Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

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Adrianoped
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Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

O programa Bolsa Família, que chega a quase 46 milhões de brasileiros, está longe de ser uma unanimidade. Entre as críticas que recebe, uma das mais freqüentes é a de que gera dependência e desestimula a busca por emprego. Até a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) já afirmou que o programa "vicia" e que deixa os beneficiários "acomodados".

Não é o que pensa o Banco Mundial, um dos financiadores do projeto e patrocinador de sua expansão por vários países. Diversas pesquisas indicam que o benefício não desestimula o trabalho e a ascensão social. Pelo contrário, afirma Bénédicte de la Brière, responsável pelo acompanhamento do programa na instituição.

"O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações."

Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, Bénédicte de la Brière fala sobre erros e acertos do Bolsa Família, do combate a desvios de recursos e da expansão internacional do programa, da África a Nova York.


Bénédicte de la Briere - Há alguns dias o Banco Mundial se referiu ao Bolsa Família como "uma revolução silenciosa". O programa é considerado modelo?
Terra Magazine - O Bolsa Família é herdeiro de uma longa tradição de programas de renda condicionada no Brasil, que começou com programas municipais e que foram expandidos no começo dos anos 2000, com o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação. Nesses anos de aperfeiçoamento, o Brasil acumulou uma grande experiência de gestão. Definitivamente, o programa está se tornando uma referência na América Latina e em outras regiões.


Ouve-se falar muito de desvios no Bolsa-Família, de pequenas cidades onde as pessoas beneficiadas são ligadas a políticos ou participam de esquemas de compra de votos. Até que ponto o programa chega a quem efetivamente precisa dele e de que forma essa eficácia é aferida?
É verdade que há registros freqüentes de desvios na mídia. Mas, quando você analisa os dados de pesquisas domiciliares, como a PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, você se dá conta de que o Bolsa-Família é o programa mais bem focalizados na região. Do total de recursos, 80% chegam aos 40% mais pobres, o que está na média dos programas mais eficazes, e o programa tem uma cobertura universal no nível de municípios.

Essa é a melhor maneira de verificar, as pesquisas são de alta qualidade, independentes, do IBGE, que tem cobertura nacional. Existe uma grande diferença entre a percepção de desvios, que é muito importante, e a ocorrência de desvios, que está no nível do que se espera para os programas mais eficazes.

Quero ressaltar que esses erros acontecem em todos os programas. E existe um balanço muito delicado para um gestor, entre tratar de controlar esses erros muito frontalmente, o que é muito caro, e entregar mais recursos para pessoas necessitadas, talvez com um maior grau de erro.

E como controlar os desvios?
O governo brasileiro tem tomado várias atitudes para reduzir esses desvios. Quando o programa começou, ele herdou o cadastro único que havia sido desenvolvido para o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação. Juntou os cadastros dos diferentes programas e, em 2006, fez um recadastramento geral de toda a população beneficiária, o que gerou uma grande limpeza da base de dados. Também a cada mês a base do cadastro único está sendo batida com a da RAIS, que tem informações dos trabalhadores do setor formal, além de bases de óbitos e outras. Uma série de checagens da qualidade da informação.

Por outro lado, o governo está aprimorando todo um sistema de controle, desde estruturas de controle social no nível dos municípios até as instâncias de controle federal, como as auditorias da CGU Controladoria Geral da União. Outra fonte de controle na qual o Brasil está bastante forte é o funcionamento do número de telefone 0800-707-2003 no qual as pessoas podem denunciar irregularidades. O processo de acompanhamento dessas queixas tem melhorado bastante. É um processo de aprendizagem contínua, porque você consegue controlar certo tipo de erro ou de fraude e vão aparecendo outros. Mas a gestão do programa está muito atualizada nas técnicas que utiliza para poder resolver essas questões.

