Vacina experimental da malária funciona em bebês
Enviado: 18 Out 2007, 01:38
18/10/2007 - 01h05
Vacina experimental da malária funciona em bebês
Bebês africanos -- o grupo mais suscetível a morrer por malária -- talvez encontrem proteção contra o mosquito transmissor da doença através de uma vacina experimental, afirmaram alguns pesquisadores nesta quarta-feira (17).
A descoberta abre caminhos para a etapa final de testes da vacina produzida pelo laboratório GlaxoSmithKline e aumenta as chances de o mundo possuir um antídoto contra a malária nos próximos cinco anos.
A malária mata uma pessoa a cada 30 segundos, e a maioria delas é de crianças africanas. Médicos acreditam que uma vacina, dada como parte de uma rotina de imunização infantil, seja a maior esperança na luta contra a doença.
Um teste clínico realizado em Moçambique com 214 crianças de 10 a 18 semanas revelou que a vacina era segura e reduzia em 65% a ocorrência de novas infecções três meses após o tratamento. A freqüência de casos diminuiu em 35% ao longo de seis meses.
Apesar dos índices de eficácia não serem tão bons quanto os de outras vacinas infantis, especialistas acreditam que, tendo em vista a grande dimensão da doença, a nova vacina ainda pode salvar milhões de vidas.
"Esta é uma enorme descoberta", disse o pesquisador titular do estudo, Dr. Pedro Alonso, da Universidade de Barcelona.
Um milhão de mortes por ano
A malária, causada por um parasita levado por mosquito, mata mais de um milhão de pessoas a cada ano e afeta seriamente cerca de 300 milhões.
As últimas descobertas, publicadas na revista médica "The Lancet", falam de uma redução de 45% de novas infecções em 2004, quando a vacina -- também conhecida por Mosquirix ou RTS,S/AS02 -- foi dada a crianças de um a quatro anos de idade.
Na segunda metade de 2008, a Mosquirix será levada em larga escala à terceira fase de testes do programa, envolvendo 16 mil bebês e crianças de sete países africanos.
Se tudo correr como esperado, a vacina -- que é a que apresentou maior avanço em relação a outras em desenvolvimento -- será submetida à aprovação em 2011, podendo se tornar disponível já em 2012.
O laboratório promete vender a vacina a preços baixos nos países pobres, mas o valor exato será negociado com os compradores -- provavelmente grupos multilaterais que cobririam o custo em favor dos países onde a doença é endêmica.
A Glaxo gastou US$ 300 milhões desenvolvendo a vacina e ainda espera investir de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões no futuro.
O programa de testes também está sendo financiado pela instituição filantrópica PATH Malaria Vaccine Initiative, além de receber US$ 107 milhões da Fundação Bill & Melinda Gates.
A vacina -- dividida em três doses -- ataca somente um estágio do ciclo de vida do parasita da malária e seu sucesso tem supreendido os cientistas, dada a complexidade da doença.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0, ... BEBES.html
Vacina experimental da malária funciona em bebês
Bebês africanos -- o grupo mais suscetível a morrer por malária -- talvez encontrem proteção contra o mosquito transmissor da doença através de uma vacina experimental, afirmaram alguns pesquisadores nesta quarta-feira (17).
A descoberta abre caminhos para a etapa final de testes da vacina produzida pelo laboratório GlaxoSmithKline e aumenta as chances de o mundo possuir um antídoto contra a malária nos próximos cinco anos.
A malária mata uma pessoa a cada 30 segundos, e a maioria delas é de crianças africanas. Médicos acreditam que uma vacina, dada como parte de uma rotina de imunização infantil, seja a maior esperança na luta contra a doença.
Um teste clínico realizado em Moçambique com 214 crianças de 10 a 18 semanas revelou que a vacina era segura e reduzia em 65% a ocorrência de novas infecções três meses após o tratamento. A freqüência de casos diminuiu em 35% ao longo de seis meses.
Apesar dos índices de eficácia não serem tão bons quanto os de outras vacinas infantis, especialistas acreditam que, tendo em vista a grande dimensão da doença, a nova vacina ainda pode salvar milhões de vidas.
"Esta é uma enorme descoberta", disse o pesquisador titular do estudo, Dr. Pedro Alonso, da Universidade de Barcelona.
Um milhão de mortes por ano
A malária, causada por um parasita levado por mosquito, mata mais de um milhão de pessoas a cada ano e afeta seriamente cerca de 300 milhões.
As últimas descobertas, publicadas na revista médica "The Lancet", falam de uma redução de 45% de novas infecções em 2004, quando a vacina -- também conhecida por Mosquirix ou RTS,S/AS02 -- foi dada a crianças de um a quatro anos de idade.
Na segunda metade de 2008, a Mosquirix será levada em larga escala à terceira fase de testes do programa, envolvendo 16 mil bebês e crianças de sete países africanos.
Se tudo correr como esperado, a vacina -- que é a que apresentou maior avanço em relação a outras em desenvolvimento -- será submetida à aprovação em 2011, podendo se tornar disponível já em 2012.
O laboratório promete vender a vacina a preços baixos nos países pobres, mas o valor exato será negociado com os compradores -- provavelmente grupos multilaterais que cobririam o custo em favor dos países onde a doença é endêmica.
A Glaxo gastou US$ 300 milhões desenvolvendo a vacina e ainda espera investir de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões no futuro.
O programa de testes também está sendo financiado pela instituição filantrópica PATH Malaria Vaccine Initiative, além de receber US$ 107 milhões da Fundação Bill & Melinda Gates.
A vacina -- dividida em três doses -- ataca somente um estágio do ciclo de vida do parasita da malária e seu sucesso tem supreendido os cientistas, dada a complexidade da doença.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0, ... BEBES.html