquistar progressivamente mais espaço até chegar ao aborto permitido sem nenhuma condição, em qualquer tempo de gestação; g) Pessoas que desejam mudar os valores básicos de nossa sociedade e que manipulam todos os outros.



--A senhora vê uma confusão entre os resultados positivos da pesquisa com células-tronco adultas e a euforia dos entusiastas pela pesquisa com embriões?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Muitos dos cientistas que têm resultado positivo com uso de células-tronco adultas não consideram adequada a pesquisa com células de embriões. A euforia foi mais de leigos. Porém, os próprios defensores desta prática, junto com a euforia da vitória conquistada, se apressaram a divulgar que não se pode prever exatamente onde se vai chegar com as células embrionárias, se serão usadas e quando poderão ser usadas. Segundo tantos cientistas pesquisadores desta área, o entusiasmo gerado pelo resultado com o uso de células-tronco adultas não justifica, de forma alguma, a insistência na necessidade de uso de células de embriões que não apresentaram nenhum resultado positivo. Ao contrário, deram sinais de perigo em seu uso, como o risco de gerar tumores, pelo seu crescimento desordenado. Ainda há muito que avançar (e maravilhas por alcançar!) com o uso das células-tronco adultas, o que não destrói vidas humanas e já apresentaram grandes conquistas terapêuticas!

ZP05032715

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:25
por Samael
Liquid Snake escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Qualquer critério para o começo da "vida humana" seria arbitrário ou dependente de cada caso, e não está claro porque um outro critério qualquer seria melhor do que o mais óbvio de todos, que é o momento do parto. Até porque os tempos de desenvolvimento de cada feto seriam diferentes, não existe uma clara definição de consciência, ou de qualquer outro critéro "exclusivamente humano" que venha a determinar o tempo exato da transição entre vida celular, embrionária e vida humana, logo, sujeitar a lei a esse tipo de arbitrariedade é sim relativizar e abrir precedentes para processos custosos e protestos de ambos os lados, não resolvendo absolutamente nada.


Alguns insistem em relativizar a Ciência... :emoticon6:

Em Ciência, sabemos que o critério para o início da vida humana É bem definido: a fecundação. O zigoto é o primeiro estágio da vida humana. Não há NENHUMA dúvida disso, em Ciência.

A discussão deve se basear na escolha entre se matar um ser humano ou não.


Dogma? Qual é o critério para se estabelecer o que é ou o que vem a ser "vida humana"? Para mim, consciência ativa. Se, para você é a unção do que, futuramente, pode vir a ser um indivíduo, seu critério é tão arbitrário quanto qualquer outro.

Enviado: 31 Dez 2005, 13:27
por Samael
Liquid Snake escreveu:Não há possibilidade de dúvida quanto ao início da vida humana; diz especialista

Entrevista com Dra Elizabeth Kipman Cerqueira

SÃO PAULO, domingo, 27 de março de 2005 (ZENIT.org).- «Temos que ter claro que não há possibilidade de dúvida quanto ao início da vida humana. As questões como se apresentam nos meios de comunicação apenas confundem ou diminuem o impacto de se propor a interrupção ou manipulação de uma vida humana», afirma uma especialista.

Nesta entrevista concedida a Zenit, Dra Elizabeth Kipman Cerqueira --médica ginecologista; especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, interior de São Paulo--, explica o conceito de início da vida humana e discute questões referentes a pesquisas com células-tronco embrionárias.



--A Lei de Biossegurança, aprovada no Brasil dia 2 de março passado, permite a pesquisa com embriões humanos. Nesse contexto, muito se discutiu sobre o conceito de vida humana, especialmente em sua fase inicial. Muitos cientistas afirmam que o zigoto (gameta feminino depois de fecundado) não passa de um emaranhado de células. Outros dizem que o “ser humano” se constituiria apenas após o zigoto atingir 14 dias, quando se dão os primeiros sinais de aparição do sistema nervoso. Há um conceito claro e universal de início da vida humana?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Os tratados de Medicina continuam afirmando que o início da vida humana acontece no momento da união do óvulo e do espermatozóide. Mesmo grandes defensores do direito irrestrito da mulher ao aborto concordam com esta afirmativa. Por exemplo, Peter Singer, filósofo e professor, defensor do “direito ao aborto”, ao ser perguntado: “Para o senhor, quando começa a vida?”, respondeu: “Eu não tenho dúvida de que a vida começa na concepção”. (ALIÁS Estado de S.P, 23/01/2005 J3). Temos que ter claro que não há possibilidade de dúvida quanto ao início da vida humana. As questões como se apresentam nos meios de comunicação apenas confundem ou diminuem o impacto de se propor a interrupção ou manipulação de uma vida humana.