Os críticos do Bolsa Família dizem que o programa cria uma geração de pessoas dependentes da ajuda do Estado. Já os entusiastas afirmam que, graças à essa ajuda do Estado, essas pessoas - ou seus filhos - conseguirão alcançar uma inserção no mercado de trabalho e se livrar da miséria. Quem tem razão neste debate?
Outra vez, é uma questão de percepção contra evidências. Você sempre vai encontrar alguém que diga "eu tenho Bolsa Família, não vou trabalhar mais", mas isso não é um fenômeno corroborado pelas estatísticas.

Todos os programas de transferência condicionada de renda recebem essa crítica de assistencialismo e geração de dependência. Nos programas que têm feito avaliações rigorosas, inclusive o Bolsa Família, esse efeito nunca é comprovado. A única diminuição de oferta de trabalho que acontece é a de trabalho infantil.

O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações. Avaliações de impacto feitas em 2005 não mostraram diferenças de comportamento dos adultos em relação a ofertas de trabalho entre os que participavam e os que não participavam do Bolsa Família.

É uma inquietude motivada, em parte, pela novidade de entregar dinheiro às famílias pobres. Mas nunca se provou, nas avaliações rigorosas que foram feitas no México, na Colômbia, na Nicarágua, no Equador... No México temos avaliações de longo prazo, porque o programa já tem dez anos de existência. O que se mostrou é que as famílias, quando têm certeza do benefício, economizam e investem até 25% em microempreendimentos, em criação de aves, em máquinas de costura etc.


Os beneficiários do programa têm de atender a determinadas condições, como colocar os filhos na escola, frequentar postos de saúde etc. A fiscalização do atendimento dessas condições é eficaz?
Um pouco como a fiscalização da focalização, ela sofreu um processo de aprimoramento muito forte. É preciso lembrar que o Bolsa Família resultou da fusão de quatro programas, e um dos grandes desafios foi harmonizar os sistemas de informação. O monitoramento das condicionalidades de educação está bastante alto. Há mais desafios para monitorar as condicionalidades de saúde, mas é muito mais complicado. Quero enfatizar que o programa aprende fazendo, que tem inovado muitíssimo desde 2003, aprimorando não só os sistemas de informações mas também a consciência dos gestores sociais e dos beneficiários.


Quantos programas são abertamente inspirados no Bolsa Família?
Em 1997, quando a idéia dos programas de transferência de renda começou a ganhar força, havia três países no mundo com essa experiência: Bangladesh, México e Brasil. Agora quase todos os países da América Latina têm um programa desses. Há muito interesse de países africanos, incluindo África do Sul, Quênia e Etiópia. Há programas na Turquia, no Camboja, no Paquistão, em vários países do sul da Ásia. E Nova York está começando um que se inspira explicitamente no programa brasileiro e no programa mexicano. Egito, Indonésia, África do Sul, Gana e outros países africanos mandaram representantes ao Brasil para conhecer o programa.


Em dez ou 15 anos teremos menos brasileiros atendidos pelo programa?
Isso depende muito de fatores que não têm nada a ver com o programa, como o crescimento econômico mundial, a situação macroeconômica.

Esses programas visam a resolver a pobreza de hoje e quebrar o círculo vicioso da pobreza através do investimento no capital humano das crianças, através da educação, da saúde. Na medida em que esses programas amadurecem, eles tomam outros desafios, entre eles a inserção econômica dos beneficiários. O termo porta de saída não é muito feliz, o mais correto é fomentar a entrada dessas pessoas para a cidadania.

Um dos ativos que as pessoas pobres têm é a sua mão de obra. Por isso há uma ênfase grande nessa segunda geração de programas em potencializar esse ativos das pessoas. Ou seja, fomentar a educação dos jovens, para que passem do nível básico, fomentar o capital humano dos adultos, através da alfabetização e da formação profissional e técnica. Uma vez consolidada a arquitetura básica dos programas eles podem buscar acelerar a inserção dessas famílias no ciclo econômica da sociedade.

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Ilovefoxes
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Ilovefoxes »

Ou então ele recebe investimentos por garantir certas ações do presidente?

