Pré-conceitos
- Ateu Tímido
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Pré-conceitos
ALBA ZALUAR
Pré-conceitos
"TODO FAVELADO é cúmplice dos traficantes"; "o usuário de drogas é o culpado pela violência nas cidades brasileiras"; "todo sociólogo e antropólogo defensor dos direitos do cidadão não entende nada do problema". Com tal coleção de justificativas, é claro que não fica nada para criticar na ação da polícia nas favelas do Rio de Janeiro.
No entanto, nem toda favela tem comando de traficante armado até os dentes; nem toda cidade deste planeta, especialmente nos países onde há muito mais usuários de drogas ilegais, apresenta o quadro de violência daqui. Finalmente, em outros Estados da Federação, há colaboração entre a universidade e a polícia, entre sociólogos e policiais. Exageros à parte, não aproveitar o conhecimento adquirido por métodos científicos tem nome: obscurantismo.
E o que mostram as pesquisas realizadas? Que o conflito entre a Falange Jacaré e o Comando Vermelho já existe há décadas, sendo fruto de um sistema prisional falho. Este sistema permitiu que prisioneiros mais fortes, ricos e agressivos convivessem, na mesma cela, ala ou prisão, com pequenos delinqüentes, que sempre foram oprimidos e extorquidos pelos primeiros. O Comando Vermelho surgiu para acabar com esta opressão dentro da prisão nos anos 1970. A Falange virou Terceiro Comando ainda no regime militar, quando o tráfico de cocaína começou a se espalhar pelo Brasil.
Pouco a pouco, os comandos descobriram que o tráfico de drogas ilegais era uma forma de ganhar dinheiro fácil e continuar a extorquir dos envolvidos, dentro e fora da prisão, tudo aquilo que é necessário para viver bem e dominar quem não for chefe. Inimigos, deixaram os assaltos para se tornar comerciantes em guerra mortal.
O dinheiro ganho nas bocas vai para os líderes dos comandos fora e dentro da prisão. Gerentes, vapores, soldados e olheiros, quando presos, não ganham nada; livres, ganham percentual ínfimo dos lucros. Uma "empresa" sem nenhum direito trabalhista. Já há muitos desiludidos que compreendem que se arriscaram para defender o que não era deles.
Nada disso justifica, portanto, que policiais cacem e matem quem deveriam prender para investigar melhor os meandros dessa empresa tão lucrativa e tão violenta. Fora os danos à imagem da polícia, há os prejuízos na informação acerca dos fornecedores de armas e drogas que, presos, dariam.
Como pode um policial se apresentar como defensor da lei se viola a lei, seja por se corromper, seja por matar até jovens desarmados? Não se trata de direitos humanos, mas dos direitos civis do favelado, inscrito na Constituição vigente.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opinia ... 200706.htm
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"TODO FAVELADO é cúmplice dos traficantes"; "o usuário de drogas é o culpado pela violência nas cidades brasileiras"; "todo sociólogo e antropólogo defensor dos direitos do cidadão não entende nada do problema". Com tal coleção de justificativas, é claro que não fica nada para criticar na ação da polícia nas favelas do Rio de Janeiro.
No entanto, nem toda favela tem comando de traficante armado até os dentes; nem toda cidade deste planeta, especialmente nos países onde há muito mais usuários de drogas ilegais, apresenta o quadro de violência daqui. Finalmente, em outros Estados da Federação, há colaboração entre a universidade e a polícia, entre sociólogos e policiais. Exageros à parte, não aproveitar o conhecimento adquirido por métodos científicos tem nome: obscurantismo.
E o que mostram as pesquisas realizadas? Que o conflito entre a Falange Jacaré e o Comando Vermelho já existe há décadas, sendo fruto de um sistema prisional falho. Este sistema permitiu que prisioneiros mais fortes, ricos e agressivos convivessem, na mesma cela, ala ou prisão, com pequenos delinqüentes, que sempre foram oprimidos e extorquidos pelos primeiros. O Comando Vermelho surgiu para acabar com esta opressão dentro da prisão nos anos 1970. A Falange virou Terceiro Comando ainda no regime militar, quando o tráfico de cocaína começou a se espalhar pelo Brasil.
