A mentalidade revolucionária

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RicardoVitor
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A mentalidade revolucionária

Mensagem por RicardoVitor »

A mentalidade revolucionária

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 16 de agosto de 2007

Desde que se espalhou por aí que estou escrevendo um livro chamado “A Mente Revolucionária”, tenho recebido muitos pedidos de uma explicação prévia quanto ao fenômeno designado nesse título.

A mente revolucionária é um fenômeno histórico perfeitamente identificável e contínuo, cujos desenvolvimentos ao longo de cinco séculos podem ser rastreados numa infinidade de documentos. Esse é o assunto da investigação que me ocupa desde há alguns anos. “Livro” não é talvez a expressão certa, porque tenho apresentado alguns resultados desse estudo em aulas, conferências e artigos e já nem sei se algum dia terei forças para reduzir esse material enorme a um formato impresso identificável. “A mente revolucionária” é o nome do assunto e não necessariamente de um livro, ou dois, ou três. Nunca me preocupei muito com a formatação editorial daquilo que tenho a dizer. Investigo os assuntos que me interessam e, quando chego a algumas conclusões que me parecem razoáveis, transmito-as oralmente ou por escrito conforme as oportunidades se apresentam. Transformar isso em “livros” é uma chatice que, se eu pudesse, deixaria por conta de um assistente. Como não tenho nenhum assistente, vou adiando esse trabalho enquanto posso.

A mente revolucionária não é um fenômeno essencialmente político, mas espiritual e psicológico, se bem que seu campo de expressão mais visível e seu instrumento fundamental seja a ação política.

Para facilitar as coisas, uso as expressões “mente revolucionária” e “mentalidade revolucionária” para distinguir entre o fenômeno histórico concreto, com toda a variedade das suas manifestações, e a característica essencial e permanente que permite apreender a sua unidade ao longo do tempo.

“Mentalidade revolucionária” é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao “tribunal da História”. Mas o tribunal da História é, por definição, a própria sociedade futura que esse indivíduo ou grupo diz representar no presente; e, como essa sociedade não pode testemunhar ou julgar senão através desse seu mesmo representante, é claro que este se torna assim não apenas o único juiz soberano de seus próprios atos, mas o juiz de toda a humanidade, passada, presente ou futura. Habilitado a acusar e condenar todas as leis, instituições, crenças, valores, costumes, ações e obras de todas as épocas sem poder ser por sua vez julgado por nenhuma delas, ele está tão acima da humanidade histórica que não é inexato chamá-lo de Super-Homem.

Autoglorificação do Super-Homem, a mentalidade revolucionária é totalitária e genocida em si, independentemente dos conteúdos ideológicos de que se preencha em diferentes circunstâncias e ocasiões.

Recusando-se a prestar satisfações senão a um futuro hipotético de sua própria invenção e firmemente disposto a destruir pela astúcia ou pela força todo obstáculo que se oponha à remoldagem do mundo à sua própria imagem e semelhança, o revolucionário é o inimigo máximo da espécie humana, perto do qual os tiranos e conquistadores da antigüidade impressionam pela modéstia das suas pretensões e por uma notável circunspecção no emprego dos meios.

O advento do revolucionário ao primeiro plano do cenário histórico – fenômeno que começa a perfilar-se por volta do século XV e se manifesta com toda a clareza no fim do século XVIII – inaugura a era do totalitarismo, das guerras mundiais e do genocídio permanente. Ao longo de dois séculos, os movimentos revolucionários, as guerras empreendidas por eles e o morticínio de populações civis necessário à consolidação do seu poder mataram muito mais gente do que a totalidade dos conflitos bélicos, epidemias terremotos e catástrofes naturais de qualquer espécie desde o início da história do mundo.

O movimento revolucionário é o flagelo maior que já se abateu sobre a espécie humana desde o seu advento sobre a Terra.

A expansão da violência genocida e a imposição de restrições cada vez mais sufocantes à liberdade humana acompanham pari passu a disseminação da mentalidade revolucionária entre faixas cada vez mais amplas da população, pela qual massas inteiras se imbuem do papel de juízes vingadores nomeados pelo tribunal do futuro e concedem a si próprios o direito à prática de crimes imensuravelmente maiores do que todos aqueles que a promessa revolucionária alega extirpar.

