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Crianças brasileiras aprendem versão socialista da história
Enviado: 18 Set 2007, 11:29
por Fernando Silva
"O Globo" 18/09/07
O que ensinam às nossas crianças
ALI KAMEL
Não vou importunar o leitor com teorias sobre Gramsci, hegemonia, nada disso. Ao fim da leitura, tenho certeza de que todos vão entender o que se está fazendo com as nossas crianças e com que objetivo. O psicanalista Francisco Daudt me fez chegar às mãos o livro didático “Nova História Crítica, 8a série” distribuído gratuitamente pelo MEC a 750 mil alunos da rede pública.
O que ele leu ali é de dar medo. Apenas uma tentativa de fazer nossas crianças acreditarem que o capitalismo é mau e que a solução de todos os problemas é o socialismo, que só fracassou até aqui por culpa de burocratas autoritários. Impossível contar tudo o que há no livro. Por isso, cito apenas alguns trechos.
Sobre o que é hoje o capitalismo:
“Terras, minas e empresas são propriedade privada. As decisões econômicas são tomadas pela burguesia, que busca o lucro pessoal. Para ampliar as vendas no mercado consumidor, há um esforço em fazer produtos modernos. Grandes diferenças sociais: a burguesia recebe muito mais do que o proletariado.
O capitalismo funciona tanto com liberdades como em regimes autoritários.”
Sobre o ideal marxista:
“Terras, minas e empresas pertencem à coletividade.
As decisões econômicas são tomadas democraticamente pelo povo trabalhador, visando o (sic) bem-estar social. Os produtores são os próprios consumidores, por isso tudo é feito com honestidade para agradar à (sic) toda a população. Não há mais ricos, e as diferenças sociais são pequenas.
Amplas liberdades democráticas para os trabalhadores.”
Sobre Mao Tse-tung:
“Foi um grande estadista e comandante militar. Escreveu livros sobre política, filosofia e economia. Praticou esportes até a velhice.
Amou inúmeras mulheres e por elas foi correspondido. Para muitos chineses, Mao é ainda um grande herói.
Mas para os chineses anticomunistas, não passou de um ditador.”
Sobre a Revolução Cultural Chinesa:
“Foi uma experiência socialista muito original. As novas propostas eram discutidas animadamente. Grandes cartazes murais, os dazibaos, abriam espaço para o povo manifestar seus pensamentos e suas críticas.
Velhos administradores foram substituídos por rapazes cheios de idéias novas. Em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes. (...) No início, o presidente Mao Tsetung foi o grande incentivador da mobilização da juventude a favor da Revolução Cultural. (...) Milhões de jovens formavam a Guarda Vermelha, militantes totalmente dedicados à luta pelas mudanças. (...) Seus militantes invadiam fábricas, prefeituras e sedes do PC para prender dirigentes ‘politicamente esclerosados’. (...)
A Guarda Vermelha obrigou os burocratas a desfilar pelas ruas das cidades com cartazes pregados nas costas com dizeres do tipo: ‘Fui um burocrata mais preocupado com o meu cargo do que com o bem-estar do povo.’ As pessoas riam, jogavam objetos e até cuspiam. A Revolução Cultural entusiasmava e assustava ao mesmo tempo.”
Sobre a Revolução Cubana e o paredão:
“A reforma agrária, o confisco dos bens de empresas norte-americanas e o fuzilamento de torturadores do exército de Fulgêncio Batista tiveram inegável apoio popular.”
Sobre as primeiras medidas de Fidel:
“O governo decretou que os aluguéis deveriam ser reduzidos em 50%, os livros escolares e os remédios, em 25%.”
Essas medidas eram justificadas assim:
“Ninguém possui o direito de enriquecer com as necessidades vitais do povo de ter moradia, educação e saúde.”
Sobre o futuro de Cuba, após as dificuldades enfrentadas, segundo o livro, pela oposição implacável dos EUA e o fim da ajuda da URSS:
“Uma parte significativa da população cubana guarda a esperança de que se Fidel Castro sair do governo e o país voltar a ser capitalista, haverá muitos investimentos dos EUA. (...) Mas existe (sic) também as possibilidades de Cuba voltar a ter favelas e crianças abandonadas, como no tempo de Fulgêncio Batista. Quem pode saber?”