Pouco a pouco, os comandos descobriram que o tráfico de drogas ilegais era uma forma de ganhar dinheiro fácil e continuar a extorquir dos envolvidos, dentro e fora da prisão, tudo aquilo que é necessário para viver bem e dominar quem não for chefe. Inimigos, deixaram os assaltos para se tornar comerciantes em guerra mortal.
O dinheiro ganho nas bocas vai para os líderes dos comandos fora e dentro da prisão. Gerentes, vapores, soldados e olheiros, quando presos, não ganham nada; livres, ganham percentual ínfimo dos lucros. Uma "empresa" sem nenhum direito trabalhista. Já há muitos desiludidos que compreendem que se arriscaram para defender o que não era deles.
Nada disso justifica, portanto, que policiais cacem e matem quem deveriam prender para investigar melhor os meandros dessa empresa tão lucrativa e tão violenta. Fora os danos à imagem da polícia, há os prejuízos na informação acerca dos fornecedores de armas e drogas que, presos, dariam.
Como pode um policial se apresentar como defensor da lei se viola a lei, seja por se corromper, seja por matar até jovens desarmados? Não se trata de direitos humanos, mas dos direitos civis do favelado, inscrito na Constituição vigente.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opinia ... 200706.htm
Queiramos ou não, bandidos também são elementos participantes do Estado de Direito.
Devem ser punidos, dentro da lei, pelos crimes cometidos. Ignorar a lei, seja para que "lado" for, é ignorar este princípio norteador de qualquer democracia contemporânea e dar adeus à legitimidade, ao menos retórica, que os Estado conseguiram construir no Ocidente.
Devem ser punidos, dentro da lei, pelos crimes cometidos. Ignorar a lei, seja para que "lado" for, é ignorar este princípio norteador de qualquer democracia contemporânea e dar adeus à legitimidade, ao menos retórica, que os Estado conseguiram construir no Ocidente.
Samael escreveu:Queiramos ou não, bandidos também são elementos participantes do Estado de Direito.
Devem ser punidos, dentro da lei, pelos crimes cometidos. Ignorar a lei, seja para que "lado" for, é ignorar este princípio norteador de qualquer democracia contemporânea e dar adeus à legitimidade, ao menos retórica, que os Estado conseguiram construir no Ocidente.
Pelo menos teóricamente era pra ser assim! Pelo menos teóricamente era pra todos pensarem assim!
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
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Re: Re.: Pré-conceitos
Apo escreveu:E claro, a lei está sempre certa...só porque é lei....tsc tsc
Sem obediência/cumprimento/aplicação da lei, sem estado de direito.
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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Re.: Pré-conceitos
Certo. Pinochet, Hitler e Stalin também diziam que a lei precisava ser cumprida. Mao, Pol Pot, Fidel, Chávez...ah esqueci de Médici e Geisel.
Estado de Direito quando a Lei é cumprida a risca e os excessos são punidos. Senão é Estado de sem vergonhice na cara.
Sem contar que algumas de nossas leis são do tempo do Epa. Não servem mais para nada.
Estado de Direito quando a Lei é cumprida a risca e os excessos são punidos. Senão é Estado de sem vergonhice na cara.
Sem contar que algumas de nossas leis são do tempo do Epa. Não servem mais para nada.

Re: Re.: Pré-conceitos
Apo escreveu:Certo. Pinochet, Hitler e Stalin também diziam que a lei precisava ser cumprida. Mao, Pol Pot, Fidel, Chávez...ah esqueci de Médici e Geisel.
Estado de Direito quando a Lei é cumprida a risca e os excessos são punidos. Senão é Estado de sem vergonhice na cara.
Sem contar que algumas de nossas leis são do tempo do Epa. Não servem mais para nada.
Concordo que algumas de nossas leis têm que ser atualizadas ou totalmente recriadas, mas para aplicação a todos os indivíduos da sociedade,principamente no que diz respeito a seus direitos como cidadãos.
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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- Apo
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Re.: Pré-conceitos
Nossos cidadãos tem direitos tão relativos...
O que digo é que não adianta usar o argumento final do cumprimento da lei e da constituição no Brasil, lugar onde lei é feita para beneficiar alguns e onde a impunidade corre solta. A lei não pode ser tida como sinônimo de correção num contexto destes.