Mesmo se não levarmos em conta as matanças deliberadas e considerarmos apenas a performance revolucionária desde o ponto de vista econômico, nenhuma outra causa social ou natural criou jamais tanta miséria e provocou tantas mortes por desnutrição quanto os regimes revolucionários da Rússia, da China e de vários países africanos.

Qualquer que venha a ser o futuro da espécie humana e quaisquer que sejam as nossas concepções pessoais a respeito, a mentalidade revolucionária tem de ser extirpada radicalmente do repertório das possibilidades sociais e culturais admissíveis antes que, de tanto forçar o nascimento de um mundo supostamente melhor, ela venha a fazer dele um gigantesco aborto e do trajeto milenar da espécie humana sobre a Terra uma história sem sentido coroada por um final sangrento.

Embora as distintas ideologias revolucionárias sejam todas, em maior ou menor medida, ameaçadoras e daninhas, o mal delas não reside tanto no seu conteúdo específico ou nas estratégias de que se servem para realizá-lo, quanto no fato mesmo de serem revolucionárias no sentido aqui definido.

O socialismo e o nazismo são revolucionários não porque propõem respectivamente o predomínio de uma classe ou de uma raça, mas porque fazem dessas bandeiras os princípios de uma remodelagem radical não só da ordem política, mas de toda a vida humana. Os malefícios que prenunciam se tornam universalmente ameaçadores porque não se apresentam como respostas locais a situações momentâneas, mas como mandamentos universais imbuídos da autoridade de refazer o mundo segundo o molde de uma hipotética perfeição futura. A Ku-Klux-Klan é tão racista quanto o nazismo, mas não é revolucionária porque não tem nenhum projeto de alcance mundial. Por essa razão seria ridículo compará-la, em periculosidade, ao movimento nazista. Ela é um problema policial puro e simples.

Por isso mesmo é preciso enfatizar que o sentido aqui atribuído ao termo “revolução” é ao mesmo tempo mais amplo e mais preciso do que a palavra tem em geral na historiografia e nas ciências sociais presentemente existentes. Muitos processos sócio-políticos usualmente denominados “revoluções” não são “revolucionários” de fato, porque não participam da mentalidade revolucionária, não visam à remodelagem integral da sociedade, da cultura e da espécie humana, mas se destinam unicamente à modificação de situações locais e momentâneas, idealmente para melhor. Não é necessariamente revolucionária, por exemplo, a rebelião política destinada apenas a romper os laços entre um país e outro. Nem é revolucionária a simples derrubada de um regime tirânico com o objetivo de nivelar uma nação às liberdades já desfrutadas pelos povos em torno. Mesmo que esses empreendimentos empreguem recursos bélicos de larga escala e provoquem modificações espetaculares, não são revoluções, porque nada ambicionam senão à correção de males imediatos ou mesmo o retorno a uma situação anterior perdida.

O que caracteriza inconfundivelmente o movimento revolucionário é que sobrepõe a autoridade de um futuro hipotético ao julgamento de toda a espécie humana, presente ou passada. A revolução é, por sua própria natureza, totalitária e universalmente expansiva: não há aspecto da vida humana que ela não pretenda submeter ao seu poder, não há região do globo a que ela não pretenda estender os tentáculos da sua influência.

Se, nesse sentido, vários movimentos político-militares de vastas proporções devem ser excluídos do conceito de “revolução”, devem ser incluídos nele, em contrapartida, vários movimentos aparentemente pacíficos e de natureza puramente intelectual e cultural, cuja evolução no tempo os leve a constituir-se em poderes políticos com pretensões de impor universalmente novos padrões de pensamento e conduta por meios burocráticos, judiciais e policiais. A rebelião húngara de 1956 ou a derrubada do presidente brasileiro João Goulart, nesse sentido, não foram revoluções de maneira alguma. Nem o foi a independência americana, um caso especial que terei de explicar num outro artigo. Mas sem dúvida são movimentos revolucionários o darwinismo e o conjunto de fenômenos pseudo-religiosos conhecido como Nova Era. Todas essas distinções terão de ser explicadas depois em separado e estão sendo citadas aqui só a título de amostra.