--Afirma-se que os embriões congelados há mais de três anos (os quais a nova lei brasileira permite que sejam utilizados em pesquisas) seriam inevitavelmente descartados. Isso é verdade?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Esta afirmativa vem de uma avaliação de % de possibilidades de sucesso de gestação caso estes embriões fossem implantados. Como a % de sucesso vai diminuindo com o tempo, usa-se delimitar este prazo. Entretanto, a literatura mundial tem publicado casos de crianças que nasceram perfeitas ao serem implantadas em útero, mesmo após terem sido congeladas por mais de 3 anos quando eram embriões. O problema é o próprio processo da fecundação “in vitro” e todas as suas conseqüências, inclusive a “sobra” de embriões que são congelados. É vida humana congelada que pode ou não vir a se desenvolver. Este argumento usado para liberar as experiências com os embriões é enganoso. Poderíamos comparar com uma afirmativa totalmente sem ética do tipo: “Experiências científicas levam à morte clínica pessoas adultas. Vamos usar os seus órgãos para transplante e acabar de matá-las, porque não voltarão a viver, sem nos importar com as experiências que provocaram as mortes”.



--«A extração de células-tronco embrionárias movida por interesses de pesquisa não conduz a êxitos em experimentos e causa diretamente a morte dos embriões», diz a doutora Claudia Navarini, professora da Faculdade de Bioética do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma). Por que então tanto interesse em pesquisar com embriões e não com células adultas?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Diversas situações se somam. Entre elas: a) Pessoas que acham que tudo deve ser permitido à Ciência e nada pode bloquear uma possível descoberta; o próprio ímpeto de pesquisa não poderia ser interrompido; b) Cientistas que desejam “ficar à frente” de outros países na vanguarda do progresso científico e aspiram ao recebimento de verbas para pesquisa; c) Pessoas que têm interesse econômico e social em se “desfazer” dos embriões congelados que exigem um custo para serem mantidos (sem ou com possível lucro de venda); d) Pessoas que se convenceram que estas células podem trazer a cura para doenças terríveis e incuráveis o que, para eles, por compaixão, diminuiria a gravidade de se usar a vida humana; e) Pessoas que lutam por prestígio político e usam situações para chamar a atenção da população; f) Pessoas que usam questões como estas em que o aborto e a eliminação de vida humana são camufladas, para conquistar progressivamente mais espaço até chegar ao aborto permitido sem nenhuma condição, em qualquer tempo de gestação; g) Pessoas que desejam mudar os valores básicos de nossa sociedade e que manipulam todos os outros.



--A senhora vê uma confusão entre os resultados positivos da pesquisa com células-tronco adultas e a euforia dos entusiastas pela pesquisa com embriões?



--Dra Elizabeth Kipman Cerqueira: Muitos dos cientistas que têm resultado positivo com uso de células-tronco adultas não consideram adequada a pesquisa com células de embriões. A euforia foi mais de leigos. Porém, os próprios defensores desta prática, junto com a euforia da vitória conquistada, se apressaram a divulgar que não se pode prever exatamente onde se vai chegar com as células embrionárias, se serão usadas e quando poderão ser usadas. Segundo tantos cientistas pesquisadores desta área, o entusiasmo gerado pelo resultado com o uso de células-tronco adultas não justifica, de forma alguma, a insistência na necessidade de uso de células de embriões que não apresentaram nenhum resultado positivo. Ao contrário, deram sinais de perigo em seu uso, como o risco de gerar tumores, pelo seu crescimento desordenado. Ainda há muito que avançar (e maravilhas por alcançar!) com o uso das células-tronco adultas, o que não destrói vidas humanas e já apresentaram grandes conquistas terapêuticas!

ZP05032715


Poxa, realmente muito legal ver o critério de "início da vida humana" segundo a doutora em questão. Muito interessante a ideologia dela. Mas a minha, e de muitas outras pessoas, é diferente. E tão arbitrária quanto...

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:28
por Liquid Snake
Samael escreveu:
Liquid Snake escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Qualquer critério para o começo da "vida humana" seria arbitrário ou dependente de cada caso, e não está claro porque um outro critério qualquer seria melhor do que o mais óbvio de todos, que é o momento do parto. Até porque os tempos de desenvolvimento de cada feto seriam diferentes, não existe uma clara definição de consciência, ou de qualquer outro critéro "exclusivamente humano" que venha a determinar o tempo exato da transição entre vida celular, embrionária e vida humana, logo, sujeitar a lei a esse tipo de arbitrariedade é sim relativizar e abrir precedentes para processos custosos e protestos de ambos os lados, não resolvendo absolutamente nada.


Alguns insistem em relativizar a Ciência... :emoticon6:

Em Ciência, sabemos que o critério para o início da vida humana É bem definido: a fecundação. O zigoto é o primeiro estágio da vida humana. Não há NENHUMA dúvida disso, em Ciência.

A discussão deve se basear na escolha entre se matar um ser humano ou não.