E leis podem estar erradas. Se estão, precisam ser mudadas e não simplesmente aceitas.
O que digo é que não adianta usar o argumento final do cumprimento da lei e da constituição no Brasil, lugar onde lei é feita para beneficiar alguns e onde a impunidade corre solta. A lei não pode ser tida como sinônimo de correção num contexto destes.
E leis podem estar erradas. Se estão, precisam ser mudadas e não simplesmente aceitas.

Re: Re.: Pré-conceitos
emmmcri escreveu:Apo escreveu:Certo. Pinochet, Hitler e Stalin também diziam que a lei precisava ser cumprida. Mao, Pol Pot, Fidel, Chávez...ah esqueci de Médici e Geisel.
Estado de Direito quando a Lei é cumprida a risca e os excessos são punidos. Senão é Estado de sem vergonhice na cara.
Sem contar que algumas de nossas leis são do tempo do Epa. Não servem mais para nada.
Concordo que algumas de nossas leis têm que ser atualizadas ou totalmente recriadas, mas para aplicação a todos os indivíduos da sociedade,principamente no que diz respeito a seus direitos como cidadãos.
Idem cri. Fiquei sabendo de um caso de um pastor matou um menino de 14 anos e queimou ele vivo. Pegou 18 anos e talvez saia em 15. Eu sou contra pena de morte, mas essa punição me deixou irado. Ficou provado, ele admitiu o crime, deveria ter pego prisão perpetua. Punições mais severas tem que ser estipuladas para esse tipo de crime hediondo.
Agora leis idiotas têm aos montes e machistas. Sabiam que homem não pode entrar de bermuda em repartição pública? Nem colégio? Eu já tive que pedir para comprarem uma calça, e vestir no banheiro da guarita do vigia, para poder lecionar. Como se os pelos da minha perna fossem distrair alguém

Fora que é sexista, mulher pode ir de mini-saia (nada contra em algumas é bem agradável, mas no calor daqui censurar a gente de usar bermudas é uma falta de bom senso enorme). Eu tenho é história para contar

Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Re: Pré-conceitos
Ateu Tímido escreveu:ALBA ZALUAR
Pré-conceitos
...nem toda cidade deste planeta, especialmente nos países onde há muito mais usuários de drogas ilegais, apresenta o quadro de violência daqui.
Coisa mais idiota esta de querer contestar a realidade óbvia de que o consumidor de drogas é responsável direto pela violência do tráfico.
Dizer que existem cidades no mundo onde há grande consumo de drogas ilegais sem proporcional violência urbana é fingir não ver que o consumidor de drogas destas cidades financia a violência na Colômbia, no Rio de Janeiro ou na Cidade do México, onde atuam os cartéis armados.
Ou seja, se aquelas cidades do primeiro mundo lotadas de cheiradores e fumadores são pacíficas é porque há outras cidades no terceiro mundo pagando o pato da cheiração e fumação deles.
Contra a lógica pura não há argumentação ideológica que resista.
O consumidor financia o tráfico, pois é com o dinheiro pago pelo comprador de drogas que os bandidos compram as armas e munições com as quais abatem civis e policiais. Quem puder disser algo em contrário a este fato simples, que tente.
Há entre o consumo de drogas e o tráfico a exata mesma relação criminosa que há entre o receptador e o ladrão, sendo que nunca vi quem tivesse a pachorra de dizer que o receptador é um coitadinho e só o ladrão é criminoso, quando é claro que não haveria roubo se não houvesse quem pagasse pelo produto dele.
O mesmo ocorre com o tráfico, mas como sempre, tá cheio de gente por ai que se acha esperta demais para acreditar no óbvio.
Editado pela última vez por Acauan em 23 Out 2007, 10:32, em um total de 1 vez.
Nós, Índios.
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Re.: Pré-conceitos
Samael escreveu:Queiramos ou não, bandidos também são elementos participantes do Estado de Direito.
Devem ser punidos, dentro da lei, pelos crimes cometidos. Ignorar a lei, seja para que "lado" for, é ignorar este princípio norteador de qualquer democracia contemporânea e dar adeus à legitimidade, ao menos retórica, que os Estado conseguiram construir no Ocidente.