Quem escreveu o texto sabe que existe um problema com funcionários públicos no Brasil?

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Fernando Silva
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Fernando Silva »

O Brasil às vezes tem boas idéias, mas elas só dão certo em outros países, onde são implementadas sem corrupção e sem desvio de verbas.

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Johnny
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Johnny »

Nem tanto. Ultima pesquisa do IBGE mostra que em dois momentos a miséria reduziu no Brasil. Uma foi na impantação do Real e a outra com o bolsa familia. Oras, se a miséria reduziu, das duas uma: Ou o programa tem potencial e está dando certo, mesmo que em parte, ou então tem um monte de miseráveis que estão nesta situação porque gostam. Agora, desemprego na europa cresce tanto quanto nos lindos e maravilhosos e exuberantes e endeusados EUA. Querer que a situação daqui vire de uma hora pra outra é querer o impossível em curto e médio prazo, a não ser que aconteça ou uma catástrofe mundial ou uma segunda revolução industrial.
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Adrianoped
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

Ilovefoxes escreveu:Ou então ele recebe investimentos por garantir certas ações do presidente?

Quem escreveu o texto sabe que existe um problema com funcionários públicos no Brasil?

O fator corrupção não anula o estado. É algo a ser evitado, um crime contra o estado.

Mas é uma falácia ad stadium (invenção minha :emoticon12: ), semelhante a falácia ad hominem, não é por que tem corrupção no governo que este não pode atuar com certa eficiência.

E as políticas sociais não são desse governo, já são anteriores.

Fernando Silva escreveu:O Brasil às vezes tem boas idéias, mas elas só dão certo em outros países, onde são implementadas sem corrupção e sem desvio de verbas.


Essa é mais uma impressão, que como diz o autor do texto, não se sustenta perante os fatos. As pesquisas empíricas como o Pnad do IBGE, como o Johnny citou, e ainda a pesquisas da FGV intitulada o Segundo Real, já traziam esses dados da eficácia do programa.

Nas críticas feitas, mostra muito bem o texto, sobram impressões e falta ceticismo.
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Pobres estrangeiros. Ouvem as coisas e as imaginam como se fosse no país deles....mal sabem eles do que se trata...
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Adrianoped
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

A reportagem indica o uso de pesquisas empíricas, que são os fatos econômicos medidos metodologicamente.
E com base nisso crítica as impressões negativas que são contrárias a esses fatos.
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Pesquisas e fatos são perfeitamente manipuláveis e interpretáveis sob várias perpectivas.
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

Sim, vamos abandonar as pesquisas realizadas pelo IBGE e pela FGV e vamos nos ater as impressões pessoais de cada um. Nada mais impessoal e imparcial. :emoticon19:

:emoticon12: :emoticon12:
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Nem vou comentar isto. Acredita no Brasil do Lula quem quer.
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Diversas pesquisas indicam que o benefício não desestimula o trabalho e a ascensão social. Pelo contrário, afirma Bénédicte de la Brière, responsável pelo acompanhamento do programa na instituição.

"O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações."


E o Banco Mundial é o que mesmo do projeto?

Este Benedictine está falando em nome de quem mesmo?
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Fernando Silva »

Johnny escreveu:Querer que a situação daqui vire de uma hora pra outra é querer o impossível em curto e médio prazo, a não ser que aconteça ou uma catástrofe mundial ou uma segunda revolução industrial.

Algumas coisas no governo Lula estão certas (ou estão certas durante o governo Lula).
Resta saber, no longo prazo, se elas vão superar as ruins ou se não há jeito.
Um exemplo: sem educação e sem infraestrutura, nada é permanente. Mais cedo ou mais tarde, essas deficiências vão cobrar a conta.
Aliás, já estão cobrando.

Imagine o futuro, quando a atual geração, ignorante, assumir o país e quando energia e transporte entrarem em colapso.