* * *

Entre outras confusões que este estudo desfaz está aquela que reina nos conceitos de “esquerda”e “direita”. Essa confusão nasce do fato de que essa dupla de vocábulos é usada por sua vez para designar duas ordens de fenômenos totalmente distintos. De um lado, a esquerda é a revolução em geral, e a direita a contra-revolução. Não parecia haver dúvida quanto a isso no tempo em que os termos eram usados para designar as duas alas dos Estados Gerais. A evolução dos acontecimentos, porém, fez com que o próprio movimento revolucionário se apropriasse dos dois termos, passando a usá-los para designar suas subdivisões internas. Os girondinos, que estavam à esquerda do rei, tornaram-se a “direita” da revolução, na mesma medida em que, decapitado o rei, os adeptos do antigo regime foram excluídos da vida pública e já não tinham direito a uma denominação política própria. Esta retração do “direitismo” admissível, mediante a atribuição do rótulo de “direita” a uma das alas da própria esquerda, tornou-se depois um mecanismo rotineiro do processo revolucionário. Ao mesmo tempo, remanescentes contra-revolucionários genuínos foram freqüentemente obrigados a aliar-se à “direita”revolucionária e a confundir-se com ela para poder conservar alguns meios de ação no quadro criado pela vitória da revolução. Para complicar mais as coisas, uma vez excluída a contra-revolução do repertório das idéias politicamente admissíveis, o ressentimento contra-revolucionário continuou existindo como fenômeno psico-social, e muitas vezes foi usado pela esquerda revolucionária como pretexto e apelo retórico para conquistar para a sua causa faixas de população arraigadamente conservadoras e tradicionalistas, revoltadas contra a “direita” revolucionária imperante no momento. O apelo do MST à nostalgia agrária ou a retórica pseudo-tradicionalista adotada aqui e ali pelo fascismo fazem esquecer a índole estritamente revolucionária desses movimentos. O próprio Mao Dzedong foi tomado, durante algum tempo, como um reformador agrário tradicionalista. Também não é preciso dizer que, nas disputas internas do movimento revolucionário, as facções em luta com freqüência se acusam mutuamente de “direitistas” (ou “reacionárias”). À retórica nazista que professava destruir ao mesmo tempo “a reação” e “o comunismo” correspondeu, no lado comunista, o duplo e sucessivo discurso que primeiro tratou os nazistas como revolucionários primitivos e anárquicos e depois como adeptos da “reação” empenhados em “salvar o capitalismo” contra a revolução proletária.

Os termos “esquerda” e “direita” só têm sentido objetivo quando usados na sua acepção originária de revolução e contra-revolução respectivamente. Todas as outras combinações e significados são arranjos ocasionais que não têm alcance descritivo mas apenas uma utilidade oportunística como símbolos da unidade de um movimento político e signos demonizadores de seus objetos de ódio.

Nos EUA, o termo “direita” é usado ao mesmo tempo para designar os conservadores em sentido estrito, contra-revolucionários até à medula, e os globalistas republicanos, “direita” da revolução mundial. Mas a confusão existente no Brasil é muito pior, onde a direita contra-revolucionária não tem nenhuma existência política e o nome que a designa é usado, pelo partido governante, para nomear qualquer oposição que lhe venha desde dentro mesmo dos partidos de esquerda, ao passo que a oposição de esquerda o emprega para rotular o próprio partido governante.

Para mim está claro que só se pode devolver a esses termos algum valor descritivo objetivo tomando como linha de demarcação o movimento revolucionário como um todo e opondo-lhe a direita contra-revolucionária, mesmo onde esta não tenha expressão política e seja apenas um fenômeno cultural.

A essência da mentalidade contra-revolucionária ou conservadora é a aversão a qualquer projeto de transformação abrangente, a recusa obstinada de intervir na sociedade como um todo, o respeito quase religioso pelos processos sociais regionais, espontâneos e de longo prazo, a negação de toda autoridade aos porta-vozes do futuro hipotético.