Desde que se lembre que não há absolutamente nada de ilegal ou de violação do Estado de direito em se abater criminosos em confronto armado com policiais em ação legalmente instituída.
Resumindo, bandido que recebe a polícia a bala deve ser morto, para proteger a vida dos policiais, da população civil e para deixar claro que a opção pela guerrilha urbana inclui riscos que podem não valer a pena.
O verdadeiro Estado de direito não é fraco, pelo contrário, legalmente ele tem o monopólio da violência e pode e deve usá-la contra aqueles que o ameaçam.
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- Fernando Silva
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Re.: Pré-conceitos
Para se prenderem os bandidos é preciso primeiro entrar no território deles, um território estrangeiro em pleno Rio de Janeiro, defendido por armas de guerra e até antiaéreas, além de granadas e todo o tipo de explosivo.
Não é de se espantar que mortes ocorram dos dois lados e também morram inocentes. É uma guerra civil.
A outra opção é pedir gentilmente que os bandidos deponham as armas. Ou esperar que o problema se resolva sozinho.
Não é de se espantar que mortes ocorram dos dois lados e também morram inocentes. É uma guerra civil.
A outra opção é pedir gentilmente que os bandidos deponham as armas. Ou esperar que o problema se resolva sozinho.
Re: Re.: Pré-conceitos
Fernando Silva escreveu:A outra opção é pedir gentilmente que os bandidos deponham as armas. Ou esperar que o problema se resolva sozinho.
Também há quem proponha resolver o problema SÓ com políticas sociais, pelas quais bastaria oferecer emprego, escola e melhores condições de vida às populações pobres, para que, quem sabe, os traficantes de bom grado depusessem suas armas de guerra, abandonassem o crime que lhes rende milhões, se inscrevessem em cursos profissionalizantes e arranjassem empregos como cidadãos de bem...
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- Bellé
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Engraçado o fato de todos "tentarem combater", (Farc, Narcotráfico, Fome, Violência...) e evitarem ao máximo o uso do termo "acabar"!!!
As Farc seriam dizimadas em dois dias, o narcotráfico em dois meses, a fome em dois anos e a violencia diminuiria drásticamente neste prazo...
...mas quais são os interesses em fazer com que a favela suba cada vez mais o "moro" e quantos andares podem serem erguidos sobre aquela frágil base???
O narcotráfico é coisa de elite e o próprio goveno evita "meter o dedo" com medo que isso afete indiretamente a economia!!!
As Farc seriam dizimadas em dois dias, o narcotráfico em dois meses, a fome em dois anos e a violencia diminuiria drásticamente neste prazo...
...mas quais são os interesses em fazer com que a favela suba cada vez mais o "moro" e quantos andares podem serem erguidos sobre aquela frágil base???
O narcotráfico é coisa de elite e o próprio goveno evita "meter o dedo" com medo que isso afete indiretamente a economia!!!

O poder é parte da fraqueza de um homem sem deus...
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- Ateu Tímido
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Re: Re.: Pré-conceitos
Acauan escreveu:Samael escreveu:Queiramos ou não, bandidos também são elementos participantes do Estado de Direito.
Devem ser punidos, dentro da lei, pelos crimes cometidos. Ignorar a lei, seja para que "lado" for, é ignorar este princípio norteador de qualquer democracia contemporânea e dar adeus à legitimidade, ao menos retórica, que os Estado conseguiram construir no Ocidente.
Desde que se lembre que não há absolutamente nada de ilegal ou de violação do Estado de direito em se abater criminosos em confronto armado com policiais em ação legalmente instituída.
Resumindo, bandido que recebe a polícia a bala deve ser morto, para proteger a vida dos policiais, da população civil e para deixar claro que a opção pela guerrilha urbana inclui riscos que podem não valer a pena.
O verdadeiro Estado de direito não é fraco, pelo contrário, legalmente ele tem o monopólio da violência e pode e deve usá-la contra aqueles que o ameaçam.