Sobre os motivos da derrocada da URSS:
“É claro que a população soviética não estava passando fome. O desenvolvimento econômico e a boa distribuição de renda garantiam o lar e o jantar para cada cidadão. Não existia inflação nem desemprego. Todo ensino era gratuito e muitos filhos de operários e camponeses conseguiam cursar as melhores faculdades. (...) Medicina gratuita, aluguel que custava o preço de três maços de cigarro, grandes cidades sem crianças abandonadas nem favelas...
Para nós, do Terceiro Mundo, quase um sonho, não é verdade? Acontecia que o povo da segunda potência mundial não queria só melhores bens de consumo. Principalmente a intelligentsia (os profissionais com curso superior) tinham (sic) inveja da classe média dos países desenvolvidos (...) Queriam ter dois ou três carros importados na garagem de um casarão, freqüentar bons restaurantes, comprar aparelhagens eletrônicas sofisticadas, roupas de marcas famosas, jóias. (...)
Karl Marx não pensava que o socialismo pudesse se desenvolver num único país, menos ainda numa nação atrasada e pobre como a Rússia tzarista. (...) Fica então uma velha pergunta: e se a revolução tivesse estourado num país desenvolvido como os EUA e a Alemanha? Teria fracassado também?”
Esses são apenas alguns poucos exemplos. Há muito mais. De que forma nossas crianças poderão saber que Mao foi um assassino frio de multidões? Que a Revolução Cultural foi uma das maiores insanidades que o mundo presenciou, levando à morte de milhões? Que Cuba é responsável pelos seus fracassos e que o paredão levou à morte, em julgamentos sumários, não torturadores, mas milhares de oponentes do novo regime?
E que a URSS não desabou por sentimentos de inveja, mas porque o socialismo real, uma ditadura que esmaga o indivíduo, provou-se não um sonho, mas apenas um pesadelo? Nossas crianças estão sendo enganadas, a cabeça delas vem sendo trabalhada, e o efeito disso será sentido em poucos anos. É isso o que deseja o MEC? Se não for, algo precisa ser feito, pelo ministério, pelo congresso, por alguém.
ALI KAMEL é jornalista.
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 11:34
por Fernando Silva
Não é à toa que a Denise Abreu, além de negar que fumava charuto (depois de sair nas primeiras páginas fumando), tenha afirmado que Churchill também fumava e vinha de uma família pobre, mas chegou lá pelo seu próprio esforço (Churchill era de família rica e filho de um lorde).
O que é a doutrinação...
Talvez ela até acreditasse no que disse.
Estamos formando uma nova geração de desmiolados.
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 11:35
por Fernando Silva
"O Globo" 18/09/07
Chávez agora cerca as escolas
Janaína Figueiredo
Em plena campanha para aprovar a reforma constitucional, que consolidará sua revolução bolivariana, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou ontem fechar, intervir ou nacionalizar colégios privados que se recusem a adotar o novo currículo escolar que está sendo elaborado por seu governo e deve ser anunciado até o fim deste ano.
O conteúdo do novo currículo é um dos segredos mais bem guardados pelo Palácio de Miraflores. Em entrevista ao jornal “El Nacional”, o ministro do Poder Popular para a Educação, Adán Chávez, irmão do presidente, se recusou dar informações sobre a equipe que está redigindo os novos textos escolares do país.
Ontem, ao inaugurar o novo ano letivo numa escola localizada no estado de Anzoátegui, o presidente aproveitou para mandar um recado aos donos de colégios privados do país, onde estudam 25% dos alunos venezuelanos: — A Constituição vermelha vermelhinha reconhece os colégios privados, mas eles devem respeitá-la e aderir ao sistema educacional bolivariano — disse Chávez.
Ele acrescentou que as escolas que resistirem serão fechadas: — Se intervém, se nacionaliza, se assume a responsabilidade dessas crianças — afirmou.
Especula-se em Caracas que o presidente pretende, por exemplo, alterar o texto que se refere ao golpe de Estado de fevereiro de 1992, liderado por ele. Chávez, porém, negou que o novo currículo esteja sendo redigido por especialistas cubanos “nos sótãos de Miraflores”, como afirmaram setores da oposição.
— (Os textos antigos) ensinavam às crianças a admirarem os conquistadores, Colombo e até mesmo o SuperHomem, Clark Kent. Também o Tarzan, o rei dos macacos, e nós éramos os macacos. No novo (currículo), a Pátria será em essência indígena, afro-americana, mestiça e pluricultural — disse o presidente.