Dogma? Qual é o critério para se estabelecer o que é ou o que vem a ser "vida humana"? Para mim, consciência ativa. Se, para você é a unção do que, futuramente, pode vir a ser um indivíduo, seu critério é tão arbitrário quanto qualquer outro.


A gravidade também é arbitrária.

Enviado: 31 Dez 2005, 13:30
por Liquid Snake
Samael escreveu:
Poxa, realmente muito legal ver o critério de "início da vida humana" segundo a doutora em questão. Muito interessante a ideologia dela. Mas a minha, e de muitas outras pessoas, é diferente. E tão arbitrária quanto...


Também há pessoas que acreditam que a gravidade exista devido a distúrbios quânticos na 7ª dimensão espiritual. Em Ciência, isso é bobagem.

Ó, essa Ciência, tão arbitrária...

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:32
por user f.k.a. Cabeção

Nesse ponto, Sama, apesar de me considerar inclinado a aceitar o aborto, devo concordar que o que o Liquid Snake propõe faz muito mais sentido.

Ele estabelece um critério claro, e em princípio válido para definir a vida humana: o critério da fecundação.

É claro que esse critério tem muitas complicações, como qualquer um, como o caso dos anencéfalos (ou doenças congênitas fatais ou debilitantes) e dos estupros, mas devemos concordar que é um critério claro que não permite relativização nem aberturas de precedentes para discussões intermináveis, ou processos dispendiosos.

O seu critério é metafísico demais, a consciência pode ter várias formas de compreensão, e isso é ruim para o estabelecimento de um fator decisivo e portanto abre espaço para um bate-boca e especulação em todos os aspectos.

Resta apenas saber se é o melhor critério é o do Liquid Snake. Pessoalmente, eu não concordo.

Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:34
por o anátema
acho totalmente em vão ficar se colocando isso em termos de "vida humana", e "quando começa a vida".

A vida nunca acaba, até que morra - e isso inclui os gametas - e se tratando de gametas humanos e outros estágios de desenvolvimento humano, é vida humana.

Se podemos matar gametas, não acho que faça muito sentido proteger a vida de algo que difere de um deles apenas em algumas moléculas.

Também não vejo sentido em proteger-se tecidos vivos humanos sem vida/atividade cerebral, se o critério de morte cerebral permite que matemos esses tecidos ou órgãos. E a boa parte das pessoas também não é contrária ao aborto de anencéfalos.

Há sim o diferencial do potencial entre os estágios anteriores ao desenvolvimento de cérebro e a anencefalia ou a morte cerebral, mas o potencial de desenvolvimento também deveria salvar o óvulo, que seria obrigatóriamente fecundado, se pelo mesmo potencial teriamos que salvar o zigoto.

Re: Re.: Votação para a legalização do assassinato

Enviado: 31 Dez 2005, 13:37
por Samael
Liquid Snake escreveu:
Samael escreveu:
Liquid Snake escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Qualquer critério para o começo da "vida humana" seria arbitrário ou dependente de cada caso, e não está claro porque um outro critério qualquer seria melhor do que o mais óbvio de todos, que é o momento do parto. Até porque os tempos de desenvolvimento de cada feto seriam diferentes, não existe uma clara definição de consciência, ou de qualquer outro critéro "exclusivamente humano" que venha a determinar o tempo exato da transição entre vida celular, embrionária e vida humana, logo, sujeitar a lei a esse tipo de arbitrariedade é sim relativizar e abrir precedentes para processos custosos e protestos de ambos os lados, não resolvendo absolutamente nada.


Alguns insistem em relativizar a Ciência... :emoticon6:

Em Ciência, sabemos que o critério para o início da vida humana É bem definido: a fecundação. O zigoto é o primeiro estágio da vida humana. Não há NENHUMA dúvida disso, em Ciência.

A discussão deve se basear na escolha entre se matar um ser humano ou não.


Dogma? Qual é o critério para se estabelecer o que é ou o que vem a ser "vida humana"? Para mim, consciência ativa. Se, para você é a unção do que, futuramente, pode vir a ser um indivíduo, seu critério é tão arbitrário quanto qualquer outro.


A gravidade também é arbitrária.


Não, não é. Pois é um juízo de fato, não de valor.

Enviado: 31 Dez 2005, 13:38
por Samael
Liquid Snake escreveu:
Samael escreveu:
Poxa, realmente muito legal ver o critério de "início da vida humana" segundo a doutora em questão. Muito interessante a ideologia dela. Mas a minha, e de muitas outras pessoas, é diferente. E tão arbitrária quanto...


Também há pessoas que acreditam que a gravidade exista devido a distúrbios quânticos na 7ª dimensão espiritual. Em Ciência, isso é bobagem.

Ó, essa Ciência, tão arbitrária...


Falsa analogia refutada acima.