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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

De uma hora para outra são 500 anos? Vamos esperar mais 500 com a mentalidade deste povo reclamão, aproveitador, cúmplice da corrupção, ingênuo e festeiro...

BRASIL: PAÍS DO FUTURO
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

"...E existe um balanço muito delicado para um gestor, entre tratar de controlar esses erros muito frontalmente, o que é muito caro, e entregar mais recursos para pessoas necessitadas, talvez com um maior grau de erro."


Tá. Não preciso ler mais nada. AFE..
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Adrianoped
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

Apo escreveu:Nem vou comentar isto. Acredita no Brasil do Lula quem quer.

Não adianta personificar programas políticos. O que foi questionado é a credibilidade do IBGE e a FGV, duas grandes instituições de análises das contas públicas no Brasil.

É o IBGE que mede o PIB no país. E todos os países tem seus institutos de pesquisa. O mundo inteiro toma como base essas pesquisas.

Em nenhum momento foi citado a personalidade do presidente e sim um programa do governo e sua eficácia.

Apo escreveu:
Diversas pesquisas indicam que o benefício não desestimula o trabalho e a ascensão social. Pelo contrário, afirma Bénédicte de la Brière, responsável pelo acompanhamento do programa na instituição.

"O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações."


E o Banco Mundial é o que mesmo do projeto?

Este Benedictine está falando em nome de quem mesmo?


Ele é responsável pela análise dos programas sociais, e representa o Banco mundial. Deve ser da Aid - Associação Internacional de desenvolvimento. É uma instituição que assim como o FMI são compostos pelos membros da ONU.
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Querer que a situação daqui vire de uma hora pra outra é querer o impossível em curto e médio prazo, a não ser que aconteça ou uma catástrofe mundial ou uma segunda revolução industrial.

Algumas coisas no governo Lula estão certas (ou estão certas durante o governo Lula).
Resta saber, no longo prazo, se elas vão superar as ruins ou se não há jeito.
Um exemplo: sem educação e sem infraestrutura, nada é permanente. Mais cedo ou mais tarde, essas deficiências vão cobrar a conta.
Aliás, já estão cobrando.

Imagine o futuro, quando a atual geração, ignorante, assumir o país e quando energia e transporte entrarem em colapso.


Infraestrutura física é necessária, e assim como a infraestrutura humana. Eliminar a miséria é ajudar no desenvolvimento e com um custo de 0,4% do PIB, irrisório em comparação a outras despesas governamentais.

Os resultados positivos já são demonstrados pelas pesquisas, não há dúvidas quanto a isso. O estudo da FGV, O Segundo Real é bem detalhado quanto a isso.
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Johnny »

Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Querer que a situação daqui vire de uma hora pra outra é querer o impossível em curto e médio prazo, a não ser que aconteça ou uma catástrofe mundial ou uma segunda revolução industrial.

Algumas coisas no governo Lula estão certas (ou estão certas durante o governo Lula).
Resta saber, no longo prazo, se elas vão superar as ruins ou se não há jeito.
Um exemplo: sem educação e sem infraestrutura, nada é permanente. Mais cedo ou mais tarde, essas deficiências vão cobrar a conta.
Aliás, já estão cobrando.

Imagine o futuro, quando a atual geração, ignorante, assumir o país e quando energia e transporte entrarem em colapso.


Tocou no pontop. Se depender do Carequinha ou do Alcool-em-min as coisas piorarão muito afinal, esse negócio de passar aluno na marra É coisa deles e não de Lula que eu saiba.
Mas como tudo é culpa do Lula, não tenho nada a dizer...
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Adrianoped escreveu:
Apo escreveu:Nem vou comentar isto. Acredita no Brasil do Lula quem quer.

Não adianta personificar programas políticos. O que foi questionado é a credibilidade do IBGE e a FGV, duas grandes instituições de análises das contas públicas no Brasil.

É o IBGE que mede o PIB no país. E todos os países tem seus institutos de pesquisa. O mundo inteiro toma como base essas pesquisas.