Nesse sentido, o autor destas linhas é estritamente conservador. Entre outros motivos, porque acredita que só o ponto de vista conservador pode fornecer uma visão realista do processo histórico, já que se baseia na experiência do passado e não em conjeturações de futuro. Toda historiografia revolucionária é fraudulenta na base, porque interpreta e distorce o passado segundo o molde de um futuro hipotético e aliás indefinível. Não é uma coincidência que os maiores historiadores de todas as épocas tenham sido sempre conservadores.

Se, considerada em si mesma e nos valores que defende, a mentalidade contra-revolucionária deve ser chamada propriamente “conservadora”, é evidente que, do ponto de vista das suas relações com o inimigo, ela é estritamente “reacionária”. Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.

***
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Ilovefoxes
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Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Ilovefoxes »

A revolução enche o ego da pessoa. "Sou melhor", "temos melhores idéias", "somos o futuro", etc...

E uma das bases que retém o comportamento revolucionário é a esquerda, por isso tantos jovens a abraçam sem saber do que se trata.

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zencem
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por zencem »

Ilovefoxes escreveu:A revolução enche o ego da pessoa. "Sou melhor", "temos melhores idéias", "somos o futuro", etc...

E uma das bases que retém o comportamento revolucionário é a esquerda, por isso tantos jovens a abraçam sem saber do que se trata.


A mente revolucionária é falta de sabedoria, ou de relho. :emoticon147:
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Mensagem por Pug! »

Malditos revolucionários!

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Acauan
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Pug! escreveu:Malditos revolucionários!

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Delaware, Potomac or Rappahannock?
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Liberdade! Liberdade!
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Mensagem por Pug! »

Penso que Delaware!

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Pug! escreveu:Penso que Delaware!


Há controvérsias.
Nós, Índios.

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Bellé
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Bellé »

zencem escreveu:
Ilovefoxes escreveu:A revolução enche o ego da pessoa. "Sou melhor", "temos melhores idéias", "somos o futuro", etc...

E uma das bases que retém o comportamento revolucionário é a esquerda, por isso tantos jovens a abraçam sem saber do que se trata.


A mente revolucionária é falta de sabedoria, ou de relho. :emoticon147:


Interessante...

Deixar o mundo fluir em um só sentido é coisa de religião, a correção dos momentos só é possível com visões distintas sobre os mesmo...

A revoluçao é uma forma de observar e questionar o desenrolar unilateral da história, de que outra forma saberíamos o que é certo...

O doçe é doçe unicamente por conhecermos o amargo!!!

:emoticon2:
O poder é parte da fraqueza de um homem sem deus...

Bellé

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zencem
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por zencem »

Bellé escreveu:
zencem escreveu:
Ilovefoxes escreveu:A revolução enche o ego da pessoa. "Sou melhor", "temos melhores idéias", "somos o futuro", etc...

E uma das bases que retém o comportamento revolucionário é a esquerda, por isso tantos jovens a abraçam sem saber do que se trata.


A mente revolucionária é falta de sabedoria, ou de relho. :emoticon147:


Interessante...

Deixar o mundo fluir em um só sentido é coisa de religião, a correção dos momentos só é possível com visões distintas sobre os mesmo...

A revoluçao é uma forma de observar e questionar o desenrolar unilateral da história, de que outra forma saberíamos o que é certo...

O doçe é doçe unicamente por conhecermos o amargo!!!

:emoticon2:


Porque, então, os revolucionários querem acabar com a liberdade de quem não pensa como eles?

Porque o revolucionário Chê se comprazia em fuzilar no paredão os cidadãos de um país que não queriam pensar como ele, que nem éra nativo daquele país?


Editado pela última vez por zencem em 08 Out 2007, 20:30, em um total de 2 vezes.
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francioalmeida
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Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por francioalmeida »

Quem seria o revolucionário ou os revolucionários da revolução francesa?...

Os filósofos da época queriam mudar a ordem social, a revolução estorou e houve uma profunda mudança tanto política como social e religiosa e hoje vemos que herdamos ideais dos revolucionários como o laicismo. Para se chegar ao objetivos a revolução matou e foi cruel, que diga a conhecida fase do terror de Rosbepierre onde se matou nesse período 35000 pessoas na guilhotina. Porém, podemos ver que os ideais da revolução influenciaram diversos povos que conseguiram sua "liberdade".

