Pois bem, eu ficava sempre acompanhando os boletins do CNG (Comando Nacional de Greve) da FASUBRA que é a associação que congrega os sindicatos de servidores técnicos-administrativos de Universidades federais para ver se tinha alguma previsão de fim da greve. Dias e dias de reuniões pedindo coisas etéreas, como piso salarial de R$ 1.400,00 quando há servidores que entraram há uma década ou duas em funções de nível fundamental como jardineiro e garçom, que já nem mais existem, e hoje ganham não menos que R$ 900 para passar seis horas (quando passam) coçando o saco. A tabela puxaria, ainda, o teto salarial para algo não muito abaixo do que muitas empresas pagam a gerentes bem qualificados.
E enquanto a greve comia solta, rolavam uma atividadezinhas "inclusivas" como palestras sobre o controle ao uso de alcool, ou algo não sei o quê sobre a importância fundamental de se manter as fundações para-estatais tanto mais sob a tutela do Estado. Isso para não falar no maciço apoio ao veto à Emenda 3 e um tal de "plebiscito de re-estatização da Vale"...

Agora, 96 dias depois, o CNG propõe a aceitação de uma proposta intermediária do governo, com volta ao trabalho para depois do feriado... O mais engraçado é que neste informe, eles fazem uma volta imensa (para não confessar que arregaram) e põem a culpa de não terem levado um aumento maior nos Estados Unidos (!!!)
Isso é Brasil. E com o nosso dinheiro...