Em nenhum momento foi citado a personalidade do presidente e sim um programa do governo e sua eficácia.

Apo escreveu:
Diversas pesquisas indicam que o benefício não desestimula o trabalho e a ascensão social. Pelo contrário, afirma Bénédicte de la Brière, responsável pelo acompanhamento do programa na instituição.

"O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações."


E o Banco Mundial é o que mesmo do projeto?

Este Benedictine está falando em nome de quem mesmo?


Ele é responsável pela análise dos programas sociais, e representa o Banco mundial. Deve ser da Aid - Associação Internacional de desenvolvimento. É uma instituição que assim como o FMI são compostos pelos membros da ONU.

E você acredita na imparcialidade e na seriedade de todos eles?
Sério? Você leu o que eu citei no post?. Para mim isto e tudo o que ele diz na entrevista me mostram que o cara veste a camisa do governo.

Pesquisa é coisa manipulada, usam-se métodos e leitura de resultados para interpretar do jeito que se quiser. Fora o uso ideológico que se faz dela.
Você acha que o Banco Mundial está realmente interessado se o desdentado do interior do Brasil está feliz? Tá bom.
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Sorrelfa »

Apo escreveu:E você acredita na imparcialidade e na seriedade de todos eles?
Sério? Você leu o que eu citei no post?. Para mim isto e tudo o que ele diz na entrevista me mostram que o cara veste a camisa do governo.

Pesquisa é coisa manipulada, usam-se métodos e leitura de resultados para interpretar do jeito que se quiser. Fora o uso ideológico que se faz dela.
Você acha que o Banco Mundial está realmente interessado se o desdentado do interior do Brasil está feliz? Tá bom.


:emoticon5: :emoticon5:
Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !

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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Querer que a situação daqui vire de uma hora pra outra é querer o impossível em curto e médio prazo, a não ser que aconteça ou uma catástrofe mundial ou uma segunda revolução industrial.

Algumas coisas no governo Lula estão certas (ou estão certas durante o governo Lula).
Resta saber, no longo prazo, se elas vão superar as ruins ou se não há jeito.
Um exemplo: sem educação e sem infraestrutura, nada é permanente. Mais cedo ou mais tarde, essas deficiências vão cobrar a conta.
Aliás, já estão cobrando.

Imagine o futuro, quando a atual geração, ignorante, assumir o país e quando energia e transporte entrarem em colapso.


Tocou no pontop. Se depender do Carequinha ou do Alcool-em-min as coisas piorarão muito afinal, esse negócio de passar aluno na marra É coisa deles e não de Lula que eu saiba.
Mas como tudo é culpa do Lula, não tenho nada a dizer...


Passar aluno na marra é uma triste mentalidade que se instalou no Brasil, a mentalidade do nivelamento por baixo, do não dizer que o aluno está errado, do não desagradar os pais, não traumatizar a criança, dar chances para a pessoa de recuperar, pedagogismos e outras balelas que nos levam cada vez mais para o fundo.
Daí, depois disso, vem o Lula e além dessas bobagens dos governos anteriores, aproveita a onda do laissez faire, e brinca de colocar computadores em todas as escolas do país ( até onde não tem luz), brinca de inclusão, brinca de abrir faculdades por todo o canto, brinca de cota para universidades e segue a farra do nunca antes...ele só aprimorou.

Mas ele se orgulha da mãe "ter nascido analfabeta". So...

Cara confuso, não?
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Jolly_Roger escreveu:
Apo escreveu:E você acredita na imparcialidade e na seriedade de todos eles?
Sério? Você leu o que eu citei no post?. Para mim isto e tudo o que ele diz na entrevista me mostram que o cara veste a camisa do governo.

Pesquisa é coisa manipulada, usam-se métodos e leitura de resultados para interpretar do jeito que se quiser. Fora o uso ideológico que se faz dela.
Você acha que o Banco Mundial está realmente interessado se o desdentado do interior do Brasil está feliz? Tá bom.