O pensamento revolucionário seria ruim?...

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Ilovefoxes
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Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Ilovefoxes »

Depende.

O pensamento revolucionário é para derrubar o conservadorismo.
O conservadorismo se baseia em "deu certo até agora, então não existe nada melhor". O revolucionário quer dar um "gostinho" de outra coisa para ver se não daria certo e seria ainda melhor...

Só que existem maneiras melhores de se fazer as coisas, do que tentar ganhar no grito...

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zencem
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por zencem »

francioalmeida escreveu:Quem seria o revolucionário ou os revolucionários da revolução francesa?...

Os filósofos da época queriam mudar a ordem social, a revolução estorou e houve uma profunda mudança tanto política como social e religiosa e hoje vemos que herdamos ideais dos revolucionários como o laicismo. Para se chegar ao objetivos a revolução matou e foi cruel, que diga a conhecida fase do terror de Rosbepierre onde se matou nesse período 35000 pessoas na guilhotina. Porém, podemos ver que os ideais da revolução influenciaram diversos povos que conseguiram sua "liberdade".

O pensamento revolucionário seria ruim?...


O pensamento não.

Não queiras comparar a revolução Francesa com esta coisa deformada chamada comunismo.

Comunista não pensa. ...Ou melhor, pensa que é dono do mundo.




Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

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500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Ilovefoxes »

Existe uma diferença em uma revolução onde não havia antes liberdade de expressão, com o que ocorre hoje...

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zencem
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por zencem »

Ilovefoxes escreveu:Existe uma diferença em uma revolução onde não havia antes liberdade de expressão, com o que ocorre hoje...

É isso aí.
Uma coisa é a gente se revoltar contra uma opressão, outra coisa são uns malucos inventarem uma doutrina e desejarem se apoderar do poder e, depois, despóticamente, oprimir e não respeitar a liberdade que cabe a cada cidadão.


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

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Apo
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Apo »

Ilovefoxes escreveu:A revolução enche o ego da pessoa. "Sou melhor", "temos melhores idéias", "somos o futuro", etc...

E uma das bases que retém o comportamento revolucionário é a esquerda, por isso tantos jovens a abraçam sem saber do que se trata.


Nossa, e como eu disse estes dias aqui, tenho muita vergonha dos meus tempos acadêmicos...como somos ingênuos com esta febre de achar que vamos revolucionar o mundo. O que a gente não sabe nesta época ( talvez por culpa dos hormônios) é que milhões já tiveram 20 anos antes de nós, milhões já sentiram a veia revolucionária pulsando e a vida continua a mesma. Quem muda o mundo são os jovens quando ficam adultos. E a realidade mostra que mudar é uma coisa atrelada a vontades outras, que geralmente estão forçando a barra para ooooouuuutro lado. Quando a gente chega, "eles" já armaram a cama de gato prá nós faz tempo....

E acabamos esquecendo a revolução, pois a realidade, o dia a dia, o emprego, a carreira, a família versus a safadeza, nos forçam a cuidar é da nossa vida achando um jeito de viver da melhor forma possível dentro do panorama que nos apresentam goela abaixo.
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Apo
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Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Apo »

Achei o texto ótimo. Talvez abra as cabecinhas de alguns aqui.
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Bellé »

zencem escreveu:
Bellé escreveu:
zencem escreveu:
Ilovefoxes escreveu:A revolução enche o ego da pessoa. "Sou melhor", "temos melhores idéias", "somos o futuro", etc...

E uma das bases que retém o comportamento revolucionário é a esquerda, por isso tantos jovens a abraçam sem saber do que se trata.


A mente revolucionária é falta de sabedoria, ou de relho. :emoticon147:


Interessante...

Deixar o mundo fluir em um só sentido é coisa de religião, a correção dos momentos só é possível com visões distintas sobre os mesmo...

A revoluçao é uma forma de observar e questionar o desenrolar unilateral da história, de que outra forma saberíamos o que é certo...

O doçe é doçe unicamente por conhecermos o amargo!!!

:emoticon2:


Porque, então, os revolucionários querem acabar com a liberdade de quem não pensa como eles?

