Religião é Veneno

Enquanto salário médio nas empresas foi de R$ 2.621,80, no setor público a média foi de R$ 2.304,74

Lu Aiko Otta, do Estadão

BRASÍLIA - Num momento em que o governo federal é criticado por aumentar excessivamente seus gastos com pessoal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz discursos defendendo mais contratações, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo mostrando que os funcionários públicos ganham, em média, 13,8% menos do que no setor privado. Enquanto o salário médio nas empresas foi de R$ 2.621,80, no ano passado, no setor público a média foi de R$ 2.304,74.



"No limite, o setor privado paga mais que o público", disse o economista Márcio Pochmann, coordenador do estudo e presidente do Instituto. "Vamos parar com essa conversa que o setor público aloca mal o recurso, porque se alguém aloca mal talvez seja o setor privado, que está pagando mais, inclusive."



Pochmann afirmou que, no governo federal, as despesas com pessoal não estão descontroladas e seu crescimento não é forte a ponto de tornar necessário o aumento da carga tributária. Dessa forma, ele rebateu a principal crítica que se faz ao governo nessa área, segundo a qual a elevação das despesas com folha elimina a margem para reduzir a tributação. Segundo o presidente do Ipea, o que impede a redução da carga tributária é o peso de outras despesas, como o pagamento de juros.



O estudo do Ipea leva em conta os rendimentos brutos pagos no setor público nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), conforme informados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os salários foram comparados com o setor privado em cinco níveis de especialização: dirigente, profissional, técnico, administrativo e serviços.



A comparação mostra que no topo da hierarquia, a vantagem é para o setor privado. O dirigente que trabalha em empresas ganhou em média R$ 4.164,63 em 2006, contra R$ 2.966,31 no setor público. Nos escalões mais baixos, porém, a vantagem é do funcionário público. Os rendimentos de quem atua em serviços foram de R$ 2.120,13 no governo, contra R$ 1.237,36 no setor privado.

O estudo do Ipea não separa os servidores federais dos estaduais e dos municipais. Isso ajuda a puxar a média para baixo, segundo admitiu Pochmann.



Avaliando apenas a esfera federal, o quadro pode ser bem diferente. Um outro estudo, elaborado pela consultoria Patri, constatou que a média de salários no Judiciário é de R$ 11.369,00, no Legislativo é de R$ 10.363,00 e no Executivo, R$ 3.822,00. Em comparação, a média dos salários pagos nas 150 melhores empresas para trabalhar segundo o ranking da revista Exame é de R$ 2.432,00, segundo a consultoria.

FONTE: Estadão

Abraços,

Ou seja, quem trabalha muito mais, ganha menos do que quem não trabalha quase nada.

Depois estes palhaços vêm fazer chantagenzinha de aumentar outros impostos para cobrir o rombo que vai ficar se a CPMF não continuar...trabalhem mais e parem de gastar tanto.

"Outras despesas"? Sim, "estas" e "outras".

Antes de discutir se o salário é alto ou baixo, vamos discutir se o funcionário é necessário ou não e se ele cumpre com sua função.
Na iniciativa privada, funcionário ganha o que estabelece o mercado.
Além disto, pisou na bola, rua. A firma está sem dinheiro, rua.
É assim também no caso do funcionalismo público?

Fernando Silva escreveu:Antes de discutir se o salário é alto ou baixo, vamos discutir se o funcionário é necessário ou não e se ele cumpre com sua função.

- É..., já que o primeiro da fila falhou vamos inverter a ordem...

Fernando Silva escreveu:Na iniciativa privada, funcionário ganha o que estabelece o mercado.
Além disto, pisou na bola, rua. A firma está sem dinheiro, rua.
É assim também no caso do funcionalismo público?

- Não.

Abraços,

Não conhecia este paradigma.

Ao que tudo indica, isso só reforça que funcionário público é ACOMODADO.

Do contrário, deixaria seu emprego e tentaria numa empresa privada.

Como sai do MEU IMPOSTO o salário de boa parte dessa gente, estarei torcendo para que recebam MENOS AINDA.

A meu ver, é só dar uma enxugada no pessoal que sobra trabalho. O problema é que muitos dos setores estatais beneficiam-se com o pagamento das taxas de inscrição de milhares de pretendentes a cargos públicos através de concursos...

Najma escreveu:A meu ver, é só dar uma enxugada no pessoal que sobra trabalho. O problema é que muitos dos setores estatais beneficiam-se com o pagamento das taxas de inscrição de milhares de pretendentes a cargos públicos através de concursos...