:emoticon5: :emoticon5:


Que foi?
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Adrianoped
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Adrianoped »

Apo escreveu:
Adrianoped escreveu:
Apo escreveu:Nem vou comentar isto. Acredita no Brasil do Lula quem quer.

Não adianta personificar programas políticos. O que foi questionado é a credibilidade do IBGE e a FGV, duas grandes instituições de análises das contas públicas no Brasil.

É o IBGE que mede o PIB no país. E todos os países tem seus institutos de pesquisa. O mundo inteiro toma como base essas pesquisas.

Em nenhum momento foi citado a personalidade do presidente e sim um programa do governo e sua eficácia.

Apo escreveu:
Diversas pesquisas indicam que o benefício não desestimula o trabalho e a ascensão social. Pelo contrário, afirma Bénédicte de la Brière, responsável pelo acompanhamento do programa na instituição.

"O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações."


E o Banco Mundial é o que mesmo do projeto?

Este Benedictine está falando em nome de quem mesmo?


Ele é responsável pela análise dos programas sociais, e representa o Banco mundial. Deve ser da Aid - Associação Internacional de desenvolvimento. É uma instituição que assim como o FMI são compostos pelos membros da ONU.

E você acredita na imparcialidade e na seriedade de todos eles?
Sério? Você leu o que eu citei no post?. Para mim isto e tudo o que ele diz na entrevista me mostram que o cara veste a camisa do governo.

Pesquisa é coisa manipulada, usam-se métodos e leitura de resultados para interpretar do jeito que se quiser. Fora o uso ideológico que se faz dela.
Você acha que o Banco Mundial está realmente interessado se o desdentado do interior do Brasil está feliz? Tá bom.

Eu acredito na imparcialidade e na seriedade dos institutos de pesquisa. Ainda mais esses principais.

Sobre o que citou, tem dados comprovando o que foi dito.
E a pessoa que ganha o teto do “Bolsa Família” tem um benefício que é muito inferior a um salário mínimo (1/4 dele para os benefícios mais generosos).Ninguém deixa de buscar trabalho por causa dele.Não por acaso, uma pesquisa realizada pela UFMG concluiu que “a taxa de ocupação dos adultos na extrema pobreza incluídos no programa é 3,1 pontos porcentuais maior do que a dos não beneficiários na mesma situação de renda” (Roberta Caldo, Veja. “Cartas”. Edição 2024.5 de setembro de 2007).


Então para discutir política e economia é necessário entender melhor os institutos de pesquisa, pois são a base da ciência econômica.

Ficar argumentando com base em teorias conspiratórias e sem embasamento empírico é igual discutir sobre evolução com crente que nega a ciência.

O que você está questionando é a validade das pesquisas empíricas que servem de base para o mundo todo, desde a imprensa até a comunidade científica, representada pelas universidades. Além é óbvio dos próprios governos e dos diversos organismos da ONU que também produzem muitos dados.
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Sim, todos muito confiáveis. E eu acredito no Papai Noel.
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Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por Apo »

Os Institutos de Pesquisa são a base da Ciência Econômica?

Parei aqui.
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zencem
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Re: Re.: Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Mensagem por zencem »

Apo escreveu:
Jolly_Roger escreveu:
Apo escreveu:E você acredita na imparcialidade e na seriedade de todos eles?
Sério? Você leu o que eu citei no post?. Para mim isto e tudo o que ele diz na entrevista me mostram que o cara veste a camisa do governo.

Pesquisa é coisa manipulada, usam-se métodos e leitura de resultados para interpretar do jeito que se quiser. Fora o uso ideológico que se faz dela.
Você acha que o Banco Mundial está realmente interessado se o desdentado do interior do Brasil está feliz? Tá bom.


:emoticon5: :emoticon5:


Que foi?


Juro que eu pensei que eu tivesse lido assim:

Banco Mundial de Picaretagem vê Bolsa Família como modelo ideal para compra de votos.




.
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


Trancado