Porque o revolucionário Chê se comprazia em fuzilar no paredão os cidadãos de um país que não queriam pensar como ele, que nem éra nativo daquele país?




Matar o que atrapalha o meu ideal não é coisa de revolucionário, esse é o problema da falta de discernimento para com artigos em revistas e jornais. O bem estar de uma causa sempre ira de encontro ao mal estar de outra sendo revolucionários ou não...e o povo ao ouvir um colunista da veja falando em "fuzilamentos proporcionados por Che" ficam apavorados com o "monstro revolucionário"!!!

Não penso em o que eles querem e sim no que faríamos sem eles, muitos criticam os sem-terra e com razão, mas existe algo de bom no meio de tanta "revolução" e é o fato de apontar a não utilização da terra, já ouvi comentários que dizem:" Não estamos querendo tirar a sua terra, mas gostaríamos muito que a mesma fosse utilizada, não como sinônimo de "status" e sim para gerar frutos."

Tudo precisou existir e o fato de criticarmos o passado não nos livra do presente...

Não existe uma liberdade e sim conjuntos de pensamentos e ações que movem um determinado grupo em busca de alguma coisa que lhes é benéfico!!! E isso também não ocorre só entre revolucionários!!!
O poder é parte da fraqueza de um homem sem deus...

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Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Fernando Silva »

Revoluções são um recurso que só deve ser usado quando nada mais é possível.
O ideal é evolução. Mudam-se as coisas aos poucos, num processo contínuo e não numa ruptura "com tudo isto que está aí".
Em geral, revolucionários só se preocupam com a ruptura e não sabem o que fazer depois com o poder.
Sabem destruir o mundo velho mas não sabem construir o novo.
Acabam virando tiranos (uns poucos) e perseguindo seus ex-companheiros (os heréticos que se decepcionam com eles).

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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Fernando Silva »

Bellé escreveu:Não penso em o que eles querem e sim no que faríamos sem eles, muitos criticam os sem-terra e com razão, mas existe algo de bom no meio de tanta "revolução" e é o fato de apontar a não utilização da terra, já ouvi comentários que dizem:" Não estamos querendo tirar a sua terra, mas gostaríamos muito que a mesma fosse utilizada, não como sinônimo de "status" e sim para gerar frutos."

Por que eles invadem terras produtivas e evitam cuidadosamente invadir terras de corruptos como Inocêncio de Oliveira, que usa mão de obra escrava?

E será que ainda há tantas terras improdutivas a serem distribuídas? Improdutivas de verdade, e não conforme os critérios do MST, que declara improdutiva uma fazenda que perdeu a colheita devido à seca.

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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por francioalmeida »

zencem escreveu:
francioalmeida escreveu:Quem seria o revolucionário ou os revolucionários da revolução francesa?...

Os filósofos da época queriam mudar a ordem social, a revolução estorou e houve uma profunda mudança tanto política como social e religiosa e hoje vemos que herdamos ideais dos revolucionários como o laicismo. Para se chegar ao objetivos a revolução matou e foi cruel, que diga a conhecida fase do terror de Rosbepierre onde se matou nesse período 35000 pessoas na guilhotina. Porém, podemos ver que os ideais da revolução influenciaram diversos povos que conseguiram sua "liberdade".

O pensamento revolucionário seria ruim?...


O pensamento não.

Não queiras comparar a revolução Francesa com esta coisa deformada chamada comunismo.

Comunista não pensa. ...Ou melhor, pensa que é dono do mundo.






Concordamos que o pensamento revolucionário não é ruim, então estamos falando a mesma língua.

Não me interessa se Comunismo é bom ou ruím, que se dane o Comunismo!

Porém é importante refletir que uma mudança de situação nunca é uma coisa pacífica, quem está por "cima da cocada" não vai achar uma boa idéia sair dela, sendo isso justo ou não.

E como sabemos na história, quem vence uma revolução sempre conta a "estória" a seu gosto.

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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Bellé »

Fernando Silva escreveu:
Bellé escreveu:Não penso em o que eles querem e sim no que faríamos sem eles, muitos criticam os sem-terra e com razão, mas existe algo de bom no meio de tanta "revolução" e é o fato de apontar a não utilização da terra, já ouvi comentários que dizem:" Não estamos querendo tirar a sua terra, mas gostaríamos muito que a mesma fosse utilizada, não como sinônimo de "status" e sim para gerar frutos."

