Ali Kamel lança livro contra o totalistarismo islâmico

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Fernando Silva
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Ali Kamel lança livro contra o totalistarismo islâmico

Mensagem por Fernando Silva »

"O Globo" 25/08/07

Contra os totalitários do Islã

Rachel Bertol

Totalitarismo é a palavra-chave para se entender a mensagem que o jornalista Ali Kamel quer transmitir em seu novo livro, “Sobre o Islã — A afinidade entre muçulmanos, judeus e cristãos e as origens do terrorismo”, recém-lançado pela Nova Fronteira. Kamel, diretorexecutivo da Central Globo de Jornalismo, autor do polêmico e bem-sucedido “Não somos racistas”, que levantou questões bem brasileiras em torno da discussão sobre raças e cotas, agora se volta para um assunto de ordem internacional: a ascensão do terrorismo islâmico e suas implicações no conflito do Iraque.

Para isso, explica o que é o Islã, mostrando sua proximidade das outras duas religiões monoteístas, o judaísmo e o cristianismo, e esclarece tópicos controversos sobre os muçulmanos, como as acusações de violência, a misoginia, o apedrejamento de mulheres. Seu objetivo é alertar que os terroristas deturpam o Islã e representam uma ameaça tão grave quanto já foi o nazismo.

Kamel é enfático e direto: — Chamar os terroristas islâmicos de fundamentalistas é um equívoco, e os enobrece. Temos de chamá-los pelo que são: totalitários. Eles têm uma idéia do mundo, acham que é a única correta e querem impor esse modo de vida a nós, judeus, muçulmanos, budistas, cristãos, infiéis, ateus, a todo mundo. E essa turma, dos ateus aos muçulmanos, tem que estar desperta para rejeitar essa mensagem, porque o grande legado da Humanidade é a liberdade, o livre-pensar.

Por causa de suas origens — seu pai e seu avô materno nasceram na Síria —, Kamel estuda há muitos anos o tema. No livro, conta como se deu a divisão entre sunitas e xiitas e na terceira parte — “O Islã não é violento” — mostra que é desonestidade intelectual qualquer tentativa de afirmar o contrário com base no Alcorão.

— Mas não douro a pílula. Admito que o Islã é muito misógino. Quanto ao apedrejamento de mulheres, é um equívoco, mundial até. Quem faz isso não é o Islã, mas os fanáticos, gente que dá suporte aos terroristas.

O jornalista conta como o extremismo religioso, a partir de movimentos como o “wahhabismo”, que surgiu no século XVIII propondo uma volta radical às origens do Islã, inspirou teóricos do terror, cuja expansão começa com a Irmandade Muçulmana, criada em 1928 com o slogan “Nós somos amantes da morte”.

Nos anos de 1950, o movimento radicaliza-se com Sayyid Qutb: “se antes a luta era para devolver ao Islã a sua forma original e reunir todos os muçulmanos num só califado, depois de Qutb a meta passou a ser a conversão de todo o mundo ao Islã, sem exceção”, escreve.

Para tanto, lançam mão de um “truque”, já que Islã significa submissão voluntária vontade de Deus. Na lógica dos terroristas, quando o mundo se livrar dos regimes “despóticos” que impedem que o Islã seja bem compreendido, todos vão aderir a seus mandamentos.

— Falta entendimento. Vejo muita gente dizer, “ah, deixa esses muçulmanos para lá, porque, se viverem em paz, se não houver invasão do Iraque, vão ficar quietos no seu canto”. Não, não vão. Quem diz isso não leu os textos dos teóricos do terrorismo islâmico.

A missão deles não é nos deixar em paz — afirma Kamel. — Eu me indago por que o mundo ocidental, como um bloco, não percebe essa ameaça e não se une para combatê-la, como na Segunda Guerra fez com o nazifascismo. A respeito do terrorismo islâmico, há um dissenso mundial.

Favorável à invasão do Iraque

Em 2003, Kamel apoiou a invasão do Iraque. Embora hoje se saiba que Saddam Hussein não manteve ligações com Bin Laden, diz ele, não havia essa certeza então. Os serviços de inteligência também não estavam seguros da inexistência das armas de destruição em massa.

Temia-se que o Iraque fosse virar uma nova base da AlQaeda, no lugar do Afeganistão: — Naquele período, as informações que se tinha poderiam justificar a invasão. Hoje, vemos que eram erradas. Mas isso não quer dizer que se estivesse mentindo.

Kamel considera que, depois da invasão, Bush cometeu muitos erros que levaram o Iraque ao caos. Agora,os EUA devem achar uma solução.

— A maneira mais óbvia é tentar obter o apoio da Europa, e aí me passa pela cabeça que a Europa não quer. Talvez interesse à União Européia que a única superpotência não seja tão super assim.

Na sua opinião, a Europa vê os terroristas como uma ameaça “mais policial do que política”.

— Olham para o terrorismo islâmico como olhavam para o Baader-Meinhof ou as Brigadas Vermelhas. Mas são coisas completamente diferentes.

As Brigadas queriam implantar um comunismo radical na Europa, mas eram pessoas racionais. Juntavam A mais B. Esses, agora, acham que falam com Deus, que têm uma mensagem divina e não se importam com o que há de mais sagrado para cada um, que é a própria vida — destaca. Globalizados, os terroristas, neste início do século, desafiam a razão.

Por mais que haja uma sensação de caos (ou de crise da racionalidade), Kamel diz que não se pode desacreditar da razão: — Isso é um erro, esta é a mensagem do livro. Sempre somos caóticos.

É a essência da Humanidade, que, só no século XX, teve duas guerras mundiais e ditadores como Pol Pot, Stalin, Hitler. À medida que o tempo passa, temos de apostar na razão. É a única coisa que nos afasta do caos. Devemos enfrentar os terroristas com o que temos de melhor, que é a razão. 

NO O GLOBO ONLINE: Leia outros trechos da entrevista http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/

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m1g
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Re.: Ali Kamel lança livro contra o totalistarismo islâmico

Mensagem por m1g »

[Freud]terrorismo islãmico não é uma questão policial ou política... é um trauma psicologico. Temos de enviar psicanalistas pró Iraque[/Freud]

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m1g
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Re: Ali Kamel lança livro contra o totalistarismo islâmico

Mensagem por m1g »

Fernando Silva escreveu: É a essência da Humanidade, que, só no século XX, teve duas guerras mundiais e ditadores como Pol Pot, Stalin, Hitler. À medida que o tempo passa, temos de apostar na razão. É a única coisa que nos afasta do caos. Devemos enfrentar os terroristas com o que temos de melhor, que é a razão. 


O sono da razão pode gerar monstros. Mas um razão fria pode gerar monstros iguais

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Lg
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Re.: Ali Kamel lança livro contra o totalistarismo islâmico

Mensagem por Lg »

WW III!

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m1g
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Re.: Ali Kamel lança livro contra o totalistarismo islâmico

Mensagem por m1g »

Eu acredito que Bush irá educar aqueles barbaros :emoticon16:

Trancado