‘Chávez quer asfixiar as escolas’
Os colégios privados, mergulhados numa grave crise econômica desencadeada pela decisão do governo de congelar, por decreto, as mensalidades (num país com uma das taxas de inflação mais altas do mundo), consideraram gravíssima a ameaça do presidente.
Segundo representantes do setor ouvidos pelo GLOBO, “os colégios privados continuarão defendendo a liberdade de oferecer uma proposta educacional diferente da que pretende impor o governo”.
— O governo quer nos obrigar a incorporar um currículo que ainda não conhecemos — disse o presidente da Câmara Venezuelana de Educação Privada, Octavio De Lamo, por telefone, de Caracas. — O governo pode ter sua proposta, dentro de um leque de alternativas que pode incluir, também, a nossa proposta. Chávez quer asfixiar as escolas privadas. Se o governo faz tanta questão de defender as escolas públicas, por que os filhos de altos funcionários, entre eles o vicepresidente (Jorge Rodríguez), estão em escolas privadas?”.
Hoje, disse De Lamo, as escolas públicas e privadas utilizam o mesmo currículo básico de ensino. Já as chamadas escolas bolivarianas têm um sistema diferente, com horários mais prolongados e alimentação completa para os alunos. As escolas públicas têm um nível muito inferior ao das privadas, acrescentou.
— Este ano, como todos os anos, 90% dos estudantes que foram aprovados na Prova de Aptidão Acadêmica (o vestibular venezuelano) vinham de colégios privados — disse o representante da rede privada.
Segundo o ministro do Poder Popular para a Educação, o novo currículo prevê a reestruturação de conteúdos e novas metodologias de ensino.
— Todas as escolas deverão se subordinar à Constituição e ao sistema educacional bolivariano. A tese de que o Estado não deve intervir na educação é a tese do capitalismo — disse, por sua vez, Chávez.
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 11:41
por manoelmac
Tenham medo!
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 12:38
por DIG
Que horror

Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 12:55
por SickBoy
puta que pariu.
isso é pior que criacionismo
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 12:59
por SickBoy
Editoras acusam o governo de só comprar didáticos mais baratosO presidente da Editora Nova Geração, Arnaldo Saraiva, classifica o processo feito em São Paulo de "burro e antidemocrático". Ele enviou 50 mil panfletos a escolas públicas em que se lê "São Paulo, o Estado mais atrasado do Brasil". O livro de História que publica, chamado Nova História Crítica, foi o mais pedido este ano nas escolas do País para alunos de 5.ª a 8.ª série; 3,5 milhões de unidades foram compradas da editora. Em São Paulo, é o oitavo da lista, com cerca de 25 mil livros.
http://www.abrelivros.org.br/abrelivros ... sp?id=1135
e além de tudo esses livros são mais caros. imaginem os baratos?
Enviado: 18 Set 2007, 13:12
por Acauan
Esta corja não vale o sal que come.
Estão tentando reescrever a História na cara dura, imitando porcamente* 1984 de George Orwell.
*n.A. (nota do Acauan): Porcamente..., Orwell..., Orwell..., Porcamente - Esquerda, entenderam?
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 13:19
por Johnny
Eu aprendi que Tiradentes era um traidor, Lampião era um traidor, entre outras coisas...
Mas pelo menos eu sei cantar o Hino Nacional...
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 15:49
por Apo
Barbaridade. Cadê os esquerdinhas daqui? Dêem as caras...
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 16:11
por SickBoy
porque de dicotômicos isso aqui está cheio
Re: Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da
Enviado: 18 Set 2007, 16:44
por Apo
Johnny escreveu:Eu aprendi que Tiradentes era um traidor, Lampião era um traidor, entre outras coisas...
Mas pelo menos eu sei cantar o Hino Nacional...
Eu aprendi que os dois eram caras legais. E claro, eu sei cantar o Hino Nacional.