Como NÃO HÁ "guerra" entre polícia e bandidos, nem "territórios controlados" pelo crime, que é muito menos organizado que se apregoa, o direito dos agentes públicos (policiais) de atirarem em alguém se limita à defesa imediata da própria vida ou de terceiros. Nem para impedir a fuga existe tal direito. Se pessoas que atiravam na polícia largam as armas e saem correndo (como em caso recente documentado pela TV), a atitude de policiais de helicóptero de promover um "tiro ao alvo" é simples execução sumária. Matança. Goste ou não a população.
- Ateu Tímido
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Re: Pré-conceitos
Acauan escreveu:Ateu Tímido escreveu:ALBA ZALUAR
Pré-conceitos
...nem toda cidade deste planeta, especialmente nos países onde há muito mais usuários de drogas ilegais, apresenta o quadro de violência daqui.
Coisa mais idiota esta de querer contestar a realidade óbvia de que o consumidor de drogas é responsável direto pela violência do tráfico.
Dizer que existem cidades no mundo onde há grande consumo de drogas ilegais sem proporcional violência urbana é fingir não ver que o consumidor de drogas destas cidades financia a violência na Colômbia, no Rio de Janeiro ou na Cidade do México, onde atuam os cartéis armados.
Ou seja, se aquelas cidades do primeiro mundo lotadas de cheiradores e fumadores são pacíficas é porque há outras cidades no terceiro mundo pagando o pato da cheiração e fumação deles.
Contra a lógica pura não há argumentação ideológica que resista.
O consumidor financia o tráfico, pois é com o dinheiro pago pelo comprador de drogas que os bandidos compram as armas e munições com as quais abatem civis e policiais. Quem puder disser algo em contrário a este fato simples, que tente.
Há entre o consumo de drogas e o tráfico a exata mesma relação criminosa que há entre o receptador e o ladrão, sendo que nunca vi quem tivesse a pachorra de dizer que o receptador é um coitadinho e só o ladrão é criminoso, quando é claro que não haveria roubo se não houvesse quem pagasse pelo produto dele.
O mesmo ocorre com o tráfico, mas como sempre, tá cheio de gente por ai que se acha esperta demais para acreditar no óbvio.
Cidades da Europa e dos Estados Unidos têm um número de usuários de drogas muito maior que as do Brasil, México ou Colômbia, sem que sejam palcos de matanças entre traficantes e polícia, ou entre dois bandos armados igualmente criminosos, um financiado pela droga, outro por dinheiro público.
Nessas cidades a Polícia privilegia a inteligência e a investigação para combater o tráfico, não a truculência.
A "culpa" pela existência do tráfico não é dos usuários de drogas, mas do próprio Estado que, ao tornar o consumo ilegal, abre espaço para uma rede clandestina, marcada pelo enriquecimento de marginais e pela corrupção de autoridades policiais e políticas, além da violência.
- Ateu Tímido
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Re: Re.: Pré-conceitos
Acauan escreveu:Fernando Silva escreveu:A outra opção é pedir gentilmente que os bandidos deponham as armas. Ou esperar que o problema se resolva sozinho.
Também há quem proponha resolver o problema SÓ com políticas sociais, pelas quais bastaria oferecer emprego, escola e melhores condições de vida às populações pobres, para que, quem sabe, os traficantes de bom grado depusessem suas armas de guerra, abandonassem o crime que lhes rende milhões, se inscrevessem em cursos profissionalizantes e arranjassem empregos como cidadãos de bem...
Políticas sociais que dêem às pessoas outras opções além de trabalhar para o tráfico são essenciais a longo prazo, sim.
Mas uma polícia bem treinada e bem paga, sem caráter militar, que valorize a inteligência e não a truculência é mais importante a curto e médio prazos.
Re.: Pré-conceitos
eu só quero uma corregedoria eficiente que faça os policiais cumprirem a lei.
em três palavras. cumprir a lei.
em três palavras. cumprir a lei.
Re: Re.: Pré-conceitos
Ateu Tímido escreveu:Como NÃO HÁ "guerra" entre polícia e bandidos, nem "territórios controlados" pelo crime, que é muito menos organizado que se apregoa,
Claro que não há guerra entre a polícia e bandidos e nem territórios controlados pelo crime, tudo isto é invenção da direita paranóica, com a cumplicidade daqueles moradores de favelas mentirosos que afirmam que obedecem a toques de recolher, lei do silêncio, participação em "manifestações voluntárias" e outras regras impostas pelos traficantes, que em sendo armados até os dentes com poderoso armamento de guerra, perguntar se são muito ou pouco organizados não parece boa idéia pra quem é vizinho deles.