Beijos,

Fernando Silva escreveu:Antes de discutir se o salário é alto ou baixo, vamos discutir se o funcionário é necessário ou não e se ele cumpre com sua função.

Exatamente.

Fernando Silva escreveu:Na iniciativa privada, funcionário ganha o que estabelece o mercado.

Sim, mas o mercado não é um ente pensante, nem uma estrutura definida. Daí, a estrutura varia muito. Além disso, funcionários públicos também consomem, sendo os principais "freios" de uma economia em queda durante uma crise capitalista.

Fernando Silva escreveu:Além disto, pisou na bola, rua. A firma está sem dinheiro, rua.
É assim também no caso do funcionalismo público?

O seu chefe não foi com a sua cara? Rua. Brigou com um filhinho de papai lá dentro? Rua. Além dos motivos que você citou. Não vejo lá muita justiça nisso.

E, segundo a lei, é assim no funcionalismo público também, Fernando.

Abmael escreveu:

Najma escreveu:A meu ver, é só dar uma enxugada no pessoal que sobra trabalho. O problema é que muitos dos setores estatais beneficiam-se com o pagamento das taxas de inscrição de milhares de pretendentes a cargos públicos através de concursos...

Beijos,

E não é?

Beijos

Fernando Silva escreveu:Na iniciativa privada, funcionário ganha o que estabelece o mercado.

- O que estabelece o mercado para o salário dos policiais, fiscais, juízes e diplomatas?

Fernando Silva escreveu:Além disto, pisou na bola, rua. A firma está sem dinheiro, rua.
É assim também no caso do funcionalismo público?

- Claaarrro!! - O estado está sem dinheiro, então vamos demitir os médicos, os professores, os policiais, os garis, todo mundo, essa turma que vá procurar mamata em outra freguesia, e não tem essa de terceirizar não, quem não pagou imposto suficiente prá sustentas a cambada de vagabundos que enfrente os bandidos sozinho, enfie seu lixo no rabo e vá pagar escola particular.

Abraços,

Apo escreveu:Ou seja, quem trabalha muito mais, ganha menos do que quem não trabalha quase nada.

não é o meu caso; realmente o salário é uma merreca, mas por ser fiscal, tenho direito a produtividade - que é razoável - então se eu quiser ter uma graninha que me sustente tenho que ralar muito.

Abmael escreveu:

Fernando Silva escreveu:Na iniciativa privada, funcionário ganha o que estabelece o mercado.

- O que estabelece o mercado para o salário dos policiais, fiscais, juízes e diplomatas?

Não há "salário de mercado" para funcionários públicos. Quem determina o valor é o governo.

Abmael escreveu:

Fernando Silva escreveu:Além disto, pisou na bola, rua. A firma está sem dinheiro, rua.
É assim também no caso do funcionalismo público?

- Claaarrro!! - O estado está sem dinheiro, então vamos demitir os médicos, os professores, os policiais, os garis, todo mundo, essa turma que vá procurar mamata em outra freguesia, e não tem essa de terceirizar não, quem não pagou imposto suficiente prá sustentas a cambada de vagabundos que enfrente os bandidos sozinho, enfie seu lixo no rabo e vá pagar escola particular.

É o que acontece no Rio. Quem pode, contrata seguranças particulares para a rua. Quando possível, até fecha a rua com cancelas.
E hospital público virou coisa de pobre, com filas que começam de madrugada e doentes sendo atendidos no chão.

Fernando Silva escreveu:Antes de discutir se o salário é alto ou baixo, vamos discutir se o funcionário é necessário ou não

no meu município são 22 funcionários para fiscalizar mais de 5000 estabelecimentos. às vezes os processos vão para o inativo sem ao menos terem sido fiscalizados.

spink escreveu:

Fernando Silva escreveu:Antes de discutir se o salário é alto ou baixo, vamos discutir se o funcionário é necessário ou não

no meu município são 22 funcionários para fiscalizar mais de 5000 estabelecimentos. às vezes os processos vão para o inativo sem ao menos terem sido fiscalizados.

Provavelmente porque há um bando de gente sem trabalhar na cidade grande e que não quer ir para lugares distantes.

Há cidades do Grande Rio onde, se todos forem trabalhar ao mesmo tempo, serão mais de 5 funcionários para cada mesa.
Havia um prédio do governo no centro da cidade com uns 20 porteiros para uma única porta e não sei quantos motoristas para um único carro.