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 16:47
por Apo
[esquerdinha cego ou conivente disfarçado] Não há evidência alguma de que Chavez seja um ditador de esquerda e que queira impor o socialismo ( leia-se comunismo, ultra-nacionalismo ) naquele país. [/esquerdinha cego ou conivente disfarçado]
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 16:52
por Apo
[esquerdinhas querendo manobrar]
Por que elogiar o socialismo democrático no que ele tem de bom é danoso para as crianças brasileiras? Devemos ensiná-las a ter vidas fúteis e frequentar apenas lugares da elite? [/ esqerdinhas querendo manobrar]
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 18 Set 2007, 16:55
por Apo
E ah sim...o MEC sempre teve boas intenções. Quem acompanha o Ministério desde os anos 60 sabe disto. Só mudam as cabeças pensantes. A "Educação e a Cultura" dançam conforme os governos.
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 01:07
por Tulio
LIXO
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 01:11
por Apo
Que bom que minha filha não precisa estudar em colégios públicos. É isto que o Estado proporciona como ensino gratuito...Gratuito? Meio caro, não?
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 01:42
por Ilovefoxes
É preciso mentir para que o socialismo pareça bom.

Enviado: 19 Set 2007, 08:03
por Aranha
- Temos um problema sério aí, mas... infelizmente para alguns, não tem nada a ver com ideologia e sim com incompetência administrativa comum, vejam a verdade por trás da história:
[center]Editoras acusam o governo de só comprar didáticos mais baratos [/center]
O Estado de São Paulo - Renata Cafardo | 18.4.2005 | 16h06
Editoras acusam o governo estadual de optar por livros didáticos mais baratos e induzi-las a fabricar produtos com poucas páginas e de pior qualidade. São Paulo é o único Estado em que a compra não é gerenciada pelo Ministério da Educação (MEC). No restante do País, as escolas escolhem duas opções de livros que pretendem adotar e a primeira delas só não é adquirida pelo MEC quando há problemas nas negociações com as editoras. Aqui, a escolha é feita toda pela internet; as escolas indicam uma primeira e uma segunda opção e o Estado compra sempre a obra mais barata.
O preço dos livros é determinado pela quantidade dos cadernos tipográficos, que são blocos com um certo número de páginas. Portanto, quanto mais fino, mais barato é o livro didático. "Se você tem um ótimo livro de 200 páginas, você é obrigado a reduzir se o outro que está concorrendo com o seu tem 150 páginas", diz João Arinos, presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), que congrega cerca de 30 empresas que publicam obras didáticas. "Quem tem livro grosso não vende para São Paulo."
ESCOLHA AUTOMÁTICA
A concorrência entre os livros é feita apenas na internet. Segundo a coordenadora do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) na Secretaria de Educação de São Paulo, Aidê Magalhães Benfatti, é o computador que escolhe automaticamente o mais barato entre os dois sugeridos pelos professores. O Estado não fica sequer sabendo se o livro comprado foi a primeira ou a segunda opção do professor.
No processo do PNLD, os preços dos livros - em média R$ 4 cada um - são negociados previamente pelo próprio MEC, mesmo no caso de São Paulo. Isso porque todos os Estados usam um mesmo catálogo de livros para cada disciplina que foram avaliados por uma equipe externa de especialistas.
O PNLD foi elaborado dando importância para a escolha feita pelos profissionais que trabalham nas escolas, mas ela é sempre limitada ao catálogo. Segundo o MEC, a segunda opção existe apenas por "questão logística". A praxe é comprar e enviar às escolas em todos os municípios as obras indicadas como primeira opção. O que São Paulo faz separadamente, desde 1995 e por vontade do próprio Estado, é a organização da escolha e o envio.
"Tanto faz para o professor se mandamos o primeiro ou o segundo escolhido, os dois são bons", diz Aidê. "O Estado de São Paulo tem de usar da melhor forma possível o dinheiro público." O convênio com o MEC prevê R$ 86 milhões para o processo paulista. Segundo ela, as editoras têm "ódio mortal" do que é feito por aqui porque "não se é obrigado a comprar a primeira opção". Aidê sustenta que essa obrigatoriedade no resto do País propicia o lobby de editoras, que convencem professores a escolher em primeira opção o livro publicado por elas e não há nenhuma possibilidade de o governo não adquiri-lo. O mercado de livros didáticos é animador: as compras de livros pelo MEC atingem milhões de unidades, quantia comparada apenas a best-sellers de autores como Paulo Coelho.
TRUQUE (Eis o que aconteceu!)