Ateu Tímido escreveu:...o direito dos agentes públicos (policiais) de atirarem em alguém se limita à defesa imediata da própria vida ou de terceiros. Nem para impedir a fuga existe tal direito. Se pessoas que atiravam na polícia largam as armas e saem correndo (como em caso recente documentado pela TV), a atitude de policiais de helicóptero de promover um "tiro ao alvo" é simples execução sumária. Matança. Goste ou não a população.
Quero ver quantos juizes aplicaram sentenças condenando policiais que comprovadamente reagiram a tiroteio aberto promovido por bandidos por conta de tecnicalidades secundárias. Letra da lei, interpretação e jurisprudência são coisas interessantes para você que é advogado. No mundo real, além da população parece que nem o ministério público tem qualquer vontade de aplicar leis que não se ajustam à realidade de guerrilha urbana enfrentada pelos policiais.
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Re: Pré-conceitos
Ateu Tímido escreveu:Cidades da Europa e dos Estados Unidos têm um número de usuários de drogas muito maior que as do Brasil, México ou Colômbia, sem que sejam palcos de matanças entre traficantes e polícia, ou entre dois bandos armados igualmente criminosos, um financiado pela droga, outro por dinheiro público.
Se reler o que escrevi verá que disse que é o dinheiro dos consumidores da Europa e Estados Unidos que suprem as quadrilhas exportadoras de drogas instaladas no Brasil, Colômbia e México dos recursos com os quais compram as armas que espalham o terror em suas comunidades. O fato de as conseqüências dos atos daqueles usuários de drogas se manifestar longe de seus narizes cheiradores não implica que elas não existam.
Ateu Tímido escreveu:Nessas cidades a Polícia privilegia a inteligência e a investigação para combater o tráfico, não a truculência.
Como se a polícia americana fosse delicadinha…
Vide episódio de Waco para se ter idéia do que acontece com quem resiste à ordem policial por lá.
E olhe que, naquele caso, se tratava de fanáticos religiosos, não de traficantes de drogas. Imagine se fosse.
Ateu Tímido escreveu:A "culpa" pela existência do tráfico não é dos usuários de drogas, mas do próprio Estado que, ao tornar o consumo ilegal, abre espaço para uma rede clandestina, marcada pelo enriquecimento de marginais e pela corrupção de autoridades policiais e políticas, além da violência.
A tirada típica daqueles que transferem responsabilidades individuais para um coletivo abstrato que no fim resulta em não atribuir culpa a ninguém.
Não há a mais mínima prova de que é a ilegalidade das drogas que provoca a violência do tráfico, pois nada impede que os traficantes continuem operando mesmo em caso de legalização, oferecendo produtos mais baratos ou simplesmente sem fazer perguntas ou controles.
Basta conferir como o fato de existir o jogo legal, promovido pela Caixa Econômica, não eliminou o jogo do Bicho ou a existência de softwares originais não elimina o vendedor de produtos piratas.
Os defensores da legalização se apegam ao exemplo restrito da Lei Seca americana e fingem não ver os inúmeros exemplos atuais de convivência entre operações legais e ilegais de uma mesma atividade, sendo que, no caso do tráfico, isto implicaria na manutenção da violência armada, uma vez que ela lhe é inerente.
E ninguém aqui, até agora, se arriscou a desafiar a lógica da proposição, se é o usuário que por livre e espontânea vontade compra uma mercadoria ilegal e com ela financia bandidos que compram armas para promover terror urbano, então este usuário é responsável pela consequência direta de suas decisões e atos específicos.
Alegar realidades hipotéticas do tipo "se as drogas fossem legais então..." não mudam o fato que elas são ilegais hoje, que seu consumo financia os morticínios e que quem faz isto o faz sabendo e porque coloca seus minutos de prazer acima de todas estas conseqüências.
Editado pela última vez por Acauan em 23 Out 2007, 14:27, em um total de 3 vezes.