Uma colega de trabalho conseguiu uma bocada dessas e largou a firma na hora. Ela disse que não precisaria nem ir trabalhar: seria paga em depósito em conta e só tinha que ir assinar o contracheque de vez em quando.

Tenho um colega que veio de duque de caxias...
pode ser porque o ES seja mais tranqüilo.. sei lá.

fernando, é claro que existem desvios grotescos, mas não cometa o erro de generalizar.
li em algum lugar que a percentagem de servidores públicos por habitante no Brasil é muito inferior a alguns países desenvolvidos.
quem souber do estudo poderia postar o link pois agora não me lembro.

Fernando Silva escreveu:

spink escreveu:

Fernando Silva escreveu:Antes de discutir se o salário é alto ou baixo, vamos discutir se o funcionário é necessário ou não

no meu município são 22 funcionários para fiscalizar mais de 5000 estabelecimentos. às vezes os processos vão para o inativo sem ao menos terem sido fiscalizados.

Provavelmente porque há um bando de gente sem trabalhar na cidade grande e que não quer ir para lugares distantes.

Há cidades do Grande Rio onde, se todos forem trabalhar ao mesmo tempo, serão mais de 5 funcionários para cada mesa.
Havia um prédio do governo no centro da cidade com uns 20 porteiros para uma única porta e não sei quantos motoristas para um único carro.

Uma colega de trabalho conseguiu uma bocada dessas e largou a firma na hora. Ela disse que não precisaria nem ir trabalhar: seria paga em depósito em conta e só tinha que ir assinar o contracheque de vez em quando.

Complemento: Temos listas aqui (por estado) que variam de 2 mil a 23 mil funcionários (totalizando 467.279 mil) dentre os quais apenas menos de 10% comparecem ao trabalho (assinam ponto). Destes, nenhum é concursado ou fazem parte de empresa estatal.

Mas tudo bem, afinal fazem parte de governos que geram impostos, empregos, produziram fuscas, aumentaram a produçaõ de celulares, etc...

Pena...que pena que não posso...

Isso é mentira. Qualquer debil mental sabe que as estatais como TBG, BB, CEF, Petrobras entre outras só servem de cabide de emprego para estes analfabetos concursados que mamam nas tetas do governo. E os coitados dos empregados das repartições públicas (prefeituras e assessores de câmaras) que ficam mendigando emprego em épocas de eleição é que são penalizados.

Morra Seya..MORRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA....


Ahhhhhhhhhh...

Fernando Silva escreveu:Provavelmente porque há um bando de gente sem trabalhar na cidade grande e que não quer ir para lugares distantes.

- Ou provavelmente porque há poucos funcionários mesmo, ou analisamos os fatos baseados em dados ou segundo nossos preconceitos, no segundo caso o que vem depois do "provavelmente" é bem questionável.

Fernando Silva escreveu:Há cidades do Grande Rio onde, se todos forem trabalhar ao mesmo tempo, serão mais de 5 funcionários para cada mesa.
Havia um prédio do governo no centro da cidade com uns 20 porteiros para uma única porta e não sei quantos motoristas para um único carro.

- Ninguém nega que há distorções, eu conheço outras várias, mas existem para mais e para menos, não serão constatações ad hoc que comprovarão a tese ENCOSTIANA da incompetência/comodismo/desmotivação do funcionário público.

Fernando Silva escreveu:Uma colega de trabalho conseguiu uma bocada dessas e largou a firma na hora. Ela disse que não precisaria nem ir trabalhar: seria paga em depósito em conta e só tinha que ir assinar o contracheque de vez em quando.

- Ele seria um funcionário de carreira concursado ou um dos milhares FDP indicados por políticos/empresários-financiadores-de-campanha que infestam as repartições?

Abraços,

Samael escreveu:O seu chefe não foi com a sua cara? Rua. Brigou com um filhinho de papai lá dentro? Rua. Além dos motivos que você citou. Não vejo lá muita justiça nisso.

Mas esse argumento ignora totalmente o fato de que, se o cidadão for um funcionário competente, o patrão sai perdendo ao demiti-lo.

Isso me parece com aquela grotesca crítica que fazem à economia de mercado: "ah, mas no meio privado também há favorecimento de companheiros, familiares, etc, independente de mérito...". O cara quer demitir um funcionário competente para colocar seu filho semi-analfabeto no lugar? Ótimo. A grana é dele, ele que arque com as despesas desta estúpida decisão... O mesmo ocorre com o figurão que acorda de mau humor e sai demitindo todo mundo...

