O Drama dos Curdos
Enviado: 22 Out 2007, 06:59
Líderes da Turquia afirmaram que não vão tolerar operações de separatistas curdos no Iraque e "pagarão qualquer preço" para derrotar o terrorismo depois do último ataque de rebeldes, que matou pelo menos 12 soldados turcos.
Em confrontos depois da emboscada dos rebeldes, perto da fronteira com o Iraque, 32 rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) foram mortos, segundo os militares.
Autoridades do setor de segurança da Turquia, ministros e generais se reuniram neste domingo para discutir um possível ataque contra bases do PKK no Iraque.
"Apesar de respeitar a integridade territorial do Iraque, a Turquia não vai tolerar que o terrorismo obtenha ajuda e não terá medo de pagar o preço que for necessário para proteger seus direitos, sua união indivisível e seus cidadãos", afirmaram as autoridades em uma declaração divulgada após a reunião.
"A batalha contra a organização separatista terrorista serão travadas com determinação até o fim", continuou a declaração. Mas, apesar das palavras fortes, as autoridades turcas não afirmaram que o ataque seria imediato.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan afirmou que a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que a Turquia não tomasse nenhuma medida nos próximos dias.
Segundo Erdogan este é um sinal de que o governo dos Estados Unidos está levando a sério os temores da Turquia em relação aos rebeldes curdos.
O último ataque, logo no início da madrugada do sábado, foi realizado por um grande grupo de rebeldes do PKK, que cruzou a fronteira do Iraque e fez uma emboscada perto do vilarejo de Daglica, segundo os militares turcos.
O Exército afirmou que enviou reforços e helicópteros para a região, disparou artilharia e lançou ataques de retaliação nos quais 32 guerrilheiros foram mortos.
Os guerrilheiros, por sua vez, afirmam que capturaram vários soldados turcos. O governo turco nega.
Horas depois, uma bomba também atribuída ao PKK explodiu em um microônibus no sudeste do país e deixou dez feridos. Em várias cidades da Turquia ocorreram protestos reunindo milhares de pessoas, contra os ataques e pedindo uma ação do governo contra o PKK.
Cerca de 3 mil rebeldes separatistas estariam na região entre a Turquia e o Iraque, onde desde a primavera as Forças Armadas turcas realizam manobras militares.
Ocorreram confrontos na área desde o começo do ano, mas o último ataque foi um dos mais graves dos últimos tempos, aumentando a pressão do público para que o governo e os militares respondam, segundo a correspondente Sarah Rainsford.
Os Estados Unidos, aliados da Turquia, pediram moderação, temendo que qualquer incursão militar possa desestabilizar a região mais pacífica do Iraque, a região curda autônoma, no norte do país.
O Iraque também pediu que a Turquia não fizesse uma operação além da fronteira. O presidente iraquiano, Jalal Talabani, pediu que os rebeldes do PKK entreguem as armas ou saiam do país.
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 08,00.html
Em confrontos depois da emboscada dos rebeldes, perto da fronteira com o Iraque, 32 rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) foram mortos, segundo os militares.
Autoridades do setor de segurança da Turquia, ministros e generais se reuniram neste domingo para discutir um possível ataque contra bases do PKK no Iraque.
"Apesar de respeitar a integridade territorial do Iraque, a Turquia não vai tolerar que o terrorismo obtenha ajuda e não terá medo de pagar o preço que for necessário para proteger seus direitos, sua união indivisível e seus cidadãos", afirmaram as autoridades em uma declaração divulgada após a reunião.
"A batalha contra a organização separatista terrorista serão travadas com determinação até o fim", continuou a declaração. Mas, apesar das palavras fortes, as autoridades turcas não afirmaram que o ataque seria imediato.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan afirmou que a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que a Turquia não tomasse nenhuma medida nos próximos dias.
Segundo Erdogan este é um sinal de que o governo dos Estados Unidos está levando a sério os temores da Turquia em relação aos rebeldes curdos.
O último ataque, logo no início da madrugada do sábado, foi realizado por um grande grupo de rebeldes do PKK, que cruzou a fronteira do Iraque e fez uma emboscada perto do vilarejo de Daglica, segundo os militares turcos.
O Exército afirmou que enviou reforços e helicópteros para a região, disparou artilharia e lançou ataques de retaliação nos quais 32 guerrilheiros foram mortos.
Os guerrilheiros, por sua vez, afirmam que capturaram vários soldados turcos. O governo turco nega.
Horas depois, uma bomba também atribuída ao PKK explodiu em um microônibus no sudeste do país e deixou dez feridos. Em várias cidades da Turquia ocorreram protestos reunindo milhares de pessoas, contra os ataques e pedindo uma ação do governo contra o PKK.
Cerca de 3 mil rebeldes separatistas estariam na região entre a Turquia e o Iraque, onde desde a primavera as Forças Armadas turcas realizam manobras militares.
Ocorreram confrontos na área desde o começo do ano, mas o último ataque foi um dos mais graves dos últimos tempos, aumentando a pressão do público para que o governo e os militares respondam, segundo a correspondente Sarah Rainsford.
Os Estados Unidos, aliados da Turquia, pediram moderação, temendo que qualquer incursão militar possa desestabilizar a região mais pacífica do Iraque, a região curda autônoma, no norte do país.
O Iraque também pediu que a Turquia não fizesse uma operação além da fronteira. O presidente iraquiano, Jalal Talabani, pediu que os rebeldes do PKK entreguem as armas ou saiam do país.
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