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Re.: Pré-conceitos
Não há a mais mínima prova de que é a ilegalidade das drogas que provoca a violência do tráfico, pois nada impede que os traficantes continuem operando mesmo em caso de legalização, oferecendo produtos mais baratos ou simplesmente sem fazer perguntas ou controles.
que pouca fé no mercado legal
Basta conferir como o fato de existir o jogo legal, promovido pela Caixa Econômica, não eliminou o jogo do Bicho ou a existência de softwares originais não elimina o vendedor de produtos piratas.
mas nenhum desses são um problema de segurança pública.
Re.: Pré-conceitos
qual será a margem de lucro do tráfico? 400%? 600%? eu penso que dai pra muito mais. será que um mercado legal não facilitaria o adorado livre mercado, diminuindo o preço? na ilegalidade os traficantes não disputam preços, formam facções pra eliminar a concorrência.
o que será mais caro? drogas produzidas em escala industrial e sobretaxadas, ou drogas que entram ilegalmente e passam por diversos atravessadores, esquemas de propinas, risco de apreensão que consequentemente inflacionam os preços.
será que com tudo isso o tráfico ainda teria o mesmo poder?
ora, agora ninguém fala de adam smith!!
o que será mais caro? drogas produzidas em escala industrial e sobretaxadas, ou drogas que entram ilegalmente e passam por diversos atravessadores, esquemas de propinas, risco de apreensão que consequentemente inflacionam os preços.
será que com tudo isso o tráfico ainda teria o mesmo poder?
ora, agora ninguém fala de adam smith!!
Re: Re.: Pré-conceitos
SickBoy escreveu:Não há a mais mínima prova de que é a ilegalidade das drogas que provoca a violência do tráfico, pois nada impede que os traficantes continuem operando mesmo em caso de legalização, oferecendo produtos mais baratos ou simplesmente sem fazer perguntas ou controles.
que pouca fé no mercado legal
Recorre-se à fé na falta de evidência empírica, o que não é o caso.
SickBoy escreveu:Basta conferir como o fato de existir o jogo legal, promovido pela Caixa Econômica, não eliminou o jogo do Bicho ou a existência de softwares originais não elimina o vendedor de produtos piratas.
mas nenhum desses são um problema de segurança pública.
O que não muda em nada a evidência de que a legalização de uma atividade não suprime seu equivalente ilegal.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Re.: Pré-conceitos
SickBoy escreveu:qual será a margem de lucro do tráfico? 400%? 600%? eu penso que dai pra muito mais. será que um mercado legal não facilitaria o adorado livre mercado, diminuindo o preço? na ilegalidade os traficantes não disputam preços, formam facções pra eliminar a concorrência.
Qual a taxa de impostos que incide sobre cigarros?
Considerando que se o Estado assumir a legalização das drogas, é de esperar que as despesas decorrentes e presumidas com assistência médica e controle social de seu comércio devam estar embutidas nos preços finais.
SickBoy escreveu:o que será mais caro? drogas produzidas em escala industrial e sobretaxadas, ou drogas que entram ilegalmente e passam por diversos atravessadores, esquemas de propinas, risco de apreensão que consequentemente inflacionam os preços.
Ou seja, segue-se confrontando uma realidade inquestionável com soluções hipotéticas sobre as quais não se tem nenhum dado objetivo.
Os malefícios das drogas são muitos e amplamente conhecidos, enquanto os tais benefícios da legalização só existem na cabeça de quem os propõem, uma vez que a grande maioria dos países do mundo mantém as drogas na ilegalidade e não estão nem um pouco propensos a mudar tal condição.
Poderíamos considerar que estes países, cuja grande maioria apresenta índices de segurança pública muito superiores aos nossos, não entendem nada do assunto e quem sabe das coisas são os defensores brasileiros da liberação.
Eu duvido.
SickBoy escreveu:será que com tudo isso o tráfico ainda teria o mesmo poder?
Pra que arriscar?
SickBoy escreveu:ora, agora ninguém fala de adam smith!!
Nem quero saber o que tem a ver o cu com as calças.
Editado pela última vez por Acauan em 23 Out 2007, 14:58, em um total de 1 vez.
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