http://poesias-macabras.blogspot.com/
Leiam e tirem suas conclusões...

Mas a intenção do tópico e fazer um "trade" de informações no que diz respeito a poesias e etc.
Não sou muito adepto, mas gostaria de fazer algumas indicações.
Vale a pena ver a primeira, (todas)
http://opticnerve.co.uk/ArrowsofDesire.htm
The Charge of the Light Brigade
Alfred, Lord Tennyson
1.
Half a league, half a league,
Half a league onward,
All in the valley of Death
Rode the six hundred.
"Forward, the Light Brigade!
"Charge for the guns!" he said:
Into the valley of Death
Rode the six hundred.
2.
"Forward, the Light Brigade!"
Was there a man dismay'd?
Not tho' the soldier knew
Someone had blunder'd:
Their's not to make reply,
Their's not to reason why,
Their's but to do and die:
Into the valley of Death
Rode the six hundred.
3.
Cannon to right of them,
Cannon to left of them,
Cannon in front of them
Volley'd and thunder'd;
Storm'd at with shot and shell,
Boldly they rode and well,
Into the jaws of Death,
Into the mouth of Hell
Rode the six hundred.
4.
Flash'd all their sabres bare,
Flash'd as they turn'd in air,
Sabring the gunners there,
Charging an army, while
All the world wonder'd:
Plunged in the battery-smoke
Right thro' the line they broke;
Cossack and Russian
Reel'd from the sabre stroke
Shatter'd and sunder'd.
Then they rode back, but not
Not the six hundred.
5.
Cannon to right of them,
Cannon to left of them,
Cannon behind them
Volley'd and thunder'd;
Storm'd at with shot and shell,
While horse and hero fell,
They that had fought so well
Came thro' the jaws of Death
Back from the mouth of Hell,
All that was left of them,
Left of six hundred.
6.
When can their glory fade?
O the wild charge they made!
All the world wondered.
Honor the charge they made,
Honor the Light Brigade,
Noble six hundred.
Essa daqui é apenas uma parte, e as duas no vídeo completo do "Arrows of desire" existe o vídeo... que aliás são ótimos, embora eu goste mais de Wilde, a melhor representação foi a do Teenyson.
Balada do Cárcere de Reading
Tradução de Paulo Vizioli
I
O casaco escarlate não usou, pois tinha
De sangue e vinho o jeito;
E sangue e vinho em suas mãos havia quando
Prisioneiro foi feito,
Deitado junto à mulher morta que ele amava
E matara em seu leito.
Ao caminhar em meio aos Julgadores, roupa
Cinza e gasta vestia;
Tinha um boné de críquete, e seu passo lépido
E alegre parecia;
Mas nunca em minha vida vi alguém olhar
Tão angustiado o dia.
Eu nunca vi alguém na vida que tivesse
Tanta Angústia no olhar,
Ao contemplar a tenda azul que os prisioneiros
De céu usam chamar,
E as nuvens à deriva, que iam com as velas
Cor de prata pelo ar.
Num pavilhão ao lado, andei com outras almas
Também a padecer,
Imaginando se seu erro fora grave
Ou um erro qualquer,
Quando alguém sussurrou baixinho atrás de mim:
- O homem tem que pender.?
Cristo! As próprias paredes da prisão eu vi
Girando a meu redor
E o céu sobre a cabeça transformou-se em elmo
De um aço abrasador;
E, embora eu fosse alma a sofrer, já nem sequer
Sentia a minha dor.
Sabia qual o pensamento perseguido
Que lhe estugava o andar,
E por que demonstrava, ao ver radiante o dia,
Tanta angústia no olhar;
O homem matara a coisa amada, e ora devia
Com a morte pagar.
Apesar disso - escutem bem - todos os homens
Matam a coisa amada;
Com galanteio alguns o fazem, enquanto outros
Com face amargurada;
Os covardes o fazem com um beijo,
Os bravos, com a espada!
Um assassina o seu amor na juventude,
Outro, quando ancião;
Com as mãos da Luxúria este estrangula, aquele
Empresta do Ouro a mão;
Os mais gentis usam a faca, porque frios
Os mortos logo estão.
Este ama pouco tempo, aquele ama demais;
Há comprar, e há vender;
Uns fazem o ato em pranto, enquanto que um suspiro
Outros não dão sequer.
Todo homem mata a coisa amada! - Nem por isso
Todo homem vai morrer.
Não vai morrer um dia a morte de vergonha
Num escuro traspasso;
Nem há de Ter um pano a lhe cobrir o rosto,
E no pescoço um laço;
Nem através do chão vai atirar os pés
Para o vazio do espaço.
Não vai sentar-se, noite e dia no silêncio,
Com uma guarda tesa
Que há de vigiá-lo quando tenta o pranto
E quando tenta a reza;
Sempre a vigiá-lo, para que não roube
Da prisão sua presa.
Não vai na aurora despertar com vultos hórridos
Cruzando o seu umbral:
O tiritante Capelão todo de branco,
O Xerife espectral,
E o Diretor, de negro luzidio, e a cara
Do Juízo Final.
Nem vai vestir, com pressa comovente, as roupas
De almas condenadas,
Enquanto um médico boçal exulta, e anota
Suas torções crispadas,
Manuseando o relógio com um tique-taque
De horríveis marteladas.
Nem, a arear-lhe a garganta, vai sentir aflito
A sede que antecede
O carrasco, enluvado como um jardineiro,
Que vem junto à parede
E ata-o com três correias, para que a garganta
Não sinta mais a sede.
Nem curvará a cabeça para ouvir o Ofício
Fúnebre ser lido;
Nem, enquanto o terror lhe diz dentro do peito
Não ter ele morrido,
Com seu caixão há de cruzar, ao se mover
Para o estrado temido.
Nem através de um teto vítreo vai fitar
O espaço azul... lá atrás;
Nem com lábios de argila um dia vai rezar
Para implorar a paz;
Nem, por fim, vai sentir em sua face trêmula
O beijo de Caifás.
Oscar Wilde