O presidente da Editora Nova Geração, Arnaldo Saraiva, classifica o processo feito em São Paulo de "burro e antidemocrático". Ele enviou 50 mil panfletos a escolas públicas em que se lê "São Paulo, o Estado mais atrasado do Brasil". O livro de História que publica, chamado Nova História Crítica, foi o mais pedido este ano nas escolas do País para alunos de 5.ª a 8.ª série; 3,5 milhões de unidades foram compradas da editora. Em São Paulo, é o oitavo da lista, com cerca de 25 mil livros.
Durante o processo de seleção, ele também enviou material aos professores, aconselhando-os a indicar um livro mais grosso como segunda opção, caso quisessem realmente receber o Nova História Crítica. Seu livro tem 1.206 páginas e é o segundo mais grosso do catálogo da disciplina. "Tive de ensinar um truque", diz. De acordo com ele, há editoras elaborando coleções inteiras com livros finos, apenas para vender em São Paulo.
O presidente do sindicato dos professores do Estado (Apeoesp), Carlos Ramiro, diz que o melhor livro não é mais fino ou o mais grosso e sim aquele que o professor escolheu, porque está ligado à sua forma de ensinar. Mesmo assim, para ele, a segunda opção não necessariamente é pior que a primeira ou distante da didática do professor. "Mas a secretaria precisa avisá-lo de que não mandará sua primeira opção", diz.
O PNLD compra novos livros a cada três anos para alunos de 1.ª a 4.ª série e de 5.ª a 8.ª série. Em 2005, houve compras apenas para o segundo grupo. Nos intervalos do processo, os livros devem ser reaproveitados pelos alunos.
Ao comparar as compras em São Paulo e no Brasil, há constatações curiosas. O livro mais pedido no País na área chamada Ciência, da editora Positivo, está em último na lista dos dez mais pedidos em São Paulo. O campeão no Estado é Ciências, Novo Pensar não-Consumível, da editora FTD. Sua avaliação feita pelos especialistas contratados pelo MEC diz que "a obra apresenta algumas imprecisões de informação e inadequações (...) que podem comprometer a compreensão de um ou outro conceito".
Ao mesmo tempo, os avaliadores dizem que a metodologia do livro Novo Praticando Matemática, da Editora do Brasil, líder em São Paulo e no resto do País, "não estimula a participação do aluno na construção mais autônoma do seu conhecimento (...) Dessa maneira, fica limitada a compreensão do papel da matemática para a construção da cidadania". Os professores têm acesso às avaliações antes de escolher os livros.
FONTE:
AbreLivros
Abraços,
Enviado: 19 Set 2007, 09:33
por Aranha
MAIS...
[center]Livro reprovado pelo MEC é usado em escolas [/center]
Demétrio Weber
O Globo
19/9/2007
POLÊMICA NA EDUCAÇÃO: Volume da "Nova História Crítica" para a 8ª série tem erros e sairá do catálogo para 2008
Desde 2002, governo já gastou R$12,3 milhões com obra que chama ditador chinês Mao Tsé-Tung de estadista
Reprovado pelo Ministério da Educação (MEC) este ano, por falhas de conteúdo, o livro didático "Nova História Crítica - 8ª série", da Editora Nova Geração, continua sendo usado em salas de aula do país. Só em 2007, o ministério comprou e enviou a escolas públicas 89.217 exemplares e 1.562 manuais do professor. Antes de ser vetada para novas aquisições, a obra foi aprovada pelo menos duas vezes por especialistas de universidades públicas contratadas pelo MEC, tanto no governo Fernando Henrique quanto no governo Lula. Desde 2002, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação distribuiu 1,8 milhão de exemplares, ao custo de R$12,3 milhões.
Com a reprovação, a coleção "Nova História Crítica", formada por quatro volumes para as turmas de 5ª a 8ª série, deixará de fazer parte do Programa Nacional do Livro Didático em 2008. A coordenadora-geral de Estudos e Avaliação de Materiais da Secretaria de Educação Básica, Jane Cristina da Silva, disse que a obra foi excluída por problemas de conteúdo, mas não revelou os erros apontados pela equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Segundo ela, há três possibilidades: 1) erros conceituais ou de informação; 2) incoerência metodológica; 3) difusão de preconceitos, doutrinação ideológica, político-partidária ou propaganda.