Por que eles invadem terras produtivas e evitam cuidadosamente invadir terras de corruptos como Inocêncio de Oliveira, que usa mão de obra escrava?

E será que ainda há tantas terras improdutivas a serem distribuídas? Improdutivas de verdade, e não conforme os critérios do MST, que declara improdutiva uma fazenda que perdeu a colheita devido à seca.


Existe muito mais coisa entre o M o S e o T do que imaginamos, não defendo os mesmo mas digo que os objetivos da revolução e justamente a revolução. Seríamos o celeiro do mundo se aproveitassemos de forma racional o nosso espaço, e acredito que existam sim, muitas áreas que precisam ser ''postas para funcionar"... e se não estou enganado é o INCRA que realiza inspeções e autoriza ou não as desapropriações.

Em tudo os lados (bem/mal) estão disputando espaço... somos capazes de diferencia-los???
O poder é parte da fraqueza de um homem sem deus...

Bellé

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Mensagem por Apo »

Revoluções podem ocorrer de formas diversas. Podem ser suaves e percebidas em detalhes que passam a permear uma sociedade gerando frutos muito mais duradouros. Pode parecer bonito, mas esta descrição serve tanto para o bem quanto para o mal.

Podem também ocorrer pela explosão de excesso de pressão em sociedades adoecidas e com forças oponentes a destruir e minar qualquer possibilidade de negociação. Aqui vale a lei do mais forte. Tanto para o bem, quanto para o mal.

Quando as instituições perdem seu poder e seu respeito por parte desta sociedade, surgem figuras e grupos que servem muito bem ao quadro instalado. Estes tanto podem jogar do lado do bem quanto do mal.

Nas revoluções insidiosas, geralmente o mal utiliza mecanismos subliminares, nem sempre percebidos como maus por todos. Alguns até os percebem como produtivos e com boas intenções.

O grande problema dos movimentos revolucionários e seus personagens ou líderes ( sempre há alguém disposto a ser liderado, pelo bem e pelo mal) é que se misturam neste caldeirão, insanidades, fantasias, delírios e frustrações.
O objetivo inicial ( minado ideologicamente ), acaba se transformando em arma caótica, cedendo lugar à obssessões de todo tipo.
Provavelmente os indivivíduos separadamente, não cogitassem em atos e idéias se jamais tivessem se irmanado ao grupo. Uma vez lá dentro, o "pertencer", " fazer parte" e passar para a história, transformam as mentes e qualquer voz de comando que mexa com estas vaidades ou ódios passam a justificar os meios.
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Apo »

Bellé escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Bellé escreveu:Não penso em o que eles querem e sim no que faríamos sem eles, muitos criticam os sem-terra e com razão, mas existe algo de bom no meio de tanta "revolução" e é o fato de apontar a não utilização da terra, já ouvi comentários que dizem:" Não estamos querendo tirar a sua terra, mas gostaríamos muito que a mesma fosse utilizada, não como sinônimo de "status" e sim para gerar frutos."

Por que eles invadem terras produtivas e evitam cuidadosamente invadir terras de corruptos como Inocêncio de Oliveira, que usa mão de obra escrava?

E será que ainda há tantas terras improdutivas a serem distribuídas? Improdutivas de verdade, e não conforme os critérios do MST, que declara improdutiva uma fazenda que perdeu a colheita devido à seca.


Existe muito mais coisa entre o M o S e o T do que imaginamos, não defendo os mesmo mas digo que os objetivos da revolução e justamente a revolução. Seríamos o celeiro do mundo se aproveitassemos de forma racional o nosso espaço, e acredito que existam sim, muitas áreas que precisam ser ''postas para funcionar"... e se não estou enganado é o INCRA que realiza inspeções e autoriza ou não as desapropriações.

Em tudo os lados (bem/mal) estão disputando espaço... somos capazes de diferencia-los???


Leia meu post, parece que houve transmissão de pensamentos...hehe

Olha, o INCRA é uma bagunça sem tamanho. Estava agora mesmo assistindo à TV Senado e o INCRA nem ao menos sabe de quem são a mior parte das terras na Amazônia. Alguns registros estão duplicados, em nome de proprietário e em nome da União ao mesmo tempo.

