STALINISMO E NAZISMO
Enviado: 25 Out 2007, 13:51
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STALINISMO E NAZISMO
Não se admite, em debate algum, alguém que se denomine “Hitlerista”. Imediatamente, e com acerto, o entusiasta de Adolf Hitler é qualificado como o que de fato é: “nazista”; ou seja, alguém que prega segregação racial e genocídio como meios legítimos para afirmação de uma “sociedade de raça pura”.
Mas e os “stanlinistas”? Embora, na prática, Joseph Stálin tenha perpetrado os mais bárbaros e inaceitáveis crimes, há quem coloque o “stalinismo” como se fosse uma corrente filosófica digna de debate.
Não, não é. Não há como tratar um “stalinista” de forma diversa daquela que dispensamos aos nazistas (e com acerto).
Guardadas proporções racistas - e acrescentadas outras proporções regionalistas e políticas - o stalinismo e o nazismo são farinhas do mesmo saco: o saco do totalitarismo e do genocídio.
Outro dia fui obrigado a ouvir o seguinte: “uma coisa são os atos de Stálin, outra coisa é o ’stalinismo’”. Putamerda! Como assim? Não estamos falando de uma teoria pura e simples, de uma abstração ou coisa do gênero, mas sim dos atos de um ditador sanguinário.
É perfeitamente plausível ser esquerdista e repudiar o stalinismo, ou até mesmo ser socialista e condenar as práticas de Stálin. Mas não se pode admitir um “stalinista” que não concorde com os atos do “patrono” das atrocidades.
Aliás, alguns socialistas costumam usar manobras retóricas evasivas, do tipo “nunca houve o verdadeiro socialismo no mundo” ou “não adianta um único país ser socialista”, entre outras máximas que transformam teoria em crença e texto supostamente acadêmico em pajelança sociológica.
Como é admissível a liberdade de culto, não há nada contra os socialistas “puros”, ou seja, aqueles que acreditam em algum Jardim do Éden, Paraíso, ou Shangri-Lá bolchevique, no qual, basicamente, os humanos deixam de ser humanos para se adequar a um ideário que eles juram ser o melhor para todos.
Religião é religião, não adianta discutir. Cada um com suas crenças, sua fé, seus santos devotos e até mesmo suas práticas místicas.
Mas não podemos admitir que alguém separe “stalinismo” de Joseph Stálin. O truque dos “stalinistas” é usar o nome do ditador não para representar seus atos cruéis, mas sim para idealizar o que ele supostamente faria se fosse um governante minimamente humano.
É risível.
Para se ter uma idéia do que significa se dizer “stalinista”, é preciso ter noção do que o dito cujo aprontou. E não foi pouco. Segundo o escritor russo Vadim Erlikman, o total de mortes vai a 9 milhões, ao qual ainda devemos somar as 4,5 milhões de vítimas do “Holomor”, a fome-genocídio imposta à população ucraniana.
São quase 14 milhões de pessoas dizimadas por um único regime do qual um único homem era o grande ditador! Nenhuma delas morreu por conta de batalhas ou guerras, mas sim por ação governamental deliberada.
Se Hitler tinha campos de concentração (para judeus, ciganos e homossexuais), Stálin também tinha os seus, os Gulags (mas para adversários políticos). Um é pior que o outro? Talvez. Mas ambos são definitivamente inaceitáveis. Não há como discordar disso dentro de uma conversa minimamente civilizada.
Ou Seja…
Não é possível ser “stalinista” sem concordar com os atos de Stálin. Que dêem um novo nome a essa crença, talvez, mas não usem o nome do ditador para pregar algo que ele nunca fez e jamais faria.
E tendo em vista que Stálin e Hitler são dois genocidas, não há diferença prática entre um nazista e um “stalinista”.
Só espero que ninguém se ofenda com essa obviedade. Juro que não é uma constatação imperialista e neoliberal. É o óbvio do óbvio.
STALINISMO E NAZISMO
Não se admite, em debate algum, alguém que se denomine “Hitlerista”. Imediatamente, e com acerto, o entusiasta de Adolf Hitler é qualificado como o que de fato é: “nazista”; ou seja, alguém que prega segregação racial e genocídio como meios legítimos para afirmação de uma “sociedade de raça pura”.
Mas e os “stanlinistas”? Embora, na prática, Joseph Stálin tenha perpetrado os mais bárbaros e inaceitáveis crimes, há quem coloque o “stalinismo” como se fosse uma corrente filosófica digna de debate.
Não, não é. Não há como tratar um “stalinista” de forma diversa daquela que dispensamos aos nazistas (e com acerto).
Guardadas proporções racistas - e acrescentadas outras proporções regionalistas e políticas - o stalinismo e o nazismo são farinhas do mesmo saco: o saco do totalitarismo e do genocídio.
Outro dia fui obrigado a ouvir o seguinte: “uma coisa são os atos de Stálin, outra coisa é o ’stalinismo’”. Putamerda! Como assim? Não estamos falando de uma teoria pura e simples, de uma abstração ou coisa do gênero, mas sim dos atos de um ditador sanguinário.
É perfeitamente plausível ser esquerdista e repudiar o stalinismo, ou até mesmo ser socialista e condenar as práticas de Stálin. Mas não se pode admitir um “stalinista” que não concorde com os atos do “patrono” das atrocidades.
Aliás, alguns socialistas costumam usar manobras retóricas evasivas, do tipo “nunca houve o verdadeiro socialismo no mundo” ou “não adianta um único país ser socialista”, entre outras máximas que transformam teoria em crença e texto supostamente acadêmico em pajelança sociológica.
Como é admissível a liberdade de culto, não há nada contra os socialistas “puros”, ou seja, aqueles que acreditam em algum Jardim do Éden, Paraíso, ou Shangri-Lá bolchevique, no qual, basicamente, os humanos deixam de ser humanos para se adequar a um ideário que eles juram ser o melhor para todos.
Religião é religião, não adianta discutir. Cada um com suas crenças, sua fé, seus santos devotos e até mesmo suas práticas místicas.
Mas não podemos admitir que alguém separe “stalinismo” de Joseph Stálin. O truque dos “stalinistas” é usar o nome do ditador não para representar seus atos cruéis, mas sim para idealizar o que ele supostamente faria se fosse um governante minimamente humano.
É risível.
Para se ter uma idéia do que significa se dizer “stalinista”, é preciso ter noção do que o dito cujo aprontou. E não foi pouco. Segundo o escritor russo Vadim Erlikman, o total de mortes vai a 9 milhões, ao qual ainda devemos somar as 4,5 milhões de vítimas do “Holomor”, a fome-genocídio imposta à população ucraniana.
São quase 14 milhões de pessoas dizimadas por um único regime do qual um único homem era o grande ditador! Nenhuma delas morreu por conta de batalhas ou guerras, mas sim por ação governamental deliberada.
Se Hitler tinha campos de concentração (para judeus, ciganos e homossexuais), Stálin também tinha os seus, os Gulags (mas para adversários políticos). Um é pior que o outro? Talvez. Mas ambos são definitivamente inaceitáveis. Não há como discordar disso dentro de uma conversa minimamente civilizada.
Ou Seja…
Não é possível ser “stalinista” sem concordar com os atos de Stálin. Que dêem um novo nome a essa crença, talvez, mas não usem o nome do ditador para pregar algo que ele nunca fez e jamais faria.
E tendo em vista que Stálin e Hitler são dois genocidas, não há diferença prática entre um nazista e um “stalinista”.
Só espero que ninguém se ofenda com essa obviedade. Juro que não é uma constatação imperialista e neoliberal. É o óbvio do óbvio.