A "Nova História Crítica" é uma das 53 coleções excluídas na última avaliação do MEC, que analisou 144 títulos. O ministério não divulga os livros reprovados, atendendo a pedido das editoras. Só as obras selecionadas entram no Guia Nacional do Livro Didático, encaminhado às escolas públicas para que os professores escolham os títulos para o ano seguinte.
- A gente não quer fazer execração pública - disse Jane Cristina.
Em 2005, livro já foi considerado maniqueísta
O MEC só rompeu o sigilo, confirmando que a obra foi reprovada, após a publicação ontem, no GLOBO, de artigo do jornalista Ali Kamel, que transcreve trechos do livro da 8ª série. Ao comentar a derrocada da União Soviética, o autor Mario Schmidt escreve na página 304 (edição de 2007): "Principalmente a intelligentsia (os profissionais com curso superior) tinham (sic) inveja da classe média dos países desenvolvidos, que podia viajar e consumir tantos produtos". Em outro trecho, o fundador da República Popular da China, Mao Tsé-tung, é apresentado como um "grande estadista e comandante militar".
O livro foi aprovado com ressalvas, entre 2000 e 2001, quando ocorreu a avaliação dos títulos para 2002. Recebeu uma estrela, numa escala de três. O parecer divulgado no guia de 2005 faz críticas ao livro da 8ª série. Segundo o guia, a obra se propõe a mostrar a história sob a "ótica dos vencidos", mas tropeça no "maniqueísmo" e na visão "simplificada dos processos e contradições sociais". "A anunciada perspectiva "crítica" associa-se mais à utilização de uma linguagem marcada pela excessiva informalidade do que pela formação de um aluno capaz de pensar e compreender o procedimento histórico", diz o guia.
FONTE:
Clipping Planejamento
Abraços,
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 12:48
por Fernando Silva
Sobre Mao Tse-tung:
“Foi um grande estadista e comandante militar. Escreveu livros sobre política, filosofia e economia. Praticou esportes até a velhice.
Amou inúmeras mulheres e por elas foi correspondido. Para muitos chineses, Mao é ainda um grande herói.
Mas para os chineses anticomunistas, não passou de um ditador.”
Mao tinha várias doenças venéreas, mas achava que poderia se curar transando com virgens. Era uma atrás da outra. Suponho que elas se orgulhassem de ter se contaminado com Grande Timoneiro.
Quanto a praticar esportes, dizia-se oficialmente que ele, já velho e gordo, atravessava rios enormes a nado.
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 12:55
por Fernando Silva
Sobre a Revolução Cultural Chinesa
Velhos administradores foram substituídos por rapazes cheios de idéias novas. Em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes. (...) No início, o presidente Mao Tsetung foi o grande incentivador da mobilização da juventude a favor da Revolução Cultural. (...) Milhões de jovens formavam a Guarda Vermelha, militantes totalmente dedicados à luta pelas mudanças. (...) Seus militantes invadiam fábricas, prefeituras e sedes do PC para prender dirigentes ‘politicamente esclerosados’. (...)
Parece que toda essa imbecilidade não deu certo.
O capitalismo disfarçado atual é resultado da tolerância que o governo pós-Mao acabou tendo que mostrar diante das iniciativas individuais do povo. Foi o único jeito de sair do buraco em que a tal Revolução Cultural tinha enfiado o país.
O povo começou a produzir e vender por baixo dos panos e o governo fingiu que não viu.
Re: Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da
Enviado: 19 Set 2007, 17:50
por Acauan
Fernando Silva escreveu:Sobre Mao Tse-tung:
Praticou esportes até a velhice.
Quanto a praticar esportes, dizia-se oficialmente que ele, já velho e gordo, atravessava rios enormes a nado.
“…Na Longa Marcha de 5000 quilómetros, Mao era transportado em liteira, sempre bem agasalhados e alimentado. Na travessia das montanhas, muitos soldados morreram na tarefa de levar Mao aos ombros, mas nenhum deles recebeu a menor atenção, o que não surpreende: neste caminho pelo interior da China, a segunda mulher de Mao deu à luz um dos seus filhos e este não hesitou um segundo em deixar ambos para trás…”
Mao: a História Desconhecida, JON HALLIDAY e JUNG CHANG
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 18:15
por Herf
Re.: Crianças brasileiras aprendem versão socialista da hist
Enviado: 19 Set 2007, 20:07
por Wallace
O Golpe está iniciado...
Ninguém vai falar nada não?