Aliás, é justamente o fato de que cada um arca com as despesas de suas decisões que faz com que a competência seja fator muito mais importante no meio privado para decidir o que fazer com um funcionário do que no meio público.

Você critica a economia de mercado por ela permitir que um chefe mal humorado demita empregados a seu bel prazer. E o que poderíamos dizer do funcionalismo público? O paraíso dos "cumpanhero" do partido! A morada do nepotismo! E o pior de tudo, óbvio: nós pagamos a conta!

Procedure escreveu:

Samael escreveu:O seu chefe não foi com a sua cara? Rua. Brigou com um filhinho de papai lá dentro? Rua. Além dos motivos que você citou. Não vejo lá muita justiça nisso.

Mas esse argumento ignora totalmente o fato de que, se o cidadão for um funcionário competente, o patrão sai perdendo ao demiti-lo.

Isso me parece com aquela grotesca crítica que fazem à economia de mercado: "ah, mas no meio privado também há favorecimento de companheiros, familiares, etc, independente de mérito...". O cara quer demitir um funcionário competente para colocar seu filho semi-analfabeto no lugar? Ótimo. A grana é dele, ele que arque com as despesas desta estúpida decisão... O mesmo ocorre com o figurão que acorda de mau humor e sai demitindo todo mundo...

Aliás, é justamente o fato de que cada um arca com as despesas de suas decisões que faz com que a competência seja fator muito mais importante no meio privado para decidir o que fazer com um funcionário do que no meio público.

Você critica a economia de mercado por ela permitir que um chefe mal humorado demita empregados a seu bel prazer. E o que poderíamos dizer do funcionalismo público? O paraíso dos "cumpanhero" do partido! A morada do nepotismo! E o pior de tudo, óbvio: nós pagamos a conta!

Perfeito.

Procedure escreveu:

Samael escreveu:O seu chefe não foi com a sua cara? Rua. Brigou com um filhinho de papai lá dentro? Rua. Além dos motivos que você citou. Não vejo lá muita justiça nisso.

Mas esse argumento ignora totalmente o fato de que, se o cidadão for um funcionário competente, o patrão sai perdendo ao demiti-lo.

Isso me parece com aquela grotesca crítica que fazem à economia de mercado: "ah, mas no meio privado também há favorecimento de companheiros, familiares, etc, independente de mérito...". O cara quer demitir um funcionário competente para colocar seu filho semi-analfabeto no lugar? Ótimo. A grana é dele, ele que arque com as despesas desta estúpida decisão... O mesmo ocorre com o figurão que acorda de mau humor e sai demitindo todo mundo...

Aliás, é justamente o fato de que cada um arca com as despesas de suas decisões que faz com que a competência seja fator muito mais importante no meio privado para decidir o que fazer com um funcionário do que no meio público.

Você critica a economia de mercado por ela permitir que um chefe mal humorado demita empregados a seu bel prazer. E o que poderíamos dizer do funcionalismo público? O paraíso dos "cumpanhero" do partido! A morada do nepotismo! E o pior de tudo, óbvio: nós pagamos a conta!

É incrível isso, acreditar na perfeição do livre mercado, negar a teoria da assimetria de informações (nobel economia 2001) tudo para satisfazer a ideologia.

Negar as imperfeições do mercado é comparável a negar a existência de corrupção no governo. São muito poucas as empresas que tem um certo grau de qualidade, principalmente para o trato com o funcionário. Ainda mais em nosso país. Muitas agem assim por falta de preparo e conhecimento (assimetria) sobre os melhores métodos administrativos , quando não são por outras questões, como a de excesso de mão de obra, que possibilita um abuso por conta disso.

Empresas que agem da forma que citou são a nata do empresariado, e estão nas mais concorridas para se trabalhar.

O seu chefe não foi com a sua cara? Rua. Brigou com um filhinho de papai lá dentro? Rua. Além dos motivos que você citou. Não vejo lá muita justiça nisso.


conde- o esquerdinha fez algumas ponderações de caráter elucidativo duvidoso! prove esquerdinha! prove que é o "nepotismo" que funciona na iniciativa privada e não o mérito.

Conde Loppeux de Villanue escreveu:conde- o esquerdinha fez algumas ponderações de caráter elucidativo duvidoso! prove esquerdinha! prove que é o "nepotismo" que funciona na iniciativa privada e não o mérito.

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