Esta conversa de celeiro do mundo é tão velha que já
caducou.
Seríamos é futuro do pretérito?
Nossas fronteiras estão abertas à grilagem até dos países vizinhos. Aqui dentro então, cada um faz o que quer. Monoculturas, queimadas, pecuária e todo tipo de exploração criminosa.

O movimento do MST não é mais revolucionário e não serve aos interesses da nossa nação como um todo. Serve apenas à pessoas desatendidas e abandonadas, uns pobres coitados que cedem à fúria do crime pois são ignorantes e reagem de forma irracional à qualquer voz de comando, pensando que aquilo vai mudar de alguma forma alguma coisa. São levados a pensar que só através da força e do vandalismo se consegue alguma coisa.
E realmente, num país entregue à corrupção e à baderna administrativa como o nosso, o desespero se equivale à força.
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Re: Re.: A mentalidade revolucionária

Mensagem por Bellé »

Apo escreveu:
Bellé escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Bellé escreveu:Não penso em o que eles querem e sim no que faríamos sem eles, muitos criticam os sem-terra e com razão, mas existe algo de bom no meio de tanta "revolução" e é o fato de apontar a não utilização da terra, já ouvi comentários que dizem:" Não estamos querendo tirar a sua terra, mas gostaríamos muito que a mesma fosse utilizada, não como sinônimo de "status" e sim para gerar frutos."

Por que eles invadem terras produtivas e evitam cuidadosamente invadir terras de corruptos como Inocêncio de Oliveira, que usa mão de obra escrava?

E será que ainda há tantas terras improdutivas a serem distribuídas? Improdutivas de verdade, e não conforme os critérios do MST, que declara improdutiva uma fazenda que perdeu a colheita devido à seca.


Existe muito mais coisa entre o M o S e o T do que imaginamos, não defendo os mesmo mas digo que os objetivos da revolução e justamente a revolução. Seríamos o celeiro do mundo se aproveitassemos de forma racional o nosso espaço, e acredito que existam sim, muitas áreas que precisam ser ''postas para funcionar"... e se não estou enganado é o INCRA que realiza inspeções e autoriza ou não as desapropriações.

Em tudo os lados (bem/mal) estão disputando espaço... somos capazes de diferencia-los???


Leia meu post, parece que houve transmissão de pensamentos...hehe

Olha, o INCRA é uma bagunça sem tamanho. Estava agora mesmo assistindo à TV Senado e o INCRA nem ao menos sabe de quem são a mior parte das terras na Amazônia. Alguns registros estão duplicados, em nome de proprietário e em nome da União ao mesmo tempo.

Esta conversa de celeiro do mundo é tão velha que já
caducou.
Seríamos é futuro do pretérito?
Nossas fronteiras estão abertas à grilagem até dos países vizinhos. Aqui dentro então, cada um faz o que quer. Monoculturas, queimadas, pecuária e todo tipo de exploração criminosa.

O movimento do MST não é mais revolucionário e não serve aos interesses da nossa nação como um todo. Serve apenas à pessoas desatendidas e abandonadas, uns pobres coitados que cedem à fúria do crime pois são ignorantes e reagem de forma irracional à qualquer voz de comando, pensando que aquilo vai mudar de alguma forma alguma coisa. São levados a pensar que só através da força e do vandalismo se consegue alguma coisa.
E realmente, num país entregue à corrupção e à baderna administrativa como o nosso, o desespero se equivale à força.


Tenho vinte e quatro anos mas penso como um velho, acredito em tanta coisa que muitas vezes minha vida parece uma utopia rodeada de presentes e futuros que não entendo...
O poder é parte da fraqueza de um homem sem deus...

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Mensagem por francioalmeida »

Apo escreveu:Revoluções podem ocorrer de formas diversas. Podem ser suaves e percebidas em detalhes que passam a permear uma sociedade gerando frutos muito mais duradouros. Pode parecer bonito, mas esta descrição serve tanto para o bem quanto para o mal.



Que revolução você se refere aqui? Revolução de "costumes"!?

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